Pra não dizer que não falei da política

Eu não gosto de política. Eu não entendo quase nada de política. Por isso eu quase nada escrevo sobre política. Já me disseram algumas vezes que eu deveria me interessar mais por política, que “a política é essencial na formação do cidadão”. Porém, normalmente entende-se por cidadão aquele membro pertencente a uma determinada nação ou estado, com seus direitos e deveres… O meu problema, portanto, é que antes de ser cidadão eu sou poeta – e poetas são cidadãos do mundo todo, não compreendem como tantos enxergam essas fronteiras invisíveis onde tudo o que há são florestas e aves a voar e, quando muito, um rio a fluir. Eu sou cético quanto a essas alucinações, até hoje ninguém fotografou uma fronteira (fotografaram grades e muros, mas esses a gente passa por cima).

Há pouco tempo, finalmente encontrei um motivo para falar de política, e aqui segue o meu depoimento…

Ocorre que descobri que um dos heróis da resistência contra a ditadura militar que perdurou no país por pouco mais de 20 anos (vocês se lembram não?) foi exatamente um poeta, e sua arma foi a poesia:

Esta música de Geraldo Vandré, “Pra não dizer que não falei das flores”, foi entoada como um hino pela liberdade por legiões de jovens e admiradores do ser humano. Como dizia que os soldados eram ensinados “a morrer pela pátria e viver sem razão”, foi censurada, e Vandré foi um dos inúmeros “formadores de opinião” forçado a se exilar fora do Brasil em 1969.

Mesmo após seu retorno ao país, em 1973, Vandré nunca mais foi filmado em um palco nem participou de algum show ou comemoração musical que a relevância de sua obra requeria. Isolou-se como se nunca tivesse existido… Isso foi o suficiente para que surgissem boatos de que ele havia sido torturado física e mentalmente pelos militares, que estava louco ou que sofrera lavagem cerebral… Para muitos radicais da época (e até hoje), Vandré era uma espécie de “Che Guevara brasileiro” – ocorre que ele nunca pegou numa arma, nem tampouco morreu em alguma revolução.

Na verdade, Vandré não foi torturado. Na verdade, Vandré não queria fazer revolução alguma… Um dos motivos de nunca ter retornado a carreira artística de forma pública (pois compõe músicas até hoje) foi exatamente porque se sentiu incomodado com essa fama de “mártir revolucionário”… Vandré não era apenas um “Che Guevara”, era muito mais do que isso – era antes um poeta revolucionário.

Sua música que se tornou hino era muito mais uma poesia sobre a condição humana, e não sobre uma ditadura militar dentre tantas outras na história da América do Sul. Para Vandré, tanto os cidadãos quanto os militares eram todos soldados, alguns armados com fuzis, outros apenas com a razão e a intuição – sempre muito mais poderosos. Porém, todos irmãos, todos fadados à caminhar juntos, de mãos dadas, rumo ao futuro em comum.

O poeta nada tinha contra os militares, muito pelo contrário – era apaixonado por aviação desde criança, e ainda nos dias de hoje é quase sempre visto nas ruas próximas a seu apartamento em São Paulo vestindo uma camisa branca com um símbolo da aeronáutica no peito. Vocês podem não acreditar, e por isso mesmo eu acho interessante verem este outro vídeo, onde ele acompanha um sargento cantar seu hino atemporal, e depois vai até ele para abraçá-lo… Se você chegou até aqui sem compreender que não existe nem nunca existiu uma nação dividida entre militares e cidadãos, é provável que tão cedo não compreenda:

Da mesma forma, a política trata da organização e administração dos interesses comuns de um dado grupo de pessoas. Moisés fez política ao trazer suas tábuas para o povo no deserto. Os gregos fizeram política ao decidir condenar Sócrates a beber cicuta. Gandhi fez política ao livrar todo um país da opressão estrangeira com um aceno de paz e uma grandiosa alma a irradiar-se por milhões e milhões de irmãos… O fim da política é resolver os interesses comuns da melhor forma possível – a questão é que muitas vezes os homens, esses animais políticos, não dispõe da ética e da poesia necessárias para alçarem vôos às regiões mais ensolaradas do reino da liberdade e da fraternidade universal.

Ainda crêem que partidos políticos significam divisões eternas, e que o inimigo está sempre do outro lado… Ora, o inimigo é a própria noção profundamente ignorante de que existe um inimigo. O inimigo é achar que o mundo divide-se entre esquerda e direita, branco e preto, e não nas mais variadas gradações de cores e culturas.

