A Crença do Espiritualista

Através de diálogos pela internet uma vez fiquei sabendo de uma história, conforme contada por um amigo cético. Ele dizia que um amigo a quem admirava a inteligência sofreu um acidente de carro e ficou alguns dias desacordado. Ao recobrar a consciência, consta que ele perguntou “se ainda estava vivo, ou se já estava do outro lado”. Seu amigo era espírita e acreditava em vida após a morte (na realidade, em vida após a vida), e ele se perguntou: “mas como uma pessoa tão inteligente pode crer numa coisa dessas?” – Esta é uma excelente pergunta…

Muitos céticos e aqueles classificados como “eruditos ou intelectuais” parecem não conseguir resolver tal enigma. É que eles esbarram em duas interpretações algo preconceituosas: a primeira é a de que a fé não pode ser racional, e a segunda é a de que a grande maioria dos espiritualistas e religiosos é alienada da realidade. Este artigo tentará abrir os olhos dessas pessoas, para que possam analisar aos espiritualistas pelo que eles realmente são: pessoas como qualquer outra, mas que consideram a possibilidade da existência do espírito.

Fé e Razão
A etimologia da palavra “fé” nos traz duas origens não necessariamente complementares. A primeira deriva do grego pistia e quer dizer “acreditar”. Este é o significado mais usual, entretanto ainda incompleto, pois não basta crer, é necessário também compreender a razão pela qual se crê. Esta é a chamada fé raciocinada. Antes de ser uma contradição, como podem pensar alguns, o uso da razão solidifica a fé, pois ao analisarmos o objeto de nossa fé, compreendo-o e aceitando-o, estamos criando alicerces que tornarão nossa fé inquebrantável, fortalecendo-nos frente aos desafios mais árduos. Por outro lado, a fé sem a razão é frágil, está sujeita a ser desfeita e pode, frente ao menor abalo, desmoronar. Ou ainda pior, esta fé irracional pode nos conduzir ao fanatismo, a negação de tudo que seja contra o nosso ponto de vista. Por não ser oposta a razão, a pistia é por si mesma não dogmática e, portanto, perfeitamente compatível com o ceticismo.

Mas temos uma outra origem da palavra “fé”, derivada do latim fides, que também possui o sentido de acreditar, mas agrega a este o conceito de fidelidade, ou seja, é necessário que sejamos fieis ao objeto de nossa fé. Falando em fé religiosa, estamos falando em Deus, portanto é preciso que sejamos fieis a Deus e isto só é possível seguindo os seus preceitos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos”.

No entanto, é preciso tomar muito cuidado na definição deste Deus, pois muitas vezes as pessoas de fé seguem o deus definido pelo discurso eclesiástico, quando o caminho da espiritualidade nos leva a busca de nossa própria definição de Deus. E isso nos leva ao contraponto do segundo tipo de interpretação preconceituosa…

O Deus de cada um
Cada doutrina religiosa traz sua própria concepção de Deus, e na maioria das vezes elas são conflitantes. Isto, por si só (e não sem razão), já soa absurdo para aqueles que cultivam um pensamento mais cético e racional. Não é a toa que muitos acabam taxando a maioria dos teístas de alienados: se não chegam a um acordo sequer sobre a natureza de Deus, como podem querer ditar regras de conduta a serem seguidas?

Essa pergunta é pertinente porque toca no cerne da religiosidade. O verdadeiro religioso não é aquele que se inscreveu em uma comunidade dos escolhidos de Deus (a origem de “igreja”, do grego ekklesia), mas aquele que pratica uma comunhão com Deus ou com o Cosmos, um caminho de retorno a compreensão de sua própria origem (do latim re-ligare, origem de “religião”). Desnecessário seria dizer que são definições bastante distintas, e que embora todo seguidor de igrejas possa ser religioso, nem todo religioso é seguidor de igrejas. Mas, ainda mais profundo do que isso: a todo verdadeiro espiritualista parece mesmo óbvio que a forma de comunhão com Deus (ou o Cosmos) é própria de cada um, pessoal e intransferível. Não serão livros nem padres nem gurus espirituais quem poderão lhe ensinar – todos esses ajudam, mas cada um aprende por si próprio, e na prática.

Uma comparação pertinente pode ser feita entre aprender espiritualidade e aprender a nadar: de nada adianta ler extensos manuais sobre natação, ou infindáveis palestras de grandes nadadores – você só irá se tornar um grande nadador se tomar coragem de mergulhar e enfrentar as ondas por si próprio.

O verdadeiro espiritualista não é, portanto, um alienado da realidade. Ele apenas mergulhou na própria consciência, enquanto outros (não sem razão) preferiram abster-se da aventura.

Navegar é preciso
Para o espiritualista em constante estudo e deslumbramento perante o infinito do Cosmos, a razão e a fé andam lado a lado com a moral e o amor, e ele encontra na religião, assim como na filosofia e na ciência, preciosos instrumentos para sua longa caminhada…

Nada pode ter contra o cético. Se este ainda não acredita, é por dois motivos: ou porque ainda não passou pela mesma experiência religiosa – e, portanto, subjetiva – que o espiritualista; ou porque simplesmente o espírito realmente não existe, e todas as questões espirituais se resumem a questões psicológicas, a serem analisadas conforme o avanço da ciência. Em ambos os casos, não há razão para nenhuma inimizade entre o espiritualista e aquele que não crê.

Na verdade, se alguém tem o dever moral de evitar brigas e permanecer em postura apaziguadora e amorosa, este é o espiritualista – que bem ou mal, assumiu a responsabilidade de assim o ser, um ente amoroso e equilibrado. Os outros não têm responsabilidade alguma, tampouco Deus algum para lhes inspirar temor, e não há nenhum problema nisso.

Pois que se o caminho espiritual foi trilhado apenas por medo de punições divinas, por barganhas ridículas em troca de um céu para poucos, então ele já se iniciou na direção errada. Que aquele que ainda não compreendeu que todos os seres do infinito são filhos da mesma substância, e que entrarão todos no céu de mãos dadas, é porque ainda está no início da trilha.

Então, perdoai-vos, pois eles não sabem o que fazem. E perdoai-nos, pois nós também não. Mas dos confins do Cosmos uma ponta da longa teia é puxada, e todos somos impelidos em sua direção… quer compreendamos, quer não.

***

Crédito da foto: 21guilherme

 

O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph). Também faz parte do Projeto Mayhem.

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Respostas de 71

  1. Não me classifico em nenhum tipo de denominação, não sou religioso nem tenho fé em qualquer deus ou entidade, mas estou sempre aberto a saber o ponto de vista de quem os tem e esse post foi um dos mais interessantes que já li.
    Parabéns ao autor.

    1. Obrigado, é muito interessante ver esse diálogo entre religiosos e não religiosos, no fim das contas todos os seres sensatos creem no entendimento, na amizade, na eterna busca de conhecimento… Não é ncessário interpor um “deus barreira” entre nós, independente da crença de cada um.

  2. “Mas dos confins do Cosmos uma ponta da longa teia é puxada, e todos somos impelidos em sua direção… quer compreendamos, quer não.”
    Sublime!

