Publicado no S&H dia 23/5/2008,
Let him who hath understanding
reckon the number of the beast
for it is a human number
its number is six hundred threescore six.
Apocalipse 13:18
Hexakosioihexekontahexaphobia. A lavagem cerebral das Igrejas é tão grande que a ciência precisou inventar um termo para descrever “o medo irracional relacionado ao número 666”.
Mas o que este número possui de tão especial?
Este conjunto de textos a respeito das distorções dos deuses, cerimônias religiosas e símbolos sagrados de outras religiões pela Igreja Católica (e, por conseguinte, de suas seitas evangélicas) não poderia ficar completo sem uma explicação detalhada sobre o número 666. Para quem começou a ler este texto agora, recomendo que leiam primeiro estes textos AQUI, AQUI e AQUI.
Talvez um dos números mais belos e mais injustiçados pela Igreja, o 666 possui profundos significados esotéricos, que remontam desde os tempos egípcios. Ao contrário da crença popular, incentivada por todo tipo de malucos religiosos e “satânicos”, a história do número 666 começa junto com a Kabbalah, nos primórdios da história judaica.
Antes de explicar o que vem a ser o 666, precisarei explicar o que é um Kamea dentro da tradição da Kabbalah. Um Kamea é um “quadrado mágico” contendo os números e nomes (da conversão numérica para o alfabeto hebraico) divinos que servem como janelas para entender a natureza do ser humano e como ela interage com o macrocosmos.
Um kamea é representado como um quadrado contendo divisões internas, de acordo com a sefira da Kabbalah que aquele planeta representa: Então o Kamea de Saturno/Binah é um quadrado dividido em 3×3, o de Júpiter/Chesed 4×4, o de Marte/Geburah 5×5, o do Sol/Tiferet 6×6, o de Vênus/Netzach 7×7, o de Mercúrio/Hod 8×8 e o da Lua/Yesod 9×9.
Cada Kamea possui em seu interior os números de 1 até o quadrado da Sefira, dispostos de maneira que a SOMA de todas as linhas e colunas seja sempre o mesmo número.
Assim sendo, o Kamea de Saturno possui números de 1 a 9 (e cada linha/coluna soma 15 – ver na imagem ao lado), o de Júpiter de 1 a 16 (e cada linha/coluna soma 34), o de Marte de 1 a 25 (e cada linha/coluna soma 65), o do Sol de 1 a 36 (e cada linha/coluna soma 111), o de Vênus de 1 a 49 (e cada linha/coluna soma 175), o de Mercúrio de 1 a 64 (e cada linha/coluna soma 260) e o da Lua de 1 a 81 (e cada linha/coluna soma 369).
Além disto, cada Planeta está associado diretamente a um número sagrado, que é a somatória de todos os valores dentro do Kamea. Assim sendo, o número associado de Saturno/Binah é 45 (1+2+3+4+5+6+7+8+9), Júpiter/Chesed é 136, Marte/Geburah é 325, Vênus/Netzach é 1225, Mercúrio/Hod é 2080 e a Lua/Yesod é 3321.
E o Sol?
Se somarmos os números do Kamea do SOL, teremos 1+2+3+4…+34+35+36… adivinhem que número resulta desta soma? Isso mesmo… pode fazer as contas na sua calculadora, eu espero.
Calculou?
Exato. 666.
Assim sendo, na Kabbalah, o número 666 sempre representou Tiferet, o SOL. Desde muito e muitos milhares de anos atrás… Simples assim. Nada de tinhosos, capetas, apocalipses nem dragões de sete cabeças ainda.
Tiferet representa o ser Crístico que habita dentro de todos nós. Dentro da Kabbala, representa todos os deuses iluminados e solares:Apolo, Hórus, Bram, Lugh, Yeshua, Krishna, Buda, todos os Boddisatwas, todos os Mestres Ascencionados, todos os Serenões, todos os Mentores, todos os Pretos-velhos e assim por diante. Escolha uma religião ou filosofia e temos um exemplo máximo a ser atingido.
