Adonai, Adi – Buddha, Al-Haqq, Allah, Asar Un-nefer, Atman, Augoedies, Chrestos, Cristo, Gênio, Grande Mestre, Ishvara, Jechidah, Eu Superior, Kia, Anjo da guarda, Mentor, Logos, Ori, Sagrado Anjo Guardião, Self, Sol, Vishnu… Espírito Santo.
Todas as culturas em toda parte do mundo o conhecem. Todas, as suas maneiras ,o buscam. Existem tantas definições para Ele quanto existem mentes no planeta.
Segue-se aqui uma carta de Karl Germer, 8º=3° A.·. A.·. afim de ilustrar o assunto, enviada a outra iniciada da Ordem, Jane Wolf em Janeiro de 1951:
“Com base em minha experiência estou certo que atingi Tiphareth em Janeiro de 1927. E foi uma grande experiência… porém, os anos que se seguiram, revelaram algumas surpresas – que eu chamarei ‘ manifestações’ – Eu nunca obtive essas mensagens do Sagrado Anjo Guardião. Foi somente em 1946, talvez 45, que eu fui tomado pela mão e forçado, contra a minha vontade, a agir de determinadas maneiras que, posteriormente, provaram-se extremamente benéficas para mim. Isso levou-me a trocar correspondências com Aleister Crowley num assunto que ultrapassava minha compreensão.
O erro que todos nós parecemos cometer quando ouvimos falar desse S.A.G e outras histórias sobre esse assunto, eu acho, é esperar algo do tipo ouvir vozes ou ter a visão de outro companheiro, ou de sua Majestade o S.A.G como algo semelhante ao que ocorre neste plano. Logo após minha experiência em 1927, quando meu S.A.G avisou-me que eu não tinha noção do que ele estava falando à minha alma, eu fui informado que, para entender Sua linguagem, teria que haver uma adaptação à este plano. Em outras palavras, um não tem que atravessar planos existenciais para comunicar-se com o outro. Eu não segui esse conselho – por teimosia, auxiliada, provavelmente, por uma típica natureza terrestre.
Aleister Crowley deu-me alguns exemplos práticos das intervenções do S.A.G Uma em 1946, quando a agulha de sua seringa quebrou e estava sozinho em Netherwood, quando um homem chegou, no meio de uma tempestade de neve, sem causa aparente, em sua casa a uma milha ou duas de distância e encontrou-o prostrado ; então telefonou a um médico que logo chegou e o salvou. Se atrasa-se vinte e cinco minutos, estaria morto. Esses são casos especiais. O que nós temos que aprender, é ouvir a sua voz nas coisas mais comuns das nossas vidas.
…Uma vez que você trabalha o universo em altos planos, as ações e poderes do S.A.G manifestam-se em outros naturalmente.
…Práticas intensas e invocações capacitam a alma a reagir e compreender a linguagem do S.A.G mais limpa e claramente.
Isso deveria, talvez, ser adicionado aos comentários anteriores. Estou certo de que as realizações totalmente conscientes de Aleister Crowley revelaram aos poucos esse problema. Seus diários mostram que seu S.A.G freqüentemente comunicava-se mais claramente através de mulheres como Ouarda a Vidente ( Rose Kelly), Mary d’Este… e por outros meios. Ele insistia em interrogar o mensageiro com toda força analítica de sua brilhante mente, tanto que, as pessoas que tentavam convence-lo de certas coisas muito importantes, não ficavam á vontade e partiam.
Todos nós devemos nos fortalecer nesse conceito, não sucumbindo ao desespero, mas aprender como melhorar nossa condição.
Se você soubesse como 666 procurou, muitas vezes às cegas, pela luz e não só ele, todos nós! O melhor que podemos fazer é pegar um único raio de luz entre os bilhões e trilhões que nos são enviados pelo Sol, generosamente, sem discriminação. Nós podemos pegar um em particular que mais se ajusta a nossa natureza, como um indivíduo. O raio que pegamos é diferente do seguinte. O de Van Gogh foi diferente do de Gauguin e assim por diante. Não desista! Você não deve sentir-se inferior a ninguém! Tem o amor de todos, respeito e admiração! Você está insatisfeita consigo mesma! É o tipo de sensação que precede um nascimento. Pergunte a qualquer artista, estadista ou até a um empresário quando uma grande decisão está para ser tomada… estou sendo cuidadoso em responder suas dúvidas e incertezas. A razão disso, é que eu mesmo tive meditando nesse problema por mais de vinte anos. Eu perguntava a Aleister Crowley várias vezes, porém, eu não entendia suas respostas; você deve compreender o assunto intensamente; cada um deve ‘ buscar no horror das florestas’ por si só; a solução chega ao fim de todas as aspirações, ou das lutas travadas… ”
A próxima é uma consideração de Marcelo Motta :
“É fato que uma das formas do ‘ Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião” ocorre no plano relacionado ao Corpo de Desejos, e que uma forma simbólica do ‘ Anjo’ pode então aparecer ao aspirante. Mas, como está escrito: ‘ Conhece-los pelos seus frutos’ a validade de qualquer experiência mística ou mágica está no efeito evolutivo que produz na personalidade da pessoa que obtém a experiência.
Pouco importa, do ponto de vista da humanidade (ou do ponto de vista do Universo), se o nosso arroubo espiritual foi lindo ou gostoso. O que importa é se foi ecológico. Os iniciados definem o avanço espiritual do ser humano como maior eficiência na promoção da harmonia universal.
Se o arroubo não traz benefícios ao universo em que você vive, a fórmula que o compõe não é a Amor, que pressupõe interação e comunicação, e sim, o Ódio, que pressupõe separação.
Visões ‘místicas’ ou mágicas de ‘santos ou santas’ ocorrem constantemente em todos os sistemas religiosos. Na nomenclatura dos iogues, tais visões são formas de Dhyana, que é a experiência mística que antecede Samadhi, a qual é a verdadeira experiência mística que o iogue aspira. Em Samadhi há perfeita identidade entre você e a experiência; portanto a manifestação de forma, ou de uma Entidade separada de você mesmo, é impossível. Como diz o Bagh-i-Muattar: ‘ Alá é o ateísta, Ele não adora Alá’.
Os cristãos que experimentam visões de ‘ Jesus Cristo’ ou da ‘Virgem Maria’, por exemplo, estão experimentando projeções do plano astral da intensidade de seu próprio desejo. Se ele se apega a tais visões, corre grande perigo de ser obcecado por entidade de uma baixa natureza. As incríveis perseguições religiosas dos cristãos uns contra os outros e contra membros de outros cultos, as espantosas crueldades da Inquisição romana e protestante, tiveram sua origem no apego por parte de crentes a visões deste tipo.
(…) Que se pode fazer num caso deste? Como podemos convencer uma alma simples de que o Jesus Cristo dos Evangelhos é apenas um símbolo do Adepto, ou de que a Virgem Universal é demasiado sublime para ser concentrada em uma simples forma humana. Principalmente quando sabemos que tanto o Cristo quanto a Virgem são arquétipos que existem em uma forma ou em outra, em todo e cada subconsciente humano.
Ainda como diz o Livro da Lei: ‘ Não sejas animal; refina tua raptura!’
O iniciado só passa além da Visão do Anjo a uma verdadeira comunhão com ele quando percebe que é justamente a Visão que o separa d`Ele.
Qual iogue que alcançará Samadhi enquanto se sentir satisfeito com Dhyana.
É necessário tomar o máximo cuidado com visões astrais. O plano astral é infinitamente plástico: a substância que o compõe está sempre pronta assumir as formas do nosso desejo ou do nosso medo. Por este motivo, o Astral (como tudo mais neste mundo) é uma faca de dois gumes.”
Ataque e Defesa Astral, Ed. Bhavani.
Respostas de 55
Não gosto de citar Motta, pra mim ele é fonte de pestilência >> (Ainda como diz o Livro da Lei: ‘ Não sejas animal; refina tua raptura!’)
E também não acho certo expor ou ditar qualquer explicação sobre como o SAG se manifesta, pois isso é sagrado e pessoal, logo cada um experiencia da forma que pode compreender ou necessita. (Estou me referindo nesse ponto ao texto de Motta).
Eu já li o livro do Motta citado no post….. Não gostei, achei meio neurótico e com mais imaginação que prática.
Muito bom. Já me instruíram com esses mesmos textos e nesse mesmo sentido e ainda fico dando voltas em torno da lâmpada, exatamente por não ter vencido etapas anteriores e por não estar pronto ainda (tenho que comer muito arroz com feijão ainda, como dizem). As visões são presas a yesod, o arroubo espiritual pode vir de netzach, mas em tiferet deve começar uma união, sem projeções ou congêneres, deve-se ser e não ver, sentir, ouvir… Um dia, quem sabe, a gente aprende e supera as visões de yesod, a razão filosófica de hod e os arroubos de netzach, para chegar ao que gera tudo isso… enquanto não acontece, o jeito é aprender com o que aparece na jornada, subindo os degraus devagar… abraços e valeu pela sincronicidade!
A meu ver, ha muita confusão a respeito da real definição do Sagrado Anjo Guardião.
Os sistemas modernos, new age de magia equiparam-no ao Eu Superior, ao “Deus em Mim”, ao Cristo em Tiphereth.
Portanto, segundo esses sistemas, o Conhecimento e Conversação com o SAG seria, na verdade, a experiencia do samadhi.
Pessoalmente, nao nego a existencia dessas experiencias. Sei muito bem que elas existem e podem ser alcançadas de diversas formas (eu já alcancei uma vez e nao sou nem um pouco avançado, acho que foi por pura graça mesmo).
No entanto, na minha opinião a “magia moderna” misturou alhos com bugalhos quando foi se meter a lidar com o Santo Anjo Guardião.
Essa entidade é claramente identificada como algo externo ao mago no “Ritual de Abramelin”, e que pode ser chamado à manifestação visível tal como num ritual de evocação de magia grimórica.
Além disso, no “Janua Magica Reserata” (publicado como “The Keys to the Gateway of Magic” por Skinner e Rankine), o SAG é identificado como o “bom daemon” que acompanha cada pessoa desde o seu nascimento. Esse bom daemon é também descrito como um espírito sublunar, o que implica que ele pode muito bem ser um “espirito do ar” (que é a especie mais pura e benevolente dos espiritos sublunares).
O fato do bom daemon ser sublunar implica que o seu “corpo” é feito de um ar mais denso do que o dos anjos celestiais (das esferas acima da Lua) e, portanto, haveria uma maior facilidade em chamar o bom daemon para a manifestação física.
Isso tudo me leva a crer que equiparar a experiencia de Conhecimento e Conversação com o Santo Anjo Guardião com a experiencia do samadhi (Uniao com Deus) é um erro.