  3. O tema ciência (razão) e espiritualidade (fé) é fonte de riqueza e crescimento. Por esse motivo deixo aqui a referência de uma palestra que me apresentou um cenário riquissimo de conhecimento e gostaria de compartilhar com voces. O palestrante é um cientista espiritualista – Sergio Felipe de Oliveira – da USP. O tema – A glândula Pineal Novos Conceitose avanço nas pesquisas. Vale a pena.
    http://www.youtube.com/watch?v=IcJw4-Ccbss
    TFA

    1. Realmente essa palestra é bem interessante. Mas os materialistas (céticos) podem se sentir ofendidos com o que ele diz em certos momentos, e com razão. Preferiria que ele não insistisse em “cutucar” os materialistas de vez em quando, as vezes fora de contexto, até mesmo porque o conteúdo de suas pesquisas fala por si só.

      1. Sim Rafael, eu tenho que concordar contigo, ele é um tanto provocativo e pode as vezes causar um certo incômodo em algumas pessoas, mas me permite defendê-lo nesse particular, pois há inúneras comprovações pela lógica do bom senso que cada um tem, bastando apenas que uma pessoa se ligue um pouco em sua vida, sem precisar recorrer às comprovações científicas, apenas usar sua própria sensibilidade. É uma faculdade que todos possuímos. Em alguns, tal potencialidade pode apenas estar adormecida. Em suas diversas palestras há muita lógica e obviedade e qualquer ser humano que raciocina, pode perfeitamente compreender, por seu bom senso, que somos bem mais que apenas um corpo. Mas é claro que devemos respeitar a velocidade com que cada um tem o direito de se descobrir e despertamento natural do conhecer-se é mesmo de foro íntimo. Deixo aqui uma de suas palestras:
        http://www.youtube.com/watch?v=hfacSMB7dxI
        Rafael, gostei de ter participado. Fico à sua inteira disposição se desejar falar mais a respeito.
        abraços,
        Anselmo
        @raph – Essas participações dele no programa Transição são todas muito boas. Ali ele não está preocupado em alfinetar ninguém, e parece mais relaxado em geral. Realmente é de uma lucidez impressionante a forma com que ele aborda os temas espiritualistas nesses programas que participou.

    2. Gostei de suas palavras. Parabéns.
      Também gosto muito do Dr. Sérgio Felipe. Fico à sua disposição para compartilhar assuntos a esse respeito. Deixo um link bem interessante, quando ele esteve na Seara: http://www.youtube.com/watch?v=jaFK2l7Vlwc
      abraços
      anselmo
      @raph – Este vídeo particularmente ainda não vi, mas verei assim que possível. Obrigado.

  4. “mas como uma pessoa tão inteligente pode crer numa coisa dessas?”
    http://hypescience.com/6-besteiras-sobre-psicologia-que-todo-mundo-acredita/
    No link acima desmente algumas coisas sobre psicologia, o 3° tópico fala sobre as pessoas que acham que religiosos são zé manés!!
    Esse preconceito vem é da tv mesmo, vários vídeos no youtube mostram o papel ridículo que alguns pastores fazem e que ainda há pessoas que acreditam em besteiras como aquela. É daí, em minha opinião, que vem a maior parte do preconceito, achar que coisas do tipo acontecem em todas as igrejas.
    As pessoas são religiosas, também em minha opinião, por Medo! Medo de serem responsáveis por seus atos, medo de solidão, medo de serem desamparados (afinal ter um deus que te ama e te recompensará por todas as dificuldades nesta vida é bem reconfortante), medo de ter desperdiçado sabe se lá quantos anos acreditando piamente em sua crença, se abstendo de algumas experiências que gostaria de passar, passando por experiências que não gostaria de passar, e por ai vai… a lista de medo vai se estendendo sabe se lá até quando.
    É claro que o que eu escrevi foi bem generalizado e não podemos esquecer, como sita no artigo, o ser humano é um ser social, e querendo ou não, as pessoas quando nas igrejas são bem simpáticas, o que para os “Forever Alone” da vida é o máximo, o quer não quer dizer necessariamente que é algo negativo na vida deles!!
    Tudo tem seu lado positivo e negativo, o problema é que normalmente um sobressai mais que o outro normalmente.

    1. Isso que trouxe é bem interessante, e já pensei em escrever sobre o assunto um dia.
      Talvez muitos conheçam: amigos ou parentes que entraram em alguma igreja, se tornaram “profundamente religiosos”, mas após alguma briga ou desentendimento com a IGREJA terminam por sair não somente da instituição ou seita a qual faziam parte, mas abandonam também a doutrina, a RELIGIÃO em si…
      E o que sobra? Quase sempre a crença em Deus. Mas que Deus seria esse, se cada doutrina o interpreta a sua maneira, e você acaba de abandonar uma delas?
      Ou seja, as vezes me parece (claro, com exceções) que quem larga uma religião porque brigou na igreja, é antes porque parou na igreja, e nunca chegou propriamente a ser religioso, pelo menos não no sentido original da religiosidade (religação a Deus ou ao Cosmos)… Ou talvez fosse melhor dizer que ficou na beirada no oceano da espiritualidade, sem nunca haver mergulhado muito fundo.

  5. Parabéns pelo artigo!
    Acrescento que ninguém alcança os níveis superiores da consciência pelo simples fato de se nomear Espírita, Umbandista, Budista, Católico, Protestante ou Ateu.
    O critério que define o mérito que cada um tem de ocupar um lugar no “livro da vida” são as ações do dia a dia.
    É como se diz: Conheça a ti mesmo!
    Ou seja, conheça as suas virtudes e os seus defeitos.
    Em relação as suas virtudes, faça com que elas resplandeçam a luz, iluminando o caminho daquele que necessita de ajuda.
    Em relação aos seus defeitos, transforme-os em virtudes através da sabedoria absorvida das experiências da vida.
    Como diria Tiago o menor: a fé sem obras é morta.
    E digo a mais: as obras são a exemplificação da fé em seu estado puro e elevado.
    Paz e Luz!

    1. A todos:
      Obrigado pelos comentários. Eu não estava acostumado a receber tantos de uma vez, então aqui no TdC não terei como responder a todos. Mas saibam que leio eles todos, até mesmo porque tenho de aprovar um por um 🙂
      @MDD – Raph, usa a função “quick edit” para colocar as suas respostas junto com o comentário de cada pessoa. Permite que voce responda até em comentários que já foram aprovados.
      @raph – Entendi, beleza vou responder dessa forma agora…

  6. Acho que o caminho para a nossa consciência seje este mesmo o saber que todos somos espiritos e que todos estamos trilhando na busca de um ceu para todos.

  7. Texto muito bom! Me identifiquei de imediato.
    Minha religião eh a arte, afinal, independente de existir vida apos a morte ou existencia de um Deus ou nao, a arte demonstra a capacidade de transcender do ser humano…
    Shakeaspeare eh meu pastor e nada me faltarah.
    @raph – Heh, eu sou formado em Belas Artes pela UFRJ, meu primeiro contato com filosofia foi só na faculdade (Kant pela estética da arte, depois resolvi ler Platão e nunca mais parei), pena não ter tido antes… Mas eu costumo dizer que minha religião é meu pensamento. Em todo caso, é o pensamento que elabora a Arte.