Tiferet representa a união do macrocosmos com o microcosmos, o momento onde o homem derrota o dragão simbólico (que representa os quatro elementos) e se torna um iluminado e, como tal, senhor de seu próprio destino. Tiferet é o mais alto grau de consciência que um encarnado pode atingir.
Desta maneira, quando se tornar um iluminado e senhor de seu próprio destino, o homem não vai mais se submeter aos mandos e desmandos de nenhuma religião dogmática… estão começando a entender da onde vem a associação da Igreja entre o 666 e o “anticristo”?
Mas ainda estamos muitos mil anos antes do Apocalipse (Livro das revelações)… o 666 ainda aparecerá na Bíblia antes disso.
O 666 e a Bíblia
Quase todas as pessoas acreditam que o número 666 aparece apenas no tal do “Apocalipse”, ou Book of Revelations (Livro das revelações), mas a verdade é que este número já aparece bem antes na própria bíblia, em um contexto muito mais significativo e esotérico, como veremos logo a seguir:
Vamos observar 1Reis 10:1-18, que fala sobre o encontro de Salomão com a Rainha do Sabá, o momento onde o conhecimento da Kabbalah é mesclado com as grandes tradições africanas (e isto será muito importante em posts futuros quando eu for falar de Umbanda e Candomblé e suas raízes dentro da Kabbalah). Salomão encontra-se com a rainha do Sabbat, que lhe faz inúmeras perguntas e ele consegue responder a todas, deixando-a impressionada com seu conhecimento. Há muitas histórias interessantes que se desdobram deste acontecimento, mas uma coisa de cada vez: hoje é o 666.
Eu gosto de usar a versão do King James, de 1611, mas quem não souber ler em inglês pode ler a versão traduzida AQUI.
10: 1 And when the queen of Sheba heard of the fame of Solomon concerning the name of the LORD, she came to prove him with hard questions.
10: 2 And she came to Jerusalem with a very great train, with camels that bare spices, and very much gold, and precious stones: and when she was come to Solomon, she communed with him of all that was in her heart.
10:3 And Solomon told her all her questions: there was not [any] thing hid from the king, which he told her not.
10: 4 And when the queen of Sheba had seen all Solomon´s wisdom, and the house that he had built,
10: 5 And the meat of his table, and the sitting of his servants, and the attendance of his ministers, and their apparel, and his cupbearers, and his ascent by which he went up unto the house of the LORD; there was no more spirit in her.
10: 6 And she said to the king, It was a true report that I heard in mine own land of thy acts and of thy wisdom.
10: 7 Howbeit I believed not the words, until I came, and mine eyes had seen [it]: and, behold, the half was not told me: thy wisdom and prosperity exceedeth the fame which I heard.
10: 8 Happy [are] thy men, happy [are] these thy servants, which stand continually before thee, [and] that hear thy wisdom.
10: 9 Blessed be the LORD thy God, which delighted in thee, to set thee on the throne of Israel: because the LORD loved Israel for ever, therefore made he thee king, to do judgment and justice.
10:10 And she gave the king an hundred and twenty talents of gold, and of spices very great store, and precious stones: there came no more such abundance of spices as these which the queen of Sheba gave to king Solomon.
10: 11 And the navy also of Hiram, that brought gold from Ophir, brought in from Ophir great plenty of almug trees, and precious stones.
10: 12 And the king made of the almug trees pillars for the house of the LORD, and for the king´s house, harps also and psalteries for singers: there came no such almug trees, nor were seen unto this day.
10: 13 And king Solomon gave unto the queen of Sheba all her desire, whatsoever she asked, beside [that] which Solomon gave her of his royal bounty. So she turned and went to her own country, she and her servants.
10: 14 Now the weight of gold that came to Solomon in one year was six hundred threescore and six talents of gold,
Ou seja, em 1Reis 10:14 (e também em Crônicas 9:13) temos o número 666 mencionado pela primeira vez na Bíblia, quase MIL anos antes do “Apocalipse”. E aparecendo “coincidentemente” associado à figura do maior ocultista do Velho Testamento, Shlomo HaMelech, o rei Salomão!
