Continuando nossa série histórica a respeito das origens dos Cavaleiros Templários, dividimos nosso arco histórico em três facções: de um lado, a Igreja Católica e a história de seus papas, até chegar em Urbano II “Porque Deus quis” pode ser lida AQUI, AQUI, AQUI e AQUI. Do outro lado, a história paralela dos Construtores do Templo, as guildas de maçons detentores do conhecimento da geometria sagrada, preservado desde as pirâmides egípcias até os templos romanos (e até os dias de hoje).
Justamente quando estava escrevendo esta coluna, li um texto postado pelo amigo Kentaro a respeito de um estudo feito por cientistas a respeito de padrões psicodélicos encontrados em neurônios em curto-circuito. Por coincidência, acabei de ler um livro chamado “Girando a Chave de Hiram” onde o autor relaciona justamente estas conexões e a ritualística templária e maçônica. Nesta semana, traçarei a relação entre psicotrópicos, mantras, orgasmos, meditações, relâmpagos, limiares da dor, religião, da falta de sono e até mesmo experiências de pós-morte e sua conexão com o Plano Astral e com a estrutura das primeiras catedrais européias.
Antes de mais nada, vamos ao texto original:
Psicodelia explicada por neurônios em curto
“Está cheio de estrelas”, disse o astronauta Bowman enquanto era absorvido pelo Monolito Negro em “2001 – Uma Odisséia no Espaço”. Uma sucessão de imagens psicodélicas (criadas com fotografia slit-scan) representavam então um contato com o Divino, ou o que quer que fosse, já que o próprio Kubrick nunca deixou claro o que diabos aquele final significava. Mas era algo grande, místico, mesmo religioso.
Imagens espirais e túneis de luz afins emergem repetidamente em experiências com drogas alucinógenas, e talvez não por mera coincidência, em iconografias religiosas resultantes de “visões”, como mandalas, arte islâmica ou catedrais cristãs. Não apenas isso, surgem também em experiências de “quase-morte”, alucinações de sinestésicos, cefaléias, epilepsia, distúrbios psicóticos, sífilis avançada, distúrbios do sono, tontura e mesmo em pinturas rupestres de milhares de anos.
Esta universalidade parece indicar algo maior, quiçá contato com planos superiores, ainda que cefaléias, sífilis avançada ou distúrbios psicóticos como meio de se aproximar de deus pareça um tanto bizarro. A neurociência aliada à matemática sugere uma explicação um pouco mais mundana. Porque a ciência já anda investigando o tema.
Nos anos 1920, o neurologista alemão Heinrich Klüver dedicou-se com afinco a estudar os efeitos da mescalina (peyote), e notou como tais padrões geométricos eram repetidamente relatados por diferentes sujeitos (incluindo ele mesmo, mas esta é outra história). Os padrões acabaram classificados no que ele chamou de “constantes de forma”, de quatro tipos: (I) túneis, (II) espirais, (III) colméias e (IV) teias.
Pois estudos recentes, aliando descobertas sobre o funcionamento do córtex visual a modelos do funcionamento de neurônios sugerem que tais padrões podem surgir simplesmente de uma espécie de curto-circuito no cérebro. Perturbações simples no córtex visual, quando mapeadas ao correspondente que o sujeito perceberia, podem gerar padrões notavelmente similares às constantes de forma psicodélicas.
À esquerda, a representação da alucinação de um maconhado. Ao lado, a simulação da percepção gerada pela perturbação do córtex visual. Simples assim. Nada de enxergar deus, e sim um produto da forma como nossos neurônios processam imagens, e como reagem assim a perturbações em seu funcionamento. “Está cheio de estrelas”, mas todas em seu cérebro.
Ou não tão simples, é preciso ressalvar. Neurocientistas, cientistas que são, admitem que ainda não conseguem explicar todas as alucinações relatadas. O próprio exemplo acima envolve uma complexidade maior do que os modelos usados, e a simulação envolve mais especulação. Mesmo o modelo utilizado para simular a percepção dos sujeitos frente às perturbações em seu córtex visual é, ainda, rudimentar, envolvendo diversas simplificações. É uma área ainda em exploração, mas pelo visto, extremamente promissora. Explicaria bem porque tanto religiosos em transe quanto drogados e sifilíticos em estado avançado poderiam partilhar as mesmas alucinações visuais. São seres humanos partilhando a mesma estrutura cerebral submetida a alguma perturbação.
By Kentaro Mori no 100Nexos.
Espirais, Relâmpagos e Teias de Aranha
Uma das sete leis de Hermes Trismegistrus diz que “Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso”.
Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento. Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento e ritmo. Ela dança.
Os primeiros contatos com o Divino muito provavelmente aconteceram por causa dos relâmpagos. Robert Lomas, em seu livro “Girando a Chave de Hiran” conta que, certa vez, estava passando de automóvel quando quase foi atingido por um raio. O raio havia passado tão perto que, por alguns segundos, não apenas a parte elétrica de seu carro teve problemas, mas ele teve uma “visão de Deus”. Naqueles pequenos instantes, que para ele pareceram uma enternidade, Lomas teve o contato direto com o Cósmico, fundindo-se ao todo, na sensação que os ocultistas chamam de Samadhi ou “pequeno mergulho no Nirvana”. O contato com Kheter.
Durante o livro, com a ajuda de diversos neurocientistas britânicos, ele traça paralelos experimentais entre o “curto-circuito” que experimentou graças ao raio e as descrições de êxtase religioso encontradas em diversas literaturas, bem como experiências de neurocientistas como Michael Persinger, Andrew Newberg e Eugene D´Aquili envolvendo o comportamento do cérebro humano.
Mas voltando aos trovões e relâmpagos… é muito provável que desde os tempos mais remotos, muitos homens tenham passado pela mesma experiência que Lomas. Este “curto circuito” e posterior expansão da mente do indivíduo pelo Cósmico certamente resultariam em uma experiência transcedental, divina. O contato com o TODO, o Grande Arquiteto do Universo. Não é de se estranhar, então, que alguns dos deuses mais importantes de todas as mitologias faziam uso do trovão como arma (Zeus fulminando seus adversários na mitologia grega, por exemplo). Ao quase ser alvejado por um raio e sobreviver, o indivíduo ou grupo de indivíduos passava a ter um legítimo contato com a divindade cósmica, e traduzia esta sensação indescritível com o melhor que seu vocabulário pudesse conceber. Enquanto isso, no plano material, os neurônios e sinapses expostos a campos elétricos causariam a sensação que Walter Leslie Wilmshurts chamou de “Consciência cósmica”. Não é de se estranhar que os antigos construtores de catedrais, trabalhando em campanários e outros locais elevados, sob tempo ruim, invocavam a ajuda de Santa Bárbara.
Tantra e Chakras
A experiência divina não é exclusividade do contato com raios e trovões. Paralelamente a isso, os iniciados conheciam técnicas de magias sexuais derivadas do tantra para atingir o MESMO estado de iluminação, ou Samadhi. Através de orgasmos cada vez mais fortes e intensos, e do fluxo de energias despertando cada um dos chakras dos amantes, através da Kundalini, os iniciados conseguem experimentar o mesmo estado divino descrito pelas experiências acima. Da mesma forma, outros exercícios de meditação, contemplação e masturbação têm sido utilizados para o mesmo fim. A energia canalizada durante este “curto circuito” é muito utilizada na chamada Magia do Caos, desenvolvida por Peter J. Carroll no começo do século XX e não é muito diferente das antigas magias sexuais celtas ou egípcias.
Aposto minhas adagas ritualísticas que, se os neurocientistas medissem o padrão do córtex visual em um casal de sacerdotes durante o Hieros Gamos ou de um casal iniciado tântrico durante o Maythuna, eles encontrariam o mesmo padrão descrito por Heinrich Klüver.
Meditação, Mantras e Mandalas
Outro caminho conhecido para se atingir este estado de “curto circuito” é através da meditação. Exercícios de “desligamento da mente” zen e técnicas envolvendo mandalas, mantras ou orações repetitivas, normalmente trabalhando em um padrão espiral, fazendo com que os sentidos objetivos sejam cada vez mais neutralizados, até que haja o travamento das faculdades objetivas e, como conseqüência, a conexão com os planos superiores.
O mesmo processo explica claramente porque muitos fiéis cristãos, ao envolverem-se demasiadamente com as orações (especialmente no terço, que é uma derivação do japamala budista), entram neste “curto-circuito” durante as orações e chegam ao mesmo estado de consciência. A diferença é que, para estas pessoas, por desconhecerem o que está acontecendo, acreditam que “Jesus falou com elas”, pois não são capazes de explicar este contato com o Cósmico e, assim como os selvagens nas cavernas, tentam explicar ao mundo o que sentiram através de seu vocabulário limitado.
Novamente, se estes padrões cerebrais fossem medidos, teríamos o mesmo padrão, tanto que eles se repetem nos desenhos das mandalas, só que de uma forma invertida. Nas experiências com psicotrópicos, o usuário enxerga os padrões depois de entrar em contato com a droga; nas mandalas, o iniciado procura os padrões ANTES de causar o “curto-circuito”.