  8. Parabéns pelo post. Muito maduro.
    Por isso defini meu caminho espiritualista em Ordens como a Rosacruz (AMORC), Maçonaria e Martinismo, mas sem deixar de visitar a biblioteca de todas as culturas….
    Talvez a mensagem essencial seja a de que temos um Deus de nosso coração e um caminho exclusivo, desde que seja cheio de compreensão com o caminho dos outros.
    Obrigado e Paz Profunda!
    @raph – Obrigado Maurício. Bem eu acredito que uma pergunta do tipo “o que é Deus para você?” sempre faça mais sentido em uma conversa do que algo como “Você crê em Deus?”, ou ainda “Deus é assim… Não, Deus é desse jeito!”… Ainda falarei muito sobre isso aqui na coluna 🙂

  9. Ótimo post, excelente iniciativa! Já lia seus textos diretamente no TPR e agora com a coluna aqui ficou melhor ainda.
    Grande abraço.
    @raph – Outro abraço, Felipe. Eu sei que você deu já muitos retweets do TPR no Twitter, agradeço por eles 🙂

  10. Engraçado que refleti sobre o mesmo assunto tratado no texto hoje de manhã. De qualquer forma, não haveria forma melhor para estrear a coluna. Muita sorte nessa nova empreitada 🙂

  11. Rafael , muito bom texto. Foi muito observador na hora de lidar com esse paradoxo do momento: RELIGIÃO.
    Tambem gostei do comentario do” vitor hugo” descortinando uma lista de medo e insegurança da parte de muitos fiéis. Parece que a palavra de Deus durante séculos foi mal interpretada tanto por clérigos leigos, como por adeptos fanáaticos.
    Visitando as paginas do “velho testamento”, da para ver em que os dignitarios desta terra justificaram suas atrocidades, escravização e toda a sorte de desgraça que recaiu sobre o mais fraco.
    Gnósticos como Raul seixas costumava se referir a Deus em suas canções: ” Minha mãe me disse a tempo atrais… onde vc for Deus vai atrais… Deus vê sempre tudo o que cê faiz , mais eu não via a Deus…achava assombração”.
    Raul sempre relutou contra a idéia dos antigos hebreus ter criado o esteriótipo severo do Deus de Israel…Einsten disse uma vez querer conhecer Deus em toda sua magnitude, não é a toa a sua famosa frase: “A religião do futuro será cósmica ela transcenderá um Deus pessoal evitando os dógmas e a Teologia”.

  12. Ótimo texto, como sempre. Entretanto discordo de um ponto específico:
    “Na verdade, se alguém tem o dever moral de evitar brigas e permanecer em postura apaziguadora e amorosa, este é o espiritualista”
    Céticos de certa forma também tem esse dever, não? Já que assumem esta postura com base na inteligência, e inteligência pressupõe abertura e compreensão. De que adianta tanta inteligência se ela não lhe ajuda a perceber a hora de ficar quieto? entendendo que o crente (seja qual for) PREFERE ver o mundo de determinado modo, seja porque vivenciou alguma experiência espiritual ou porque o aspecto consolador de alguma religião lhe ajuda a suportar o peso da existência… não?
    Um abraço!!!
    @raph – Oi Ronaud 🙂
    Bem você acaba de tocar numa certa “pegadinha” que deixei no texto. Na verdade, isso dá um bom debate. Será que somente os espiritualistas tem o “dever moral” de serem amorosos? (…) No fim, o bem “paga” a si próprio. Ser amoroso não deveria ser nenhum “dever”, mas sim uma busca eterna. Ser amoroso é ser o seu próprio bem.

    1. É vdd é um “dever” da civilização ser assim. Pelo menos era pra termos isso com alvo, porém…rs
      ainda não li o texto todo, mas parabéns desde já, e confimarei os parabéns ou não(rs) assim q terminar a leitura.
      Forte abraço e Paz!

  13. Parabéns Arrais, seu post é muito interessante para quem está na busca de um direcionamento. Bom lembrar a religião ou filosofia sozinha nada faz e realmente temos que “mergulhar na piscina”. Fora da caridade não ha salvação.
    @raph – Hoje melhor do que ontém, amanhã melhor do que hoje.

  14. ”O verdadeiro
    religioso não é aquele que
    se inscreveu em uma
    comunidade dos escolhidos
    de Deus (a origem de
    “igreja”, do grego ekklesia),
    mas aquele que pratica uma
    comunhão com Deus ou
    com o Cosmos.” Raph, parabéns. Eu não definiria melhor.
    @raph – Obrigado. Mas na verdade a própria origem das palavras “igreja” e “religião” já denotava isso, é essa origem (tão sábia) que eu tento relembrar as pessoas, para que não deem a Religião a mesma conotação que Igreja. Também gosto de usar “eclesiástico” para diferir de (puramente) “religioso”… Não sou exatamente “anti-igrejas”, mas é preciso saber o significado da linguagem que usamos.

  15. Mas dos confins do Cosmos uma ponta da longa teia é puxada,
    e todos (as pulgas, as baratas, as aves, os peixes, os vermes e nós) somos impelidos em sua direção…
    quer compreendamos, quer não.
    Ficou um pouco menos romântico agora, não?
    Pois é. Realista também.
    @raph – Menos romântico, talvez, mas não menos espiritual… Devemos nossa estadia na Terra aos pequenos roedores que conseguiram sobreviver a extinção da época dos dinossauros, enterrados sabe-se lá em que emaranhado de túneis… E antes deles, as bactérias… E antes de tudo, os elementos pesados forjados nos sóis de nossa vizinhança galática… Uma longa jornada, uma longa teia.

  16. Realmente é muito comum que ateus e céticos pensem que ter uma posição religiosa é sinal de estupidez. Eu discordo. Eu sou ex-religioso e não considero que antes eu tivesse capacidade intelectual inferior. Hoje compreendo o fenômeno que ocorria na minha mente e vejo a mesma coisa acontecendo com muitas pessoas.
    O uso dos termos “solidificar a fé” ou “fé inquebrantável” demonstram que, a meu ver, as prioridades estão erradas no texto. A sequência natural de acontecimentos em uma mente racional deveria ser observar os fatos e a partir daí chegar a alguma conclusão. O que parece acontecer com o pensamento religioso é que as conclusões já foram feitas a priori e o “uso da razão” é feito para solidificar ou proteger essas ideias iniciais. Entende quando eu digo que a ordem está trocada?
    @raph – A ordem depende muito do que se acredita, em todo caso. O ceticismo é um ramo filosófico e, segundo Kant, a questão da Criação não poderia ser resolvida, e talvez nunca possa. Mas quem não é agnóstico, geralmente não o é porque antes passou por experiências religiosas, subjetivas, que o despertaram para novas possibilidades (estou considerando livres-pensadores, não aqueles que foram praticamente obrigados a seguir esta ou aquela doutrina). Quem passa primeiro pela experiência religiosa, pode usar a razão e a ciência para avaliar se o que percebeu faz ou não sentido dentro do estudo objetivo… Quem ignorou a experiência religiosa (seja por qual razão), pode nem sequer compreender do que se trata, e acredita que a razão deveria sempre “vir primeiro”… Também vale lembrar que o conceito antigo de razão, o logos grego, era muito diferente da “razão científica” atual (ou pelo menos segundo a Academia a define). Mas, sim, isso daria um longo debate eu acho 🙂

    1. Certos mesmo estavam meus amigos quando disseram que seria inútil mandar uma resposta.
      Mas, se quiser discutir de verdade, fique a vontade pra mandar email.
      Abraços
      @raph – Eu não tenho interesse em discutir, pelo menos não com esse post em específico, mas apenas em demonstrar os diversos pontos de vista. Não é necessário ao espiritualista provar nada ao cético, para se tornar mais ou menos espiritualista. Da mesma forma, não é necessario ao cético convencer ninguém de nada, para se tornar mais ou menos cético. Mas debates sobre o assunto existem aos montes, o que é muito bom… Melhor debater sobre a espiritualidade, e o que cada um entende por fé e razão, do que debater, por exemplo, se Deus existe ou não… Abs–raph

  17. Parabéns meu Velho…sei muito bem como é dificil dialogar com ambas as partes, tanto o cético quanto ao religioso ‘travado’….
    Espero em breve ler mais sobre experiencias!!!!