HaShem (Deus) oferece a ele tudo o que quisesse, mas ele pede apenas por Sabedoria e Conhecimento. O peso em ouro que Salomão recebia anualmente era de 666 talentos. Este número representa a emanação solar e está relacionada diretamente com os Mistérios Iniciáticos da Construção do Templo (Beith haMikdash) como um canal para escoar o fluxo de energia direto da fonte para o mundo.
O Templo Simbólico também conecta a Rainha (mãe Terra, Malkuth) com o Rei (o Sol, a fonte divina) e envolve os mecanismos mais profundos da simbologia da criação.
Desta forma, vemos que o número 666 não é maligno, embora o poder que representa, quando usado fora do equilíbrio, pode causar graves destruições ou danos. Com um conhecimento básico de Kabbalah, ao examinarmos a primeira frase do Livro das revelações, temos:
“Here is wisdom. Let him that hath understanding count the number of the beast: for it is the number of a man; and his number [is] Six hundred threescore [and] six.”
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”
Wisdom (Sabedoria) e Undestanding (Entendimento) são as duas esferas mais altas da Kabbalah, Hochma e Binah. A Besta é Chayah (Chorozon, para quem estuda Thelema), o Abismo que separa o mundo divino do mundo das ilusões em que vivemos. Aquela separação entre as esferas 1, 2 e 3 e o Mundo das Ilusões (Matrix).
O Chayah é um nível especial de iniciação dentro do Chayoth HaKodesh, que vai representar a escolha final de um Magister Templi quando ele chega a iluminação. Portanto é um número humano e ao mesmo tempo divino. O número do Sol.
As conexões entre Tiferet e Binah/Hochma representam os dois vértices do “continuum”, ou seja, o começo e o fim, o alfa e o ômega. 666 representa a pessoa capaz de manipular as emanações divinas e ainda assim permanecer humano encarnado. Nas tradições indianas, este estado é chamado e Vajra (o trovão… isso lembra algum deus grego ou nórdico?)
O Livro de Toth… ops, das Revelações…
O livro do Apocalipse de São João (para católicos e ortodoxos) ou Apocalipse de João (para protestantes) ou (Revelação a João) é um livro da Bíblia de constantino — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico.
Antes de começar a explicar o que significa, temos de nos deter na palavra “apocalipse”. A palavra apocalipse (termo que foi usado por F. Lücke APENAS em 1832, ou seja, quase 18 séculos DEPOIS que o livro foi escrito) significa, em grego, “Revelação”. Um “apocalipse”, na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um iniciado escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de “apocalipse” aos relatos escritos dessas revelações. Apocalipse nunca quis dizer “fim do mundo” ou outras loucuras semelhantes.
O Livro das Revelações foi escrito por João, um dos mais esotéricos apóstolos, a quem Jesus chamava de “Discípulo amado” e “Filho do trovão” (filho do trovão…). Ele é composto de 22 capítulos, cada um deles dedicado a um dos Arcanos Maiores do Tarot e repleto de simbologias.
O apocalipse contém descrição de cada um dos Arcanos Maiores do Tarot, além de diversas alusões ao trabalho de esculpir a pedra bruta dentro de cada um de nós, princípios da alquimia e da Grande Arte. Posso citar rapidamente o famoso “dragão de sete cabeças” que representa ao mesmo tempo os sete chakras e os sete defeitos capitais que precisam ser trabalhados no ser humano. Também nos remonta à Hidra de Lerna e os 12 trabalhos iniciáticos de Hércules, que também derrota um “lagarto de inúmeras cabeças”, e da história de São Jorge, entre diversos heróis de outras mitologias que derrotam dragões e salvam princesas.