Logicamente, deve haver uma expansão de consciência quando se contata o bom daemon, assim como outros fenomenos parapsiquicos (ex: sentir perfumes dulcissimos, vibraçoes de amor que vem da entidade e outros fenomenos que caracterizam as evocaçaoes de entidades angélicas), mas a experiencia pura do Samadhi é sem dúvida muito maior e mais intensa.
@MDD – estas experiências que voce mencionou não seriam contato com os guias? que são bem diferentes que com o SAG. A experiência com o SAG é complicadíssima de ser explicada em termos escritos ou descritivos, já que é como um ser de dimensões muito superiores tentando se comunicar com pessoas que trafegam em dimensões mais simples. Algo assim: imagine que os SAGs se comunicam em esferas e a gente se comunica em circulos… Para um SAG passar uma mensagem para nós, ele imprime em nosso cérebro dezenas ou centenas de circulos de diametros diferentes e interpolados quase ao mesmo tempo para tentar porcamente passar a sensação de uma esfera através de círculos (daí a necessidade dos rituais de preparação do mago, para que não fique louco ou sobrecarregado com tamanho fluxo de informações de uma “conversa” dessas) e que vai demorar muito tempo até ser devidamente processada pelo cérebro de círculos do mago. ESTA sensação do êxtase momentâneo pode ser comparada com o Samadhi, ou “união com Deus”, mas é puramente questão descritiva. Acredito que seja a mesma experiência com dois nomes diferentes.
Que bom o Henrique tocar no assunto.Eu lembro que li,a muito tempo,alguns textos postados pelo Frater Goya que tratavam do assunto.Nos textos que li,o SAG é tratado como uma entidade separada e confundida com o ‘Eu’.
Um desses textos é do próprio Crowley:
http://www.cih.org.br/index.php?option=content&task=view&id=207&Itemid=61
Onde ele diz :”Ele não é, permita-me dizer com ênfase, uma mera abstração de você mesma; e é por isso que eu tenho insistido de forma um tanto pesada que o termo “Eu Superior” implica “uma heresia execrável e uma ilusão perigosa”
Nesse texto,do Proprio Frater Goya,ele diz ser Netzach o ponto máximo alcançado por uma consciência encarnada,e não Tipheret.E discorre que é perda de tempo tentar descobrir o que seria o SAG,mas que não seria uma manifestação do Eu,novamente.
http://www.cih.org.br/index.php?option=content&task=view&id=164&Itemid=61
Lembro que ao ler Promethea,o Moore apresenta o SAG como uma entidade exterior antes do abismo,e coo o próprio ser depois do abismo.(nesse sentido vc e o Moore parecem ter a mesma visão sobre o tema)
Então ao meu ver,parece que o SAG ainda é motivo de estudo e divergência entre as varias escolas de magia.
@MDD – O Limite entre estar encarnado e não precisar mais encarnar (Nun, a Morte) só poderá ser atingido quando você morrer e perceber que não precisa mais voltar, portanto, o caminho é apenas um e não poderia ser atingido em vida por alguém encarnado. Neste período, podemos apenas nos contactar (já que tempo é uma qualidade do espaço e não existe nas dimensões maiores, pelo menos não da maneira como o entendemos). Enquanto você estiver na terceira dimensão, o SAG é visto/interpretado como sendo outra entidade, mas apenas porque você está momentaneamente experimentando a sensação de individualidade.
Quando se quer entender o que é o Sagrado Anjo Guardião, o mais adequado seria pegar as fontes mais antigas, pois na magia ocidental são de fato as mais confiáveis.
Nesse caso específico, temos o “Livro Sagrado de Abramelin”, cuja tradução recente de Abraham Von Worms é bem mais precisa do que a de Mathers (que, aliás, encurtou a operaçao original de 18 meses para apenas 6, entre outras alterações).
Também há referencias ao SAG em toda a tradiçao de magia grimorica, e em nenhum momento ele é referido como o “Eu Superior”.
Volto a repetir que ele é identificado como o “bom daemon”, escolhido por Deus para cada um de nós desde o nascimento.
Os “guias da umbanda” a que o DD se refere poderiam ser equiparados aos “familiares”, normalmente espiritos do ar cuja amizade e cooperaçao podem ser obtidas quando o mago se comunica com a entidade que o comanda. Por exemplo, um mago evocando Raphael de Mercurio ou Aratron (espirito planetário de Saturno) poderia pedir um familiar pertencente à esfera de um desses planetas.
Se eu nao me engano na umbanda existe um sistema hierárquico parecido, em que os orixás apresentam os guias (que sao seus inferiores hierarquicos) aos umbandistas. Mas eu nao entendo quase nada de umbanda entao posso estar enganado.
A confusão em torno do SAG a meu ver começou com os orientalismos da teosofia e com a psicologização da Magia que teve seu inicio com a Golden Dawn. O resultado é que temos alguns praticantes modernos, como o Aaron Leitch e o Frater Goya que ja fizeram o ritual de Abramelin tal como traduzido pelo Mathers, mas nao conseguem explicar as proprias experiencias, ou entao realmente nao tiveram resultado nenhum e dizem que “os resultados sao sutis e só podem ser mensurados ao longo de muitos anos”. Ou seja, cerveja.
O texto do Ritual de Abramelin descreve claramente uma manifestaçao visivel do Anjo e uma experiencia de hiperconsciencia caso o mago tenha sucesso na operaçao, entao “resultados psicologicos” como os relatados por praticantes modernos seriam na verdade fracassos na operaçao.
Já tendo atingido uma vez um estado de “iluminação” ou “Uniao com Deus” em que tudo se torna Um só e a única coisa a ser experimentada é o Amor de Deus na eternidade, digo que nao ha Anjo nenhum envolvido no processo. O samadhi é só vc e Deus (ou melhor, só Deus, pois o “vc” mergulha no oceano divino durante a experiencia e se torna apenas uma gota d´agua).
Sei que é coisa antiga…bem antiga..kkk…mas é legal deixar arquivado…
Alguns estudos..inclusive martinistas…dizem ser impossível se contatar Deus (O Criador de tudo) enquanto encarnado…Estamos tão distante disso, que um contato com apenas uma de suas manifestações (pode-se ler aqui Sephiroth [no caso, seria contatar a energia pura da esfera]), seria algo tão grandioso e indescritível, que poderia se confundir facilmente como se tivesse se contatado o próprio Deus.
Apesar da Energia Divina estar em tudo, não foi Deus que criou os planos materiais…E para contatar O Criador, ainda é através de intermediários, sejam eles os anjos….as entidades…..Exús….ou o próprio SAG.
DÚVIDA:
MDD, já ouvi dizer que existem dois tipos de anjos…os Eternos e os Temporários….e que o SAG seria um anjo temporário…que seria um novo a cada reencarnação….a função dele durante a encarnação nossa é “arquivar” nossas experiências e afins….para após nosso desencarne ele as levar até Deus e fazer o download disso lá….kkkkk…..após isso ele (o SAG) se reintegra a essência….
Já viu algo assim?
Eu não vejo o que o Frater Goya e o Crowley disseram como contrários à idéia de “Eu Superior”.
Se a mente só vai até Netzach, e o SAG está em Tiferet, significa que ele não pertence ao domínio da Mente. Mas nós não somos só mente! Nós não percebemos além. Acho que o SAG é algo “individual, mas transcedente”. Quanto mais expandida a consciência, mais coletiva e atemporal. Falo isso baseado em Jung, somente. Mas se for levar a Teosofia, a Yoga e outras filosofias que afirmam que nós somos muito além do que percebemos agora em consideração, o SAG ser “você”, mas ir além, pode ser entendido.
O Frater Goya deixa em aberto a questão do que vem a ser o SAG,mas o Crowley,nesse texto,deixa claro uma divisão entre SELF e SAG.
Cconcordo com a ideia de o SAG transcender a a Mente.
Pensando um pouco depois,entendi que Tipheret seria apenas uma estação de encontro entre eu aki em baixo e EU la em cima,e que união efetiva se da em andares mais altos.
Saudações MDD,
Queria aproveitar esse seu comentário para citar uma experiência que tive e ver se vc tem alguma ideia do que pode ter sido.
Até hoje tenho dúvidas do que houve de fato. Não sei se foi eu direto com a Fonte, com o auxílio de um intermediário, ou se esse intermediário era eu mesmo em outro aspecto/outra vibração.
Mas, durante todo o transe, era como se eu estivesse “incorporado” em uma outra força, falando um idioma que não existe (pelo menos nunca o ouvi aqui) e, ao mesmo tempo, sentindo um influxo atravessar e rasgar meu corpo da cabeça aos pés. A comunicação, que transcendia o nosso tempo e espaço comuns, se dava tanto pelo sentir quanto pela mente. Ou seja, era como se eu soubesse de tudo, da Criação, da missão, dos propósitos, além de conseguir acessar informações antigas, verdades profundas (que se deu pelo sentir e não pelo intelecto e nem pelas visões). O auge dessa experiência foi quando vi um símbolo, o “Olho que Tudo Vê” (ou algo próximo disso), na forma de um grande olho irradiando Luz para baixo, formando um triângulo. Esse pra mim foi o momento de conversa com Deus ou o que quer que seja essa Fonte Suprema.
O mais engraçado foi que, em dado momento dessa conexão, me prostrei ao chão num ato de reverência. Esse movimento, como vários outros que realizei, não foi um ato de saudar algo ou alguém superior, mas de reconhecer o quão pequenos nós somos diante de tamanha força e imensidão que foi o que senti. Foi um processo automático! Algo realmente inexplicável em palavras, como vc disse. Ao mesmo tempo, nessa reverência me veio um sentimento profundo de agradecimento por estar tendo aquela oportunidade.
Não dá para contar tudo pois tem muita informação, mas o cerne foi isso. E aí que pergunto.. o que é o SAG? O que foi essa representação do “Olho que Tudo Vê”? Em nenhum momento eu vi entidade ou consciência alguma, mas pude sentir que algo estava próximo, funcionando como um portal para essa dimensão. Era como se esse Ser, que parecia falar através de mim em outro idioma, fosse o próprio portal.
Enfim, foi mais ou menos isso. Muito complicado tentar definir o Indefinível. Muito menos tentar transmitir em palavras o que é passível apenas de ser sentido.
A chamada “Concienca Cosmica” descrita em alguns livros tais como o de Richard M. Bucke, seria por acaso a presença do Sagrado Anjo Guardião ou meramente um Extase elevado a tal extremo que supere qualquer outro conhecido na mente de quem sente
Del debbio, se colocarmos o Deus Pai e o Santo Guardião como dois elementos de uma triade qual seria o terceiro elemento?
Me corrija se estou falado besteira.
@MDD – São coisas diferentes… mas se voce quiser unir isso, seria Deus Pai (Kether), SAG (Tiferet) e voce mesmo (Malkuth). Ai faz sentido.