  18. Como estamos precisando de opiniões conciliadoras como essa. Infelizmente o que temos em abundância hoje é, de um lado, religiosos extremistas, e de outro, céticos arrogantes.
    É irônico. Por mais que as maiores religiões (o que inclui o cristianismo) tenham SIM um gosto pela violência e pelo banho de sangue, elas fatalmente são impelidas para o não conflito. É muito mais do espírito delas a conciliação do que a disputa.
    Irônico também que muitos dos céticos, que afirmam ser o seu ceticismo uma consequência ao invés de um objetivo, gastem tantas energias em atacar religiosos, replicando tal e qual a face ruim dos credos.
    @raph – Exato. Ou ainda pior: céticos que deixam de se dedicar ao que são realmente bons… Para mim o caso mais clássico é o do Dawkins, que se deixasse de perder tempo com seus livros anti-teístas, poderiam se dedicar muito mais ao que realmente sabe, biologia, evolução, o conceito de memes, etc. – Por outro lado, por mais ferozes que sejam os anti-teístas, pelo menos eles não levaram ninguém para a fogueira…

    1. é complicado… ateus materialistas pensam a mesma coisa dos religiosos e espiritualistas, eles acham uma perda de tempo fazerem orações/mantras ou práticar meditação. as vezes eles estão fazendo a sua Vontade em atacar religiosos, não sabemos o que aconteceu em suas vidas passadas.
      @raph – Se você foi para a fogueira porque alguma pessoa de sua vila o acusou de bruxaria (mesmo que nunca tenha sido “bruxo”), ou se morreu em “guerras santas”, seja de que lado estivesse lutando, é bem provável que não nutra um bom sentimento em relação ao “senhor dos exércitos” e aqueles que “falam em seu nome”…

  19. Acredito que a questão mística de acreditar ou não acreditar ainda é relacionada a posição do homem àquilo que ele não conhece, muitos ‘acreditam’ por alienação realmente, assim como os que ‘não acreditam’. Isso é exatamente o que move o preconceito que todo mundo ainda tem de diversas questoes,´é o julgamento de algo que lhe é estranho e fora do seu contexto, assusta, o mais facil é ignorar e manter sua ‘estabilidade’. Todo mundo é assim, o conhecimento apenas que esclarecerá melhor o consciente coletivo.
    Sou bastante racional, sempre fui, e sempre precisei de comprovação das coisas, pq sempre fui contestador a tudo, desde minha adolescência.
    Comecei a me interessas a assuntos relacionados ao espírito por curiosidade e me surpreendi com o tanto de informação científica sobre o assunto, tantas evidências e esclarecimentos que para qlqr pessoa de bom senso compreende, nada ‘fora do normal’.
    Esses entendimentos, na minha concepção, estao mais relacionados à ‘preguiça’ de entender e assim caimos no ‘acreditar ou nao’, do que simplesmente fé. Acho fundamental esse tipo de discussão cara, fico feliz da vida, pq o ‘acreditar ou não’, não contribuirá em nada nos entedimentos sobre esses assuntos, ninguem deve ‘acreditar ou nao’ em algo que não lhe convence, isso é alienação, androidezação da mente, as coisas devem ser entendidas.
    A fé é uma questão que deve ser desenvolvida assim como tudo na vida, para aprender a trabalhar com carros vc tem que estudar, praticar, e assim sao com as questoes espirituais tb, é necessário desenvolver, tdo é energia, emanação e recepção, se vc nao sabe como intensificar ou repelir essas energias, é dificil confiar realmente, pq vc nao tera resutlados palpáveis.
    Existem inúmeros cientistas que provam, através da física a existência de outros planos dimensionais que se sobrepoem e sobre inumeras outras questoes, sou um mero estudioso e curioso.
    Confio piamente que assim como o homem descobriu a ferramenta e o desenvolvimento material ele ainda descobrirá o desenvolvimento intelectomoral (só intelectual é perca de tempo, é necessario saber utilizar) e esse é o ponto de tudo, nao é acreditar, é desenvolver.
    Para aqueles que procuram saber sobre o assunto e sem ‘preguiça’ (haha) para entender um pouco mais sobre a parte cientifica do processo espiritual, aconselho proucurar videos do Dr Laércio, físico brasileiro, e que nessa palestra http://www.youtube.com/watch?v=pmTCpfTqNQQ&feature=related explica com conceitos basicos da fisica convecional explica como funciona a física quantica, fala de alguns experimentos já realizados e prova atraves de sua teoria a existencia do dito plano espiritual. Alguem da área exata, ou alguem que lembre ai do colégio vai conseguir entender tdo, com certeza.
    Cara, geralmente nao costumo falar sobre essas questoes, pela polemica e prefiro ter a minha opiniao, e fazer meu trabalho para o meu desenvolvimento e tal, mas nao me contive qdo vi esse artigo e tive que deixar um comentario aki, valew pela oportunidade, e obrigado tdos ai que comentaram tb, os jovens têm mais facilidade pra assimilar conteudo, essa é a hora da juventude começar a sacar essa questoes que fazem mta diferença dentro de nós mesmos, se o externo é Jesus, Buda, Krishna, é a escolha de cada um, mas as mensagens de todos eles foi ‘olhe para dentro’ é essa parada.
    A revolução não será mais pela espada.
    Marcos Vinícius, 22 anos, Estrategic Planner e Médium de Umbanda
    @raph – Obrigado Marcos, um comentário espetacular, você deixaria eu usar trechos dele no meu blog (citando seu nome claro)? Eu concordo plenamente, só não posso comentar sobre o vídeo do Dr. Laércio porque ainda não vi com mais calma…

    1. @raph que isso kra, fica a vontade, é tdo nosso hehe
      se quiser corrigir alguma palavra ai tb, é sem problemas, escrevi correndo aqui no trabalho e nao revisei o texto haha, mas o que puder contrbuir é so falar.
      valew!
      @raph – Valeu. Deixa que o Word revisa pra gente heh, quando eu usar o texto posto o link aqui 🙂

        1. no kra, que bacana, gostei demais, sobre o lance das ‘provas’ que disse, na verdade sao teorias mesmo, no gas do texto me expressei mal, só coloquei dessa forma pq algumas sao qse incontestaveis, pelo menos ainda. fiquei mto feliz em ser útil, valew demais! gde abraço.
          @raph – Eu que agradeço. Sabe meu blog chama Textos para Reflexão não somente pelas reflexões individuais de cada um, mas pela luz que refelete do alto, e em todos nós, e as vezes a luz que retorna de outro alguém é uma luz diferente, uma outra reflexão… É preciso estar atento a todas essas luzes 🙂

  20. Sempre que me perguntam se acredito em deus, gosto de dizer “defina deus, depois lhe respondo”.
    O mais curioso é a revolta que essa resposta gera nas pessoas…
    @raph – exato, eu por exemplo gosto de perguntar: “O que é Deus para você?”. Aliás devo tocar nesse assunto em outros posts dessa coluna…