Obviamente, a Igreja nunca vai admitir isso, afinal de contas, tarot, alquimia e afins são “feitiçaria” e “feitiçaria leva você diretamente para o Inferno”, então… como admitir que existem instruções para um iniciado montar seu próprio deck de tarot dentro da bíblia?
O 666 que não existiu na Idade Média
É muito importante notar que a associação entre o número 666 e qualquer coisa demoníaca, satânica ou anti-cristo NUNCA existiu durante a Antiguidade, Idade Média, Renascimento ou Idade Moderna. Não há NENHUM registro deste número como sendo adorado ou utilizado pelos pagões, hereges, bruxas ou feiticeiros queimados pela Inquisição. Nem mesmo as mentiras forjadas pela Igreja contra os Templários continham qualquer alusão a este número. Não havia qualquer ligação que fosse entre 666 e “diabo” ou “fim do mundo” ou “anticristo”.
Sei que a lavagem cerebral da mídia faz com que vocês acreditem que o número 666 foi associado ao diabo e ao fim do mundo desde sempre, mas é muito importante lembrar que, antes de Gutemberg, em 1456, simplesmente não existiam exemplares da bíblia que não fossem copiados à mão por monges e mantidos trancados à sete chaves dentro das Ordens Iniciáticas e da Igreja (assistam ao filme “O Nome da Rosa”), ou seja, NADA de conhecimento deste número por parte da população.
MESMO depois de Gutemberg, a bíblia ainda era um item extremamente raro e caro de se obter. Só para vocês terem uma noção da raridade e do quão caro era uma bíblia, o primeiro registro de uma bíblia usada dentro de uma loja maçônica (e olha que os maçons de antigamente eram REALMENTE poderosos) data do meio do século XVIII. Ao contrário do imaginário popular, o povão só tomou realmente conhecimento do conteúdo da bíblia depois da metade do século XIX. Bíblias dentro de casa só se tornam uma realidade depois da metade do século XX.
Mas então, da onde veio todo este medo?
O número 666 chama-se Aleister Crowley
Nascido na Inglaterra em 1875, Aleister Crowley foi uma das maiores autoridades esotéricas de nosso tempo. Menino prodígio, Crowley lia a Bíblia em voz alta aos quatro anos. Incansável estudioso das denominadas ciências ocultas, deixou uma vasta obra teórica, onde tenta mostrar como desenvolver e entrar em contato com a energia interior, e usá-la produtivamente para modificar por completo a vida. Crowley afirmava que essa energia que durante muito tempo procurou desenvolver através de ritos sexuais seria totalmente liberada com a chegada da Nova Era, período em que as leis sociais seriam definitivamente rompidas para que todos pudessem finalmente viver em plenitude. Crowley, que se auto-intitulava a Grande Besta 666, para desvincular-se totalmente de preconceitos religiosos, esforçou-se durante toda a sua vida para popularizar o esoterismo, e mais de uma vez revelou segredos de seitas fechadas, afirmando que o conhecimento é livre, e assim deve permanecer.
Somente por volta de 1904, quando Aleister Crowley assume o título de “To Mega Therion” (A Grande Besta), cuja soma numérica é 666 (Tiferet), e começa a ficar realmente famoso nos jornais europeus é que a associação entre o número e o Livro do Apocalipse passa a ser convenientemente explorada pela Igreja e pelos alucinados de plantão.
Crowley chamou tanta atenção para a magia que a Igreja não mediu esforços para demonizá-lo. A partir de Crowley, a associação entre 666 e magia e consequentemente magia e bruxaria e diabo que é o caldeirão de medos que a Igreja sempre gosta de agitar.
Em 1904-1910 surgem os primeiros panfletos e matérias alertando para o número 666 e a distorção sobre o “anticristo” (quando já percebemos que, na verdade, não existe um anti-cristo pois ninguém será contra o ser crístico que habita dentro de todos nós, mas sim contra as bases ditatoriais e dogmáticas da Igreja Católica/evangélica).