Caro Marcelo,
Certa vez li, acho que no formspring, que a comunicação com o SAG se dá como se fosse uma conversa com uma pessoa, com perguntas e respostas. Se isso está correto, gostaria de saber sua opinião sobre o que aconteceu comigo depois de praticar algumas vezes os exercícios do Bardon do grau I: enquanto fazia a meditação, minha mente começou a ser invadida por imagens de pessoas que eu nunca vi na vida, falando coisas; o engraçado é que as imagens mudavam rápido, parecia que estava mudando os canais da tv. Depois disso, certa noite, quando acabava de me deitar, me perguntei mentalmente sobre um assunto que estava me incomodando e nessa hora, escutei uma resposta para o que eu estava perguntando. Tomei um baita susto, levantei, procurei e nada achei (rimou,rsrsrs), resolvi deixar isto de lado até agora, quando li este post e pensei: Será que recebi uma resposta do meu SAG?
@MDD – Pode ter sido de alguma entidade que trabalha com seu clan espiritual, não necessariamente seu SAG. Porém, a conversa com o SAG ocorre da maneira como voce mencionou, de imagens implantadas no seu cérebro (como aqueles trailers de filme de ação onde as cenas vão se atropelando rapidamente).Não é uma conversa do tipo você pergunta e ele responde, como um diálogo… o SAG está em um nivel de consciencia muito maior que o nosso e a maneira como eles se comunicam é muito diferente. Eu sempre desconfio desses caras que dizem que tricotam e batem papo com o SAG… minhas experiências foram bem mais “ele fala, eu escuto” ou “ele me joga trocentas imagens ao mesmo tempo, eu fico todo zoado até entender o que ele quer dizer” rsrsrsrs
O cara mencionou o Bardon ali e lembrei… no grau 5 IIH do Bardon é ensinado esse tipo de comunicação passiva com o SAG, ou seja, só escuta. Mas, se não me engano, no grau 9 ou 10 é ensinado a realmente conversar com ele.
Nesse caso não seria de se desconfiar, certo?
Posso estar falando besteira, mas esse relato do Marcelo lembra muito aquele filme “Lucy”.
uma coisa que eu não consigo entender direito, acho confuso: O SAG é nosso Eu superior, parte de nós, ou uma entidade separada, visto que podemos nos comunicar com ele?
@MDD – o SAG é voce, mas em uma consciencia tão superior que você, que está experimentando a individualidade, pensa que é outra pessoa. Imagine que voce seja capaz de voltar no passado e conversar com voce mesmo 15 anos atrás. O que voce diria para voce mesmo? voce do passado acreditaria que voce é você do futuro ou acharia que é uma outra pessoa, mais velha? e mais importante: voce acreditaria em você do futuro?
O SAG é aquilo que chamam de centelha divina? Entendi que centelha divina é uma parte dentro de mim [ou em outro plano de existência] que está em ligação com o que se entende por divino e comigo.
Por Samadhi eu entendo que ocorreu o religare, o iogue se liga a sua propria centelha divina… E isso acontece por momentos apenas pois estamos em matéria densa…
Como se o meu verdadeiro eu [sag ou centelha divina] estivesse jogando video game e eu sou o boneco que está sendo manipulado. Mas se é “divino” porque ele está preso a matéria e tendo que aprender? Entra naquele assunto de queda? Nunca entendi isso direito.
Me atrapalhei no pensamento, mas meu entendimento é mais ou menos isso.
Putz.. agora entendi, eu acho. Não sei se é possível entender efetivamente, mas saquei a lógica da coisa, já que no plano mental/espiritual não tem passado nem futuro, mas sim um eterno presente, e nossas reencarnações na terra não são sequenciais, mas sim paralelas (como dito em outro post), o SAG nada mais é do que eu mesmo, só que evoluído.. com a consciência plena desenvolvida.. ou algo do tipo… mindfuck
Seria como um jogador de rpg? ele tem vários personagens e do seu ponto de vista, ele sabe o que vai ocorrer, e como se safar, mas, no ponto de vista do personagem, ele não sabe o que vai ocorrer e muitas vezes faz coisas sem logica para conseguir concluir a missão.
Sublime!
Isso lembra-me um debate que tivemos sobre vidências. Uma senhora argumentou que um espírito de más intenções (“trevoso”, por exemplo) não teria condições de “imitar” a luz no plano astral e se fazer passar por um benfeitor ou um SAG; segundo ela, a luminosidade seria uma característica vibratória condicionada às intenções e evolução do ser – portanto, conquistas. E como conquistas, não poderiam ser imitadas, já que não teria como ser irradiada (ou faltaria um coisa ou outra à entidade).
Já outro conhecido meu acha perfeitamente possível uma entidade imitar (e gerar) luminosidade, plasmando matéria astral de acordo. Nesse caso, alguém com vidência ou êxtase poderia comprar facilmente gato por lebre (e considerando nosso mundo, a vidência poderia ser então uma mediunidade perfeitamente descartável, já que qualquer entidade poderia se “mascarar” de benfeitor).
Pergunto: para que lado chutar essa bola picando??? Eu fico em um meio termo. Acredito que para alguém com pouco exercício de mediunidade (inexperiente) e sem nenhum critério adicional, qualquer entidade com um mantinho branco poderia ser santo. Mas ser capaz de “brilhar”, acho difícil… O que você acha?
@MDD – “Brilhante” e “trevoso” são características de percepção e associações do cérebro do médium, que podem ser manipuladas eventualmente… mas no astral, visto por outro ser astral, a entidade é feita de vibrações próprias e não tem como enganar outra entidade.
A busca pelo conhecimento nos separa da experiência transcendental. Isso é outra forma de descrever o “espírito” ocidental de crença. Os orientais procuram muito mais o sentir do que o entender e por tanto sempre estiveram mais ligados ao mundo espiritual do que nós. Há um excelente trecho falando sobre isso no livro “AIKIDO – O Caminho da Sabedoria – A Teoria” de Wagner Bull.
Outra fonte de conhecimento que prioriza o sentir ao racionalizar é a psicologia corporal fundada por Reich, acho que também vale a pena pra quem se interessar em se desligar um pouco da razão…
Abraços
Na visão de vocês, Jesus é só um símbolo ou foi uma “pessoa” e também um símbolo da consciência crística?
Digo isso pois me parece que no cartas a um maçon, Motta nega que ele tenha realmente existido.
@MDD – O provavel é que tenha existido um filósofo humano que mais tarde tenha sido mesclado em trocentos mitos herméticos por Constantino.O Jesus “Bíblico” cheio de poderes mirabolantes realmente nunca existiu.
Eu entendo que eu devo ser muito fraco para o meu mentor estar a todo momento tendo que se manifestar para mim me intuindo e me dando lições praticas…
Mão sei como ele é ou como se chama (e nem quero saber por não achar importante) nem sei se no fundo não é puro animismo, mas sem duvida não faz parte de minha consciência.
Como diria o Yusuke Urameshi: Eu não conheci o outro mundo por querer!
Não tem a ver com o SAG, não achei local adequado para te enviar e poder divulgar, creio ser do seu interesse.
NIZIER ANTHELME PHILIPPE, mais conhecido como Mestre Philippe de Lyon, foi a figura mais cativante, entre os grandes Mestres do Ocultismo do Século XIX. Era uma pessoa simples, de média estatura, que acumulava inúmeras atividades relacionadas com a iniciação, medicina e sessões de orações e de curas. Ainda lhe sobrava tempo para confeccionar seus próprios instrumentos de trabalho, bem como os utensílios utilizados em seu laboratório. Dormia pouco, mas jamais mostrava-se cansado.
Mestre Philippe nasceu em Rubathier (loisieux, Savoie) em 25 de abril de 1849, às três horas da manhã. Seu pai chamava-se José e sua mãe Maria Vachod; Tiveram cinco filhos, sendo um deles, denominado Benoit, que morreu de varíola aos 26 anos de idade. Era um rapaz com grandes possibilidades iniciáticas. Philippe disse que fariam uma bela dupla se seu irmão houvesse permanecido sobre a terra.
Aos 14 anos, o jovem Philippe veio habitar em Lyon, para estudar. Foi recebido por um tio, açougueiro, com o qual Nizier trabalhava nas horas vagas, para pagar seu próprio sustento. O tio Vachod era uma grande pessoa, porém materialista. No leito de morte o jovem sobrinho colocou o seu dedo sobre a testa do tio e lhe disse: “O Senhor não foi um crente, veja agora! “O velho iluminou seu rosto com as imagens que lhe foram proporcionadas pelo jovem Nizier e expirou!
Participou da guerra de 1870 entre a França e a Prússia, mas não ficou muito tempo. Por essa época já possuía uma sala no bairro Lyonez de Perrache, onde recebia os doentes. As pessoas que freqüentavam o salão de Philippe solicitaram ao prefeito da cidade que o liberasse do exército, para que ele pudesse dedicar-se com exclusividade a seus doentes.
Philippe foi recebido pelo prefeito e na ocasião, uma pessoa presente à entrevista, um vereador alto e robusto, desafiou o Mestre Philippe a lhe dar uma prova de seus poderes. Nesse mesmo momento o conselheiro caiu desmaiado.(1)
Na Santa Casa de Lyon ele seguiu cursos regulares de medicina com o Professor Benédict Tessier; os médicos e colegas ficavam admirados da freqüência e dos tipos de curas que seguidamente realizava. Um dia prometeu a um doente, que chorava em seu leito, porque no dia seguinte iriam amputar sua perna, que isso não se realizaria. Os médicos vieram no dia seguinte prontos para a cirurgia e, boquiabertos, ficaram sabendo que tinha sido o “jovem senhor castanho” que tinha feito a cura.
Outra vez visitou três soldados que estavam com a febre tifóide e que aguardavam a morte para qualquer momento. O Mestre, aproximando-se dos leitos onde se encontravam, lado a lado, e lhes disse: “Todo o mundo vos considera perdidos, não creiam nisso; todos os três ficarão curados. Amanhã entrareis em convalescência e sereis enviados a Longchène. “Isso se realizou e despertou o ódio dos médicos. Em seguida, por razões análogas, o Mestre Philippe foi expulso da Escola de Medicina, acusado de praticar medicina oculta e charlatanismo.
O Mestre Philippe continuou com suas sessões de curas e demais trabalhos espirituais. Em 1877 esposou Jeanne Julie Landar, uma jovem que foi curada pelo Mestre e que após continuou assistindo às reuniões. Em 11 de novembro de 1878, nasceu em Arbresle, a 20 quilômetros de Lyon, sua filha Jeanne Victoire, que foi mais tarde esposa de Emmanuel Lalande (Marc Haven).
Várias vezes foi acusado de exercício ilegal da medicina. Em todos os processos saiu vitorioso. Sempre se mostrou tranqüilo quanto ao que lhe poderia acontecer:
“Se o tribunal me condena, o Tribunal Celeste absolver-me-à, pois ele deu-me uma missão a cumprir e não será a potência humana que irá executá-la por mim e não poderá impedir-me de cumprir e não poderá impedir-me de cumprir os meus deveres. A hora soou e deu o sinal de minhas provações; estarei firme e não cederei um palmo do território confiado por meu Pai.”
