Por: Colorado Teus
Esta é uma série de textos que começou com Breve introdução à Magia, depois definimos nossos termos técnicos em Signos e então falamos sobre a precisão das divisões entre os planos em A Percepção e a Evolução.
No capítulo passado sugeri uma experiência de organização e consagração do mundo físico, de modo a alterar o mundo das ideias, o mundo formativo, ou Yetzirah. Fazendo uso da capacidade do ser humano em perceber diferentes padrões, modificamos o ambiente de maneira a estabelecer um padrão que, sempre que entrarmos em tal ambiente, nossa consciência será levada a ele, de certa forma começamos a ter um domínio sobre nossos pensamentos utilizando o mundo físico para modificá-los.
Separei um trecho do livro “O Poder do Mito”, que é uma entrevista com Joseph Campbell, um dos melhores pesquisadores que o mundo já teve na área de mitologia comparada, para poder terminar de esclarecer sobre o ponto do experimento do último capítulo:
“MOYERS: Como transformamos nossa consciência?
CAMPBELL: Depende do que você esteja disposto a pensar a esse respeito. E é para isso que serve a meditação. Tudo o que diz respeito à vida é meditação, em grande parte uma meditação não intencional. Muitas pessoas gastam quase todo o seu tempo meditando de onde vem e para onde vai o seu dinheiro. Se você tem uma família para cuidar, preocupa-se com ela. Essas são todas preocupações muito importantes, mas, na maior parte dos casos, têm a ver apenas com as condições físicas. Como você pode transmitir uma consciência espiritual às crianças se você não a tem para você mesmo? Como chegar a isso? Os mitos servem para nos conduzir a um tipo de consciência que é espiritual.
Apenas como exemplo: eu caminho pela Rua 51 e pela Quinta Avenida, e entro na catedral de St. Patrick. Deixei para trás uma cidade muito agitada, uma das cidades economicamente mais privilegiadas do planeta. Uma vez no interior da catedral, tudo ao meu redor fala de mistérios espirituais. O mistério da cruz – o que vem a ser, afinal? Vejo os vitrais, responsáveis por uma forte atmosfera interior. Minha consciência foi levada a outro nível, a um só tempo, e eu me encontro num patamar diferente. Depois saio e eis-me outra vez de volta ao nível da rua. Ora, posso eu reter alguma coisa da consciência que tive quando me encontrava dentro da catedral? Certas preces ou meditações são concebidas para manter sua consciência naquele nível, em vez de deixá-la cair aqui, o tempo todo. E, afinal, o que você pode fazer é reconhecer que isto aqui é apenas um nível inferior ao daquela alta consciência. O mistério expresso ali está atuando no âmbito do seu dinheiro, por exemplo. Todo dinheiro é energia congelada. Creio que essa é a chave de como transformar a sua consciência.”
Bom, se temos o mundo físico modificando o mundo das ideias, podemos também utilizar o mundo das ideias para modificar o mundo físico. A base desse raciocínio é a de que as atitudes que tomamos no mundo físico são baseadas no nosso processo cognitivo; uma definição para cognição pode ser “O conjunto dos processos mentais usados – no pensamento – na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.”
É aqui que entra o axioma mágico “Fake until you make it”, ou “Finja até ser/fazer de fato”. Fazendo alguma coisa repetidas vezes, programamos nosso cérebro a adotar aquele padrão como uma fórmula a ser seguida no nosso dia a dia ou em situações específicas.
Um exemplo simples: repita (falando com sua voz, não somente em pensamentos) consigo mesmo “Vai dar certo!” antes de fazer qualquer coisa que julgue relativamente difícil e que já tenha feito antes, para sentir a diferença em seus pensamentos (bom para acabar com bloqueios e travas, não deixa vir o famoso “branco” que te impede de lembrar de algo que você sabe).
Este tipo de repetição é ótimo para homogeneizar algum tipo de comportamento e deixá-lo mais consistente. No caso aqui do blog utilizo o nome “Colorado Teus” para escrever, não meu nome do mundo físico. Até hoje ninguém que não soubesse antecipadamente que eu era o “Colorado Teus” conseguiu descobrir sozinho, isto porque o estado de consciência que fico ao escrever para este blog é muito diferente do meu eu natural. No começo era puro fingimento, eu fingia ser Colorado Teus e tentava sempre tomar cuidado com alguns defeitos que meu eu do dia a dia tinha, que poderiam vir para os textos contra minha vontade. Depois de muito treinamento e repetição, estes defeitos escolhidos já nem chegam perto da minha mente enquanto estou escrevendo.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Gênesis 1:1
No princípio “Coloradoteus” era uma palavra, e Colorado Teus estava Comigo, e Colorado Teus era Eu.