A partir de então, foi uma enxurrada de sensacionalismo barato associando bruxas, diabos, satãs, anti-cristos e tudo mais que você puder imaginar relacionado ao “Número da Besta”. Da mesma forma, a partir da metade do século XX, quando Anton la Vey funda a Church of Satan (Igreja de Satã) e adota o 666 como “número da sorte” (e, na minha opinião, laVey não fazia a menor idéia do que realmente representa o 666), ele passa definitivamente para o imaginário popular como associado ao final dos tempos, ao capeta, ao tinhoso e toda a ladainha de livros, filmes e textos que vocês estão cansados de saber…
Onde está Crowley?
Darei detalhes sobre Crowley, LaVey, MLO, ONA, ToS, CoS, LHP, o satanismo moderno, satanistas de orkut (também conhecido como “mamãe, olha como eu sou malvado!”), músicas, jogos e outras modas “satânicas” nas próximas colunas.
Resumindo, o que é necessário ser compreendido (para que possa ser ultrapassado), é que o número 666 jamais pôde (pode e poderá) estar associado a um ser humano específico, a uma organização particular, ou ainda, a quaisquer regiões, cidades ou países. Então as maluquices de associá-lo a Nero, a Júlio César, aos templários, ao Bill Gates, ao George Bush, ao Osama Bin Laden ou a qualquer outra pessoa não passam de invencionices sem nenhum fundamento ocultista.
65!
Respostas de 46
Realmente a releitura nos apresenta novos fragmentos interessantíssimos.
Grato por todos os ensinamentos.
ótima matéria, nunca havia me atentado a passagem da biblia onde é citato o 666
valww!
Eu sou evangélico e gostei bastante deste post. Eu penso que a bíblia deva ser lida com alta criticidade. Relacionando o que está com o tempo em qu foi escrito. Se você for ler a mesma e apenas aceitar tudo que está escrito ao pé da letra. Ou aceitar o que ministros, pastores e afins dizem, sem ter o trabalho de pensar a respeito, criticar, analisar, enfim. Você vai ficar alienado como muita gente por aí.
Parabéns, cara! Difícil ver um Evangélico de mente aberta postando aqui. Acho que é válido encararmos tudo dessa forma que tu falaste, analisando, pondo a massa cinzenta, que Deus nos deu, pra funcionar. Assim não perderemos tempo com coisas inúteis (TV), não desperdiçamos nosso voto… enfim, não nos enganarão tão facilmente.
Cada dia que passa a minha certeza sobre a igreja católica aumentam.
Se eu estivesse estudado a kabalah desde cedo seria um ser humano muito mais realizado e encontrado.
DelDebbio parabens.
The light of the Blind you’ll see,
The venom that tears my spine,
The Eyes of the Nile are opening you’ll see.
So we lay in a black embrace,
And the Seed is sown in a holy place,
And I watched and I waited for the Dawn.
Meu amigo…
Esse foi um dos posts mais esclarecedores que já li na minha vida.
Muito obrigado!
Concordo….
Interessante como a Igreja se aproveita de tudo… Até aquele momento Revelações 13:18 passara desapercebido, mas foi só um grande ocultista tentar chamar a atenção para a magia que a Igreja usou a interpretação literal do versículo.
Mas também, a passagem é tão literal que as massas nem poderiam pensar de outra maneira:
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.”
É por isso que o povão precisa de educação. Com um povo educado, essas e outras mentiras serão desmascaradas com o passar do tempo.
Ah, sim, esqueci de uma coisa no comentário anterior.
A passagem diz que “é o número de um homem”, e como visto que 666 é o número sagrado de Tiferet, o Sol, então faz todo sentido que seja o número de um homem, visto que o Sol é um símbolo relacionado ao principio masculino, certo?
Pois é Marcelo… Esse seu post foi, por assim dizer, profético!
Estava pensando essa semana que passou sobre como certas pessoas e/ou entidades fazem mal uso do apocalipse, ou por serem mal intencionadas, ou simplesmente por serem mal preparadas para entendê-lo mesmo.