Em outra ocasião falou: “Meu Pai enviou-me aqui para que cuidasse e encorajasse seus filhos, que são meus irmãos, para lhes amar, abençoar e liberá-los a Ele, tirando-os das dificuldades. Não cessarei minha obra a não ser quando ela estiver concluída.”
“Meus amigos e irmãos: não se preocupem; creiam, vim trazer a luz na confusão e não vim sem armas, sem escolta, vim armado com a verdade e a luz!”
O Mestre Philippe pregava a reencarnação a todos os que presenciavam suas sessões de cura. Dizia ele que a dor presente era o resultado de dívidas contraídas com seu semelhante nesta existência ou em encarnações passadas. É a lei do Carma. Ninguém, dizia ele, arrancará um fio de cabelo de seu próximo que não seja obrigado a pagar. O sofrimento vem a ser uma maneira do homem tornar-se melhor e mais consciente da espiritualidade.
Dizia ele ter vivido no tempo de Jesus Cristo e que era um pobre pecador. “Ainda sou pequeno, dizia, e é por isso que Deus exalta minhas orações. Vocês são grandes demais e é por isso que Deus não vos ouve. Quando forem humildes e tão velhos como eu, tereis o poder de elevar o véu que separa os planos. É necessário, igualmente, amar vosso próximo como a vós mesmos”.
“Meu país não é este. Vim inspecionar uma propriedade que devo comprar a qualquer momento, mas não me arrependo de ter vindo. Vim por minha livre e espontânea vontade e o que vejo interessa-me”.
“Tenho um amigo que esta sempre comigo, mas que vocês não vêem. Esse amigo, que não me abandona jamais, não gosta que me insultem. Posso perdoar aqueles que me insultam, mas ele jamais o faz! Nosso Senhor Jesus Cristo não tinha dito isto: “Se você insultar Aquele que está comigo, não terá seu perdão”. Aquele que me ofende, ofende Aquele que está comigo. O que diria uma pessoa se na sua frente déssemos um pontapé em seu cachorro?”.
Além de suas curas milagrosas, as predições que efetuava e o conhecimento do passado das pessoas ficou marcado na memória de todos aqueles que o cercavam. Um dia, viajando
em um compartimento de um trem, juntamente com um amigo e um bispo, foi desafiado por este último a contar-lhe algo de seu passado ou de sua família.
“Pois bem, disse-lhe o Mestre, vou satisfazer sua curiosidade: há alguns anos, um membro de sua família apareceu enforcado junto à janela e todos acreditaram em suicídio. Seu parente foi assassinado primeiro e depois dependurado para simular o suicídio”. O bispo, surpreso, concordou que era verdade, mas se julgava o único depositário daquele segredo de sua família.
Um dia ele negou-se a curar um paralítico. Admirado, Haehl perguntou-lhe porque não curava se tinha poderes para tal. “Acontece que é a segunda existência que esse infeliz está neste estado, mendigando, pois não quer trabalhar.
Em uma das reuniões um homem arrogante dizia em alta voz que era preciso ser um idiota para acreditar no que Philippe dizia e fazia. Mais tarde, o Mestre chamou-lhe em uma sala contíguo e perguntou-lhe porque motivo em tal lugar, em tal hora, tinha estrangulado esta mulher (mostrando-lhe a cena) Eu estava a teu lado, disse-lhe. O homem caiu de joelhos pedindo-lhe perdão, e rogando-lhe que não entregasse a polícia. “Satisfaço teu desejo se mudares de vida e se seguires tua religião de nascimento”, disse-lhe Philippe. “Se eu seguir minha religião, terei de confessar-me”, replicou o assassino. “Não precisa, respondeu-lhe o Mestre, tu já te confessaste a mim e isto basta”. O homem foi embora chorando.
Um dia em uma das sessões um camponês saiu precipitadamente de seu lugar e sacudiu violentamente a maçaneta da porta. Mestre Philippe perguntou-lhe se ele queria demolir a casa. “Não senhor, disse humildemente o camponês, eu apenas quero ir imediatamente ao banheiro”. “Então, diga apenas à porta que se abra e ela abrir-se-á”. “Porta, abre-te, gritou o camponês”. Imediatamente, os enormes batentes da porta se abriram. Os presentes olharam quem poderia ter aberto a porta. O corredor e a escada estavam vazios. A admiração foi geral e alguns riram, face ao poder do Mestre e a grande fé do humilde camponês.
Certa vez alguém desafiou o Mestre, dizendo-lhe que era capaz de realizar prodígios com sua baqueta. Encontrando-se os dois nos arredores de Arbresle, na propriedade de Philippe, este tomou uma pedra e após marca-la com um sinal e ter vendado os olhos do desafiante, jogou-a longe e mandou que ele a encontrasse. Isso foi feito em poucos instantes.
“Agora, disse-lhe Philippe, é a minha vez de fazer alguma coisa. Estás vendo que não há nenhuma nuvem no céu e ninguém prevê mau tempo. Pois bem, eu desejo que dentro de 15 minutos caia uma forte chuva sobre toda vila de Arbresle, assim como sobre esta propriedade, e que nenhuma gota de água nos atinja no terraço em que estamos”.
Dito e feito. O homem da baqueta desapareceu da vida do Mestre tão logo a chuva passou.
Fatos extraordinários foram contados pelo próprio Mestre: “Certa vez compareceu a reunião um policial alto, louro, mas a paisana. No momento em que roguei a todos que se levantassem, ele permaneceu sentado, com o chapéu sobre a cabeça ; enrolou um cigarro e começou a fumar. No mesmo instante, eu vi um anjo que atravessava o teto da sala e que, vindo a ele, marcou-o sobre o Livro da Morte. Três dias após o homem estava morto”.
“Certa feita, contou Philippe a seus discípulos, o comissário especial das delegações judiciárias, que eu conhecia, pediu-me que desse a um de seus amigos de passagem uma sessão especial, e que eu convidasse apenas gente fina pois seu amigo era pessoa importante. No dia combinado, ele veio com seu secretário e mais duas pessoas, que eram policiais. Na frente da casa havia um contingente de policiais. Eu fui advertido para não realizar nenhuma experiência. Tido acabado a sessão, o comissário ordenou-me que fechasse a porta, pois tinha ordens de revistar a casa. Ele tomou o nome dos presentes e levou alguns papéis”.
“Ao mesmo tempo era feita uma revista em minha casa em Arbresle, onde forçaram as janelas e portas; outra revista efetuaram na casa de meu pai em Savoire. À noite, disse ele a Papus, eu tinha decidido punir esse homem. Ele me foi trazido em corpo e em espírito e alguém colocou uma espada em minha mão. Na última hora desisti, isso não valia a pena. Caí de joelhos e orei por ele. Dentre todos os que o ajudaram nas revistas, os únicos sobreviventes são ele e seu secretário. Este último, a meu conselho, ajuda todos que eu envio. No entanto, estão entregues à justiça de Deus”.
Mas não eram somente as curas milagrosas e seus diversos atos que chamava a atenção dos presentes, mas também seus ensinamentos. Alguém um dia lhe perguntou porque tanto trabalho e porque dizia coisas tão belas para auditórios tão medíocres. “Acontece, disse-lhe Philippe, que tudo o que digo e se faz aqui, repercute-se em todo o Universo”.
“A maioria das pessoas que vêm aqui ficam marcados no Livro da Vida e após terem recebido um raio de luz todos ficam mais fortes”.
Dizia também que Jesus pedia a seus ouvintes que não pecassem mais e que ele apenas recomendava a todos que procurassem tornar-se melhores a cada dia que passava; pois todo aquele que fica pelo menos alguns instantes com bons sentimentos, mergulhando seu espírito no bem, já se sente melhor. Querem viver bem, com saúde, merecendo a Graça Divina? Pois então não falem mal do seu próximo, costumava repetir o Mestre. Todos têm a obrigação moral de levantar seu próximo, não devendo, portanto, rebaixa-lo com maus pensamentos ou com palavras. Esses atos não só prejudicam o próximo, como se repercutem (choque em retorno) e voltam sobre aquele que os praticou.
Recomendava, também, que todo aquele que tivesse aberto processo contra seu próximo devia parar seu andamento, pois se não está de acordo neste mundo como poderá estar bem no outro? Ele não curava ninguém que perseguisse seu semelhante. “Teu vizinho quer um pedaço de terreno, dizia ele, afirmando que lhe pertence? Pois dá-lhe! Toda a terra pertence a Deus e o homem aqui em baixo não passa de um ocupante provisório. Após à morte, nada levará. Os herdeiros que trabalharem para conquistar o necessário para viver ou para enriquecer se desejarem. A riqueza, dizia, não é um mal em si, pois pode dar ocupação a outras pessoas. O que não se deve é guardar para si sem beneficiar o próximo, mas fazer circular. Não se deve, também, querer o dinheiro como um fim em si, mas como um meio de ajudar o próximo”.
Ninguém conseguirá entrar no Paraíso sem ter vencido o inimigo que está no interior de cada um. Esse inimigo fica enfraquecido toda a vez que se pratica o bem ou que se perdoa ao próximo.
Essas pequenas exigências que o Mestre Philippe fazia a todos aqueles que solicitavam um favor (exigências pequenas, porém difíceis) eram conhecidas de muitos, como atesta seguinte história:
Havia em Lyon um verdureiro que vendia a crédito para um grande número de pessoas. O bairro onde encontrava-se instalado era bastante populoso. Um dia ele veio desesperado atrás de Philippe pedindo-lhe que fosse ver seu filho que havia acabado de falecer, vítima da difteria. O Mestre disse-lhe que estaria em sua casa em pouco tempo.
Lá chegando, perguntou-lhe se muitas pessoas lhe deviam dinheiro. “Sim disse o verdureiro, veja todas essas contas dos clientes nestes cadernos. Poucos são os que me têm pago”.
– E tu exiges o pagamento de todas essas dívidas?
– Não e vou jogá-los agora mesmo no fogo.
O verdureiro jogou os cadernos na lareira, sendo logo devorados pelas chamas.
O Mestre entrou no quarto do morto, onde já se encontravam algumas pessoas. Perguntou-lhes Philippe se já haviam solicitado a algum médico o atestado de óbito. Diante da negativa, Philippe chamou o jovem pelo seu primeiro nome e pediu todos os presentes que nada revelassem do que viram, “porque é proibido fazer milagres”. (2)
Apesar de seus cuidados em se manter oculto, sua fama correu a França, a Itália, a Tunísia, a Rússia e muitos outros países. “Um dia ele assistia uma reunião na Rua Tête-d´Or, 35, conta-nos Haehl, onde o prof. Brouardel da Faculdade de Medicina de Paris veio verificar o que fazia Mestre Philippe”.
