Santo Daime e Ayahuasca


Por Acid Zero.

Antes de mais nada, “Santo Daime” é o nome de uma doutrina da linha do Mestre Irineu que, segundo eles, faz “uso ritual das plantas expansoras de consciências dentro de um contexto apropriado”. Foi a doutrina que se tornou mais popular no Brasil, e por isso a bebida que eles fazem uso (Ayahuasca), rebatizada por eles de Santo Daime, acabou se tornando sinônimo de Ayahuasca para a maioria leiga (eu incluso), assim como Gillette se tornou sinônimo de lâmina de barbear. Mas chamar a bebida de “Santo Daime” dentro de outras doutrinas que fazem uso da Ayahuasca é como visitar a fábrica da Assolan e chamar de Bombril as esponjas de aço deles… Entretanto, o título do post continua, por uma questão de melhor identificação pra quem busca informações.

INTRODUÇÃO

Certa vez fui convidado a assistir a uma palestra da União do Vegetal (UDV), para escolher se tomaria ou não a Ayahuasca. Foi uma explanação interessante, onde era dito que o chá não criava dependência, não era droga, buscava a evolução espiritual, e tal… Saí de lá confuso, afinal, qualquer coisa que eu tome para deliberadamente alterar minha consciência pra mim é droga. Seja um sonífero, aspirina ou cocaína, estarei brincando perigosamente com meu cérebro.

Resolvi decidir só após consultar Oráculo. Ela não disse pra eu ir ou não ir, mas foi taxativa: aquilo é droga, assim como maconha. Falou pra eu estudar sobre os princípios ativos, e que a maioria das experiências que as pessoas têm lá são alucinações.

Acabei não indo, afinal não tenho a MENOR curiosidade em experimentar drogas alucinógenas. Alguns parentes foram, tiveram experiências boas, outras ruins, e logo deixaram de freqüentar. Pra mim não é através de experiências alucinógenas que uma pessoa alcança a iluminação. Jesus, pelo que se sabe, não usou drogas (e muito menos recomendou-as). Buda também não. Gandhi e Sócrates também não… Ao contrário, participaram ativamente de sua REALIDADE, procurando modificá-la através do Amor, do bom-senso, da responsabilidade para com o mundo e com as pessoas, e principalmente das AÇÕES.

A BEBIDA

A Ayahuasca (Vegetal, Uasca ou Santo Daime) é uma mistura de duas plantas (Cipó Mariri e Chacrona) que, após cozidas, resultam num chá de gosto amargo e alucinógeno, que normalmente evoca visões e imagens religiosas (a chamada “miração”), costumando por vezes provocar vômitos ou diarréia em quem toma (por isso os locais onde a beberagem é consumida são equipados de algum tipo de “vomitório”, e recomenda-se comer pouco nos 3 dias anteriores).

O RITUAL

O Santo Daime preserva o caráter sagrado da festa e da dança, oriundo do catolicismo popular. Convivem no seu panteão mítico Deus, Jesus, a Virgem Maria, os santos católicos, entidades originárias do universo afro-brasileiro e seres da natureza. Também são louvadas as figuras do Mestre Irineu, identificado com Jesus Cristo, e do Padrinho Sebastião, “encarnação de São João Batista” — de onde são derivadas algumas concepções messiânicas e apocalípticas. Do espiritismo kardecista são reelaboradas noções como as de karma e reencarnação. Os indivíduos possuem dentro de si elementos de uma “memória divina”; ao mesmo tempo, podem, através do próprio comportamento, alterar seu karma, “evoluindo espiritualmente” em direção a sua “salvação”. Em consonância com os sistemas xamânicos, verifica-se a existência de uma “guerra mística” entre os homens e os seres espirituais. Os daimistas são concebidos como os “soldados do Exército de Juramidam”, empenhados numa “batalha astral para doutrinar os espíritos sem luz”. Todo o ritual está permeado por um espírito militar com ênfase na ordem, na disciplina.

Na união do Vegetal (UDV) a cerimônia costuma ter a duração de quatro horas e são dirigidas ou pelo Mestre ou por quem tenha ele designado. A presença do Mestre ou do seu delegado é imprescindível para garantir a necessária concentração e o alto nível do ritual. Após terem bebido a Oaska, os participantes da sessão permanecem sentados até o fim da cerimônia. O Mestre faz então as “chamadas” (cantos iniciáticos) de abertura e inicia a doutrinação espiritual, na qual se pode intercalar alguma peça musical, para criar um clima propício a ter boas “mirações”. Nessa ocasião os discípulos têm a oportunidade de ouvir aquilo que eles mais precisam de ouvir, pois o Mestre atua como canal de ligação com a “Força Superior”, da qual provêm todos os ensinamentos espirituais. Encerrada a doutrinação, os participantes têm a oportunidade de se expressar e fazer perguntas ao Mestre. Chegada a hora de encerramento, o Mestre entoa as “chamadas” finais e dá por finda a sessão.