  21. Queria poder acreditar em Deus, até algum tempo atrás eu acreditava, mas depois me lembrei do que havia acontecido comigo na infância (fui molestado) e perguntei pra ele por que ele deixou aquilo acontecer sabendo que aquilo iria destruir minha vida de tantas maneiras e que aquilo seria um dos motivos que mais iriam pesar na minha decisão (de viver ou não). Eu perguntei o por que de ele ter deixado que aquele monstro fizesse o que fez comigo, e ele não me respondeu, não me respondeu uma vez sequer, e eu quero que ele saiba e quem estiver lendo esse comentário, que Deus, se existe, é um ser sádico, doente e miserável que gosta de ver crianças sendo estupradas ou violentadas, que não dá a mínima pro sofrimento dos seres que ele mesmo criou, só se importa consigo mesmo e nos usa e usa esse planeta ou por diversão ou como um campo de testes. Irei me matar hoje a noite e a culpa de tudo que eu fiz de ruim, especialmente esse ato, é dele.
    @raph – ser molestado é o de menos, experimenta nascer cego, surdo, mudo e tetraplégico, porque em inúmeras vidas em sequencia se suicidou, e numa imediatamente anterior, mesmo sendo já cego, surdo e mudo, conseguiu perceber um abismo por baixo dos pés (na cadeira de rodas) e se arremessou, suicidando-se uma vez mais… se você acha que foi ruim, saiba que pode ser ainda muito pior, e não é colocando a culpa em Deus que vai melhorar…

    1. O nosso pressuposto que da base a nossa visão cósmica nos permite ampliar horizontes que outros olhares não chegam…Enfim, certeza é bom pra quem a tem…eu acho
      rs
      Abraço

  22. O problema não é acreditar numa coisa dessas, o problema é elevar num patamar que o afeta de tal maneira que ele fica cego para as outras coisas, vira um “xiita”. Ser obsecado pela religião, o deixando como verdade absoluta e se negando a querer entender (não é necessario aceitar) é ser idiota, pois a pessoa se limita. Isso se aplica a religiosos e não religiosos, de qualquer denominação.

  23. Hehe, até que não deu muito “mimimi”… E que bom post!!!
    Na minha vida diária, participo da comunidade acadêmica (dita “científica”), e eu gostaria de expôr uma observação (ou uma “hipótese”, formulada de maneira incompleta porém ilustrativa): suponhamos, como hipótese de trabalho, que não exista uma “inteligência criadora” de qualquer natureza. Admitamos, aliás é fato (quem estuda bioquímica, fisiologia e biologia molecular a um nível mais profundo sabe) que a matéria comporta-se de maneira inteligente: organiza-se, replica-se, adapta-se e l-u-t-a para sobreviver. Os próprios organismos (especialmente animais de qualquer ordem) são, até certo ponto, “à prova de idiotas” – possuem mecanismos compensatórios que permitem adaptação fisiológica (além da adaptação normal…) a situações mais extremas antes de uma doença manifestar-se, por exemplo.
    Se a vida evoluiu assim em UM plano, porque essa mesma matéria não poderia evoluir e adaptar-se para existir em outro nível quando as possibilidades materiais deste mundo já não “dessem conta”?
    E olha que estou propondo um argumento fazendo de conta que não sou espiritualista. Quem é biólogo normalmente não aprofunda química ou boiquímica, e geralmente (ênfase nesse geralmente) ignora esta assertiva. A conclusão é uma obviedade. Essa vida surgiu e é regida por uma lei geral que tende ao cosmos (harmonia) e não ao caos. Mesmo a matéria do universo funciona assim (organização de mundo e galáxias).
    Só não enxerga quem não quer. Ou quem usa outros nomes para as mesmas coisas….
    @raph – Pois é, acredito que mesmo agnósticos e ateus hão de concordar que “todo sistema tem uma função”, e se o Cosmos é um sistema, qual seria afinal a sua função? Este tipo de indagação tange a existência de todos nós, independente da crença ou descrença de cada um…
    Talvez você simpatize com a teoria do “biocosmos egoísta”, de James Gardner – http://textosparareflexao.blogspot.com/2010/09/biocosmos.html

  24. Eu escolhi não acreditar em nada pelo simples fato de que nada conseguiu me fazer acreditar. Nunca me forcei a acreditar em nada, e agora, confesso, me pego forçando-me em não acreditar em algo.
    Respondendo a pergunta do começo do post “Como alguém tão inteligente pode acreditar em (insira aqui qualquer coisa não provada pela ciência)?” eu só digo o seguinte: existem pessoas muito inteligentes que acreditam até em duendes, assim como existe pessoas muito inteligentes que não acreditam em nada.
    Só não gosto de pessoas arrogantes que se acham donas da grandissíssima verdade universal. E esse tipo de pessoa está em toda parte, na religião, na ciência e (principalmente) no ocultismo, que se acham superiores que os dois anteriores.
    @raph – o trecho final do próximo post da minha coluna aqui vai ter algo a dizer sobre a arrogância e o desejo de status 🙂

  25. Adorei o seu texto.
    No fim , fé e razão não estão muito separadas, pois ambas são caminhos para o mesmo fim.

  26. Bom, primeiramente uma bom dia, boa tarde ou boa noite a todos!
    Eu sou cético, e não somente quanto à questões metafisicas (religião é uma delas), mas também em relação a todas as coisas que não pertencem ao campo das verdades absolutas e inquestionáveis. Claro que eu como qualquer outro ser humano, tenho muitas das minhas convicções baseadas em “achismos”, ou no senso comum, mas devido à minha “natureza cética” eu apenas consigo afirmar com tranquilidade que algo está certo ou errado, que algo é verdadeiro ou falso, ou que algo existe ou não existe, fundado nessas verdades inquestionáveis. É nesse ponto que eu acredito que a fé e a ciência (ou a razão) estão distantes.
    Ouço muito falar que um dia a ciência vai provar a fé, e que as descobertas científicas do futuro poderão provar (de forma não teórica, mas de fato) a existência do espírito eterno e da vida após a morte do corpo físico, e etc… Eu honestamente adoraria que isso acontecesse, seria simplesmente fantástico! Mas por outro lado, existindo provas, isso deixaria de ser fé, e se tornaria mais um campo de estudo científico, e mais um fato da natureza documentado…
    @MDD – a até 500 anos atrás, todo o senso comum tinha certeza absoluta que a Terra era o centro do Universo, até 200 anos atrás todo mundo tinha certeza absoluta que não existiam bactérias; 120 anos atrás todo mundo tinha certeza inquestionavel que a única maneira de se propagar notícias era através do ar; 60 anos atrás era inquestionavel que o homem nunca sairia da terra e até uns 20 anos atrás era certeza absoluta que não se poderia nunca descobrir outros planetas fora do sistema solar…
    Sua natureza cética é baseada no que os outros dizem para você, nao no empirismo. Se nao for publicado em alguma revistinha cientifica não vale, so que para isso é preciso passar pela politicagem e derrubar o status quo. Cansei de ver ótimos projetos envolvendo acupuntura e homeopatia (só pra ficar nos casos menos polêmicos) que tiveram negados os pedidos de bolsa de estudos ou publicação só pq as pessoas responsaveis pela seleção são materialistas e deram a negativa baseado em crenças pessoais… essa historia de “ciencia idonea” não existe muito na pratica quando o assunto desafia a religiao dos cientistas.