Esta é uma fórmula mágica de criação e transformação ensinada na Bíblia. Vamos a mais uma definição:
“Uma fórmula mágica é um enunciado de como um fato ou teoria cosmológica é percebido. Uma fórmula mágica se desenvolve a partir de outra mais antiga, do mesmo modo como aumenta a habilidade humana de perceber a si mesmo e o Universo. Uma mudança na consciência torna necessária uma alteração na fórmula mágica. Isso não significa que a velha fórmula nunca mais funcione, mas apenas que a nova se revela muito melhor.” DUQUETTE, Lon Milo. 2007. A Magia de Aleister Crowley – Um manual dos Rituais de Thelema. São Paulo: Madras.
Ou seja, alguém consegue chegar num certo nível de consciência e, então, após ter o devido entendimento de como chegou até este nível, cria uma fórmula mágica que pode ajudar outras pessoas a chegarem também. Basicamente, é assim que funciona a magia a ritualística, os rituais são formados através da mistura de fórmulas mágicas, de modo que um padrão seja atingido com a pessoa alterando seu nível de consciência através das falas e encenações.
Um tipo de fórmula mágica que vale a pena ser frisada é o Símbolo. A palavra ‘símbolo’ vem do Grego e significa “Aquilo que une” (enquanto ‘diábolo’ significa “Aquilo que separa”). É um tipo específico de signo, geralmente transmite mais ideias do que as óbvias; vem de uma prática muito comum que é criar uma imagem para representar a ideia que une um grupo de pessoas ou empresa, feito com o intuito de que toda vez que estas pessoas olharem para ele, se lembrarão dos princípios e ideais que levaram à criação do grupo e como estão conectadas a esta criação, sendo assim este signo recebe a qualidade de símbolo.
Um exemplo prático, uma aliança de casamento é um ‘símbolo’, pois representa o que une duas pessoas, enquanto uma carta de divórcio é um ‘diábolo’, pois representa o que separa duas pessoas.
No processo de iniciação em uma ordem iniciática, a pessoa recebe uma introdução à base simbólica dela, de modo que a pessoa começa a aprender como aquele grupo pensa e o que os torna um grupo. Com o devido aprendizado a pessoa começa a conseguir alterar sua consciência com os símbolos da ordem e tornar seu corpo de ideias mais próximo ou harmonizado com o dos outros membros; o problema aqui é que aprender sobre um símbolo não é apenas ler em um livro sobre o que falaram dele, mas o aprendizado também está no plano dos sentimentos – aprender sobre que emoções aquele símbolo pode causar – que é o plano logo acima do plano das ideias, como foi dito na parte 3. Portanto, para se conectar concisamente com um grupo desses é necessário passar por uma série de estudos, experiências e rituais, de maneira que só assim a mudança será concisa e a pessoa será digna de falar e agir em nome do grupo e de seu trabalho.
É exatamente por isso que muitas ordens são fechadas e exigem certo nível de compreensão sobre alguma coisa antes do pretendente ser iniciado, caso a pessoa não tenha este tipo de compreensão os objetivos dos símbolos podem ser deturpados e isso pode atrapalhar futuros membros que ainda não tiveram a devida explicação, o que possivelmente provocará uma mudança de sentido no grupo ou fatalmente o destruirá, como já aconteceu com diversas ordens. Para tentar evitar isso, a maioria das ordens ensina os significados de maneira gradual, ou seja, cada pessoa ocupa um grau e vai aprendendo e experimentando os estados de consciência de acordo com seu merecimento; uma vez que chegam nos últimos graus terão grande possibilidade de atingir um grau de consciência similar ao que os criadores da ordem intencionavam que os membros atingissem.
Aliás, o nome “membros” vem exatamente daí, cada grau da ordem (o corpo todo) te ensina sobre o funcionamento de um pedaço do corpo e, incorporando os fundamentos de todos, você se torna este corpo.