Eu pessoalmente considero esse livro um dos mais interessantes da Bíblia, pelas razões que você mencionou ao falar do Apóstolo João. Acredito que alguém com certo conhecimento esotérico consegue absorver o real contexto em que esse belo livro está inserido. Não que eu seja mister nesse tipo de conhecimento, mas o que eu conheço sobre filosofia já me ajuda bastante a enxergar algo além de interpretações literais…
Achei o post muito bom!
Abs
Rapaz, tenho lido todos os artigos antigos do TdC e tenho ficado perplexo com tanto conhecimento e mistérios. Mas é muito bom começar a pensar diferente do rebanho. Muito obrigado por dispender seu tempo esclarecendo tantas coisas para todos.
Marcelo, vendo toda essa encenação da Igreja Católica fico com uma grande dúvida.
Os comandantes da Igreja ainda sabem do propósito original de Constantino? Ou isso foi esquecido durante os séculos? Pois se alguns ainda sabem, não consigo entender por qual motivo têm a cara-de-pau de continuar com essa mentira, escondendo o propósito romano; afinal, o Império Romano já acabou há muito tempo, o que há mais para ser defendido?
O que você acha sobre isso? Eles se esqueceram ou ainda sabem?
Uns 2 anos atras eu entedia 65! apenas como fatorial de 65.
otimo texto…
Não achei a explicação para o 65!, alguém poderia me esclarecer?
Grato
Para ver a paranóia a respeito disso, onde trabalhava, o diretor-geral pediu que o número do prédio 666 fosse mudado pois o número traria má sorte a instituição!
Muito bom!!!
Marcelo, falando de uma religião que parece usar muito a biblia( os Testemunha de J…) converso com eles tenho amigos que pertencem de coração a igreja, enfim eles afirmam que Jesus e o Arcanjo Miguel são os mesmos,e que o 666 nada mais é que uma forma de governo…outra coisa lendo suas revistas não deixei de reparar que à muita coisa lá que me lembra o ocultismo
Eu não consegui ver Crowley nessa imagem… Alguma dica?
É o careca mais próximo do canto superior esquerdo da imagem.
É incrível mesmo esse pavor que os cristitas tem do numero 666… eu sei disso pq eu fui um. Agora que me libertei dessa loucura e irracionalidade, vejo como o pensamento coletivo de uma igreja cega pelos dogmas pode fazer prejudicar o desenvolvimento de uma pessoa.
Imagino se fizessem um filme de nome 666. Ou sei lá… criassem alguma empresa ou marca. Ia ser “o bixo”. Muita polêmica.
Por outro lado, obrigado pela releitura do texto. Havia algumas coisas que não havia notado/ havia esquecido.
Grato.
DD, tentei montar o Kamea de Chockmah mas não consegui.
Como ele é o Sephirot 2, tentei montar um quadrado 2×2, mas de forma nenhuma consegui arruma os números de forma que as linhas e colunas dessem sempre a mesma soma, mas não dá.
Então só posso concluir que Chockmah não tem Kamea.
1 2
2 1
O Máximo q consegui foi isso.
Eu fiquei interessado na ligação entre a visita da Rainha de Saba ao Rei Salomão, e na ligação entre essa história e as ligações da kaballah com a umbanda e o candoblé.
O post que você prometeu fazer sobre isso já foi feito… pq eu queria saber qual foi.
MDD os links estao quebrados.
@MDD – Corrigido. Eles linkavam pro S&H, agora linkam direto aqui pro tdC mesmo.
MDD, o que é o número 65 que tem no final do artigo?
Anton LaVey foi um cara sério?
Qual foi o envolvimento da filha dele com o Padre Quevedo (por favor, sem detalhes sórdidos…)?
Pax!
Varios testos da coluna Teoria da Conspiração no Sedentario e Hiperartivo sumiram, não sei se é minha internet mas algumas paginas simplesmente não abrem.