    @raph – Pense no seguinte: quando Einstein propôs que o tempo era relativo, para si mesmo, até que pudesse comprovar em suas equações e posteriormente em experimentação (muitos anos depois), ele essencialmente teve a fé de que estava correto. Santo Agostinho dizia: “crer para compreender, compreender para crer” – não importa se você inicia pela fé ou pela razão, é somente pela unicão dessas duas lentes que poderá efetivamente observar o mundo de forma mais clara, e efetivamente compreender algo (mesmo que você não admita que tem fé, isso não importa para quem compreende a fé como a pistia antiga)
    Muitas das coisas que passaram a existir de fato, primeiramente existiram no mundo das idéias. Se os homens não olhassem para o céu e não se imaginassem voando como os pássaros, nós nunca construiríamos aviões, isso é lindo! Nossa habilidade em fazer isso nos diferencia das outras espécies. Mas é importante neste sentido, diferenciarmos a ciência (aquela que só aceita fatos comprovados com certos requisitos) da filosofia (que é baseada em idéias).
    @MDD – Ha muito o hermetismo já deixou de ser apenas uma filosofia e se tornou uma ciencia. A diferença é que os hermetistas continuam avançando os estudos enquanto a ciencia ortodoxa ainda esta engatinhando para provar ou nao se existe espírito. Um dia não tenho duvidas que eles conseguirão, pois a tecnologia vai sempre melhorar, e quando “provarem” que espíritos existem já estaremos em patamares muito mais avançados.
    @raph – A astronomia veio da astrologia, a química da alquimia, a psicologia da filosofia (William James), a teoria da evolução é co-criada por um espiritualista que via a evolução física como parte da espiritual (Alfed Russel Wallace), inúmeros grandes cientistas da história eram ao mesmo tempo cientistas e religiosos, e retiravam grande parte de sua força de vontade da experiência religiosa, e, finalmente, há muitos séculos atrás nem sequer se distinquia a ciência da religião (verdadeira), assim como a razão da contemplação e conexão ao Cosmos (logos).

    1. Uma coisa que a gente ignora (nós, cientificistas, céticos, materialistas, e eu visto a carapuça) é que nenhum de nós tenta provar que “pessoas” existem. Poxa, a gente vê pessoas, conversa com pessoas, troca ideias com pessoas, pega, abraça, aperta, cheira pessoas o tempo todo. Por que eu deveria “provar” que outra pessoa existe além de mim?
      É a mesma coisa com o mundo “além da física”… Eu peço pra um medium me “provar” que espíritos existem. O cara vai rir da minha cara e responder: “eu to VENDO ele aqui, ora… júlio, abana pro shlomo ali”.
      @raph – Bem, mas por incrível que pareça existem (e existiram) inúeras pesquisas objetivas nessa área, para citar algumas por alto: Estudos de crianças que lembram vidas passadas (Ian Stevensson principalmente); estudos da EQM (Dr. Sam Parnia e outros); estudos da atividade cerebral em budistas meditando, em médiuns incorporados ou não, e em inúmeros outros casos; estudos dos cristais da Glândula Pineal (Dr. Sergio Felipe de Oliveira); estudos de projeção astral (Waldo Vieira); estudos de cirurgias mediúnicas (particularmente João de Deus – pesquisa da Associação Médica Brasileira)… Se pesquisar no meu blog por esses termos vai encontrar muita coisa – não que esteja “provado em laboratório”, mas está praticamente tão encaminhado como poderia estar, considerando a complexidade (você não pode dispor do mesmo espírito ou tipo de atividade mediúnica toda vez que seu cérebro é monitorado, por exemplo, simplesmente porque espíritos – caso existam – tem vontade própria).

      1. Minha referência era uma extrapolação solipsismo, mas é saber que vocês respondem a sério a questão 😉
        Rafael, até conheço algumas dessas pesquisas. Só queria dizer que não há uma ordem obrigatória em primeiro provar que existem espíritos para depois formular teorias a respeito. Eu não discuto se as coisas existem para criar teorias científicas sobre física e biologia. Não preciso provar que existem espíritos para criar teorias científicas sobre o funcionamento e a essência deles.
        @raph – Certamente: assim como os físicos teóricos muitas vezes não podem se dar ao luxo de uma comprovaçao experimental para continuar elaborando suas teorias. Particularmente no caso da Teoria da Cordas, essa comprovação nunca chegou e talvez ainda demore MUITO a chegar (se é que eles estão corretos, independentemente disso muitos dedicaram a vida a essa teoria). A diferença é que as supercordas derivam de uma teoria baseada em matemática e geometria pura, e por isso é oficalmente aceita pela “Academia”.

    2. “Mas é importante neste sentido, diferenciarmos a ciência (aquela que só aceita fatos comprovados com certos requisitos) da filosofia (que é baseada em idéias).”
      A ciência também é baseada em idéias. Pois de onde vêm então estes tais requisitos que servem para comprovar os fatos? 🙂

    3. meu Deus…! parabéns a todos os colegas.
      Quantos exemplos bons. O mundo está num processo muito avançado de mudança e é como vocês já disseram. Todos os amigos merecem ser repeitados em suas convicções.
      Vamos sempre ver bons exemplos no tempo, dos mestres da ciencia e dos mestres da espiritualidade. Cada um de nós, a seu tempo, caminharemos para um melhor entendimento. Uns nada creem na vida além da vida, outros que a vida acaba com a morte do corpo.

  27. “… O Espírito é a única realidade absoluta, a alma é a chave do Universo. Aquilo que chamamos Além, o invisível, é o oculto e a razão de todas as coisas” Edouard Schuré

    1. Beleza Diego. gostei . O mais engraçado é que ouvimos muitas pessoas se referirem a “eles” quando falam de espíritos. Como se fosse algo que não tivesse a ver com os outros. Certa ocasião, numa palestra do renomado médico, psiquiatra e cientista Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, ele citou algo muito interessante: O primeiro espírito que temos que aprender a conviver (aceitar, incorporar) é o nosso.
      @raph – todo iniciante em desenvolvimento mediúnico deveria ouvir essa frase, e até recitá-la a si próprio algumas vezes, dada a importância do conceito (apesar de obvio, muitos conceitos obvios são os mais importantes, e os mais ignorados)…

  28. Olá, Raph
    Belo texto. Posso lhe fazer uma pergunta? Vc já conseguiu ,conscientemente, alcançar o estado de graça que, na verdade, todos buscam? E o mais importante, vc consegue permanecer nele?
    @raph – Vislumbrei durante breves momentos, e só fui perceber do que se tratava muito tempo depois. Durante o momento em si, não há temor, não há dúvida, pois não há praticamente racionalidade alguma envolvida, embora sem dúvida haja consciência, uma consciência indescritível por palavras… Mas, depois passou, como uma arara azul (ou vermelha) as vezes passa aqui em Campo Grande/MS, e eu que nasci no Rio, não canso de me maravilhar com elas. É o grande paradoxo de se buscar um momento que não sabemos onde está exatamente, pois só poderia ser este momento; Então, porque nos escapa entre os dedos sempre que pensamos racionalmente nele?
    Somente sentindo percebi o momento. Somente pensando sobre ele, após ter passado, o compreendi. Ou melhor, compreendi que não poderia tê-lo compreendido pela razão. Acho que por isso ainda acho que minhas poesias descrevem melhor a espiritualidade do que meus artigos…