Já no Daime eles acrescentam a isso trabalhos espirituais de concentração (com períodos de meditação) ou bailado (execução de uma coreografia simples), podendo chegar a produzir um verdadeiro êxtase coletivo. Há também trabalhos de missa (para os mortos) e rituais de fardamento (momento em que o indivíduo adere oficialmente ao grupo, passando a usar suas vestimentas). Recentemente, vem ganhando força alguns ritos onde ocorre incorporação de espíritos, produto das influências crescentes da umbanda nesta instituição.

OS EFEITOS

O efeito alucinógeno do chá, embalado pelo ritual e egrégora do local, produzem as “mirações”, imagens contempladas durante a “burracheira” (efeito da bebida) que podem se manifestar de formas variadas: ora são duradouras, ora fugazes; ora nítidas, ora dotadas de tênues contornos; ora de aparência assustadora, ora de grande beleza. Muitas vezes as mirações revelam fatos do passado, às vezes de um passado anterior à atual encarnação. E, segundo eles, até mesmo o futuro pode ser revelado. Na verdade, as mirações constituem recursos de ilustração utilizados pela burracheira para revelar ensinamentos e o estado de espírito de cada um. Em todas é possível encontrar um significado; todas pedem uma decifração. Mas a forma pela qual elas revelam seus conteúdos é também extremamente variável: às vezes são bastante claras e diretas; outras vezes são enigmáticas e oraculares. Por este motivo, os discípulos podem precisar do auxílio do Mestre para conseguir compreender o seu significado.

Algumas vezes pode ocorrer, associada a limpeza (vômitos), uma experiência de intenso sofrimento, que os daimistas chamam de “peia”, ou “surra do Daime”. A peia está associada também a outros processos fisiológicos incômodos ou aparece, ainda, sob forma de pensamentos ou sensações. Apesar de extremamente desagradável — incluindo visões aterradoras de monstros, vermes, trevas, sensação de morte ou medo intenso, enfim, toda classe de tormentos conhecidos ou não — a peia produziria efeitos benéficos, didáticos e transformadores.

Os defensores da planta dizem que ela provoca uma limpeza física ou energética do canal ou instrumento que a usa, “pois luz não habita em templo sujo”. Então, se você estiver com problemas, numa baixa vibração, ou tiver ingerido carne ou comida pesada, vai vomitar copiosamente, ter diarréia de se acabar, ficar enjoado, etc. Só que qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de biologia sabe porque o organismo expulsa e rejeita certas substâncias estranhas, quando ingeridas…

Existem denúncias de que o uso deste chá faz mal, a longo prazo, tendo como um dos efeitos adversos o eventual retorno da “miração” nas horas mais inadequadas, e os mais puristas até alegam que o chá apresenta riscos para a tela búdica dos usuários, ou seja, poderia fazer mal até nas próximas encarnações. Nada disso, entretanto, está confirmado, assim como não se dispõe de estudos científicos sobre os efeitos à longo prazo da ingestão do Daime.

O chá contém dois alcalóides potentes: a harmalina, no cipó, e a dimetiltriptamina (DMT), que vem da chacrona. O DMT é uma substância controlada e foi proscrita para uso humano pelo Escritório Internacional de Controle de Narcóticos, órgão da ONU encarregado de estudar substâncias químicas e aconselhar os países membros quanto à sua regulamentação. O governo dos EUA afirma que seu uso é perigoso mesmo sob supervisão médica, e seu uso é proibido em países que possuem legislação anti-drogas, mas recentemente os EUA liberaram o uso APENAS para uma pequena seita brasileira em território americano, enquanto no Brasil ele é liberado para uso religioso. Advogados da União do Vegetal (UDV) dizem que especialistas atestaram que o chá é inofensivo, mas o CONAD (Conselho Nacional Antidrogas) em seu parecer não fala nada sobre ser inofensivo, e libera apenas seu uso terapêutico, em caráter experimental, e que o “controle administrativo e social do uso religioso da ayahuasca somente poderá se estruturar, adequadamente, com o concurso do saber detido pelos grupos de usuários”. Lembrando que o LSD também já foi permitido legalmente, e que no Canadá a maconha é liberada para uso terapêutico também… o problema não são as drogas, mas o uso que se faz delas…

No site do IPPB, vemos no artigo do Dr. Luiz Otávio Zahar que explica que “a DMT (dimetiltriptamina) é naturalmente excretada pela glândula pineal, e que desempenha um papel no processo de sonhar e possivelmente nas experiências próximas à morte e em outros estados místicos. A mistura das duas plantas potencializa a ação das substâncias ativas, pois o DMT é oxidado pela enzima Monoaminoxidase (MAO), a qual está inibida pela harmina, acarretando um aumento nos níveis de serotonina, o que causa impulsão motora para o sistema límbico no sentido de aumentar a sensação de bem-estar do indivíduo, criando condições de felicidade, contentamento, bom apetite, impulso sexual, equilíbrio psicomotor e alucinações.”

Ou seja, você está ingerindo uma dose cavalar de uma substância que deveria ser naturalmente produzida pelo corpo, afetando uma parte importantíssima como o cérebro.