Qual padrão é a causa e qual é a consequência?
O limiar da dor
Também é conhecido que estes padrões são encontrados em cefaléias, epilepsia, distúrbios psicóticos, sífilis avançada e outras situações do limiar da dor extrema. Estes estados mentais também causam o “curto-circuito”, resultando os mesmos padrões descritos acima. Isto deu origem a uma série de rituais de iniciação e ritos religiosos envolvendo perfurações e suspensões por meio de ganchos, até os famosos faquires e devotos hindus, capazes de atravessar pregos pelo nariz, anzóis pela pele e ganchos por todo o corpo. Examine o córtex deles e teremos o mesmo padrão.
Este culto à dor pela iniciação existe até os dias de hoje, tanto em iniciações que envolvam suportar a dor, como o ritual de Gkol nas tribos de Vanuatu, que consiste em se jogar do alto de uma árvore ou penhasco amarrado em cipós como prova de iniciação da puberdade para a maioridade até talhar os próprios dentes para deixá-los pontudos ou perfurar a pele com piercings e anzóis, além das flagelações.
Durante a idade Média, existiram muitas ordens monásticas que cultuavam a auto-flagelação. Açoites e chicotes como forma de penitência foram trazidos para a Igreja católica dos templos hindus, que por sua vez traziam este costume da maneira a conectar-se com o divino através da penitência.
Podemos ver resquícios desta ritualística até mesmo no cilício, instrumento composto de espinhos que são amarrados na coxa e apertados de acordo com a vontade do usuário, causando uma dor contínua e muito forte. O cilício ainda é muito utilizado na Opus Dei e em outras ordens religiosas monásticas.
Sexo e a Dor
Os Etruscos possuíam templos destinados a ritos sexuais que envolviam prazer e dor (o mais conhecido é a Tombe de la Fustigazione), que deram origem à Lupercália romana e, mais tarde, ao dia de São Valentino (o “dia dos namorados” gringo). Até os dias de hoje, existem dentro de ordens do caminho da mão esquerda rituais de BDSM até o limiar da dor e do êxtase, onde se consegue chegar ao mesmo “curto circuito” da meditação zen. E aposto meu pantáculo saturnino que quando a iniciada estiver em êxtase, encontraremos nela os mesmos padrões descritos por Heinrich Klüver.
As drogas e os psicotrópicos
Outro aspecto muito comum nas iniciações é o uso de psicotrópicos e libertadores da consciência. Drogas como o haxixe, ópio, peyote, mescalina, folha de coca, LSD ou até mesmo o Santo Daime têm a finalidade de desligar os sentidos objetivos e abrir as portas da percepção. Como foi colocado acima, o efeito resultante no Plano Material é o mesmo das outras experiências. Da mesma maneira, Sinestetas enxergam sons, escutam cheiros, sentem cores e algumas delas (acabei de perguntar a uma amiga sinesteta pelo msn) enxergam espirais e estrelas no momento de um orgasmo. “Mas só dos mais fantásticos” segundo palavras dela. O que comprova nossa teoria a respeito dos orgasmos tântricos e curtos circuitos.
Dança de Roda
Outra maneira de se atingir este “curto circuito” é através da dança ou das artes marciais. Danças sagradas de roda e danças ritualísticas existem em todas as culturas e religiões, muitas das quais com extremos aspectos místicos. Entre as principais eu vou citar os Dervishes, do ocultismo muçulmano (epa, eu escutei certo? Ocultismo muçulmano? Sim crianças… chegaremos aos sufis e dervishes em breve) e suas danças de roda. Note como eles estão em estado de transe. Aposto meu cálice de prata que se você medir os padrões do córtex deles, obterá os MESMOS resultados supracitados.
Também posso citar as dançarinas de dança do ventre ou dança dos sete véus ritualística e, claro, os praticantes de kung fu ou tai chi (especialmente tai chi).
A Árvore da Vida
Dentro da Kabbalah, na Árvore da Vida (diagrama que mapeia todos os estados de consciência do ser humano, do mais mundano até o divino), este processo é o caminho que conecta a décima esfera Malkuth (o mundo da matéria) à nona esfera Yesod (o mundo astral, ou intuitivo e acausal), representado pela letra hebraica “Tav”, que também é o símbolo da Ordem dos Franciscanos. O Tau ou Tav representa a imaginação e todos os processos decorrentes da libertação da mente intuitiva da mente objetiva, que incluem todos os processos criativos e visionários. É o primeiro passo para a iluminação. Não é por acaso que todos os deuses representados em Yesod trabalhem com a intuição e com a conexão com a Consciência superior.