Na fala de Joseph Campbell citada no começo deste capítulo, ele se pergunta sobre o mistério da Cruz, o que é este símbolo para um cristão? A cruz os lembra, toda vez que olham para ela, de um ato de compaixão, que é doar sua própria vida ou se arriscar por quem ama. A compaixão é tida como uma qualidade muito importante para manter um grupo de pessoas unidas, ou até mesmo uma sociedade, sendo um dos alicerces de grande parte dos grupos aqui no Brasil. Assim, sempre que alguma pessoa entra em contato com uma cruz, caso tenha sido iniciada em tal mistério, seu corpo de ideias é relembrado da ideia e ela consegue tomar decisões tendo aquilo em mente.
Para concluir este texto, vamos a um novo experimento: Atuando em um ritual.
Como aqui no TdC o Marcelo já fez um post só sobre o Ritual Menor dos Pentagramas, vou deixar o link aqui embaixo e propor, para quem quiser experimentar, que comentem sobre as reações e sensações que se tiverem durante e após a ‘encenação’. Um alarde sobre rituais: não brinquem com eles, forças que vocês nem imaginam que existem podem te ouvir e fazer com que o intencionado dê certo… a reação é obviamente sua!
A ideia do RMP é que a pessoa se coloque como Deusa e, após firmar isso em sua cabeça, movimente energias com a finalidade de alterar padrões específicos em sua consciência. No próximo texto comento um pouquinho mais sobre isso, com o aprofundamento em cada uma das fórmulas mágicas aqui utilizadas, o ritual também terá maior efeito. Então segue o link que explica como fazer o RMP:
Lembre-se, você é um Deus, possui o poder de criar com o verbo, então, Abrahadabra!
.’..’..’..’..’. Vai dar certo! .’..’..’..’..’.
Respostas de 16
Seus textos sao muito bons, parabéns! Dessa vez nao vou pontuar nada nesse texto, xz
Parabéns pelo texto novamente! Eles tem me sido muito úteis.
Gostaria de te propor um desafio consiste em ficar um dia sem pensar ou falar usando o palavra EU ( nem como sujeito oculto), eu ja havia me feito este desafio antes porem admito que nao consegui o realizar, mas nao vou desistir…
Mas fica ai o desafio.
pra que isso? vai ajudar em que? .-.
@Coloradoteus: Faz o teste e nos fala 🙂
Pensei nesse desafio como uma forma de “desviar” o ego e dar mais espaço para o si-mesmo. Isso na teoria agora na pratica …nao sei se aconteceria isto
@Coloradoteus: Na própria proposta já tem um “eu” rsrs
ainda n tava valendo rsrsr
Me lembrou o texto do Prophecy, disponível aqui no TdC (e altamente recomendado), intitulado ‘A Corrupção Moderna da Magia’, onde discorre que um dos problemas da magia estar caída, esquecida e mal entendida (enfim, corrompida), e a falta ou praticamente ausência se TEXTOS PRÁTICOS, o que faz a maioria viajar na maionese, ter abstrações extremamente vagas ou ter um buraco na mente quando se começa a falar sobre rituais e etc.
Há não só ausência de textos práticos, como ausência de textos que expliquem por quê isso funciona.
Achei interessante a parte de que a pessoa pode CRIAR formulas mágicas que descrevam como ela chegou àquele estado, pra poder ajudar outras a também chegar. Mas aí caio na subjetividade de cada um, onde aqueles atos, abstrações e idéias são extremamente peculiares e vívidos e significativos SOMENTE pra quem viveu, não passando de mera encenação VAZIA (e aí que está o problema, que impede o fake untill you make it). Penso que a pessoa novata que o faz, deve saber o que significa com mais profundidade, pq funciona, como… Enfim, uma abordagem mais didática da magia e seus rituais e resultados, mais científica/filosófica.
Grato.
@Coloradoteus: sim, existe a subjetividade de cada um, porém, de acordo com o desenvolvimento da capacidade do criador em traduzir emoções em símbolos, o entendimento pode sim ser alcançado com a prática dos rituais… principalmente quando se usa símbolos que estão ligados ao inconsciente coletivo. As energias são arquetípicas, todas as pessoas já tiveram a oportunidade de experimentar a morte, o nascimento, a escolha, etc. Eu não preciso passar pela mesma situação de morte um cara passou para entender a emoção dele quando fala sobre ela, basta eu comparar com as minhas situações que as palavras dele “ganham força” (não será exato, mas terá significado)… quando um ritual é criado baseando-se em situações arquetípicas (padrões universais pelos quais todos passam), a encenação funciona e muito bem 🙂
“@Coloradoteus: sim, existe a subjetividade de cada um, porém, de acordo com o desenvolvimento da capacidade do criador em traduzir emoções em símbolos, o entendimento pode sim ser alcançado com a prática dos rituais…”
Então quer dizer que existe uma arte, uma técnica de como criar símbolos com determinadas propriedades inerentes para determinada atuação em determinada emoção? Acho que aqui tb cabe a diferença entre Sentimento e Emoção.