    1. Comigo também foi assim. Num momento de profunda angústia tive um insigth. A mente simplesmente para e apesar de não existir uma racionalidade, não há como não não sentir a paz daquele momento. Logo depois a mente voltou a funcionar e os ruidos voltaram. Não sei precisar quanto tempo isso durou mas acredito que tenha sido uns 10 segundos mais ou menos. Só vim refletir sobre isso tempos depois e o final dessa história é incrível.
      Leio os textos do TdC há algum tempo e foi atraves dele que conheci o seu site. De alguma forma, os seus textos/ poesias chegam mais proximos da realidade que vivo hj. Por isso fiz a pergunta.
      Parabéns, querido irmão.
      @raph – Parabéns a você também. Como você mesmo disse, este é o estado que todos buscam, o estado de religio ad Cosmos. Alguns só vão se dar conta de que era isso que sempre buscaram após passarem por muitas vias sem saída, a nossa sorte é que pelo menos já encontramos a via infinita, já sabemos em que direção devemos caminhar, ainda que um passo de cada vez… Abs–raph

  29. Obrigado pelo texto, por compartilhar seus pensamentos tão parecidos com o de todos nós espiritualistas.
    @raph – Obrigado a todos por continuarem visitando e comentando 🙂

  30. Texto perfeito, de modo claro, parabéns cara. O que acontece é que durante toda a vida temos caminhos, escolhas e interpretações, uma delas é a visão sobre o assunto abordado, vários pensam diferentes, mais se parar para olhar não fogem ao ponto inicial, o que muda são interpretações erradas as vezes nem do proprio cidadão, mais a familia influi desde criança ao moldar (ou tentar) o pensamento durante a educação, uma dela é a religiosa.

  31. Otimo texto, adoro esse tipo de assunto.
    Sou batizado na igreja católica, mas a alguns anos me rendi a ideologia agnóstica.
    Não acredito em deus nenhum e em religião alguma, porém respeito todas e tenho certeza que as religiões, em sua maior parte, são um bem para a sociedade.
    Um colega de trabalho meu é espirita e acabei lendo o Livro dos Espíritos esses dias atrás, por indicação dele, achei a religião ou ideologia espirita, magnífica, pois no livro de Alan Kartec, as respostas dos “espíritos” são um tanto lógicas e de bom agrado.
    Pena que as pessoas, povo, são em sua maior parte, ignorantes o suficiente, a ponto de não respeitar as diversas ideologias religiosas espalhadas pelo mundo, cada um acha que o seu deus é o certo e que o resto irá para o inferno. Pena.
    Quero conhecer outra religião mais adiante.
    Abraço.
    @raph – É isso aí, o problema não é a religião (ou religiosidade), mas alguns dogmas presentes em doutrinas que se acham no direito de ditar quais serão salvos, e quais serão condenados… E também, claro, a “ala anti-teísta”, que crê piamente que toda doutrina religiosa é “veneno” de antemão. Abs.

  32. Bom dia/tarde/noite a todos!
    Obrigado pelo Post Rafael.
    Por favor, me ajude.
    Tenho dúvidas de gramática na parte: “No entanto, é preciso tomar muito cuidado na definição deste Deus, pois muitas vezes as pessoas de fé seguem o deus definido pelo discurso eclesiástico, quando o caminho da espiritualidade nos leva a busca de nossa própria definição de Deus. E isso nos leva ao contraponto do segundo tipo de interpretação preconceituosa…”
    1- na parte “quando o caminho da espiritualidade nos leva…”, a palavra “quando” está no sentido de “enquanto”?? Pq saindo da gramática, pra mim o certo é cada um ter a sua própria definição de Deus. Foi essa a mensagem que quis passar??
    @raph – Exato, esta usada no sentido de “enquanto” mesmo.
    2-“E isso nos leva ao contraponto do segundo tipo de interpretação preconceituosa” – como assim? qual é essa interpretação preconceituosa no texto??
    @raph – A de que todo espiritualista seria um alienado da realidade, o texto na sequencia tenta combater essa ideia que na maioria das vezes é feita a priori, sem muito estudo acerca do que seria a espiritualidade em si, e “o Deus de cada um” em contraponto a uma ideia “dogmática” de Deus (como, por exemplo, um “Papai Noel x-man senhor dos exércitos” e etc.)

    Agora, analisando o texto e comparando com a realidade de hoje, percebo que:
    A maioria das pessoas está na fides e somente na fides. fides não em Deus, mas em sua religião, em sua igreja, há religiões em que não há religare, portanto não são somente igrejas que não praticam o religare. Ou seja, pelo texto, são os fiéis de pastores, padres, bispos, reverendos, “apóstolos” que estão nesse quadro de fides sem pistia. Fides exclusiva e incondicional apenas à interpretação de sua própria seita imposta à ele – sobre a Bíblia – e nada a mais. Sempre assim e não querem mudar. Ignorando arrogantemente e deturpadamente, completamente os novos horizontes, por onde se passa a luz em um espaço muito maior e muito mais além do que aquele imposto pelo buraco da fechadura de sua seita.
    Eu concordo com os céticos quando dizem: “como podem querer ditar regras de conduta a serem seguidas”?
    Outra: “O verdadeiro religioso não é aquele que se inscreveu em uma comunidade dos escolhidos de Deus (a origem de “igreja”, do grego ekklesia)” – Aonde que na palavra ekklesia tem o termo “escolhidos de Deus”? e quem disse que realmente eles SÃO escolhidos de Deus??
    @raph – O termo tem esse significado, segundo muitos linguistas. Ou seja, a Igreja nada mais seria do que “a comunidade dos escolhidos de Deus”. Quem disse que eles são os escolhidos de Deus? Ou o Deus da sua doutrina, ou eles próprios 🙂
    “Desnecessário seria dizer que são definições bastante distintas” – como assim??
    @raph – A distinção se dá entre o significado de Religião ([re-]comunhão com Deus) e Igreja (escolhidos de Deus).
    “e que embora todo seguidor de igrejas possa ser religioso, nem todo religioso é seguidor de igrejas”. –> Eu discordo que seguidores de Igrejas sejam religiosos, pois não se re-ligam. Apenas LIGAM-se entre eles de sua seita para bisbilhotar a conduta dos novos que entram pro grupo para criticar, olhar de cara feia, intolerar e proselitizar e ainda até cobrar contra qualquer coisa de nova que ele faça. Cuidar, se intrometer na vida alheia dos outros sobre o que fazem ou deixam de fazer. E para fazer uma propaganda “boa” para atrair novos fiéis se mostrando puritanistas de carteira assinada, como se fossem melhores que o resto do mundo (que para eles vão para o inferno, com muito mérito ainda! Pois não aceitam Jesus como seu único e divino Salvador, intercessor e santo! Pois se masturbam! Pois são poligâmicos! Pois falam Palavrão!), hipócrita.
    Fui testemunha e sofri disso e com isso quando frequentei durante algumas (Graças a Deus Poucas!) semanas, uma igreja dissidente da Presbiteriana (Igreja Protestante mais Séria de todas, e olha que é a mais séria hein!? imagina se não fosse!), de um movimento recente chamado ICPs – Igrejas Com Propósito (Imagina se não tivesse, né!?) e percebi que ainda assim era melhor que as outras, porém independentemente, não deixando de ser inaceitável. Só pra ter uma noção em um dia o Pastor leu a bíblia deles onde estava escrito que “devemos encucar a palavra de Deus na cabeça das crianças”, ressaltando ainda com entonação a palavra ENCUCAR, lembrando ainda que o que uma criança aprende entre os 3 anos de idade nunca mais esquece e ainda sempre no final dos cultos chamavam as crianças para elas mostrarem qual versículo haviam decorado. E todo muuuuundo aplaudia… que maravilha né!? como se fosse algo sublime. É de dar pena. Só estão transformando essas crianças em bonecos de titereiros igualmente ou depravadamente mais intolerantes, fanáticos, bitolados, deturpados, cabeças-duras, mentes fechadas. Que o Braziu adora.
    Ou seja esse Deus a quem eles tem fides, não é o Deus de cada um deles, e sim o Deus dos interessados neles! Ou melhor, o Deus da Ignorância, o Deus dos pastores, bispos etc.
    Esse texto me ajudou a tirar estas conclusões. Obrigado Rafael Arrais, sua coluna é perfeita. =)
    @raph – Obrigado… Mas seria injusto de nossa parte considerar todos os seguidores de Igrejas como “farinha do mesmo saco”, pois existem muitas igrejas e doutrinas diversas e, acima de tudo, muitas almas diversas. As vezes, embora talvez seja raro, mesmo pastores de igrejas que vão “a fundo no dízimo” podem ser sinceros em sua vontade de conhecer a Deus e, portanto, sinceros em sua religiosidade. Em todo caso, a ideia do artigo é de que a Religião está acima da Igreja e, principalmente, a de que nem todo Espiritualista é irracional ou alienado – na verdade, a maioria não é.