A Geometria Sagrada e os Rituais
Muitos dos Construtores de Templos conheciam as propriedades da geometria sagrada de induzir e promover estes estados psíquicos nos iniciados durante os rituais. Desde as proporções na Pirâmide, nos Templos Gregos e Romanos até chegarmos às catedrais cristãs e, posteriormente, às mesquitas muçulmanas e aos Castelos Templários.
Este conhecimento também permanece na África (o povo sempre se esquece que o Egito fica na África! Quando os muçulmanos tomam o Cairo e Alexandria, eles absorvem muito do conhecimento que estava disponível nas Escolas e bibliotecas), trazendo a geometria sagrada para a Arábia. Com as expansões, levam este conhecimento para o sul da Espanha também.
Mas isso já é outra história…
Respostas de 31
MDD olhando o desenho da Arvore da Vida, reparei que voce deixou entendido que poderia haver uma outra esfera ali entre Tiphereth e Kheter (e duvido que tenha feito “sem querer”).
Eu já havia pensando nisso… tanto pelo pilar esquerdo quanto pelo pilar direito há 3 esferas entre Malkuth e Kheter com excessão se for exatamente pelo meio onde há uma esfera a menos, teoricamente, formando um caminho mais curto.
(embora se olhando bem há caminhos bem maiores de um ponto a outro..)
Enfim o desenho foi uma dica para irmos estudar o por que não há uma esfera ali? :p
Tenho ainda um segundo comentário para fazer, ao ver o video notei que logo no inicio no canto superior direito há uma janela que possui vidros que me lembram vagamente os padrões descritos, e com isso me fez lembrar os vidrais multi-coloridos das Catedrais e Igrejas, teriam esses vidrais alguma relação ainda que indireta sobre isso? como meio de proporcionar um ambiente mais propicio ao “curto-circuito”
Abraço.
O MDD deixou claro o caso da esfera neste video: http://www.youtube.com/watch?v=nWWuoS8amPw
Interessante, eu já tive experiências com enteógenos, principalmente a Ayahuasca (Santo Daime), espero que você discorra mais sobre isso em outro post, mas enfim…minha dúvida sempre foi a respeito da diferença entre a Ayahuasca com os demais tipos de psicoativos (termo mais correto), porque, pelo que vejo, há uma clara diferença, creio eu que a Ayahuasca, sendo um vegetal sagrado, permite que a consciência se eleve mais, para o sentido alto e não para baixo…mas ainda tenho minhas dúvidas em relação a isso, se você souber algo sobre isso e puder explicar eu agradeceria =D
Depois de ver o vídeo fiquei interessado no “ocultismo muçulmano” não sei exatamente qual era a intenção deles naquela apresentação, mas era realmente bonito.
O artigo EM INGLÊS da Wikipedia vai te dar uma boa noção antes de você procurar outras fontes. Dê uma olhada em: http://en.wikipedia.org/wiki/Dervish
A neurologia “oficial” postula que as experiências místicas de “contato com o Tudo”, quando há perda de subjetividade, são fruto de avarias ou estimulações na região frontal do cérebro, que também pode ser conseguido com o consumo de drogas psicodélicas como o LSD.
Mas isso não é causa, é efeito. A causa está obviamente na mente mais profunda, ainda tão distante da avaliação da neurologia “oficial” – o famoso paradoxo de “se reconhecer a existência da mente apenas para então reduzi-la a efeitos químicos e físicos”. Ênfase em “efeitos”… A causa é desconhecida da ciência “oficial”.
O dia que conseguirem explicar como médiuns e monges budistas (estou falando daqueles que já foram extensiavmente pesquisados) conseguem atingir estados “epilépticos e/ou esquizofrênicos” para logo após seus “transes” terminarem, retornarem ao normal, sem avaria permanente, sem alucinaões persistentes, daí talvez a ciência “oficial” seja obrigada a admitir que “efeitos químicos e físicos” são, afinal de contas, apenas efeitos mesmo.
A causa, a “usina” da mente, e dos pensamentos, aguarda pacientemente pela ciência “oficial” – mas a ciência “apócrifa” já chegou nela a tempos!
Abs
raph
Perfeito !
Del Debbio,
No texto “O Alcorão e a Papisa Joana”, você cita a tal cadeira furada.. e que o termo “puxa-saco” tem origem na Igreja. O que é um engano, a origem do termo é militar, o chamado puxa saco era aquele soldado que puxava o saco feito de lona, cheio e pesado, geralmente para agradar os demais soldados e, claro, o comandante.