@Coloradoteus: Exatamente, não só uma como várias técnicas para isso… mas se for entrar no mérito a gente foge do propósito dos textos que é ser uma ‘breve introdução à Magia’ 🙂
“principalmente quando se usa símbolos que estão ligados ao inconsciente coletivo”
Então existe uma espécie de “Reservatório de Energia” em algum lugar no espaço-tempo que depende da consciência coletiva das pessoas para despejar energia sobre um símbolo? Isso impediria que eu usasse o símbolo para outros propósitos, pois já estaria carregado com alguma intenção/emoção/significado, ainda que não fosse minha?
@Coloradoteus: Não é a única maneira de se criar um símbolo, mas esses ‘reservatórios’ existem… Não impede usar para outros propósitos, mas dificulta.
Acho que nos próximos post pode rolar essas e outras explicações mais profundas sobre o poder do símbolo, o que é, se tem expressão metafísica, as interações com a mente…etc.
@Coloradoteus: Posso fazer isso mais pra frente, mas se já quiser estudar um pouco mais sobre isso, assiste o documentário “O Poder do Mito”, tem no youtube, é bem cético e deixa bem claro a relação entre a formação dos mitos (que também são símbolos) e a sociedade.
Grato 🙂
Muito obrigado.
Sobre O Poder do Mito, já assisti mas assim que puder vou assistir de novo, ver se pesco coisas que antes não pesquei e zaz. 🙂
Namastê!
Ah, Colarado Teus, Há algum tempo algo vêm me incomodando, algo que não há muito o que fazer, então ha um tempo estou emanando um desejo pra isso, e acredito que talvez a magia possa me ajudar: gostaria de me satisfazer com menos horas de sono, umas 6 estaria ótimo, pois preciso de umas 10 pra passar o dia BEM, e aos finais de semana chego a dormir 12~14. Vejo pessoas que se satisfazem com 4, 5 horas e me dá uma inveja branca, pois adoraria ter mais tempo pra estudar. Estou tentando a algum tempo ter projeções astrais, pra aproveitar o tempo do outro lado mas não tenho obtido resultados.
Acha que seria possível algum método mágico ajudar diminuir minha necessidade por sono? Li algo sobre sigilação a um tempo mas não sei direito como funciona, tem a ver com escrever seu objetivo, tirar as letras repetidas e algo que não me lembro mais. Agradeço se me der umas dicas mágicas de como atingir isso.
Gratidão.
@Coloradoteus: O que causa a necessidade de dormir varia de pessoa pra pessoa, algumas pessoas precisam passar mais tempo do outro lado por diferentes motivos. Um motivo bem importante é descarregar a massiva quantidade de infomações inúteis que nosso cérebro acaba guardando no dia a dia; entrar no estado meditativo ajuda bastante nesse quesito, podendo te ajudar em uma ou duas horas de sono. Sair em projeção astral todos saem, o problema é lembrar com lucidez e ter consciência durante a projeção, pra isso você precisa de bastante disciplina (ter um horário fixo para dormir e acordar, anotar detalhes dos sonhos, desenvolver a visualização, etc.) mas um sigilo pode te ajudar sim a lembrar, uma vez criei um para isso e sempre que eu meditava olhando para ele antes de dormir eu me lembrava no dia seguinte; se tiver dúvidas de como criar, procure por sigilação pictórica.
(Eu de novo…)Peraê!Dá pra usar sigilo até pra isso?Eu achava que era apenas pra coisas materiais,relacionamentos,trabalho, etc.Posso usar sigilos pra mudar a forma de pensar e agir?Sou excessivamente racional e cético,oq me impede de fazer muitas coisas,tipo esses exercícios do blog,é como se minha mente me falasse:cê tá loko?Porque está berrando nomes em hebraico,vc tá só fazendo papel de bobo.(tenho venus em virgem e jupiter em capricornio…excesso de realismo e ceticismo…tem algo a ver certo?)
