Domingo à noite, conversando com Sérgio Pacca, um dos maiores estudiosos de Thelema, Kabbalah hermética e ocultismo que conheço, chegamos a uma discussão interessante sobre o formato da Árvore da Vida, principalmente após as descobertas e pesquisas que fiz para o livro de Kabbalah que estou finalizando. A figura tradicional que conhecemos, tem o formato que tem por conta principal de dois fatores: A descoberta da Verdadeira Vontade e a realização da Grande Obra, nessa ordem. Os 22 Caminhos se relacionam diretamente com as 22 letras, mas sabemos que existem Caminhos conectando TODAS as Sephiroth em TODAS as sephiroths, a Umbanda nos demonstra isso claramente e historicamente temos arquétipos como Poseidon (Yesod dentro de Chesed) ou Hefesto (Malkuth dentro de Geburah) que são deixados de lado nessas configurações, mas que estão ai.
Quando observamos os Sete Raios da Fraternidade Branca, vemos claramente que o 4o raio é Netzach (Artes) e, ao acompanharmos os outros raios percebemos que estamos diante de uma nova árvore da Vida, cujo centro é Netzach, ao invés de Tiferet, e todas as Esferas se deslocam ao redor dela. Nos esboços de Matta e Silva podemos ver a correspondência de orixás e linhas de trabalho que configuram outras Árvores da Vida, com Geburah (Falange de Ogum) como centro e linhas de trabalho com Yesod como Principal Esfera.
Diante disso, propusemos a idéia da Árvore da Vida Multidimensional, como um Cubo de Rubik, que pode ser observado e orientado de infinitas maneiras, cada uma formando seus próprios Caminhos e designs. Fiz esta ilustração para brincar com o conceito e estou postando apenas para aguçar a imaginação de vocês. Espero que gostem.
Respostas de 11
Eu fiz um grafico baseado na ciencia do entrecruzamento ensinada na obra do Rubens Saraceni, colocando as esferas no lugar dos orixas. Mas como estava começando meus estudos e ainda nem peguei direito os 22 caminhos tradicionais acabei deixando pra la. Mas após ver esse post deu vontade de retomar a idéia.
Minha cabeça explodiria se já não estive explodido antes. O.O
É muito gostoso ler isso antes de dormir , uma nova repaginada para a noção do ” livre arbítrio ” , e da vontade pessoal de cada um. (:
Costumo dizer que cada tradição compra o mesmo “conjunto de lego” mas monta, através dos rituais e costumes, um castelo diferente. Uma tradição usa mais os legos azuis, outra usa mais os verdes, outra mais os amarelos… os castelos ficam diferentes, mas vêm da mesma essência, trabalhada por mãos diferentes.
Muito aguçador!!!
Isso explica de certa forma as falanges da umbanda que trabalham com esferas que não se tocam na árvore clássica.
Ansioso para adquirir o livro. Como será incorporado esses estudos neles, teremos novos volumes?
Abraço
Posso fazer uma sugestão? Teria como desenvolver a árvore da vida e suas correspondência com a turma do Tio Patinhas?
A moedinha numero 1 e tals.
PS: Sempre quis saber quem é o pai do Huguinho do Zezinho e do Luizinho!
@MDD – Só há pistas sobre a mãe deles. A identidade do pai continua sendo um dos maiores mistérios da história de Patópolis, a cidade fictícia habitada por Donald, Tio Patinhas e companhia nas histórias em quadrinhos Disney. Os trigêmeos Huguinho, Zezinho e Luizinho (como são conhecidos no Brasil) estão entre os personagens mais antigos dessa família: sua aparição data de outubro de 1937, apenas três anos depois do surgimento do próprio Donald. Apesar de tanto tempo de estrada, pouco se sabe sobre seus pais. No início da década de 50, Carl Barks – um dos principais desenhistas, roteiristas e animadores da Disney – criou uma árvore genealógica na qual a mãe do trio era identificada como Thelma, irmã gêmea de Donald. No lugar do pai, aparecia apenas um sinal de interrogação. Outra árvore genealógica mais completa, criada em 1993 pelo ilustrador e roteirista Don Rosa, também deixou esse espaço em branco.
A verdadeira explicação está no conceito de entretenimento familiar dos Estúdios Disney, que busca ser o mais assexuado possível. “Por isso, os laços familiares nessas histórias sempre se distanciaram da realidade. Quase não há contato entre pais e filhos – as relações se dão entre sobrinhos e tios, ou netos e avós – e os personagens nunca se casam”, diz o especialista em quadrinhos Álvaro de Moya, autor do livro O Mundo de Disney.
Não sei se tem haver, mas nos últimos tempos estou dedicando um tempo aos estudos de mapas astrais. Principalmente no que diz respeito ao nascimento de gêmeos. O caso dos trigêmeos da Disney, percebe-se bem aquele fato de mapas astrais iguais, características psíquicas individuais diferentes. Claro que nesse caso estamos lidando com personagens fictícios. No entanto, o que também me chama a atenção é a consciência coletiva de uma ninhada em si. O que ao meu ver ainda vai muito longe para o ser humano chegar ou retornar a esse estágio comum!
Marcelo, outras vezes você já postulou a existência de mais caminhos ligando as esferas (como “Poseidon e os marinheiros de Oxóssi”); noutros textos (peço desculpas, não encontrei a referência que buscava), falando de astrologia, você questiona a validade de corpos celestes como Quíron, por esses não terem correspondência na Árvore da Vida.
Minha pergunta é: ao abrir a possibilidade para novos caminhos, há margem para encontrar essa correspondência antes ausente?
@MDD – Eu expliquei em um post sobre os Planetas extra-netunianos que estao fora do nosso eixo de consciência.
Del Debbio,
Há algum tempo não vejo “Teorias da Conspiração” propriamente ditas no site… Tem como trazer algum conteúdo similar ao “Pirâmides do Faraó Del Debbio”?
Eu acho que nos últimos tempos o site tá publicando muitas matérias de reflexão interna… que é uma coisa boa também! Mas o bom mesmo são as tretas!!!
Libera aí alguns conhecimentos polêmicos!
Digo que é bem difícil encontrar alguém que considere os raios em Netzach. Dion Fortune também falava sobre isso. Isso combina com minha percepção também. Também concordo que existam mais ligações entre as Esferas e também que muitas práticas ou religiões podem se utilizar mais frequentemente de uma esfera e dela fazer seu centro, pois existem várias dentro de cada uma.
obrigado pelo seu riquíssimo trabalho
TODA santa vez que leio sobre Kabbalah eu imagino a árvore da vida em 3D. O pulo do gato vai ser o dia em que eu conseguir realmente visualizar em 3D.
Essa ideia aguçou mais ainda essa visualização em 3D.