Lázaro Freire, da lista exotérica Voadores, explica o processo:
Há uma aceleração vibracional desordenada, onde cada chakra entra num estado vibracional de freqüência diferente. Não sei se isso é bom ou mal, se vale a pena ou não (essa resposta depende de cada um, e do que conseguirá com o processo), mas me parece um método estranho que, alterando as freqüências vibracionais / conscienciais das (áreas) corpóreas e cerebrais, só pode mesmo levar a uma saída (expulsão) do corpo físico. Além do mais, encontrei exatamente o que imaginava encontrar, do lado de lá; com detalhes de controle, e influências tanto projetivas reais quanto oníricas aceleradas pelo uso do FORTÍSSIMO alucinógeno.

A ORIGEM

A ingestão ritual de Ayahuasca por parcelas da população urbana inicia-se no Brasil, na década de 30, em Rio Branco, Acre, com o culto ao Santo Daime, sistematizado por Raimundo Irineu Serra, que atribuiu à Ayahuasca a denominação “Santo Daime” e fundou o “Centro de Iluminação Cristã Luz Universal – CICLU Alto Santo”. No final da década de 60, em Porto Velho, Rondônia, José Gabriel da Costa organizou outro grupo ayahuasquero, denominando-o “União do Vegetal” (UDV), visto que nele a Ayahuasca é chamada de “Vegetal”. O processo de divergências e de desdobramentos dos núcleos originais propiciaram a expansão das religiões ayahuasqueras por grande parte do território nacional e mesmo pelo exterior.

As religiões ayahuasqueras estão atualmente divididas em três “linhas”:
Uma, a do Mestre Irineu, fundador da seita. Não admitem incorporação, praticando estritamente o xamanismo, e não aderem e nem mesmo toleram o uso de outros psicoativos que não a Ayahuasca.
Outra, do Mestre Gabriel (União do Vegetal).
Outra ainda, a do Padrinho Sebastião Mota, do CEFLURIS (dissidência do CICLU). Esse grupo atraiu acadêmicos, jornalistas, artistas, estudantes e diferentes categorias de profissionais liberais empenhados em torná-lo objeto de estudo, notícia ou modo de vida. Algumas conseqüências decorreram dessa aliança, entre elas a adoção (não endossada pelo CEFLURIS) de muitos dos costumes e crenças dos jovens urbanos, a exemplo do controvertido uso “ritual” da Cannabis sativa (Maconha, que é chamada por esses usuários de “Santa Maria”) e Cocaína (conhecida por “Santa Clara”). Emiliano Dias Linhares, conhecido como “Gideon Lakota” (do CICLU), fez denúncias graves contra o CEFLURIS neste vídeo, em que acusa a seita de ser ponto de distribuição de drogas ilícitas.

Entretanto, é enorme o número de depoimentos de pessoas que faziam uso de álcool e drogas pesadas, foram atraídas a um desses grupos e ficaram curadas. Mas não sabemos o número de pessoas que continuam dependentes, por isso fica aqui o alerta aos pais: se seu filho(a) enveredar em qualquer um desses grupos, procure ir com ele, mesmo que não beba o chá. Procure conhecer as práticas, e principalmente os freqüentadores destes locais. Um grupo que se reúne regularmente pra tomar alucinógenos, mesmo que em uso ritual e por motivos nobres, por melhor que seja a orientação espiritual da casa, pode acabar atraindo pessoas interessadas APENAS na bebida e seus efeitos, sem nenhum comprometimento espiritual nem interesse em desenvolver-se no autoconhecimento. Pra ilustrar o que estou falando, entre no Orkut e digite “Ayahuasca”. A primeira comunidade que aparece, com o maior número de pessoas, é “Ayahuasca sem dogmas” que, pelas opiniões expostas, procura deslocar a bebida de seu contexto religioso (o que agride frontalmente a liberação do CONAD, baseada no relatório final do GMT), com pessoas oferecendo o chá a quem quiser. O problema não é a doutrina, são as pessoas que se acercam da doutrina com interesses outros, SEM PREPARO, SEM SUPERVISÃO, verdadeiros irresponsáveis que podem acabar influenciando pessoas para o uso de drogas mais pesadas. Tanto isso é verdade que, mesmo na linha de Irineu, que é rígida e não permite quaisquer outras drogas, soube-se que já teve membros presos no exterior por tráfico de drogas.

Lázaro explica os perigos:

No contexto xamânico de vários povos as ervas são usadas em eventos com conotação espiritual, visando uma determinada iniciação dentro daquele nível. Já no contexto urbano, pode ser usado como fuga da realidade. Conheço vários casos assim: as pessoas usavam porque não aguentavam conviver com um nível de realidade duro como a vida física na Terra. A substância acelera o acesso ao inconsciente, com tudo de bom ou de doentio que estiver ali. Pode ser interessante para alguns, sagrado para outros. Mas como tudo que tira a consciência do normal, e/ou altera abruptamente os estados cerebrais, tem seus preços. Neurológicos e, principalmente, psicológicos.
A mente tende sempre à compensação. O uso excessivo de Prozac, por exemplo, leva a pessoa à depressão. Café demais excita, e quando passa o efeito você se sente cansado. Cocaína deixa a pessoa entusiasmada, mas a compensação disso a faz insegura quando não usa a substância. TUDO na mente humana é assim, e o preço do acesso “espiritual” do daime é CARÍSSIMO, em termos psicológicos posteriores. A não ser, claro, que a pessoa tome mais, para ter de novo o acesso e miração, e assim sucessivamente. Dependência psicológica. E depois, sem o “espiritual” miraculoso, a vida “comum” passa a ser mais e mais vulgar. E começa tudo outra vez. Com o agravante de que até mesmo as formas de contato espiritual parecerão fúteis, afinal, como comparar com o barato do Daime? Então, essa é uma droga que rouba do dependente até mesmo o seu direito à conexão espiritual…