@MDD – hummm, devem ter mudado os links lá. Vou dar uma olhada nisso, mas todos os textos já foram publicados por aqui, basta ir procurando nos textos antigos da categoria S&H que você acha.
Tio, eu vi em algum lugar, que o 666 era uma contração para se referir a algum tirano. Mentira então?
@MDD – em que lugar voce leu? na internets? ai fica dificil kkkk…
Então a passagem do Apocalypse: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender , senão aqueles que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e seu número é seiscentos e sessenta e seis.” quer dizer o quê?? Então o que é a Besta?? Por quê que ela é Chayah?? O livro do Apocalypse não é um livro Cabalístico. Da Bíblia somente o Pentateuco (Torá) é.
Momentos em que a palavra Besta é usada na Bíblia:
“Descrição bíblica
João, discípulo de Jesus, relata que estava na ilha de Patmos quando foi arrebatado em espírito, e teve uma visão que relatou no livro de Apocalipse. Especificamente em Apocalipse 13 João descreve que viu subir do mar uma besta de sete cabeças e dez chifres. A besta era semelhante ao leopardo, como pés de urso e a cabeça de um leão. João conta detalhes sobre a besta, suas características e ainda sobre um dragão que interage com a besta. Em seguida ele relata que viu subir da terra outra besta de dois chifres semelhantes aos de um cordeiro e que e falava como o dragão e era mais poderosa que a primeira besta. É neste texto bíblico que o sinal da besta (o número 666) é citado e identificado.”
A Pergunta é: todas as vezes que a palavra Besta é usada no Apocalypse: “Então vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças nomes de blasfêmia.” (Apocalipse 13:1) e em “E vi subir da terra outra besta, tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão.” (Apocalipse 13:11)”. Nas duas o sentido é o mesmo, de Chayah ou Chorozon?? Mesmo lembrando que o Novo Testamento (Incluindo o Apocalypse) não são livros Cabalísticos??
Estou chocado… Parabéns! Como eu fui idiota sobre esse assunto! Da até raiva kkk agora sim faz todo o sentido, o Apocalipse é um livro para iniciados! Por isso nada faz sentido quando eu leio, que triste…
Obs: Também sou evangélico, mas agora sempre estou frequentando esse site!
Quem vem aqui pra xingar e falar que é do capeta é bem do ignorante!
Uma dúvida: se a Bíblia fala sobre essas coisas pq logo em seguida condena a magia a feitiçaria, os adivinhos e joga todo mundo no lago de fogo? Não faz sentido! Seria um contradição.
Ah, eu também vi em um vídeo que falava que o 666 era consciência inferior e o 777 a consciência superior (topo da pirâmide). Ao que parece isso também estava errado…
DD, eu fiz um comentario esses dias aqui sobre um estudo dizia que o número da besta seria 616, e ele sumiu. Ele foi apagado? Obrigado
@MDD – Nao apareceu. Mas de qualquer maneira, nem se esquente com isso porque está errado. O Kamea do Sol é 666 mesmo. Basta fazer um quadrado de 6×6 (numero de Tiferet) e colocar os numeros de 1 a 36 nele, depois somar 1+2+3+4+5…+34+35+36 = 666. Qualquer um pode fazer a conta e verificar.
Muito bom seu blog. Parabéns.
Paz profunda.
Cleber Lacerda FR+C
E o que significa Besta?
Me interesso muito por esses assuntos esotéricos, magias, alquimias, e etc. Mas eu queria saber mesmo como eu faço para seu um iniciado, começar em alguma fraternidade, alguém, ou o próprio dono do site pode me dizer?
Uma dúvida.
Citaram Salomão para dizer que até mesmo a Bíblia permite a utilização de feitiçaria.
Porém, no capítulo seguinte (I REIS 11) cita que Deus rejeitou a Salomão, pois permitiu que a prática de outros reinos entrassem em Israel (práticas religiosas, como feitiçaria e a própria Goethia). E a kabbalah começou justamente por Salomão, ao entrar em contato com outros povos pagãos.