Assim como nas religiões os seres ignorantes digladiam-se em nome de um Deus que só poderia pertencer a todas elas, na política muitas vezes os homens elegem deuses os seus próprios sistemas políticos, e há alguns que se autodenominam avatares desses deuses fajutos. Ora, o único sistema político que predomina e sempre predominou é aquele que atende aos desejos da maioria pensante, ou seja, aquela que foi ensinada a pensar…

Em “1984”, George Orwell retratou um futuro sombrio onde as ditaduras políticas tomaram o controle da maioria dos países, e onde toda liberdade à informação é cerceada. Já Aldous Huxley foi um pouco mais perspicaz, e previu um futuro superficialmente mais ameno, mas no fundo muito pior – um futuro onde seríamos de tal forma atordoados por uma overdose de informações irrelevantes, que não seria sequer necessária à censura, pois os possíveis revolucionários seriam reduzidos à passividade e ao egoísmo. O primeiro temia que o medo nos arruinasse, o segundo previu que o desejo seria nossa maior ruína.

Quando Vandré retornou ao país, percebeu que o povo que cantarolava suas poesias não existia mais… Não porque havia sido exterminado pela ditadura militar, mas simplesmente porque havia sido domado pela cultura massificada e irrelevante que ele já previra desde décadas atrás…

Bem, talvez Vandré seja muito mais revolucionário do que sequer poderíamos imaginar que a idéia de ser revolucionário algum dia poderia significar. Ele não estava interessado em salvar um sistema político, mas um sistema poético. Poetas são conhecidos por tirar as pessoas de suas vidas anestesiadas por breves momentos – mas será que a poesia pode fazer-nos despertar do “Admirável Mundo Novo” de Huxley? Isso somente nós mesmos é quem poderemos responder, no único espaço que jamais pôde ser controlado ou censurado, nem tampouco cercado por muros e grades – na consciência de quem pensa por si mesmo.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

***

Obs: Eu propositalmente iniciei este artigo falando de meu desgosto pela política, mas eu me referia a política dos corruptores e corruptíveis, e não a Política dos poetas, filósofos e grandes líderes como Gandhi. O texto é uma tentativa de analisar essas diferenças entre a política e a Política – embora continue sem pretensão nenhuma de ser um grande conhecedor do assunto.

O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph.com.br). Também faz parte do Projeto Mayhem.

Ad infinitum
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Respostas de 12

  1. Você acha mesmo que com “poesia” vai se combater a corrupção e criar um sistema mais justo?

    Você não gosta de política, ótimo. Então não espere que você va mudar a política corrupta e clientelista do Brasil…

    @raph – Eu realmente não espero que eu, sozinho, vá mudar coisa nenhuma. Mas em todo caso, embora eu não goste mesmo de política, admiro muito a Política.

    1. Os políticos que temos é apenas reflexo da nossa população e é esse exatamente o motivo de haver essa “baixaria política”, muita gente que não entende de Política dando palpíte e se metendo nos interesses públicos, apenas fazendo volume. Qualquer pessoa que se ache incapaz, desinteressado ou desestimulado a mexer com política, tem mais que o direito de não se meter com o assunto.

      @raph – E mesmo a questão ética não é exclusividade dos políticos, eles apenas têm mais chances de serem corruptos nos cargos públicos pois há mais corruptores interessados em corromper aqueles que podem lhes beneficiar mais diretamente. Quando vemos histórias como a da “empresa” Telexfree, que conseguiu trazer mais de 1 milhão de brasileiros para um sistema com óbvias características de pirâmide financeira, constatamos que a questão ética não se resume ao Congresso.

  2. Bom texto!
    Revolucionário diria.
    A verdadeira liberdade é essa, que nos coloca em pé de igualdade baseado no conceito de respeito com a nossa natureza e humanidade.

    @raph – A maior revolução é a que ocorre na alma 🙂

  3. Belo texto !! Citaria também Marthin Luther King Jr. de nossa história moderna.

    @raph – E Nelson Mandela 🙂

  4. Não me contive em baixar só o Ad infinitum, mas comprei todos os outros (Manual para a vida, Navegar é preciso, Tao te ching, Toda poesia de Alberto Caeiro, Assim falou Zaratustra).

    @raph – Legal, completou a coleção 🙂 Talvez consiga reparar o quanto todos eles estão conectados. Abs!

    Acho que, afinal, eu ainda não aprendi a liçao do post.

    Mas como o material é bom, acho que estou perdoado!
    Abraço.