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Respostas de 30

  1. Como ex daimista, afirmo com propriedade: péssimo texto, imbuído de preconceitos típicos de quem não entendeu foi nada.

  2. Bacana o texto, seria bom fazer um sobre as experiências com a jurema preta também, que seria um análogo da Ayahuasca, mas que em muito lugares é utilizada junto com a própria cerimônia da umbanda, com o auxílio das entidades.

    …Uma dúvida, a experiência desses enteógenos nos levaria a Yesod por exemplo?? E através dela poderíamos chegar em Tipheret ?? Ou tu achas que fazer um paralelo entre alucinógenos e a Arvore da vida carece de estudos??

    Abraço

  3. Acho engraçado o autor falar com tanta propriedade sobre o que é e o que não é sem ao menos ter experimentado. O texto é taxativo e limitador com afirmações do tipo “através de experiências alucinógenas que uma pessoa alcança a iluminação”. O autor desconhece que a função da bebida seja expandir a consciência, e não alucinar, sendo entendida como uma maneira de buscar a iluminação assim como a meditação.

    É muito fácil afirmar que se trata de uma substância estranha que entra no corpo, que é droga, que pode induzir a estados ampliados de consciência artificialmente… Mas técnicas esotéricas das mais diversas também usam de artifícios e para alterar a mente, levando-a para um estado em que normalmente se encontra. A ayahuasca unida às diversas formas de ritual se torna um veículo, uma prática, assim como em qualquer forma de religião ou caminho de evolução.

    Plantas enteógenas ou plantas de poder, como são corretamente chamadas (e não alucinógenas) só são utilizadas corretamente por meio de rituais que envolvem principalmente a música como veículo. As práticas das religiões e doutrinas que utilizam ayahuasca foram estabelecidas com rituais bastante específicos e orientados. Nao se tratando de simples tentativa de alucinação.

    Quem conhece a bebida sabe que não há nada de prazeiroso. Na verdade, as experiências exigem muita concentração e consciência do que se quer. Muita gente não gosta, muita gente gosta desde a primeira vez, pois se trata de uma questão de afinidade com a “prática”, assim como qualquer outra. O fundador da doutrina do Santo Daime sintetizava o pensamento dizendo que “o Daime é para todos, mas nem todos são para o Daime”, assim com para qualquer ferramenta de evolução.

  4. Evidentemente por isso, há pessoas que não devem tomá-la, sendo plenamente desaconselhável para quem possui certos distúrbios psiquiátricos, assim como qualque prática esotérica forte. A diferença disso é que o chá age muito mais rápido, daí o perigo.

    Não há fundamento nass afirmações de que a ayahuasca causa dependência. O autor evidentemente não pesquisou qualquer fonte científica adequada para esse tipo de afirmação baseada na filosofia da “guerra contra as drogas a qualquer custo”.

  5. Tudo tem seus riscos. Acho que, pra alguns tipos de temperamento e com moderação e cuidado, pode ser produtivo.

    O parágrafo sobre a dependência me lembrou o Alejandro Jodorowsky, que alega ter tomado ácido umas duas vezes apenas, e que aprendeu a alterar a consciência da mesma forma sem drogas.

    Sobre os “iluminados” não terem usado nenhum alucinógeno, convido o Acid a apontar 50 pessoas que definitivamente atingiram a “iluminação”, com ou sem o uso de qualquer droga. Se conseguir, ganha um chocolate. Independentemente do método que se use, esse tipo de realização é incomum, então é impreciso dizer que X pode ser usado pra alcançar a Iluminação, mas Y não.

    Iria comentar sobre o uso recreativo de drogas, mas não é o foco do texto, então deixarei isso de lado.

    Agora, feitas as ressalvas, os pontos com os quais concordo:

    A utilidade da experiência espiritual só existe se você volta pro mundo comum e consegue aplicar de forma construtiva o que aprendeu. Não só com as drogas, mas também com a meditação (a não ser que vá pra uma montanha meditar 24 horas por dia, vai ter que conviver com questões materiais, então o insight obtido deveria ser usado pra melhorar a postura diante delas). Então, viver chapado, além de prejudicar o corpo, seria espiritualmente inútil. Ter mil visões e epifanias sem ser capaz de aplicar na prática é desperdício.