Logo, citar o caso de Salomão como alguém a ser considerado tanto por Deus quanto pela história judaico-cristã não seria tendencioso?
Att,
Agora estou m e lembrando dos filmes ” A Profecia” e rindo demais aqui! Como todos aqueles conceitos do demônio e do 666 são colocados de forma tão convincente, a ponto de conseguirem enganar à maioria das pessoas, sem ninguém se questionar….muito bom seus esclarecimentos,Marcelo!!! A cada vez q eu venho aqui,não me dá vontade de parar de ler!
Tbem adorei a posição de 2 evangélicos que vieram ler esses post,e souberam se posicionar com a mente aberta,sem criticar,sem querer discussão ! Isso sim é QUERER EVOLUIR DE VERDADE !
Ótimo post! Foi muito bom esses esclarecimentos sobre o 666, pois na minha infancia eu fui criado como um católico fervoroso e um belo dia percebi que o me nome e os 2 sobrenomes todos possuiam 6 letras ou seja ” 666″ e deste muito tempo eu me preucupava achando que eu no fundo podia ser algo do demonio ouo anticristo hahahahhahahahahaha
Tudo que está oculto será manifestado; É bíblico. No entanto a ignorância de alguns não tornam a ignorância dos outros em sabedoria. Cuidado com expertise de muitos que se dizem doutores e sábios. Jamais se faça sábio a ti mesmo. Estudem as diversas obras sobre “história do cristianismo”. O próprio apóstolo Paulo chamou a gnose (i.e., ciência, conhecimento) praticada por muitos na época da igreja “primitiva” de falsa, de blasfema… e chamou de apóstata os que se desviaram da simplicidade da fé para seguir esta FALSA gnose. Estudem sobre a história de Éfeso e regiões circunvizinhas. Estas cidades estavam mergulhadas no ocultismo, na idolatria etc…
queriam matar os apóstolos por expulsarem um espírito IMUNDO de uma mulher e assim, os senhores dela perderam dinheiro. Assistam ao filme “PI”. Assim como existe a falsa gnose, também existe a falsa matemática.
PAZ DE YHWH SEJA SOBRE TODOS.
Grande Marcelo!
Depois que vi a capa do Iron Maiden lembrei da música the Educated Fool. Apesar de ser de um dos cds menos populares deles (o Virtual XI), a letra é genial…. e parece de certo modo uma reflexão interna de uma pessoa prestes a ser iniciada, ou prestes a realizar descobertas pessoais “past the point of no return”.
A letra
http://www.darklyrics.com/lyrics/ironmaiden/virtualxi.html
Refletir sobre tudo que lhe foi ensinado, prestes a abrir então a página 1 do livro, questionando se talvez este seja o renascer da vida (morte/renascimento). Vontade de saber o que mais há para se saber, observar o centro da própria alma, a sensação que não exploramos totalmente nossas capacidades, levantar a pedra não mexida (seria uma entrada para uma caverna???), viver todos os desejos, entrar na luz, sentir realização e não medo.
Eu posso ter falado muita merda, mas depois de ler alguns textos aqui no TdC, não pude deixar de me lembrar dessa letra… e é Iron, huahha
Abraço
Um certo cabalista Autoditada que adora fazer caça palavras com a Torá chamado D.S.V. certa vez falou que 666 é o número de Cesar mais precisamente Nero! rs
Estou lendo o livro o grande computador celeste e tive uma dúvida. Ao ler o Apocalipse o texto mencionado fala de duas bestas de modo ruim, tipo “enganaram”, “obrigaram”, etc. E aqui no texto o número está associado ao bem. Eu não entendi, parece que as duas hipóteses não convergem. Será que você pode me explicar melhor?
Uma dúvida bem simples, já que o Apocalipse é uma série de instruções para se montar um Deck de Tarot, que é “coisa do Diabo”, por quê Constantino ou qualquer Concílio de Niceia não simplesmente o aboliu ao invés de modificar o significado?! Causar medo do fim do mundo?!