Estudos de Constelações – parte 02

Em 1930, a União Astronômica Internacional dividiu o céu em 88 constelações. Desta forma, cada pedaço no céu pertence a uma (e apenas uma) delas.
Esta mini-coluna no Blog pretende estudar cada constelação; suas características, lendas em diversos países e estrelas principais com atribuições de sorte ou azar.
Parte 01

Vou propor um estudo para vocês. A cada semana, separarei 8 constelações com o que consegui reunir na Wiki de ocultismo e passar uma lição de casa. Vocês vão buscar nos sites informações sobre a origem de cada constelação, imagens, curiosidades sobre as estrelas principais, teorias ufologicas, etc… o que vocês conseguirem encontrar para complementar (pode ser tradução de sites gringos).
Coloquem os textos que forem encontrando nos comments e eu vou repassando para a Wiki. Desta maneira, ao final destas 11 semanas, teremos a melhor referência de Constelações da net em Português e todos teremos aprendido bastante sobre mitologia, constelações e sobre o céu. Que tal?
As Constelações desta semana são:
Bootes, o boieiro
Caelum, o cinzel
Camelopardalis, a girafa
Cancer, o caranguejo
Canes Venatici, os cães de caça
Canis Major, o cão maior
Canis Minor, o cão menor
Capricornus, capricórnio, a cabra do mar

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Respostas de 3

  1. O que seriam as estrelas behenias?
    @MDD – São as estrelas principais que possuem conexões com algumas entidades que estão no Planeta.

  2. Como Capricornus remete às lendas de Pan, achei o Hymn to Pan, do Crowley. O Fernando Pessoa traduziu assim:
    (*)Vibra do cio subtil da luz,
    Meu homem e afã
    Vem turbulento da noite a flux
    De Pã! Iô Pã!
    Iô Pã! Iô Pã! Do mar de além
    Vem da Sicília e da Arcádia vem!
    Vem como Baco, com fauno e fera
    E ninfa e sátiro à tua beira,
    Num asno lácteo, do mar sem fim,
    A mim, a mim!
    Vem com Apolo, nupcial na brisa
    (Pegureira e pitonisa),
    Vem com Artêmis, leve e estranha,
    E a coxa branca, Deus lindo, banha
    Ao luar do bosque, em marmóreo monte,
    Manhã malhada da âmbrea fonte!
    Mergulha o roxo da prece ardente
    No ádito rubro, no laço quente,
    A alma que aterra em olhos de azul
    O ver errar teu capricho exul
    No bosque enredo, nos nás que espalma
    A árvore viva que é espírito e alma
    E corpo e mente — do mar sem fim
    (Iô Pã! Iô Pã!),
    Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
    Meu homem e afã!
    Vem com trombeta estridente e fina
    Pela colina!
    Vem com tambor a rufar à beira
    Da primavera!
    Com frautas e avenas vem sem conto!
    Não estou eu pronto?
    Eu, que espero e me estorço e luto
    Com ar sem ramos onde não nutro
    Meu corpo, lasso do abraço em vão,
    Áspide aguda, forte leão —
    Vem, está fazia
    Minha carne, fria
    Do cio sozinho da demonia.
    À espada corta o que ata e dói,
    Ó Tudo-Cria, Tudo-Destrói!
    Dá-me o sinal do Olho Aberto,
    E da coxa áspera o toque erecto,
    E a palavra do louco e do secreto
    Ó Pã! Iô Pã!
    Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã Pã! Pã.,
    Sou homem e afã:
    Faze o teu querer sem vontade vã,
    Deus grande! Meu Pã!
    Iô Pã! Iô Pã! Despertei na dobra
    Do aperto da cobra.
    A águia rasga com garra e fauce;
    Os deuses vão-se;
    As feras vêm. Iô Pã! A matado,
    Vou no corno levado
    Do Unicornado.
    Sou Pã! Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
    Sou teu, teu homem e teu afã,
    Cabra das tuas, ouro, deus, clara
    Carne em teu osso, flor na tua vara.
    Com patas de aço os rochedos roço
    De solstício severo a equinócio.
    E raivo, e rasgo, e roussando fremo,
    Sempiterno, mundo sem termo,
    Homem, homúnculo, ménade, afã,
    Na força de Pã.
    Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
    (Magick in Theory and Practice, de The Master Therion, prefácio de
    Aleister Crowley, 1929.)
    Como tem uma semana pra isso, vou tentar traduzir para o português brasileiro. Talvez faça mais sentido do no lusitano.

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