    É evidente, também, que há outros meios de alterar a consciência de forma mais segura. Meditação intensiva, por exemplo. A impressão que dá é que o alucinógeno te joga de uma vez no meio dos conteúdos psíquicos, e a meditação vai fazendo isso de forma gradual. Mesmo no transe meditativo intenso, já que é preciso bastante tempo e esforço pra atingir esses estados de consciência, e essa disciplina exigida vai te lapidando e te tornando mais apto a aplicar o que vai experimentar.

    Como a Monja Coen disse alguma vez (com propriedade), a droga te dá acesso a esses estados pela janela. A meditação, pela porta.

  6. Vish, meteu o pau na bebida… E eu que achava q ela era quase sempre uma benção. Bom.. ainda acho. Fica a dúvida é sobre a constância.

  7. Essa é a segunda vez que vou comentar aqui no blog em anos.

    Estudo muito sobre tudo o que é publicado aqui, e nessa busca repletas de caminhos eu também segui o caminho da experiência psicodélica. E o Daime, sim, é uma droga, a mesma coisa.

    Mas o post faz a pessoa ficar com receio, deu uma visão muito negativa do daime, muito acadêmica e institucional. E se tem hoje alguma fonte de conhecimento que não respeito como referência para as minhas ações é a acadêmia e o instituto. Além disso, como vamos sair da matrix se pautamos nossa vida em tais fontes de saber?

    Tomei o Daime duas vezes. Não vou descrever o que passei e aprendi por que acho que isso é algo de cada um, e quando vc fala para alguém que não viveu a experiência isso a influencia. Na verdade é muito parecido com os graus da ordens esotéricas, vc precisa passar pelas iniciações para experienciar vc mesmo o aprendizado.

    O Brazil, todo mundo está vendo, tem nos decepcionado. Mas muito disso se deve por que não somos capazes de identificar e valorizar as coisas legais que temos aqui. E a experiência com o Daime e a sua popularização, ganhando já o mundo, é uma das coisas mais legais que surgiram no Brazil e uma das experiências mais ricas que alguém que busca auto-conhecimento pode vivenciar.

    Quem nunca ouvir falar que existe uma cidade perdida na Amazônia?

  8. Tenho uma amiga que frequenta aqui em Porto Alegre… estava com vontade de experimentar, mas como já fiz uso de antidepressivos, agora to com receio.. aquele leve “pé atrás” !

    1. Você não deve tomar Ayahuasca se faz uso de anti-depressivo ou outras drogas, nem se tu tem um quadro clínico mais complicado(like surtos psicóticos/dissociativos/tendência suicida/qquer coisa mais ferrada assim), nem se você come muito maracujá (sério). Recomendo que tu comente isso com o seu psicólogo/psiquiatra, pedindo a opinião dele, e principalmente pense muito bem em por qual motivo vc deseja essa experiência. Por fim, não se deixe influenciar por nenhum dos lados. não vai na onda dos caras que dão o chá pra crianças sob a justificativa “é luz, não faz mal, é divino e etc.”, afinal nossos corpos físicos são físicos, não ignore a química. Mas também não vai na onda de que DMT é tão droga quanto Crack que também não é por ai. Dito tudo isso, em Porto Alegre eu recomendo os centros Búfalo Branco e Eclipse do Pampa, ambos da ORNA (Organização Religiosa Nativa Americana).

  9. Para quem nao gosta de alterar a consciencia e nunca fez uso de psicoativos vejo muita certeza nos seus comentarios… quer conhecer? experiencie… depois tire suas conclusoes…

  10. No meu ponto de vista a Ayahuasca serve como uma grande ferramenta, porém assim como uma espada pode servir como instrumento de ordem também pode promover o caos, tudo depende de uma série de fatores, não é algo a ser utilizado a torto e a direita, assim como a própria Mediunidade, a Magia e o Conhecimento das coisas Ocultas e Sagradas pode enlouquecer um fanático, o mesmo se dá com a Ayahuasca, aquele que sabe como conduzir e ser conduzido, aquele que sabe o que está buscando encontra aquilo que procura.
    Se bebida profanamente pode levar ao fanatismo e a dependência psicológica sim.
    É bem simples, dê uma Bíblia a um Fanático e ele irá deturpar tudo o que está escrito nela, dê acesso a Mediunidade a um Pertubado e o mesmo irá fazer dela o Circo que vemos por aí, dê a melhor forma de espiritualidade possível nas mãos de um explorador e verá que o resultado final é o mesmo, loucura, fanatismo, egoespiritualidade, distorção.
    Acredito que assim como os diversos caminhos na senda Iniciática com gente de todo tipo e todo tipo de resultados o que funciona para bem ou para mal, não é o meio ou Sistema utilizado, a diferença se dá para aqueles que se abrem para o Sagrado ou aqueles que profanam os mistérios da Criação, como Magista, Umbandista e Estudante das Ciências ocultas é nisso que acredito, aqueles que procuram o lado sagrado das coisas nada devem temer, aqueles que buscam por curiosidade, é melhor não se atrever.
    A Ayahuasca é como um mistério em si mesma, nas mãos de um Iniciado é um instrumento de Encanto e Magia, nas mãos de um tolo é instrumento de queda livre.
    Grato

  11. Ainda bem que o pessoal do Conversa entre Adeptus fez um video reportagem muito mais esclarecedor que este texto que apenas se limita a um ctrl+c, ctrl+v de pesquisa no google e a opiniao de alguem que nao passou pela experiencia. O video é feito com base em quem vivenciou.