    1. Eu que agradeço pela atenção! 🙂
      Mas realmente em todo lugar que estudei, ekklesia significa simplesmente: comunidade. Ou, reunião de pessoas. Nada mais. Não tem nada de escolhidos, ou muito menos Deus no meio
      @raph – Bem, segundo a ICAR a Igreja é “o povo que Deus convoca e reúne de todos os confins da Terra, para constituir a assembleia daqueles que, pela fé e pelo Baptismo, se tornam filhos de Deus, membros de Cristo e templo do Espírito Santo”*. Mas, no geral, outras Igrejas têm um significado bastante similar, particularmente as ortodoxas. Claro que a origem do termo conforme o entendemos no Ocidente está arraigada no cristianismo, de modo que talvez não faça sentido usar o termo Igreja no Oriente (talvez Doutrina fosse melhor): http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja
      Em sua origem, o mais provável é que e Ecclesia (do latim) significasse “curral” ou “abrigo de ovelhas”. Já a Ekklesia (do grego) estava mais para “comunidade” ou “assembléia”, mas ambos os termos se fundiram e ganharam mais “notoriedade linguística” no termo Igreja conforme ele é entendido desde os primórdios do cristianismo.
      (*) Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, #153

      1. Essa é a versão da ICAR né.
        Entendemos.
        Só gostaria de ressaltar que há diferença entre a Igreja de Cristo (com “I” maiúsculo e no singular): em que Yeshua passou a pedra angular para Pedro fazer o fundamento, e, as igrejas (com i minúsculo e no plural): aquelas que estão espalhadas pelo mundo e citadas na Bíblia como a de Laodicéia.
        A Igreja com sentido religioso é única, e essa sim é do povo escolhido de Deus, pois é a Igreja de Cristo, a única Igreja existente, e assim como as ordens invisíveis, é também invisível, mais invisível que as ordens invisíveis. Pois somente Deus conhece, somente Ele sabe quem são os eleitos. Seus membros são qualquer pessoa que esteja espalhada pelo mundo. Pode ser eu, ou você, podem ser algumas pessoas de igrejas com “i” minúsculo ou não, podem ser pessoas que estejam até no prostíbulo, em raves, em bares, festas diversas, etc.
        Gostaria de deixar este vídeo: é de um reverendo evangélico separatista da religião evangélica e de todas as igrejas existentes quaisquer. Mas explica bem o assunto
        Parte 1 http://www.youtube.com/watch?v=mJEon5E71YU
        Parte 2 http://www.youtube.com/watch?v=ZIhSFmFnRzQ
        É até bom conhecê-lo (o Reverendo Caio Fábio), pois ele tem alguns pareceres muito bons dos quais nós espiritualistas podemos aproveitar bastante, apesar de suas limitações.
        Abraço.
        @raph – Bem eu diria que a Igreja é erigida em todo o Cosmos, por aqueles que chegaram mais cedo ao Céu. Yeshua, quem sabe, foi um dos que a fundaram no Céu, e depois veio a Terra nos trazer as boas novas… Mas todos os orientais, para dar um exemplo, que nunca ouviram falar de Yeshua, ainda assim podem também fazer parte desta Igreja que está, na verdade, na essência de cada filho do Cosmos 🙂 Abs.

  33. “Mas todos os orientais, para dar um exemplo, que nunca ouviram falar de Yeshua, ainda assim podem também fazer parte desta Igreja que está, na verdade, na essência de cada filho do Cosmos”.
    -Foi exatamente isso que eu disse no meu post reply. ^~
    @raph – Entendi, eu só não gostaria de chamá-la de Igreja de Cristo, nada contra a concepção de Cristo, mas talvez algo como Igreja Cósmica fosse mais adequado para o sentido que estamos aqui dando a ela…
    —–
    Agora queria saber o que você quis dizer com a palavra Céu. Conheço alguns significados mas podem ter contextos diferentes. Por isso nem gostaria de dizê-los antes vc pra não gerar confusão.
    @raph – Talvez o próprio Papa João Paulo II tenha definido melhor do que ninguém, quando um dia “deixou escapar” que entendia o Céu e o Inferno como estados da consciência, estados da alma. Aquele que encontra o Céu dentro de si, onde quer que vá no Cosmos, o carrega consigo: ninguém, nada mais pode tirá-lo do Céu. É exatamente por isso que os Anjos, assim que chegam ao Céu, “descem” para trazer as boas novas, e convidar seus irmãos para ele. Foi exatamente o que Buda fez após alcançar o Nirvana: aquilo foi um início, não um fim.
    E boas novas? Boas novas pra mim se refere ao evangelho. Mas o que é o evangelho? só os escritos da Igreja de Pedro? ou boas novas no sentido de outro significado do evangelho? No seus posts sobre evangelho encontro a resposta?
    @raph – Pois é, aqui no TdC mesmo eu publiquei uma série de posts sobre a evangelização, acho que esta pergunta está melhor respondida por lá. Digo, não é que exista uma “reposta definitiva”, mas gosto de pensar em “textos para reflexão” exatamente porque cada um de nós reflete sobre eles a sua maneira: http://www.deldebbio.com.br/2012/01/21/as-boas-novas/
    Abs!
    raph

    Obrigado.
    És muito mais atencioso nos comments.
    Abç.

  34. Não querendo fazer o “advogado do diabo”, mas, convenhamos, vamos nos por no lugar dos “descrentes convictos”: A cristinianismo, por milênios a fio, serviu como base inquestionável para aquilo que não podia -na época- ser explanado racionalmente. Então, na minha opinião, nada mais natural que esse “pouco caso” mediante questões que beirem o transcendental em maior ou menor escala, muito embora, acredite eu que, com o tempo (e aos poucos), essa realidade tenda a ser superada (felizmente e para o bem de todos).

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