“Na sala havia uma doente arquejante, que caminhava com muita dificuldade, com o ventre e as pernas muito inchadas, que chamou a atenção do Professor. Philippe pediu-lhe que examinasse a mulher em uma sala contígua, em presença de alguns alunos designados por ele, sendo eu próprio um deles. No fim da reunião, ele veio nos ver e disse:
“Bom, o que o senhor diz dessa mulher? O Professor explicou que ela sofria de hidropisia generalizada e que ela, provavelmente, teria poucos dias de vida. Quando a mulher retornou à sala da reunião, apoiada nos alunos e caminhando com dificuldade a mais extrema, sua respiração curta e apressada mal se fazia ouvir. O mestre ordenou-lhe: “Caminha!”
“Não posso, disse ela!” “Caminha mais rápido”, ordenou o Mestre! Eis que no fim de alguns instantes, seu caminhar hesitante tornou-se mais fácil e ela gritou alegremente: “E agora eu vou dançar”. Ela se movimentava, segurando suas roupas que se tornaram de repente muito grandes para seu físico. A inchação de seu ventre tinha desaparecido, assim como o das pernas; a alegria de viver retornou ao corpo que a faculdade a poucos instantes tinha condenado. O mais impressionante é que não havia sobre o assoalho nenhuma gota de água!”
“O Professor Brouardel dirigiu-se ao Mestre Philippe e disse-lhe a meia–voz: “Eu me inclino, mas a Ciência não pode compreender o que acabou de se passar.” Após ter saudado o Mestre Philippe e as testemunhas, retirou-se”. (3)
Apesar do maravilhoso dom que o Mestre possuía, nem sempre podia curar os doentes, pois às vezes a morte era algo que devia acontecer para o próprio bem da pessoa. São as situações cármicas. Foi o que ocorreu com a própria filha. Seu genro, Marc Haven, e sua esposa lhe imploraram que a curasse e ele não pôde. “Não me é permitido, disse ele; contudo, ela ficará melhor de hoje a segunda feira, mas terça feira ela ficará pior”. Foi o que ocorreu, vindo ela a falecer, para sofrimento do próprio Philippe.
Outro caso foi o do jovem Fier, que o Mestre muito estimava. Fier possuía um bócio e Philippe negou-se a curá-lo, pois, segundo ele, dentro de um ano ele deveria passar para o outro lado. Apesar disso, os amigos insistiram e Philippe curou o jovem. Um ano mais tarde, o Mestre estava à cabeceira de Fier, juntamente com Haehl e os familiares do doente.
-Fier, olhe, disse Philippe. Elevando a mão mostrou-lhe um lugar.
-Consegues ver o que eu te mostro?
-Sim, disse o jovem, mas como é belo!
-Sim, é belo e é lá que tu deverás ir. E quando lá estiveres, não esqueças aqueles que aqui vai deixar.
Após alguns instantes o Mestre disse ao doente:
-Fier, dá-me tua alma. “Neste momento, diz Haehl, Fier com um sorriso nos lábios deu um profundo suspiro e entregou sua alma àquele que a pedia. A senhora Boudarel, a jovem Félicie, assim como a mãe de Fier estavam presentes”.(4)
Mas a atividade do Mestre não se reduzia apenas em curar e pregar para as pessoas simples que participavam das reuniões de curas e de orações. Ele possuía um auditório mais reduzido, composto por discípulos selecionados, onde ele explicava a Divindade do Cristo, os mistérios da vida e da morte, os dogmas sobre o Espírito Santo, a Criação, sobre os Anjos, e os demais espíritos, os demônios, os clichês, os mundos, a astrologia, a alma humana e a iniciação em geral.
Sua filosofia não diferia da dos grandes Mestres do Ocultismo Ocidental e seu livro texto eram os Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Seus ensinamentos sobre os clichês, por exemplo, explicavam porque não se deve falar mal do próximo e qual era o papel fundamental da oração e da prática da caridade. Os clichês nascem antes dos fenômenos. O homem, antes de criar, encontra. As idéias existem antes dos fatos. Elas estão no ar. Essas idéias ou clichês podem ser criadas pelos homens ou pelos seres que habitam o invisível, em todos os planos.
O clichê é inteligente, ele é pensamento e está em todos os lugares. Ele aparece ao homem atrás de sua cabeça, na altura do cerebelo. O desenvolvimen toda intuição permite a distinção entre o clichê bom e o clichê mau. Os clichês atuam sobre o homem e o induz a praticar uma ação. Quando pela sua vontade o homem repele um clichê, os fenômenos não acontecem. Quando imagina um fato bom ele acaba por acontecer, pois cria um clichê; o mesmo raciocínio é válido para os maus pensamentos: ao falar mal de seu semelhante, o homem estará prejudicando a sí próprio, assim como a um terceiro, pela criação de um clichê. Esse clichê agirá sobre as demais pessoas e, após, sobre seu próprio criador.
“A alma é a vida do espírito, o pão do espírito. Ela é uma centelha divina; devemos fazê-la crescer. É necessário que ela se torne um sol em nós. Nossa alma cresce quando progredimos no caminho do bem.
“Antes de descer na matéria, as almas estavam no paraíso e no estado de inocência e, por conseguinte, no estado de não-conhecimento. Elas brincavam como crianças ou como anjos e degustavam os frutos do Paraíso. Deus as fez degustar o bem e o mal, enviando-as no mal sob a influência dos demônios, no egoísmo, para aí crescer na provação e na dor, ao longo dos caminhos impostos. Se o homem não houvesse caído não conheceria nada. Caindo e depois se elevando ele ficará acima dos anjos.(5)
“Quando Deus lançou as almas na matéria, Ele deu a cada uma delas um caminho a percorrer, dizendo-lhes: “Eis o caminho que deveis seguir: desbastai-o e tornai-o livre, pois o Senhor por aí deverá passar”. Se soubéssemos o significado dessas parábolas, nos sentiríamos possuídos por um imenso orgulho. Tal caminho está cercado, a cada passo, por inúmeras provas impostas por Deus às almas. Essas provas diferem segundo os caminhos.
“A cada dia que passa a alma aproxima-se de Deus; e quando ela estiver pronta, aparecerá diante Dele. É preciso que para isso ela seja mais brilhante que o sol; de outro modo, ela não poderia resistir. É por isso que é necessário sofrer. Somente o sofrimento pode enobrecer a alma; é o único modo de avançar. Nossa alma é julgada segundo o mal que fez, pois tudo o que fizermos de mal deve ser reparado. Devemos pagar nossas dívidas, porque uma dívida contraída no mundo não pode apagar-se a não ser neste mundo. Tudo o que está ligado neste mundo não pode desligar-se no outro.
“Suportemos, pois, nossas provações com calma e resignação, mesmo quando não soubermos porque sofremos. Deus é justo e infinitamente bom. Ele não pode enganar-se. Se ele nos envia provações é porque merecemos. Não conhecemos o passado e, por isso, não sabemos porque sofremos. Talvez tenhamos feito muito mal nesta existência. Porém, como nossa alma existe há muitíssimo tempo, ela pode ter praticado muito mal e esse mal deverá ser resgatado. Não conhecemos o passado, porque, se Deus nos permitisse esse conhecimento, teríamos medo. É por isso que sofremos sem saber porquê. Mais tarde, quando conseguirmos ver no passado, saberemos de onde provêm nossas provações”. (6)
Para que o homem consiga pagar todas as suas dívidas é necessário inúmeras encarnações. A alma é bem mais velha do que o corpo; a ressurreição é pela reencarnação. É dito que o neto pagará as dívidas do avô. Muitas vezes o avô encarna na própria família, tornando-se descendente dele próprio. Não conhecemos nossas existências anteriores para o nosso próprio bem, pois conhecendo evitaríamos certos acontecimentos que nos surgem para nossa própria evolução.
Segundo Philippe, todo trabalho tem uma grande utilidade para a evolução do homem. Desenvolvendo uma atividade, adquirimos conhecimentos e experiência que nos permitirão evoluir espiritualmente.
“O que sei e afirmo, dizia o Mestre, é que não devemos ser preguiçosos. Para ir ao Céu é preciso muito trabalho e como ninguém o procura é necessário que o próprio Céu nos force a trabalhar. É preciso sofrer e que Ele nos envie as provações, pois ninguém as procura”. (7)
A Função do trabalho é desenvolver a vontade do homem e torna-lo melhor a cada dia que passa. O desejo de adquirir serve mais para desenvolver os sete pecados capitais. Nada pertence ao homem, mas a Deus. Tudo nos foi emprestado para desenvolvermos nossa evolução; a matéria é um instrumento e não um fim em si.
“Você considera a riqueza um grande bem e muitas vezes Deus a envia aos homens como um meio de provação”.(8) Quem possui a riqueza deve faze-la circular para o bem do próximo, não se permite a avareza. Quem venera o ouro no lugar de Deus não entrará no reino de Céus.
Além da avareza, o homem deve combater o conjunto dos demais vícios para merecer a Graça Divina, tais como o ciúme, a mentira, a cólera, o fumo, o álcool, os maus pensamentos, o habito de falar mal de seu próximo. A cólera degrada o homem, o avilta e o coloca em nível inferior, em relação aos demais homens.
“Existem seres que não vemos, mas que então em nosso redor e que nos julgam”. (9)
O morno é um homem que estaciona na evolução; ele é repudiado tanto pelo céu como pelo inferno. “Não devemos viver no isolamento do mundo para não pecar. Se tens um campo, tu irias cobri-lo com areia e cinzas para que nada cresça nele e para que tu não tenhas o trabalho de retirar dele as ervas daninhas? Não, o Céu proíbe. O que ele deseja, ao contrário, é que coloques sandálias nos pés, tomes um bastão ou uma espada se fores fraco, e que te lances na luta”. (10)
É preciso viver no mundo para evoluir e apagar o orgulho, que é o pensamento constante em si mesmo. Quem pensa muito em si não tem tempo de pensar no seu semelhante, nem mesmo para injuriá-lo. O egoísmo é a raiz de todos os vícios, pois os anjos-da-guarda afastam-se dos egoístas. A humildade é a maneira que se tem para combater o orgulho. O próprio Cristo não lavou os pés de seus Apóstolos? Ele quis, com isso, dar um exemplo de humildade.
Para que Deus exalte nossa oração é preciso que não sejamos orgulhosos, mas muito humildes. É preciso ainda amar nossos semelhantes e nos subjugarmos à vontade do terno. Para ter a prece exaltada, é preciso ter o coração puro; para ter o coração puro, é preciso muito sofrimento em todas as encarnações sucessivas. É preciso ter se tornado um Filho de Deus.
Para nos tornarmos Filho de Deus, é necessário agir segundo sua Vontade, pois somente assim Ele nos confiará seus segredos. O filho de Deus pode comandar a Natureza, pois ele próprio obedece aos desígnios do Criador.