@MDD – A lona só entrou no exército após o século XIV, de onde vem o nome Canvas = Cane-vaz (feito de cannabis); a Papisa e a história do “puxa saco” vem do século IX. Pode ou não ter correlação da escolha de nomes, já que a origem veio do exércio francês e, naquela época, os papas eram franceses. geralmente os termos vulgares com o significado de “bajular” tiveram quase todos origem religiosa; o “ass-kisser” americano veio de um termo inglês do século XVI, tal qual o Leccaculo italiano e assim por diante. E todos os nomes relacionados a “balls” vem dessa história da Papisa.
Lembro de uma antiga revista Veja cuja reportagem de capa era justamente sobre meditação. Nela, eles afirmavam que um grupo de cientistas mediu as ondas cerebrais de freiras carmelitas e gurus indianos, durante a realização de suas respectivas formas de meditação (terço e mantras). Infelizmente, não me recordo qual universidade realizou o experimento… 🙁 Pra não dizer que os padrões mentais foram os mesmos, eles eram muitíssimo parecidos.
Não duvido nada que a probabilidade de encontrarem o mesmo padrão geométrico no córtex cerebral dos indivíduos supracitados na matéria tenda a 100%.
Ótimo texto. Você manda bem quando faz essas comparações entre credos, culturas, linhas diferentes, etc.
Isso explica muita coisa, a um tempo atrás conheci um senhor que estava explicando sobre as alucinações e estados êxtases do tipo “eu vi Jesus”, e o mesmo me falou sobre um jovem que estava de mal com um mundo e após um porre de cerveja e mais monte de “erva danada”, recebeu um “choque” e toda a loucura passou, sentiu-se como se ele e tudo fosse único e quando foi dormir ficou ouvindo coro de anjos pelo quarto, e no outro dia pela manhã nascia mais um irmão, “que viu Jesus”.
Na biblia e no meio popular, vemos diversas histórias sobre esses tipos de sensações e estados alterados.
Os anjos estão ligados a árvore da vida, mas de onde veio essa idéia que os anjos catam corais ? ICAR ?
Na verdade, da tradição judaica.
@eduardo
Provavelmente pelo fato de ao entrarem em sintonia com o todo, tenham ‘sintonizado’
uma parte da grande vibração universal (ou maquinaria celeste ‘-‘) e então concebido como música. Recentemente cientistas perceberam que as ondas eletromagnéticas emanadas por algumas estrelas durante o seu fim resultam numa espécie de ‘música celeste’… Creio que por algum momento após o choque com Kether daria essa capacidade de tradução magnética :). Del Debbio… Desmistifica aew XD n sei se falei besteira .-.
Quero crer que você nem chegou a ver minha mensagem a respeito da origem do “puxa saco”.
@MDD – Nao. Esta é a unica mensagem com o seu email aqui no banco de dados.
É interessante a preocupação que os usuários de drogas como o Ayahuasca tenham de classificá-las como enteógenos. Várias vezes, ao falar que tais drogas são alucinógenas, fui corrigido por alguns usuários dizendo que elas não são alucinógenas, mas enteógenas. Sempre lembro que elas não deixam de ser alucinógenas, já que causam falsas percepções (que defino ainda como perceber algo que não está no plano físico causando um estímulo para que haja a percepção).
É bom lembrar que as ervas enteógenas se diferenciam por seu uso. Óbviamente não deixam de ser alucionégenas ( Por Aulete: Diz-se de droga ou substância que provoca alucinações). Enteógeno é o estado de alteração de consciêcia (por isso as ervas são enteógenas, pois induzem a estados específicos de alteração) onde o xamã, ocultista ou curioso obtém uma experiência e sensação específicas. Enteógeno, em sua origem no inglês “entheogenic” (que é um neologismo), significa manifestação interior do divino, derivando do grego en + theos, mesma origem de entusiasmo. Indicando um estado de grande euforia ou alegria (obviamente que este sentido só foi herdado por enteógeno em parte) que originalmente (e este é o significado grego de en + theos) significavam inspiração divina (o mesmo Ruach ha Kodesh) ou presença de Deus (o mesmo Shekinah).
E sobre cantos e música ritual? Será que dá para achar padrões matemáticos semelhantes se estudada a ondulatória?