    @MDD – O TdC é um dos poucos sites esotéricos que não editam ou restringem a opinião dos colunistas… O texto é do Acid, do Saindo da Matrix. Nao concorda? reclama com ele. O outro texto é do pessoal do Adeptus. O fato de termos pessoas de vertentes diferentes escrevendo sempre foi o referencial do TdC, e diferentes pontos de vista, que muitas vezes não são exatamente os meus. Eu NÃO LEIO previamente nenhum dos textos dos colunistas.

    1. Tranquilo Marcelo, eu entendi isso. Tanto que estou comentando aqui. Meu comentario foi direcionado a ele, acredito que ele leia isso aqui rsrs

  12. Ainda bem que o pessoal do Conversa entre Adeptus fez um video reportagem muito mais esclarecedor que este texto que apenas se limita a um ctrl+c, ctrl+v de pesquisa no google e a opiniao de alguem que nao passou pela experiencia. O video é feito com base em quem vivenciou.
    Diversos estudos feitos pela USP , Terence Mackeena e outras fontes não apontam nenhum male ou perigo do uso da ayahuasca, esse texto foi mais um desserviço do que qualquer coisa é simplesmente “vou falar daquilo que eu NÃO conheço com base no que outros disseram” kkkkkkk

  13. Sou há anos adepta do uso da ayahuasca assim como estudante de espiritualidade e ocultismo, e por isso creio ter alguns pontos relevantes para apresentar.Primeiramente, achei ótimo que o autor do texto tenha esclarecido a diferença entre Santo Daime e Ayahuasca, separando a doutrina da bebida.Porém o autor declara, alem de não ter tido experiência no uso do chá, ter tido contato apenas com as doutrinas do Daime e da União do Vegetal, ignorando vertentes muito mais antigas do uso da Ayahuasca: os pajés indígenas que aprenderam ainda crianças sobre o uso magistico desta substância e suas possibilidades.O Huní ( nome dado à Ayahuasca pelo povo Yawanawa) é considerado um ser autônomo, um mestre espiritual e um dos grandes espíritos da floresta amazônica, ligado ao arquétipo das grandes serpentes, a jibóia e a sucuri, animais sagrados para este povo e símbolos de grande sabedoria.Apenas estando frente à frente com um destes senhores Pajés, homens já centenários (Salve senhores pajé Tatá, pajé Yawa e Cacique Bira) para ouvir e compreender o quanto esta planta de poder pode ensinar e esclarecer para um ser humano.Destes mesmos senhores vem diversos conselhos sobre o uso do chá, tanto sobre a freqüência no uso (que sempre aconselham que não seja em exagero) quanto no respeito por este espírito ao não fazer uso do chá em combinação com nenhuma outra substância exceto o Rumã (rapé de tabaco e tsunu).
    Vale lembrarmos que em todos os lugares haverão aqueles que fazem mal uso de coisas que deveriam ser benéficas, vide como disse alguém aqui nos comentários, da mediunidade, da bíblia ou até mesmo do espaço recebido em um blog com altíssimo número de visitantes.
    Quanto à minha experiência pessoal, posso dizer que divido minha vida em dois capítulos: antes e depois da Ayahuasca.Não sou uma pessoa com grandes problemas psicológicos, não tenho histórico de uso de drogas (apesar de ter conhecido pessoas com quadros de dependência que melhoraram imensamente após terem contato com o uso do chá), nem tenho nenhum “causo” surpreendente para contar aqui.Porém o maior benefício que recebi da Ayahuasca foi uma maior capacidade de auto análise e um aumento considerável de minha capacidade empática. Me sinto hoje mais compreensiva com aqueles ao meu redor, menos ansiosa, mais segura.A Ayahuasca melhorou meu relacionamento familiar, me ensinou a perdoar erros meus e dos outros e me abriu a visão para a mediunidade, algo que eu tinha grande dificuldade em compreender.
    Além disso, longe do conhecimento meramente empírico, existem hoje cientistas renomados (inclusive doutores pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas- RS) estudando os diversos benefícios deste chá no combate à diversos problemas, da dependência química à depressão. Espero que o autor do texto dê uma chance a si mesmo e ao Huní experimentando ao menos uma vez este chá para que possa tirar suas próprias conclusões.Até lá, por favor não desprestigie algo que tem sido tão importante para tantas pessoas em busca espiritual.Nós que fazemos uso sério e responsável da Ayahuasca agradecemos.
    A quem interessar, vai aqui o link para um curta metragem de animação a respeito do mito yawanawa da Ayahuasca, lindamente ilustrado e falado na língua original:
    http://vimeo.com/72352580

    1. Agradeço a todos pelos esclarecimentos tanto o texto como os comentários, mesmo os controversos , todos me serão úteis para ajudar a formar minha própria opinião.
      Gostaria de saber algo mais sobre os efeitos físicos da ingestão das bebidas como o Daime é outras sobre os rins e figado que funcionam como filtros do organismo.
      Grato a todos.