“Ninguém poderá subir ao Céu se não tiver o conhecimento de tudo. Porém, avançando por nossa vontade esse conhecimento nos será dado quando chegarmos a amar nossos semelhantes como a nós mesmos”. (11)
O próprio Mestre Philippe sofreu imensamente em sua vida. A morte de sua filha em 1904 causou-lhe muita tristeza. Ela ficou doente em agosto desse ano; seus familiares pediram-lhe que a curasse mas ele recusou, dizendo que era preciso que ela partisse para preparar o terreno, pois ele próprio deveria desencarnar em breve. Eles insistiam, principalmente a mãe e o marido (Marc Haven). ” A vontade do Céu é que ela se vá; entretanto, para vos provar que o Céu é Onipotente, farei com que ela fique melhor durante dois dias, mas no terceiro dia ela voltara ao estado em que se encontra neste momento.”(12)
Ela faleceu no dia 29 de agosto de 1904 conta Haehl que no outro dia ele procurou o Mestre Philippe que foi recebe-lo chorando: “Quando um soldado cai é preciso avançar ainda mais”.
O Mestre Philippe preparou seus amigos com bastante antecedência à cerca de sua morte. Eu devo partir, vocês não me irão ver, mas lhes deixo o Caporal” (Jean Chapas). A partir de fevereiro de 1905 ele não saia mais de casa, em Arbrele; não podendo deitar-se, passava as noites em uma poltrona. Sofria de falta de ar e de dores agudas no coração. Seu genro, o Doutor Lalande examinava com freqüência e não encontrava nele nenhuma doença.
Na manhã do dia 2 de agosto de 1905, ocasião em que a sogra e o genro estavam olhando no jardim através da vidraça e no momento em que a esposa tinha ido até à cozinha, Philippe levantou de sua poltrona, deu alguns passos dentro do quarto e caiu. Sua alma abandonou o plano físico e ganhou as alturas das Regiões Celestes.
Jean Chapas continuou com as reuniões na rua Tête-d´Or até sua morte, ocorrida no dia 15 de setembro de 1932. Os discípulos asseguravam que a atmosfera espiritual continuava semelhante. Philippe e seus Amigos do Invisível continuavam certamente a dar todo o apoio espiritual aos que ficaram. Dizem que até hoje, quando relembram seu nome e quando evocam sua obra, ele desce aos planos inferiores do Invisível e de lá nos envia suas celestes influências, encorajando todos a seguirem a senda iniciática e espargindo suas luzes para o bem da humanidade.
NOTAS
01 – Cfe HAEHL, Alfred. Vie et Paroles du Maître Philippe. Paris, Dervy Livres, s/d.
Haehl viveu cinco anos junto ao Mestre em Lyon, após tê-lo conhecido. Em seu livro, além das anotações feitas pessoalmente das parábolas do Mestre, consta depoimentos dos principais discípulos do Mestre Philippe e de familiares, como Papus, Marc Haven (genro do Mestre), Jean Chapas, Auguste Philippe (irmão), Victoire Lalande (filha), Sédir etc.
02 – Haehl, A. Op. Cit., p. 85
03 – Idem.
04 – Idem, p.86.
05 – Idem, p. 180.
06 – Idem, p.181.
07 – Dito em 14.11.1894, cfe. Haehl, p. 229.
08 – Dito em 22.05.1902, idem, p. 249.
09 – Dito em 07.01.1903, idem, p.254.
10 – Cfe. Haehl, op. cit., p. 261.
11 – Dito em 03.03.1895, Cfe. Haehl, p. 350.
12 – Cfe. Haehl, op. cit., p. 28.
“O milagre acabou, pois a radiação iniciou seu trabalho; e o sol está desgastando essas asas negras e ocupadas com seu dourado. O dia chegou novamente. Mas sua face parece um pouco estranha, não mais como fora ontem. Estranho de se pensar, nenhum dia é como o dia que se foi e nenhuma noite como a noite que virá! Porque, então, temer a morte, que é noite e nada mais? Porque se preocupar, se o dia que virá trará uma nova face e um novo espírito? O sol iluminou o campo de botões-de-ouro agora, o vento acariciou os limoeiros. Alguma coisa me faz sombra, passando ali em cima.
É a Ventura em suas asas!”
Trecho final de “Felicity”, conto de John Galsworthy.
Olá, @deldebbio.
Então, recapitulando, se o plano astral é infinitamente plástico, onde encontrar a verdade senão dentro de si mesmo?
E a cada introspecção, arestas vão sendo percebidas e extirpadas até que se chegue à essência do ser. Essência esta que o adepto deve sentir em todos seus corpos de uma forma integra e inteira.
Somente assim é que se consegue perceber a que veio e o que se deve fazer para que o indizível se torne real, visível e palpável.
O adepto deve primar pelo domínio de todas as suas faculdades, habilidades, talentos, fortalecendo a verdadeira vontade dentro de si, colocando-se a serviço de algo maior que o realize como ser humano capaz de fazer a diferença por onde passe, de uma forma simples, fácil e verdadeiramente feliz.
O SAG não esta fora e sim dentro. Somente elevando-se até ele é que se consegue uma verdadeira comunhão com ele.
Antes disso, o que se tem são visões distorcidas do que seja o SAG.
Estaria eu errada, @deldebbio?
Preciso sarar.
Gostei do texto.
(-:
Mágico. “Todos nós devemos nos fortalecer nesse conceito, não sucumbindo ao desespero, mas aprender como melhorar nossa condição.”
Abração.
Aqui não é bem o lugar para esse comentário, mas tenho que escrevê-lo, ou irei me esquecer do que pensei. Me desculpem por isso.
Tecnicamente, o Cristo Yosef resolveu aceitar seu suposto papel como “messias” após a peregrinação no deserto. Daí em diante, tomou para sí 12 apóstolos e levou em suas peregrinações também 3 mulheres.
Interessantemente, Israel (outro nome de Jacó) teve 12 filhos e tinha 2 mulheres (Lia e Rebecca) e 2 comcubinas (Zelfa e Biná – que caiu em desgraça junto a Rúbens, primeiro filho de Jacó, por se deitar com ele-). A tradição da época ditava que todo o Estado judáico (na época uma jurisdição do Império Romano) derivava desses 12 filhos de Israel com suas 2 esposas e 2 comcubinas.
Oras, muito interessantemente, Cristos buscava renovar a fé judaica, trazendo interpretações da Torá e realizando supostos atos “milagrosos”. Não seria de se esperar que os 12 apóstolos e as 3 mulheres que o acompanhavam fossem representações, por ele escolhidas, para representá-lo como “pai” de novas 12 tribos ?
E mais, considerando-se o novo testamento ser quase puramente simbólico, não é possível que estes fossem não apóstolos e mulheres colhidos ao acaso, mas as mulheres e filhos do próprio Yosef ? Sabemos que as idades escolhidas para os representantes nos textos hebreus eram sempre representativas de algo, e não literais (a menos que se espere que alguém acredite em Adão e suas gerações até a 4ª ou 5ª vivendo mais de 800 anos cada patriarca).
Se forem, de onde veio a mudança nos textos e porque ocorreu ?
Relacionemos também o fato com Akhenaton, faraó egípicio que, em tempos onde a religião egípicia estava se destruindo e sendo corrompida por um clero de Amon-Rá cada vez mais materialista, revelou o grande Segredo do Templo (da união de todos os deuses em apenas um princípio imanente, ao qual chamou Aton) e que, assim como Cristo, foi execrado de seu reino e teve sua palavra praticamente perdida, ainda que houvesse criado condições para a volta de um culto equilibrado aos deuses egípicios, levado à frente por seu filho, Tutancâmon, e depois pelos faraós que se seguiram.
Pensemos também em Buda, que, ao ver incapacidade e corrupção nos cleros e práticas hindús, passou por um processo de negação do clero e dos antigos deuses em prol de um sistema diferente, e que ainda assim teve de ir para muito longe de sua terra natal para fundar o budismo.
Interessantemente :
Akenathon -> Pega uma grande e poderosa religião, desgastada e corrompida vista de seus próprios princípios, cria-se em suas mais altas camadas, aprende seus preceitos e é iniciado como mais alto dos sacerdotes, continua o concluio iniciado por seu pai e seu avô, renega os preceitos dessa antiga religião e funda uma nova. É execrado, mas atinge o objetivo de restaurar, dado o esforço de seu filho e dos que depois dele vieram, ainda que em um nível básico e não tão completo, a religião original.
Buda -> Pega uma grande e poderosa religião, desgastada e corrompida vista de seus próprios princípios, cria-se em suas mais altas camadas, aprende seus preceitos, aceita uma missão própria, atinge iluminação, nega os preceitos da antiga religião, funda uma nova, mas não consegue atingir o povo em meio ao qual nasceu.
Cristos Yosef -> Pega uma grande e poderosa religião, desgastada e corrompida vista de seus próprios princípios, cria-se em suas mais altas camadas sacerdotais (linhágem direta de seus fundadores), aprende seus preceitos, renega os antigos preceitos, funda uma nova. É execrato, não restaura as crenças antigas, mas é percursor de uma religião que, em menos de quatro séculos, toma da Europa ao Oriente Médio, e depois se espalha ainda mais, tomando o lugar dos cultos greco-romanos e egípicios de época (desgastados e corrompidos a partir de seus próprios princípios).
Sempre o mesmo método, nas mesmas circunstâncias, por homens que pregam princípios de desapego a ídolos e formas materiais, procurando levar os povos a compreensão de princípios e forças elementares ainda que sutis, em tempos onde os grupos de homens responsáveis por manter certo nível de conhecimento ou impressão desses princípios se perde de seus objetivos. Isso, em épocas da história separadas por milênios.
Coincidência ?
Deldebbio,te enviei um email,pois quero participar do Project Mayhem,porém ainda não obtive resposta de sua parte D: Responda,por favor
@MDD – Quem quiser fazer parte do mayhem é só me escrever contando a história de como voce começou a estudar ocultismo e o que já aprendeu ou praticou. Se o convite não chegar, olha na caixa de spam, porque o NING é que manda o convite automaticamente e alguns servidores dão problema com isso.
Gostaria de dizer que não vejo problemas nenhum em imagens, nós estamos aqui em gaya. Ao que entendo as imagens virão de qq forma.
Eu ainda sou novato nesses tipos de assunto, portanto ainda tenho uma compreensão deveras limitada. Gostaria de fazer algumas perguntas, para esclarecer algumas dúvidas. O SAG seria uma ” entidade” que faz parte de nós mesmos? E no caso, por exemplo, de Chico Xavier que tinha o espírito Emmanuel que o acompanhava, seria algo diferente? Desculpa se minhas perguntas são muito simplórias. Saudações.
@MDD – O SAG é sua consciencia no nivel que chamamos de Tiferet. Alguns o vislumbram como um ser externo, outros o entendem como um Eu Superior, depende do grau de evolução e dos conhecimentos de cada pessoa. Emmanuel era um guia do Chico, não seu SAG.