Porque se tem algo que age em mim quase imediatamente é a música…
Uma experiência que eu costumo fazer é pegar músicas, pedir a várias pessoas que ouçam e me digam o que sentiram. Depois faço uma espectrografia da música obtendo as frequências presentes ao longo dela. Existem estudos que indicam (e esta é, por exemplo, a base do I-Doser) que certas frequências induzem certos padrões no cérebro. O que mais impressiona nestes testes é que geralmente há uma unanimidade com relação ao que a música evoca e a frequência base da música geralmente bate com o que as pessoas sentem. Mas é bom lembra que a música é uma arte complexa. Existem padrões de frequência em todo lugar, como por exemplo, no itervalo entre a batida de dois instrumentos. Quem entender sobre como obter estes dados, pode fazer o mesmo e verifica (obviamente faltou muito método no teste mas, isso é ciência de fundo de quintal :p ).
Olá MDD, mais um Excelente Post.
Quando um religioso pentecostal ou neo-pentecostal, ou até mesmo católico, no momento em que ele ora/reza durante o culto/missa e começa a chorar(alguns excessivamente), outros demonstram estar falando “línguas estranhas”(alguns dizem que é língua dos anjos…), outros sentem riso excessivo, outros pulam, giram, batem palmas… Pra quem observa essas manifestações de fora, parecem que “sentem que recebem” algo… Já notei pessoas que após isso mudaram seu comportamento de vida(viraram melhores funcionários, melhores alunos, melhores familiares), outros nem tanto, e outros nao mudaram nada, e outros ainda pioraram na vida.
Pergunto: esse tipo de manifestação é uma passagem(ou tentativa) pelo caminho de Tav, entre Yesod e Malkuth?
Continuarei estudando. Obrigado pelas informações e posts.
@MDD – Parabéns. É isso mesmo.
Tio Del Debbio,
Mas fica uma dúvida,
Como pode ser uma tentativa de sair de Malkuth para Yesod por Tav se Quando se tem uma experiência dessas o Chakra que entra em ação é o Manipura Amarelo ou Plexo Solar onde os Caminhos em ação são Peh Ayin e Nun saindo de Hod e Netzach rumo a Tiferet, pois “Este chakra também possui uma importância enorme na mediunidade. É através dele que o médium doa a energia para os espíritos e também é através dele que os espíritos, larvas astrais e vampiros “roubam” nossa energia”, “(…)especialmente se você trabalha em um ambiente de corporação onde um quer ferrar o outro ou em ambientes pesados/ruins como hospitais, IGREJAS e presídios.”
E/ou os 4 caminhos ligados à Tiferet, pois “(…) as religiões misturam esta sensação com os famosos “êxtases religiosos”. (…) e volta e meia vemos estas fagulhas em crentes. (…) vamos ver se vocês conseguem entender o que é este “despertar crístico”:
É o famoso “eu vi Jesus” que algumas pessoas acabam despertando sem querer através das rezas (que nada mais são do que mantras) ou devoção cega ou ritos eclesiásticos. Exercícios que, no passado e nas ordens ocultistas, servem para despertar o seu DEUS INTERIOR e colocar os iniciados em comunhão com o universo, (…) deturpados pelas igrejas para controlar os fiéis, mas isso não significa que não funcionem! E, (…) o gado (…), entendem que “Jesus falou comigo”… sentem-se eufóricos, não conseguem explicar o que sentiram, não conseguem compreender esta situação, sentem-se “tocados pelo cósmico” (…) a ver com este despertar…
Aqueles que sabem o que estão desenvolvendo, verão que este chakra está ligado diretamente a Tiferet, o centro da Kabbalah, o despertar dos iniciados, o SOL, o que os egípcios chamavam de “Hati” (o deus esposo de Meret, responsáveis pelos Hieros Gamos nas cerimônias egípcias)..”
E/Ou o Chakra Vishuda, Azul ou Laríngneo, onde os caminhos em ação são Teth e Daath com os Chakras Geburah e Chesed, pois “Domina a intuição, mas pelo ponto de vista masculino, que é o conhecimento da sincronicidade. O Vishuda (chamado de “Khu” pelos egípcios) também é a porta de conexão com o Plano Astral. É por ele que os espíritos e outras entidades se conectam ao médium no plano físico (para psicografia, pinturas mediúnicas e todo tipo de ato onde o médium é “controlado” por uma força externa). O descontrole deste chakra somado ao descontrole do 3º chakra é o que abre as portas do corpo da pessoa a entidades astrais e faz com que essas pessoas com mediunidade (muitas vezes despreparadas) escutem as “vozes” ou sejam “possuídas pelo demônio”, “encostos”, etc.”