  5. Entendi sua colocação sob politica e a visão distorcida da extensão da mesma que o povo promove. Ser pacifico não quer dizer estática e sim apresentação de uma forma de vida harmoniosa, amorosa, pensante, coerente, equilibrada, justa e sem fronteiras que destroem uma evolução.

    @raph – Exato. Claro que existem discordâncias de opinião, mas uma Democracia, longe de significar uma “concordância total de opiniões”, é exatamente o sistema que possibilita que opiniões discordantes vivam em harmonia, que uma maioria não oprima uma minoria, que os direitos de cada um sejam respeitados na medida do possível, etc. Mas quando a “democracia” passa a ser financiada por grandes empreiteiras, corporações, farmacêuticas, fica muito difícil imaginar que a opinião do povo esteja sendo levada em consideração… Isso, no entanto, é assunto para os outros posts da coluna neste mês…

  6. Desculpa Rafael!

    “Ora, o inimigo é a própria noção profundamente ignorante de que existe um inimigo.” – Rafael Arrais

  7. O Problema do Brasil é o sistema republicano de governo que não protege de forma eficiente a democracia de um golpe de estado e os governantes chegam ao poder apenas com interesse de se eleger em novas eleições. O Brasil precisaria adotar o parlamentarismo. O chefe de estado deve estar separado do chefe de governo. E o chefe de estado deve ser apartidário, para poder a partir daí funcionar como o poder mediador. E mediar os governantes. Deveríamos seguir o exemplo de países bem sucedidos em sua estrutura politica, como a Holanda, Inglaterra, Canadá, Bélgica, Espanha e tantos outros países que detém uma Monarquia democrática. A monarquia se torna necessaria, pois é a unica forma de se ter um poder legitimo apartidario, que é o que caracteriza o poder mediador extinto em uma republica. Se o Brasil fosse uma monarquia democratica. Com essa onda de protestos só era preciso dissolver o parlamento e convocar novas eleições através de decreto real. O ser humano é egoísta por natureza e a única forma de uma estrutra de poder pensar na hereditariedade do povo é a sua propria hereditariedade está atrelada ao governo, por isso a figua real, é necessária em qualquer governo democratico, bem diferente o que se divulga no Brasil. A república é um sistema corrupto e falido. O Brasil precisa acordar para a monarquia parlamentarista.

    @raph – Não vejo viabilidade nem necessidade de uma monarquia com “decretos reais”, mas a ideia do parlamentarismo é ótima, como a ideia do voto distrital, ou a ideia do voto facultativo, ou a ideia do financiamento público e exclusivo de campanhas, tudo isto deve ser debatido pela população, sem o medo inútil e paralisante de “golpes bolivarianos ou militares (de esquerda ou de direita)”… Na realidade, uma Reforma Política está “travada” no Congresso brasileiro há cerca de 25 anos, sem ela, sem este primeiro passo, continuaremos somente enxugando o gelo… Nos dois próximos posts da coluna continuarei falando de política, e entrarei um pouco nesses assuntos.

  8. Olá, Rafael
    Como tu disse que pouco entende ou se interessa por política, vou te sugerir dois cuidados, se tu me permite: primeiro, avaliar com mais cuidado a idéia de que o Vandré não sofreu tortura. Mesmo que ele negue, o fato de se hospedar em clubes militares e passar criando canções em homenagem a militares ao mesmo tempo que vive uma vida solitária e reclusa, no mínimo sugere que se considere Síndrome de Estocolmo pra explicar esse comportamento. Milhares de pessoas realmente foram torturadas no Brasil. Eu conheço algumas. Essa questão talvez jamais seja decidida, mas afirmar que ele jamais foi torturado e que isso é boato, me parece, é imprudente. Segundo: desprezar o fato de que os homens são desiguais e que se tornam eventualmente mais desiguais por terem, mesmo que de forma contingente, interesses diferentes que são mais ou menos atendidos pelas instituições da sociedade organizada é uma desconsideração com a História. Entendo o teu ponto de vista e espiritualmente acho que ele faz todo sentido, mas tem pouca utilidade pra ajudar quem não tem a cultura de ler sobre política a entendê-la um pouco melhor. Conhecer Política, ler Platão e Aristóteles, é excelente, mas conhecer história, reconhecer que existiram e existem interesses e forças antagônicas, entendendo como a política moveu e move o mundo, e para onde, também me parece importante.
    Um abraço