  14. quanta ignorância..sou sócio da União do Vegetal e frequento o centro há quase três anos e posso garantir que seu texto não tem fundamento. Venho conhecendo por lá pessoas bem adiantadas na caminhada espiritual e um ambiente de paz que não se encontra facilmente no mundo por aí. Eu já estava na busca antes de conhecer a União, mas ainda tava envolvido com drogas (posso fazer uma lista aqui), ambientes e pessoas sem futuro. deixei todas, sem exceção, levo uma vida bem mais saudável, minha memória tem estado cada vez melhor, tenho me limpado de sentimentos, pensamentos e atitudes que não estão ligadas com o bem e sinto que a cada dia tenho caminhado pra um lugar melhor. Inclusive muitas pessoas que conheço reconhecem essa transformação (o que é bem comum com outras pessoas de lá tb) e algumas delas frequentam o centro, a exemplo de minha mãe, e são sócias, a exemplo da minha irmã. Tem um bom tempo que acompanho esse site, mas esse texto realmente foi uma bola fora. procure conhecer melhor pra tirar suas conclusões. Ademais, o chá é comprovadamente inofensivo à saúde. abraços

  15. O Deldebbio, coloca uma referência ao autor do texto, por favor… Está parecendo que o texto é seu.

    @MDD – A coluna “Saindo da Matrix” é do Acid faz 8 anos… alias, o Blog dele deve ter uns 15 anos já…

  16. …DMT também está presente no corpo humano! inclusive produzida pelo mesmo! ‘reza a lenda(ciência material)” que pela própria glândula pineal! então…se DMT é droga…estamos todos drogados agora neste presente momento pois a substancia está em todos nós.
    Não é como THC(princípio ativo da maconha por exemplo) que é estranho ao organismo humano.
    Estudos indicam que durante experiências como projeção psíquica, sono até mesmo morte e ao nascermos(momentos em que a consciência supostamente se une ou se ‘separa’ do corpo físico(material) a produção de DMT pelo organismo é mais intensa.
    Então suponho que o uso da substância é uma espécie de ‘experiência espiritual ‘artificial” (forçada) mas que na minha opinião pessoal é valida e não totalmente alucinatória.
    brçs a tds os céticos.(que não fecham as portas das possibilidades para nenhum temabarraassunto)

  17. “frase pra dizer que eu sou thelemita trevoso fodão”

    Primeiramente, Olá Acid, gosto muito do seu blog, parabéns.
    O exemplo da Gilette foi bom.
    Sim, Ayahuasca é alucinogeno, apesar de os seus defendedores não gostarem desse adjetivo, ela se encaixa no conceito, atua no Sistema Nervoso Central, alterando o “comportamento” do cérberos e os sentidos.(o adjetivo “teógeno” se refere ao propósito do uso, enquanto “alucinogeno” é um conceito científico referente ao fenômeno físico, não sendo exclusivos entre si). Agora, se o que se experiencia nos ritos é alucinação ou não, isso é discutivel, na minha opinião ocorrem ambos.
    A expressão “Burracheira” muitas vezes é usada para designar o efeito posterior ao “principal”, ou seja, as primeiras horas ou dias depois do “pico” do efeito, onde a pessoa pode experienciar um estado de maior sensibilidade, em vários sentidos.
    Quanto ao seu argumento referente à expulsão de “substâncias estranhas”, tenho a dizer que a “peia” acontece em outros contextos que não envolvem ingestão de substâncias, por exemplo, terapias energéticas, meditações e Pathworking. (e Goetia, pelo que eu li.)
    Em se tratando de questoes espirituais relacionadas à medicina e farmacologia não vejo alguem melhor para citar do que Paracelsus; mago, alquimista e bissavô da medicina moderna:
    “Dosis sola facit venenum”
    Entenda-se por “dose” não apenas a quantidade, mas também frequência e “set & setting”.
    Quanto ao uso errôneo de teógenos, no sentido de usar-los como uma fuga da realidade, digo que a medida de o quão bem sucedida foi sua viagem não é o quão longe você chegou, mas sim o quanto você conseguiu trazer de volta. A NÃO SER QUE você busque uma experiência muito louca que vai acabar depois de algumas horas e (muito provavelmente) não deixará nada de útil pra sua vida depois, nesse caso eu recomendo Bebidas Destiladas, Cocaina e Prostitutas. (y)

    “frase pra dizer que eu sou thelemita trevoso fodão”
    ps: malzae pelos possíveis erros de ortografia.

  18. Hellyaz, vc é muito sem informação, pesquise mais porque quem diz que ayahuasca não é ALUCINÓGENA, é o CONAD – Conselho Nacional Anti Drogas, então não se pode sair por ai descriminadamente falando o que não se conhece, melhor consertar e reconhecer que errou em seus argumentos preconceituosas e ignorantes.