E/Ou Ajna, Índigo, o chakra frontal, onde o caminho daleth e as esferas binah e chokmah entram em ação, pois “O terceiro-olho, que os egípcios chamavam de “Ba”. Um chakra predominantemente feminino, responsável por quase todas as percepções extrasensoriais. Exterioriza-se como a glândula pituitária. (…) Através desse centro consideramos nossa natureza espiritual (…) Este chakra também era muito desenvolvido durante as iniciações egípcias e hindus. Despertando-o, o ser realiza que é um espírito imortal num corpo temporário de carne. (…)
e/ou chakra Coronário ou Sahashara onde os caminhos em ação são os 2 ligados a Kéter, pois “(…) Este chakra é o chakra ligado à iluminação. Exterioriza-se como a glândula Epífese, também chamada Pineal (…) que simbolicamente representa o sistema de integração do Homem com seu Deus Interior. (…) Induz ao sentimento de confiança de estar sendo guiado pelo universo. Rege as experiências interiores mais profundas e transformadoras, que se traduziram em sabedoria de alma”???????????????????????
Por favor Tio Del Debbio pode me esclarecer? Preciso muito saber disso (qual ou quais são realmente os que batem com essas manifestações que vemos no cotidiano, ditas pelo jferreirabr, considerando, ainda, que os eguns que influenciam os fieís (que acham que é o Espírito Santo), pois: — > “MDD uns dias atrás eu estive em um culto evangelico, e em determinado momento começou a “baixae” o espirito santo nos membros la, que chamam de irmã de oração, eles começam a falar umas linguas estranhas e “revelar”, que espiritos são esses?
Eguns, exus, caboclos, marinheiros… as mesmas falanges de espíritos que trabalham na Umbanda… para eles, nao importa o local onde estejam, eles evoluem ajudando, seja em uma IURD, seja em um terreiro… eles nao querem saber”
Por favor, me ajude
DD, eu estava relutante a falar algo que me aconteceu esse fds, mas diante das circustâncias e contexto, eu precisava te dizer.
Há um tempo atrás, você falou que uma pessoa nao morre ao acaso, há várias entidades que sabem quando isso vai acontecer, e preparam tudo. E eu tinha discutido com você a respeito desse post, (que nao achei, era sobre a igreja que caiu e matou diversos fieis), e você explicou como isso acontecia. Então…
Este fds, o primo da minha namorada, que conheci a pouco mais de 3 meses chegou a falecer.
No dia que aconteceu isso, eu tava na casa da minha namorada e depois da meia noite, por algum motivo, que eu nao sabia qual, eu nao conseguia mais ficar relaxado. A gente se deitou para dormir, depois de um longo dia de estudo. Mas ela tentava dormir e eu estava lá inquieto.
Depois de algum tempo com os olhos fechados e incomodado com algo que nao fazia a mínima idéia que seja, eu comecei a rezar por mim, por ela e pela nossa proteção, fiz isso muitas vezes mas não adiantou. Depois, ainda deitado comecei a usar a tecnica de visualização dos chakras para meditar e ver se essa coisa passava. Mas também nada acontecia, eu sentia a energia correndo na coluna, depois por um momento começou a radiar pelas mãos (que foi quando eu acordei ela pra dizer o que tava acontecendo) mas ainda assim não foi suficiente.
A gEntão eu pedi pra ela rezar em mim e a gente ficou abraçado um tempo. Logo ela caiu no sono de novo e eu continuava na mesma. Então algo me fez pensar que poderia ter um espírito ali e eu perguntei “Se tem algum espírito, por favor se manisfeste?”, Mas nada aconteceu, então eu fui beber água e olhei a hora, era 2:30 da manhã, voltei para a cama com uma sensação de ter alguém perto de mim, me deitei e ainda fiquei mais meia hora tentando dormir sem sucesso. Foi quando eu acordei minha namorada e disse que não conseguia relaxar de jeito nenhum e ia pro computador.
Então fiquei no computador até 5:30 da manhã sem conseguir relaxar por um momento que seja (inclusive vim lê alguns de seus últimos posts). Então, minha sogra abre a porta do quarto dela e vem chorando até mim para dizer que o subinho dela, que era um dos mais queridos da família, havia morrido num acidente de carro por volta de 2:30 da manhã.
A família dela é toda espírita, e eu fiquei com isso na cabeça, mas só depois de passar todo o sufoco inicial, depois de todo mundo ficar com acalmar os ânimos que tive coragem de contar o que eu tinha sentido.
Essas entidades que preparam tudo para o acontecimento, elas também visitam as pessoas? ou é o espírito que faz isso? Esse tipo de experiência significa que eu tenho uma mediunidade que não desenvolvi quando era pequeno?