    @raph – Oi Marcos. Bem, eu honestamente sou da opinião de que o Vandré não sofreu tortura nem lavagem cerebral alguma. Na época em que escrevi o texto (28/09/10) o Vandré tinha acabado de ser entrevistado pela GloboNews (*), e a entrevista meio que “matou” essa teoria de que ele havia “sumido dos holofotes” por conta de torturas ou problemas mentais, etc. Foi uma entrevista raríssima, e por isso mesmo gerou grande repercussão na época, principalmente entre os esquerdistas que tornaram o Vandré uma forma de “mito do combate a Ditadura”. E, veja bem, o fato de ele hoje ser amigo de militares, ao meu ver, só demonstra o quanto ele até hoje combate a Ditadura, só que de verdade: ele combate a Ditadura da alma. Ou seja, ele se tornou um mito ainda mais profundo do que os esquerdistas imaginaram.
    Sobre o segundo ponto, não sei se usou propositalmente o “Política” e o “política”, mas em todo caso é exatamente como penso. Eu tenho alguma ideia de como a política moveu e move o mundo, é por isso que me interesso por Política 🙂

    (*) Está disponível no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=WX8X58eLSTo

    Abs–raph

  9. O que a “Política” faria que a “política” não faria?

    Vou repetir o que eu postei no facebook do Del Debbio quando vi este artigo pela primeira vez. Talvez eu seja ignorante demais por achar esta postagem vaga. A única alteração que farei é substituir é colocar aspas na palavra “política”, algo que não fiz na resposta original no face do Del Debbio.

    Vou contar um segredo para vocês: “Política” se faz com astúcia, negociação, ponderação de interesses distintos e pragmatismo. Sim, é dificil para caralho, e sim, é sujeita aos piores tipos de gente possível.

    E vou contar outro segredo: Quem não entende de “política” acha que qualquer coisa é “política”, por isto são facilmente dobráveis pelos políticos profissionais. Os canalhas estão na “política” porque sabem que os portadores de “boas intenções” preferem ignorar a “política”.

    E vou contar mais alguns segredos: Em termos artísticos Geraldo Vandré foi um poeta, em termos de relevância política Vandré não foi nada além de um compositor de um hino de uma facção política, Gandhi foi um entre tantos líderes da independencia indiana, famoso no Ocidente porque assim foi conveniente, outros líderes pegaram em armas, protestaram violentamente, fizeram manobras, etc e tal. Antes de falarmos de Gandhi, procuremos saber sobre Shandra Bose por exemplo…

    Se quisermos mudarmos alguma coisa em termos políticos temos que se* meter em “política”, gostar de “política”, entender “política”. E “política” não é poesia…

    Errata: * Nos

    @raph – Exato, é por isso que disse noutro comentário: “Eu tenho alguma ideia de como a política [ou a “política”] moveu e move o mundo, é por isso que me interesso por Política :)”

    1. Acho que o termo para “politica” seria mais adequado usar politicagem, o uso indevido de conhecimento em Política para interesses próprios. Concordo no ponto em que @raph fala sobre os extremismos, política no brasil é tratado como futebol, todos levantam suas bandeiras, defendem o partido e não o ideal, as vezes até a morte. Eu gosto de Política e tento me informar sempre mais sobre a política e acho que todos deveriam se informar também para saber identificar as maçãs podres, mas cada um com seu cada um, cada qual seu cada qual. Se poetas sabem de melhor fazer poesia, não se meta com Política, nem politicagem, cada um faz o seu papel no mundo da melhor maneira que puder, nenhum é menor que o outro por um “apenas” fazer música e outro “supostamente” mover o mundo.

  10. politiquice ou politicagem, são meros fantoches de manipulos espostos por quem tem o poder e não quer sua Heraldica estampada em supostas estorias escolares, pois a eles o mundo se dobra, sua matéria de comércio é de utilidade mundial e poderes belicos são feitos deles; o aço compõe grande fração tecnologica e fornecem tal poder a quem detem a sua ciderurgía tendo em vista que sua materia de comércio compõe 99% da tecnologia atual, ou no minimo compõe a tecnologia utilizada para a fabricação destes sintéticos impostos sem prévia consulta populacional e sem esclarecimentos de verdadeiras causas ambientais que as mesmas podem causar, cegando o povo com entretenimento inutil propondo ao governo apenas promeças de reduções em tributos para se obter maior consumismo com a suposta difereça que se obteria com falsas desonerações tributarias que não temos retorno, pois serão substituidas por desculpas de investimentos á crise mundial para se obter niveis de investimentos internacionais positivos para o crescimento po PIB brasileiro.

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