@Coloradoteus: Essas combinações têm a ver com ceticismo, mas não quer dizer que você esteja certo em pensar assim rsrsrs pois existem explicações racionais e comprováveis para a funcionalidade disso, basta você estudar mais 🙂
Então não se trata exatemente do pensar mas sim do acreditar?Talvez nunca dava certo pelo fato de nao crer…E minha mente me “falar” essas coisas foi apenas uma consequencia da falta de fé.É só trabalhar nisso agora,valeu a dica 🙂
@Coloradoteus: Não existe pensamento sem crença, todo pensamento é baseado em um padrão que você percebeu, seja vendo, sentindo ou filosofando… cada pessoa dá mais credibilidade a certas maneiras de adquirir conhecimento, todas podem ser eficientes, basta saber usar.
Venho anotando os sonhos, fazendo testes de realidade sempre que lembro, intencionando projetar antes de dormir, além do exercício dos chacras, vela e visualização ha uns 4 dias… Eu apenas tenho me lembrado mais dos sonhos e sonhado todo dia, é um bom começo, penso, mas ainda sinto que são só imagens mentais, pois passam de longe do que dizem sobre a projeção de que “é uma realidade mais verdadeira que essa, mais intensa”.
Mas sobre o sigilo, seria pra precisar de menos horas de sono.
@Coloradoteus: O sonho é como a sua mente interpreta a projeção, numa linguagem algébrica, definindo Yesod (todos os símbolos que você consegue lembrar) como um “espaço vetorial” em que cada vetor é um símbolo, o sonho é um conjunto de projeções do espaço Real (onde cada vetor é uma energia fluida) no espaço Yesod, como as sombras sendo projetadas dentro da caverna de Platão… esses exercícios que você faz são para o desenvolvimento da sua matriz de troca de base rsrs
Amanhã começo uma jornada de estudos pesados para concurso, e além de estudar bastante e adotar técnicas cientificamente comprovadas de melhora da aprendizagem e etc, abrir e fechar trabalhos em egrégoras, o que posso adicionar para obter uma forcinha mágica?
Grato.
@Coloradoteus: Vontade, tesão, intensidade
Olá, Colorado Teus!
Eu sei que cheguei meio atrasado aqui no post, mas descobri o blog bem recentemente e não achei nenhuma postagem sobre quebra de paradigmas. Está relacionado com o que as ordens herméticas utilizavam para quebrar alguns paradigmas individuais e “alinhar” as informações no consciente dos membros para que nenhuma significado dos seus símbolos se “perdesse” em interpretações na recepção pelo membro do grupo. Você sabe o que é. Então, é como aquela cena do Avatar que um dos Na’vi falam para o americano: “Não é possível encher um vaso que já está cheio”, falando sobre ele aprender como enxergar como eles enxergam seu mundo. Eu tenho esse problema, muitas vezes. Me enchi de conhecimento de todo tipo, meio aleatoriamente, o que teve um efeito inverso ao tao: cheio demais, em vez de vazio. Isso atrapalha meu foco, muito, em tudo, no trabalho, na vida, na forma que tento aprender conhecimento mágico, quando tento meditar, etc. Sinto que preciso me desarmar, me abster desse momentum do meu ego, mas o caminho é um tanto opaco, e não consigo achar nada muito prático que se encaixe no meu dia-a-dia para tentar a parada. Se você puder postar algo sobre, eu ficarei feliz, imensamente, pois seus textos são iluminadores e bastante práticos, objetivos e racionais (meu Vênus em Virgem adora a combinação dessas palavras).
Obrigado pelo blog, é maravilhoso.
Boa tarde. Adorei os seus textos, já que me ajudam imenso na minha evolução.
“Uma fórmula mágica é um enunciado de como um fato ou teoria cosmológica é percebido. Uma fórmula mágica se desenvolve a partir de outra mais antiga, do mesmo modo como aumenta a habilidade humana de perceber a si mesmo e o Universo. Uma mudança na consciência torna necessária uma alteração na fórmula mágica. Isso não significa que a velha fórmula nunca mais funcione, mas apenas que a nova se revela muito melhor.” – Esta citação foi fantástica, pois fez-me recordar a teoria de desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget e, de facto, é bastante semelhante. Poderíamos só trocar os termos: a fórmula mágica seriam os esquemas mentais utilizados para conhecer o mundo em redor.