@MDD – eventualmente sim, pois usam os fios astrais para puxar energia para facilitar o desencarne, e pessoas mais sensíveis a estas energias conseguem sentir isso. Minha esposa tem essa característica tambem.
Foi muito triste, ele tinha só 23 anos e estava pra terminar a faculdade de engenharia civil. Estava voltando sozinho de uma festa no interior e tinha bebido muito, os amigos não queriam deixar, mas como tava todo mundo bebado acabaram deixando.
Os fios não se conectam pelo plexo solar? O que seria essa energia intensa que eu senti radiando da minha mão direita? Lembro também que era como se tivesse entrando pelo pé direito.
@MDD – Depende da conexão. Normalmente sente-se estas conexões pelo cardíaco (o famoso “aperto no peito” ou “sensação de vazio”). Os chakras plantares são portas de entrada de energia (lembra da frase “se fulano morrer vai voltar pra puxar o seu pé”)
Marcelo, respondendo no sistema do blog ao Igor mas perguntando a você para aproveitar o contexto, o aperto no peito ou a sensação de vazio são 2 sensações diferentes ou é a mesma? abç
@MDD – Cara, depende do que voce entende por “aperto no peito” e “sensação de vazio”… palavras estão em Hod, sensaçoes em Netzach… descrever corretamente sensações é uma impossibilidade.
Marcelo,
Eu pratico meditação transcendental a um pouco mais de dois anos, e às vezes me vejo em outro lugar completamente diferente de onde estou, acredito que isso seria uma “viagem” até Yesod também, mas gostaria de saber se possível como se continua para as outras esferas, Tiferet e Keter? Ou não é bem assim que funciona?
Isso seria uma questão de estados Alfa (Yesod), Theta (Tiferet) e Delta (Keter)?
Abraço
uma coisa que eu sempre quis saber é onde encontrar um bom lugar para aprender thantra, não essa putaria desorientada que rola por ai…
existe no brasil?
vamos supor que eu tenha minha parceira, o professor não precisa “tocar” nela certo?
@MDD – Se for sério, não.
Ha, GENIAL a imagem que abre o post.Mandou bem MDD.
Tio Marcelo, já que tocou no assunto danças de roda, gostaria de saber a origem e/ou pelomenos o que é a estereotípica “Dança da Chuva”. Obrigado.
mdd não tem tanto a ver, mas eu tenho umas ‘coisas’ rs. Volta e meia eu tenho uma ‘descargas’ de energia, não sei se seria isso, mas meu corpo treme todo, isso é bem rotineiro, não tenho problemas neurológicos, e desde criança isso acontece, principalmente qnd estou perto de alguém… teria alguma explicação?
“Através de orgasmos cada vez mais fortes e intensos, (…) os iniciados conseguem experimentar o mesmo estado divino descrito pelas experiências acima. Da mesma forma, outros exercícios de meditação, contemplação e masturbação têm sido utilizados para o mesmo fim.”
Wow, MDD… na SUA opinião, teria algo a ver com isso aqui…?
O êxtase de Santa Tereza
http://aodisseiadepenelope.blogspot.com.br/2012/04/o-extase-de-santa-teresa-gianlorenzo.html
http://portraitsofme.blogspot.com.br/2007/01/o-xtase-de-santa-teresa.html
Muito interessante o post. Gostaria de saber a opinião do MDD em relação ao uso do Daime. É prejudicial? É bom? É bom e prejudicial? Vejo gente falando bem e outros dizendo que faz mal.
Obrigado.
@MDD – Depende MUITO do lugar onde voce vai tomar… se nao for sério, pode causar muitos problemas. O daime, como qualquer enteógeno, vai abrir as portas de TAV e fazer a conexão com os Planos mais sutis. O problema é: sob qual egrégora?
tive muitas experiencias com lsd,e na minha opinião não creio que seja um “curto circuito” que gere as imagens,acho que a nossa percepção simplesmente aumenta,de modo que começamos a ver mais coisas,cheirar mais coisas,ouvir mais coisas,por exemplo quando estamos numa sala com muitas pessoas conversando podemos simplesmente “ignorar” o resto e prestar atenção apenas em uma unica pessoa.em uma das vezes eu conseguia observar a luz e a sombra se juntando em formas geométricas,e perceber a luz no ar como se estivesse em “pedaços”,até a noção de que eu era uma alma em um corpo apenas
concluindo,não creio que seja uma “pane” mas sim um funcionamento mais completo,que dado ao nosso estado de consciência aqui,acabamos por não conseguir perceber o tanto de emoção que vem logo de uma vez