O que é “Raptura”?
@MDD – a mesma coisa que “Arrebatamento”
Sugestão, poderia falar algo a respeito da Merkabah? Tenho minhas dúvidas a respeito da descrição que encontro nos livros e gostaria de me esclarecer no assunto.
MDD, tcom todo o respeito mas bastate curioso, já encontrou teu sagrado anjo guardião?
@MDD – Acredito que sim… ou isso ou passei dos limites de insanidade envolvendo contatos com entidades kkkkkk
Teria como o sag começar a criar padroes no subconsciente quando se é criança , para depois mais tarde interferir efetivamente na mente racional, usando aqueles padroes e/ou criando outros padroes depois que cresce? Ou essa conversa acontece apenas com iniciados em alguma ordem quando ja se é adulto?
Tio Marcelo,
Por favor estou precisando tirar está dúvida
Eu gostaria de Saber qual a diferença entre um SAG (Sagrado Anjo Guardião) e o Espírito Santo (Simbolizado pela pomba do batismo das águas do Rio Jordão – seria bom se você fizesse só um post falando do arquétipo Pomba).
@MDD – Nao existe diferença entre os dois. São apenas diferentes interpretações culturais.
Você disse também que não vê diferença entre o espírito santo e um alienígena no SuperPop – sabendo já que você não acredita em extra-terrestres físicos, gostaria que esclarecesse qual a diferença entre o espírito santo e um alienígena, e se alienígena e extra-terrestre é a mesma coisa. Pq eu queria saber se o Espírito Santo da Bíblia são os alienígenas, e se Xristos, ou Cristo é um Deles, o mesmo para Buda, o Mesmo para o SAG, o mesmo para os Bodhisatwas (que são aqueles que escolheram em não alcançar o estágio de Buda para assim poder iluminar a humanidade) e Atmans, e quais a diferença deles para o Espírito Protetor dos Espíritas, devem haver diferenças eu acredito, por favor me esclareça, ou os Espíritos de Luz ou Espíritos Iluminados, ou Espírito Guardião, gostaria de saber qual a diferença entre Xristos, Buda, SAG, Espírito Protetor/Evoluído/Iluminado/de Luz/Guardião/Anjo da Guarda. Assim como a diferença entre Bodhisatwas, Atmans, Anjos Cabalísticos (Vehuiah, Metratron), Anjos Bíblicos (Rafael, Miguel) (e suas Hierarquias), Caboclos/Pretos-Velhos, Gênios, Mentores, Serenões, Mestres Secretos. E destes 2 grupos para os Mestres Ascencionados (Os quais parece que Jesus Está Incluído, mas não sei se é o espírito de Yeshua Ben Yossef ou o Xristos mesmo)
Isso me intriga pq os evangélicos são Tocados Pelo Espírito Santo, e eu gostaria de saber se é uma dessas entidades que faz isso mesmo, ou seja se é verdade de fato. Então gostaria de saber quais deles que são Espírito Santo e quais são alienígenas ou outros tipos deste, sabendo como dividi-los. E ainda mais importante: Quais são ENTIDADES que já existiam antes de Nós e quais são EGRÉGORAS CRIADAS por nós e nossos Arquétipos.
@MDD – Acho que voce quer saber muita coisa pra uma pergunta só…a resposta levaria alguns livros pra explicar tudo.
Fala Marcelo, me tire uma curiosidade, o que tu costuma fazer no astral ?
Está ainda desmanchando os trabalhos de magos negros ?
Porque tenho encontrado você ou algum grupo que faz parte de uma egrégora relacionada a isso que me lembra você, como se estivesse sendo o diretor das novas construções astrais e dos desmanches das falanges da ignorancia( ou não ).
Abraço
Marcelo, tava lendo textos antigos do site e num deles você diz: “a partir de 2150 será a tão famosa Era de Aquário”.
Mas o Raymond Bernard diz que começou em 5 de fev. de 1962.
Como você já disse que o universo não dá pulos, pode-se dizer que nessa data começa de verdade a transição que termina em 2150, quando, então, teríamos uma era de aquário sem mais nenhuma energia pisciniana?
@MDD – Estranho ter uma “data” para começar, já que a natureza não usa relógio. As energias astrológicas são fluidas, o que significa que elas não aparecem em degraus, mas lentamente e de maneira sempre suave. E também dificilmente vamos deixar de ter influências piscianas… um bom exemplo disso é que até poucos anos atrás ainda haviam touradas (resquícios da Era de Touro em mudança para Áries, que ocorreu em 2000 AC). Então provavelmente ainda haverão resquícios de Peixes em 2050.
Ele diz isso porque nessa data estavam os 7 astros tradicionais no signo de aquário.
Justamente por esse caráter fluídico que imagino esse tempo entre 1962 e 2150, em que lentamente, de maneira suave ocorreria a transição.
Menciono o Bernard, pois nesse mesmo post que você fala de 2150, também fala da importância do Bernard, e que ele, provavelmente, é um dos 72 “good guys”. Então, se ele diz isso sobre a data deve ter alguma credibilidade.
@MDD – Acabei de confirmar isso aqui… olha, foi um Portal absurdamente fodástico nas energias de Aquário; realmente não há duvidas disso (veja que, ao contrário das porcarias de 11-11-11, 12-12-12, ESTE portal energético de 5-2-1962 realmente fez uma concentração dos 7 Planetas em uma única energia (Aquário). Sob a luz destas informações, tenho de admitir que provavelmente esta data foi o “boost” do portal para que as energias Aquarianas se imantassem definitivamente no Planeta.Raymond Bernard era um cara true.
Interessante ver que quase todo mundo tem as mesmas dúvidas com relação ao SAG. Creio que seja devido, principalmente, a algum grau de mediunidade ou de capacidade projetiva do cérebro de alguns, caso se foquem numa visão espiritualista ou noutra, mais voltada para a psicologia analítica. Muita gente consegue entrar em contato com as energias de yesod ou com o inconsciente e se comunicar com consciências projetadas, ou entidades. Ainda tenho dúvidas quanto a esses dois conceitos, já que Jung colocava que certos arquétipos, como o arquétipo da sombra e da anima, podem se projetar de modo praticamente autônomo antes de um indivíduo atingir o self e que poderiam ser vistos como entidades, como as entendemos no sentido espiritualista. O próprio Jung relatou em seus diários, diálogos e visões que ele interpretou como pojeção de seus arquétipos sombra/anima e dizia que qualquer outro arquétipo poderia se manifestar assim. Particularmente, tento me voltar mais ao sentido junguiano, para não sair colocando entidades em algo que pode ser puramente anímico/psicológico. Entretanto, algumas experiências me surpreendem, como falar e ver uma entidade de umbanda desencorporada e ela se lembrar da conversa, quando estava encorporada em um médium, o que coloca em xeque uma visão totalmente anímica, desconsiderando a existência de entidades como são vistas no conceito espiitualista, pois não tinha como o médium acessar a informação. De todo modo, o que fica praticamente certo é que o contato com o SAG difere muito dos ditos contatos com entidades astrais ou manifestações anímicas. Não posso descrever o que desconheço, mas tão certo quanto a luz da lua é um reflexo pálido da luz solar, o contato com o SAG difere das outras manifestações citadas e não é uma visão/diálogo/sensação de possessão/incorporação, que são coisas típicas do inconsciente e portanto, de yesod. No máximo, isso é uma distorção da energia da esfera de tiferet, se manifestando de forma refratada na esfera abaixo. Creio que quando acontecer, a pessoa vai saber. Agora, para quem começou a se desenvolver no astral ou a nível de inconsciente profundo, creio que a confusão é mais que natural e é um estágio comum nos primeiros passos. Para quem vive sem experiências de êxtase ou projetivas e de visualização, é mais que fácil se confundir. Quem nunca viu a luz do sol ou da lua, mas conhece uma descrição da luz, pode facilmente achar que a lua é o sol, se a ver… o importante é continuar a busca…
Então pode-se dizer que existem tanto o Eu Superior (Tiphareth) quanto um anjo da guarda (espírito protetor que se dedica ao indivídulo desde seu nascimento, e que serve como guia espiritual), e que é comum nós confundirmos os dois ?
Porque por exemplo, o anjo da guarda do Chico Xavier é claramente descrito como um outro espírito, que teve suas próprias reencarnações e tudo mais.
Também, como é possível o Crowley comunicar-se com seu SAG através de uma vidente, sendo que vidente só vê outros espíritos ? (“Seus diários mostram que seu S.A.G freqüentemente comunicava-se mais claramente através de mulheres como Ouarda a Vidente ( Rose Kelly), Mary d’Este… e por outros meios.”)
Ir.Marcelo,
Gostaria de saber falando em termos de Sithra Ahra/Qliphot,
no seu entendimento qual seria a experiencia “SAG” associada a esfera de Thagirion?
Obrigado,TFA
@MDD – Thagirion não é uma esfera, é uma casca… é o que sobra da bagaça de tiferet e o que precisa ser absorvido e expurgado para chegar ao SAG
Ola MDD, simplificando,em Tiferet tem o SAG e em Thagirion?
A Dragon Rouge fala a respeito da Qhlipa de Thagirion,ou seja o “descubrimento do “totem” pessoal,o que voçe acha?obrigado
Texto de Thomas Karlsson:
[…]The sixth level of the Qliphoth (or the fifth counting from levels of initiation) is called
Thagirion which means dispute or juridical process. This can be interpreted in many
ways, the religious juridical process where Satan acts prosecutor or the place for the
judgment of God, or where the sentence of God is questioned. Except the many
mythological interpretations the name presents the antinomianistisc nature where the
laws of the Sephiroth are counteracted. All Qliphoths have pejorativistic names since
they are acting antithesis to the present order. The Sephiroth is idealizing unity while its
shadow side is disunited. This is also explaining the meaning of ”dispute” in the name
Thagirion.
Thagirion is the central qlipha on Ilan Hizon-the outer tree, or the tree of knowledge.
This qlipha is the shadow side of Tiphereth on the tree of life. Both are spheres of the
child or the offspring and Tiphereth is associated with Christ and Messiah characters
while Thagirion is associated with the Anti-Christ and the beast 666. The first
mentioned characters are preaching salvation through them ( Jesus proclaims in the
bible that he is the only way to salvation), something that is questioned by the other
characters who are pointing out the possibility for each man to save himself. Both
spheres are associated with human characters who are thought to manifest this level on
a collective human level. Bodhisattvas, secret masters or prophets. Since this is the
central level some characters are thought to be able to mediate between the worlds
above to the worlds below. Persons are often connected to the two different levels
according to the present public opinion: For a Muslim Mohammed will be a Tiphereth
character (of course ordinary Muslims are not using this terminology), while he for the
Christians often have been seen as an Anti-Christ character and then placed in
Thagirion. Hitler was in the beginning of his career looked upon as something of a
Messiah that would save Germany and was here taking on the role as a Tiphereth
character. Later he turned into a character similar to the beast and is one of the most
popular candidates for the Anti-Christ title. Nero, Djingis Khan, Bill Clinton and others
have been called Antichrists and have been the shadow person for people. Nietzsche,
Crowley and Gurdjieff have more been more accurate Thagirion characters, since they
preached the possibility for man to save himself together with Thagirion related symbol
language. A person can channel Thagirion and be a guide in the teachings of the dark
side.