  19. Como ponto de vista (e cada um defende o seu e tem o direito de expressa-lo livremente, gostem os demais ou não) penso que o texto foi preconceituoso em relação ao Ayahuasca. Aprendi algo nesse pouco tempo que tenho buscando fragmentos da verdade: Não importa quão bem fundamentado seja um texto, livro, opinião e experiência de terceiros sobre um assunto qualquer, para si mesmo a unica, e digo UNICA maneira de tirar conclusões é com a própria experiência, a própria vivencia sua em relação a aquilo. Posso fundamentar um texto ótimo e cheio de referencias sobre o quanto essa bebida é maravilhosa, e posso fundamentar um ao contrário de o quanto ela é inútil ou perigosa, vocês vão ler, concordar ou não com o que eu escrevi, mas só saberão a verdade se forem vocês mesmos e experimentarem a bebida. Xeque-mate.
    Com todo respeito ao colunista, acredito que ele falhou apenas em não ter experimentado o chá antes de emitir sua opinião.
    Em relação ao comentário da Hellyaz, concordo plenamente com o trecho ”
    Quanto ao uso errôneo de teógenos, no sentido de usar-los como uma fuga da realidade, digo que a medida de o quão bem sucedida foi sua viagem não é o quão longe você chegou, mas sim o quanto você conseguiu trazer de volta”
    Alterando um pouco o que ela diz, penso que
    “quanto ao uso de uma substância que pode expandir sua consciência e sentidos ou altera-la, seja qual for, o importante é o que de bom e o quanto de útil você conseguirá tirar dessa experiência para si.
    Quando eu estava querendo experimentar a bebida, muita gente me condenou, mas sou seguro de mim e segui minha intuição, o conselho do meu ser e não dos outros que se fundamentam em textos ou opiniões de terceiros para falar de coisas que não conhecem por si mesmos, fui, experimentei e foi uma experiência incrivelmente válida (PARA MIM) tanto que percebi que não estava suficientemente preparado para ir novamente por falta de conhecimento e direcionamento da energia que ela proporciona, hoje, muito tempo depois que fui, estudando muito, meditando e buscando conhecimento e crescimento pessoal, penso em ir novamente pois como eu disse, realmente é uma experiência válida na vida da pessoa (desde que não vá vestida de preconceitos e encontre um lugar decente para ir conhecer algo assim).
    Um grande abraço a quem concorde e a quem discorde!

  20. O texto é interessante, já tive minhas experiências dos dois lados, do lado de quem foi para se auto descobrir e o lado de quem manejou trabalhos espirituais. O enteógeno usado de uma forma lúcida e pontual em objetivos nos trás a tona o auto conhecimento e a cura em sua forma mais cristalina e consistente, mas usada de forma abusiva nos trás a dor da ilusão, a banalidade das coisas, a muleta e a fuga. Estamos vivendo na sociedade do “fast-Food” e não é diferente nesse meio espiritual, conseguir obter vivencias profundas em poucos minutos pode ser um ótimo marketing pra quem quer se apegar nessa ideia de progresso espiritual ligeiro e obter para si coisas que perdurariam muito tempo para se desenvolver. É nessa parte que mora o perigo, é preciso se atentar a forma em que se dá esse progresso e se realmente há o verdadeiro progresso ou apenas vislumbres de ilusões, e como diz o texto: Tudo tem seu preço, e com o daime/ayahuasca não é diferente. Há que se atentar para os tipos de rituais sendo propagados com o uso do enteógeno, transformando uma experiência legitima em um “circo new age”, aonde o conhecimento é raso e a experiência pouco proveitosa cheias de auto-sabotagem, culto a personalidade, fanatismo, mescla de egrégoras que nem se “conversam” e muita doideira envolvida. Eu já vi rituais aonde se tocou Xuxa! É difícil de imaginar, mas sim isso aconteceu. A bebida é ambivalente, podendo ser usada de formas que muitos nem imaginam, como a inserção de hologramas ( Propositais e não propositais), mistura de plantas que ficam em oculto pelos dirigentes, indução através de música etc. Hoje decidi seguir o caminho do Eremita, eu já fui muito além do que poderia imaginar e já quitei o preço que tive que pagar, hoje por opção prefiro não frequentar e nem ministrar trabalhos, admiro os pouquíssimos que trabalham de maneira eficiente, conheci pessoas que se livraram de drogas e isto é maravilhoso, mas conheci também quem se afundou em obsessões profundas e transtornos, por isso é necessário as escolhas dos locais. Paz&Bem

  21. Eu teria vergonha de escrever um texto desse tipo mesmo tendo fixado a questão de que não experienciei porque “disseram” algo sobre… Bem vergonhoso. Aliás, eu teria vergonha de escrever tal texto numa página do Deldebbio. Lamentável.

    @MDD – Ana, um dos princípios do TdC é que eu nunca censuro nenhum textos dos colaboradores, porque, no final, as linhas de pensamento nunca são 100% compatíveis em relação a temas como drogas, armas, aborto, etc. cabe a voces, leitores, verificarem todos os pontos de vista e chegarem às suas próprias conclusões.

  22. Sinceramente, o chá do Santo Daime ou Ayhauasca é algo que não se pode falar sem ter experimentado e experienciado, portanto o autor do texto só vai entender a esta crítica o dia em que experimentar…
    Um grande abraço a todos e um TFA pro Marcelo !

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