A suástica é um dos símbolos mais difundidos e antigos. É encontrado do Extremo Oriente à América Central, passando pela Mongólia, pela ìndia e pelo norte da Europa. Foi conhecido dos Celtas, dos Etruscos, da Grécia antiga; o ornamento chamado grega deriva da suástica. Alguns quiseram remontá-lo aos atlantes, o que é uma maneira de indicar sua remota antiguidade.
Qualquer que seja sua complexidade simbólica, a suástica, por seu próprio grafismo, indica manifestamente um movimento de rotação em otrno do centro, imóvel, que pode ser o ego ou o pólo. É portanto símbolo de ação, de manifestação, de ciclo e de perpétua regeneração. Neste sentido, muitas vezes acompanhou a imagem do salvador da humanidade: o Cristo, das catacumbas ao ocidente medieval e ao nestorianismo das estepes: Os Cristos romanos são geralmente concebidos em tornod e uma espiral ou de uma suástica: essas figuras harmonizam a atitude, organizam os gestos, as dobras das roupas. Por aí se vê reintroduzido o melhor símbolo do turbilhão criacional em torno do qual estão dispostas as hierarquias criadas que dele emanam… ; o Buda, pois dele representa a Roda da Lei (Dharmachakra) girando em torno do seu centro imutável, centro qeu frequentemente representa Agni.
A simólica dos números ajuda a comprender melhor o sentido de força totalizadora deste emblema: a suástica é feita de uma cruz, cujas hastes – como nas orientações vetoriais que definem um sentido giratório e em seguida o enviam de volta ao centro – são quadruplicadas. O seu valor numérico é, portanto, de quatro vezes quatro, i.e., dezesseis. É o desenvolvimento da força da Realidade, ou do Universo. Como desenvolvimento do universo criado, associa-se a essas grandes figuras criadoras ou redentoras invocadas acima; como desenvolvimento de uma realidade humana expressará o extremo desenvolvimento de um poder secular, o que explica as suas atribuições históricas, de Carlos Magno a Hitler. Aqui, o sentido da rotação intervirá, igualmente, que se trate do sentido direto astronômico, cósmico e, portanto, ligado ao transcendente – é a suástica de Carlos Magno; ou do sentido inverso, dos ponteiros de um relógio, querendo colocar a infinitude e o sagrado no temporal e no profano – é a suástica Hitleriana. Guénon interrpeta esses sentidos contrários como a rotação do mundo visto de um e de outro pólo; os pólos aqui, são o homem e o pólo celeste, e não os pólos terrestres.
Essa simobologia, em todos os casos totalizante, é encontrada na China, onde a suástica é o sinal do número dez mil, que é a totalidade dos seres e da manifestação. É também a forma primitiva do carater fang, que indica as quatro direções do espaço. Também podera ter uma relação com a disposição dos números do Lo-chu, que em qualquer caso, evoca o movimento de giro cíclico.
Considerando-se sua acepção espiritual, a suástica às vezes simplesmente substitui a roda na iconografia hindu, por exemplo, como emblema dos nagas. Mas é também o emblema de Ganeça, divindade do conhecimento e, às vezes, manifestação do princípio supremo. Os maçons obedecem estritamente o simbolismo cosmográfico, considerando o centrod a suástica como a estrela polar e as quatro gamas que a constituem como as quatro posições cardeais em tornod a Ursa Maior, o que pode ajudar a interpretar a reflexão de Guénon mencionada acima. Há ainda formas secundárias da suástica, como a forma com os braços curvos, utilizada no País Basco, que evoca com especial nitidez a figura da espiral dupla. Como também é da suástica clavígera, cujas hastes constituem-se de uma chave: é uma expressão muito completa do simbolismo das chaves, o eixo vertical correspondendo aos solstícios, o eixo horizontal, à função real e aos equinócios.
A doutrina-filosófica sincrética Seicho-No-Ie, fundada na primeira metade do século XX pelo japonês Masaharu Taniguchi, trouxe a suástica como um dos seus símbolos. A suástica ali utilizada está mais para a Cruz do Sol nórdica que para o símbolo budista.
Nos Estados Unidos a suática foi muito utilizada antes do nazismo. Além da Sociedade Teosófica, fundada em Nova York, e das tribos nativas, como os Navajos, até a década de 1930 a suástica era frequente no Sudoeste americano em suvenires, como mantas, medalhinhas e outras lembranças.
Suástica é o nome de uma pequena comunidade do norte de Ontário, no Canadá, situada a aproximadamente 580 quilômetros ao norte de Toronto, e 5 quilômetros de Kirkland Lake, cidade à qual pertence. A vila de Suástica foi fundada em 1906. Ouro foi descoberto perto dali e a Swastika Mining Company foi formada em 1908. O governo de Ontário tentou mudar o nome da cidade durante II Guerra Mundial, mas a população resistiu.
No Brasil, o uso da suástica para fins nazistas constitui crime, de acordo com a lei 9.459, de 1997, como dispõe o parágrafo primeiro do seu artigo 20:[3]
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
Fontes:
Wikipédia: Suástica
CHEVALIER, Jean, Dicionário de Símbolos
Respostas de 9
Aquela segunda imagem , em preto e branco , não é o selo pessoal de Helena Blavatski ? ou estou enganado ?
@Luciuxlynx – O próprio
Se eu usar a primeira suástica do post, estarei energizado?
@Luciuxlynx – Depende. O simbolo em si possui energia e qualidades próprias, como demosntrado no texto. Você pode atrair elas para si, mas ao retirar (como em forma de pingente ou impresso em papel na carteira, as propriedades não se mantém contigo. É como andar com um Pentagrama na carteira ou no pescoço: ele protege, mas o ritual é mais efetivo. Você pode usar o símbolo como sigilo, ou como parte de um, desde que saiba como montá-lo, neste ultimo caso.
Gostaria de entender a respeito da direção da Suástica. Vejo desenhos em que ela gira da direita para a esquerda, outros da esquerda para direita… O que significa a direção da suástica? Obrigado.
Suástica ou Sovástica?
cafeontherocks.com.br/2011/10/suastica-ou-sovastica.html
Luciuxlynx – Suástica
E eu achando que a suástica nazista era totalmente do mal… é como a utilização da faca…
@Luciuxlynx – É por essas e outras que se faz necessária a argumentação do contrário. Tirar o véu que a falta de informação trás é essencial para poder ver mais e mais longe.
Realmente.. vivendo, buscando e aprendendo… É a gente está acostumado a achar que documentários tipo Discovery Channel, History channel, é o maximo da informação bem pesquisada…
O simbolismo da Suática foi muito maculado pelo Nazismo e continua com uma Pecha enorme dada pela grande mídia mundial. Tanto é que poucos teriam a coragem de andar na rua com uma camisa com a estampa da suática bem grande na frente. Sinceramente eu não teria.Você teria essa coragem @Luciuxlynx???
@Luciuxlynx – Infelizmente o descaso com a informação e a decorrente ignorância ainda são grandes, e muitos preferem fechar os olhos pra tentativas de trazer coerencia e conhecimento à baila. Eu usaria, mas não em público.
Olá, seria interessante um post em sequência a esse sobre o V da Vitória, e a história de seu uso na segunda guerra que relaciona Crowley a Churchill.
salvese!
a primeira vez que eu entrei em contato com o MDD eu tentei comunicar que achava a busca dele muito parecida com a de um outro cara que tive a oportunidade de compartilhar parte do caminho…
a busca desse cara era pelo real reconhecimento da swastika!
tem muita coisa para tentar digerir no blog dele…
http://kachina2012.wordpress.com/ (inglês avançado necessário)