For everyone this level is illumination. This is the sun sphere, the mental plane and here
the magician meets his/her higher self or Daemon who on the Sephiroth takes the form
of the Holy Guardian Angel.
On the Qliphoth it takes the form of the totem animal. The illumination on the
Sephiroth is of an intellectual nature and on the Qliphoth it is an illumination of the
instincts. The Initiation of light brings an intellectual distance to the here and now and
the material while the dark initiation brings total awareness in the here and now-in the
flesh and the material. The Tiphereth illumination is usually reached through ascetism
while the Thagirion illumination is reached through sex or ecstatic dance.
Through the typhonian alchemy a draconian magician reaches an illumination that
includes both sides of the sun sphere. This through the state of consciousness called the
chepera-consciousness.
In alchemy this represents the level of the yellow diamond. The sun sphere also
corresponds with the topaz and gold in the alchemy of the renaissance (Kether-
Thaumiel are also represented by gold in a higher red form). A strong feeling of lust is
usually experienced when one is reaching the sun sphere.
Here one will be united with goals and ideals and be one with the whole of the self. This
is the heaven of the religious (or hell for those who rather would go there), the boddhi
level or satori in eastern mysticism. For a dark magician the rising to this level brings a
feeling of total power, but not in the naive and more illusory form that can be
experienced on the spheres below. For a white magician a feeling of total goodness is
experienced. Both states are self-sufficient in themselves, but has often been traps for
many magicians. This level is only half the way. The sun sphere can in a basic
terminology be called a level ” everything of it self”. Beyond is the higher divine levels,
the star sphere or the transcendental plane that could be called a level ”more than
itself”. This is the goal for a draconian magician.
Tiphereth corresponds with the sun in the form of light, while Thagirion represents the
black sun. The black sun represents the sun in its inner form – where it shines inside
man and reveals the hidden Qliphotic worlds. The ordinary sun is the outer sun that
shines on the ordinary world. The black sun is the god Set in the typhonian alchemy,
while the ordinary sun is Sets twin Horus. In old norse mythology Balder corresponds
with the ordinary sun and his blind brother Höder or Loke with the black sun. Höder is
similar with Odin and also Odin corresponds with the black sun. Thagirion is the sun of
the shadow side, which can be interpretated as the sun in the underworld – Balder in
Hel, Ra in Amenti etc. The sun is the symbol of the unity of the whole self that can be
aware of itself only when it is in the underworld.This is illustrated by Chepera, the
principal of existence and the principal of becoming, that carries the sun down in the
underworld and is reborn and creates himself there. In another interpretation the black
sun / the Thagirion principal is more independent of the self and is more like the
principal the shines upon and brings enlightenment to the self on the journey of
consciousness into the inner dimensions. In all forms the black sun is the inner or
central sun that generates enlightenment and divine power to man. There is descriptions
of an outer black sun. One theory describes a world inside the earth; a world that has its
own sun – that is called the black sun. These speculations has been associated with the
vril – mythos by Sir Bullwer-Lytton where a divine race inside the earth are in control of
the divine power called Vril. Another theory describes that in the middle of the universe
or in the middle of the our galaxy there is a black sun that shines with a light that we are
not capable of seeing and for us it looks like empty darkness. This sun is also a black
hole that absorbs all normal light.This black sun can be connected with the highest
Qliphotic principal Thaumiel, rather than with Thagirion.
The black sun is generating the power called vril, od or the world kundalini or the
dragon power. It can be described as the principal that is manifestating the powers of
chaos. In the bible and in other mythological descriptions this principal acts as the
beast. In old norse mythology it is the Fenriz wolf, in the goetic Qabalah it is the phallic
Belfegor. In the Book of Revelation 13:2 is is written : ”the Dragon gave the beast its
throne and authority ”. We can later read that the number of the beast is a human
number. This can be understood as the Dragon (chaos) is manifested through Thagirion
by a man, or by mankind. The fact that the number of the beast is a human number
shows our relation to the wild animals that civilization and religion have tried to repress.
On a more esoteric plane it means that man is not just an animal but also a god since
666 is the number of the sun and therefore the number that makes man divine.[…]
[…]For everyone this level is illumination. This is the sun sphere, the mental plane and here
the magician meets his/her higher self or Daemon who on the Sephiroth takes the formof the Holy Guardian Angel.
On the Qliphoth it takes the form of the totem animal. The illumination on the
Sephiroth is of an intellectual nature and on the Qliphoth it is an illumination of the
instincts. The Initiation of light brings an intellectual distance to the here and now andthe material while the dark initiation brings total awareness in the here and now-in theflesh and the material. The Tiphereth illumination is usually reached through ascetismwhile the Thagirion illumination is reached through sex or ecstatic dance.
Through the typhonian alchemy a draconian magician reaches an illumination that
includes both sides of the sun sphere. This through the state of consciousness called thechepera-consciousness.[…]
(Thomas Karlsson)
@MDD – Nao vejo diferença nenhuma entre o que ele chama de Tiferet e Thagirion. Me parece só pose de malvado… A qlipha de Tiferet, no entando, é o Orgulho. É uma das mais fodas a serem vencidas e normalmente derrota os magos.
Acessar a esfera através do sexo? ok… através de meditação, dança xamânica, dança sufi, drogas enteógenas, contemplação, rituais do SAG… o método não importa, todos eles acabam chegando ao mesmo resultado se estiverem alinhados com a sua VV. O Karlsson divide o “total awareness” em dois pedaços (fora do tempo-espao e dentro da carne), sendo que, por definição, se voce só está “aware” de uma destas duas partes, então não pode chamar de “total”, ne?… Tiferet é estar consciente de TUDO.
Antigamente se aprendia TODO o processo… LVX e NOX, mas hj em dia o povo do LHP parece que tenta dividir isso em duas coisas separadas (quando não são) e focar criticas no LVX como se isso fosse coisa de evangelicos… estudar apenas NOX também é incompleto.
O SAG não seria a própria intuição (Uma ferramenta do Self / Eu superior / Individuum` / Unidade autônoma e indivisível / Totalidade)? que guia a pessoa em direção a auto realização (mesmo ela não sabendo o que isto significa) ou seja uma “voz” interna e externa ao mesmo tempo (sincronicidade?), diferenciada dos agregados psicológicos e portanto acima do intelecto ?. Creio que venha daí a interpretação: para cruzar o abismo será necessario uma entrega total e genuína a este mestre… se quisermos ter sucesso na travessia e não ser tragado (pelos agregados que compõem o EGO)…
O Crowley escreveu esse lindo poema:
”Tu que és eu mesmo, além de tudo meu;
Sem natureza, inominado, ateu;
Que quando o mais se esfuma, ficas no crisol;
Tu que és o segredo e o coração do Sol;
Tu que és a escondida fonte do universo;
Tu solitário, real fogo no bastão imerso;
Sempre abrasando; tu que és a só semente
De liberdade, vida, amor e luz eternamente;
Tu, além da visão e da palavra;
Tu eu invoco; e assim meu fogo lavra!
Tu eu invoco, minha vida, meu farol,
Tu que és o segredo e o coração do Sol
E aquele arcano dos arcanos santo
Do qual eu sou veículo e sou manto
Demonstra teu terrível, doce brilho:
Aparece, como é lei, neste teu filho!”
Ele coloca, ” do qual eu sou veículo e sou manto”: penso que ele vê o SAG como Eu Superior, Self, o seu próprio Espírito.
Procuro entender assim, por enquanto.
Marcelo, é possível que por necessidade, o SAG se manifeste como um daemon num ritual goético ?
@MDD – Altamente improvável.
O que é 72 “good guys”?
O Pai interno que o Samael Aun Weor se refere é o mesmo santo/sagrado anjo guardião?
Vi algumas de suas respostas, uma delas foi que o S.A.G. joga diversas imagens que passam rápido. Aconteceu comigo algo assim com 13/14 anos eu era bestona e ficava fazendo aquelas “brincadeiras do compasso” e acabei vendo uma garotinha acompanhada de um homem (que eu só vi a sombra). E fiquei com muito medo lógico, não tinha nenhum conhecimento nem sobre mediunidade, e quando eu fechava os olhos via muitas imagens, cores fortes em amarelo e azul, e diversos símbolos como o olho de Hórus. Claro que nem refleti sobre, na época pensei “vi um monte de símbolos ducapiroto” então não me lembro muito bem de todos os símbolos para poder refletir.
Será que tive algum contato com S.A.G ?
MDD, experiências com yahuasca também faz vermos essas cenas como flashs, insigs e entrar em contacto com o SAG? Segundo alguns aamigs tiveram esses resultados.
MDD, no último ritual de Ayahuasca que participei, logo após meu transe começar, houve uma expansão absurda do meu raciocínio lógico-verbal, e dentro dessa perspectiva comecei a elaborar questões que nunca antes havia elaborado, foi quando iniciei um dialogo com uma entidade que começou a me guiar e mostrar cenas que ele gostaria que eu visse, e essa minha capacidade expandida começou a me explicar o que possivelmente eram (cenas simbólicas em que estranhas criaturas larvais nasciam de um lodo caótico) dos quais eu entendi que dali nasceram todas as criaturas do universo, ou pelo menos da Terra. Logo em seguida vi um imenso e glorioso Sol brilhando no Astral, e de como essas criaturas ao verem esse Sol, passavam a admira-lo, a amá-lo, eu mesmo me emocionei ao ve-lo como a coisa mais linda que já vi na vida…
Essa voz que era eu tbm, então disse que todo o conceito de bem vem do amor e admiração à essa Luz, e os primeiros seres que passaram a admirar esse sol passaram então a imaginar o que fazer para poder ser dignos de se aproximar dele.. Nasceu ai as hierarquias de luz…
Em determinado momento eu perguntei para esse Ser/Voz quem falava comigo, e ele me respondeu “Eu sempre fui você e todos, no início, no presente e no futuro”, e eu fiz uma segunda pergunta… “O que você quer?” E ele me respondeu “Eu quero que você se integre a mim”
Foi muito louco…rs Cansei pra caramba… fora isso ele me fez sentir algumas sensações sentidas por canais que eu nunca tinha utilizado do meu corpo (espirito???) de maneira grosseira da pra comparar isso ao frio…
Nem tomei a segunda dose, eu fiquei esgotado com tanta informação… mas muito feliz por essa dádiva…
Isso foi uma experiência com o SAG?
Sempre que o DD fala que o SAG somos nós no futuro eu me lembro do filme “Interestelar”!