Pitágoras

Na Antigüidade existia uma lenda segundo a qual Pitágoras foi engendrado no seio materno graças a uma intervenção direta do deus Apolo, também pai das Musas e herdeiro da lira de Hermes. Destacava-se assim a origem celeste e divina de sua doutrina, máxime tendo em conta que Apolo (númen da Luz inteligível, da Harmonia e da Beleza) era considerado uma deidade de origem hiperbórea, o que o punha em relação com a Tradição Primordial. O mesmo nome de Pitágoras procede da Pítia do templo de Delfos (dedicado a Apolo) que profetizou seu nascimento como um bem doado aos homens, nascimento que aconteceu aproximadamente no ano 570 a.C., na ilha grega de Samos. Tendo recebido os mistérios órficos próprios da antiga tradição grega, Pitágoras abandona sua pátria natal para realizar uma série de viagens que o levarão por todo o mundo antigo, especialmente Fenícia, Babilônia e Egito, país onde residiu durante um longo período de tempo, sendo iniciado pelos sacerdotes egípcios, guardiões da sabedoria de Hermes-Thot. Amadurecido seu pensamento, e depois de realizar a síntese de todo o saber recebido, Pitágoras regressou a Samos trinta e quatro anos depois, preparado para cumprir com o alto destino predito em seu nascimento, e que não era outro senão o de criar as bases sobre as quais se assentaria a cultura grega, e posteriormente a civilização ocidental.

Em Samos fundou sua primeira escola, que seria o germe das que mais tarde se estabeleceram por toda a planície mediterrânea, especialmente na Magna Grécia (Sicília), em cuja cidade de Crótona esteve o centro mais importante na vida de Pitágoras. Seus ensinos (cosmogônicos, esotéricos e metafísicos) articulavam-se em torno ao Número, onde residia a origem da Harmonia Universal, pois através dele se revelam as medidas e proporções de todas as coisas, celestes e terrestres, idéia que Platão recolhe no Timeu, seu livro pitagórico por excelência. Para Pitágoras “tudo está disposto conforme o Número” encontrando na tetraktys, ou Década, o número perfeito, e a própria expressão dessa Harmonia, pois “serve de medida para o todo como um esquadro e uma corda em mãos do Ordenador”. Harmonia manifestada fundamentalmente também por meio da música e das formas geométricas, como atestam seus famosos teoremas e a estrela pentagramática ou pentalfa, distintivo da própria fraternidade pitagórica, que continuou subsistindo durante longo tempo, ao menos até a Alexandria dos séculos II e III d.C., onde acabou se integrando na Tradição Hermética, chegando assim até nossos dias através das diversas artes e ciências que tendem à transmutação do ser humano mediante a Sabedoria, a Inteligência, o Amor e a Beleza

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Respostas de 9

  1. Glória ao numinosos Apollo que inspirou a vinda desta grande alma ao nosso pequenino orbe.Grande Pithya bendita força primeva que ao Altíssimo sobe.

  2. Oi Marcelo, dá uma olhada:
    Vida após a morte será tema de tese na PUC de São Paulo
    O assunto não tem nada a ver com religião, apesar de falar de vida após a morte. Sonia Rinaldi – http://ipati.org/ – há mais de 20 anos pesquisa o assunto e prepara-se para um desafio hercúleo: levar para um ambiente totalmente cético algo que comumente é tratado com crença. Ela vai defender, a partir deste ano, uma tese de mestrado na PUC – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, intitulada “Transcomunicação: Interconectividade entre Múltiplas Realidades e a Convergência de Ciências para a Comprovação Científica da Comunicabilidade Interplanos”, com a qual pretende comprovar que após a morte do corpo físico a consciência sobrevive.
    Essa consciência, segundo Sonia, classificada de vários nomes, mantém sua individualidade, história, aquisições morais e intelectuais, além de ter capacidade de comunicação com o mundo da matéria. Atualmente, como uma das coordenadoras do Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental, Sonia passa seus dias conectando aparelhos de gravação de áudio e vídeo, buscando contato com o que convencionamos chamar de “o outro lado da vida”.
    Para a pesquisadora, o fato deste tipo de abordagem adentrar o mundo acadêmico é uma conquista que só será percebida no futuro, mas que trará benefícios para toda a Humanidade:
    “É chegada a hora de sair da infância e encarar a realidade da nossa evolução contínua.”, diz Sonia.
    Acompanhe a entrevista exclusiva concedida por Sonia Rinaldi ao editor da NovaE.
    Após 20 anos de pesquisa, como a ciência clássica, baseada em conceitos da matéria, vem encarando o seu trabalho?
    A Ciência, de forma ampla, está longe de se interessar. Uns tantos cientistas mundo a fora vêm trabalhando no sentido de documentar a realidade da sobrevivência após a morte. Porém, quer nos parecer que nenhum fenômeno é mais concreto – e, portanto, suscetível de toda sorte de análises e investigação, como requer a Ciência -do que a Transcomunicação Instrumental – ou seja, a comunicação com o Outro Lado da Vida através de gravações em computador e vídeo. Este ano de 2009 traz uma nova rota para nossa pesquisa, pois inicio Mestrado na PUC – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, justamente para levar a Transcomunicação ao meio acadêmico, coisa que jamais ocorreu na História. Veremos, daqui a uns anos, o que teremos conseguido.
    Como foi o processo de aprovação de sua tese de mestrado, sobre este assunto tão avesso ao mundo acadêmico?
    Chegaram a me chamar na PUC para eu mudar minha tese, mas não aceitei. Tenho premência em conduzir a pesquisa conforme a proposta, pois minha tese não será simples – propus uma mega-tese multidisciplinar, pois já considerei o fato de que eu, sozinha, seria inapta para comprovar qualquer coisa. Propus a participação de engenheiros, físicos e matemáticos – todos com doutorado, para que sejam eles que avaliem, dentro dos parâmetros requeridos pela Ciência, que o fenômeno é real. A minha parte é levantar a ocorrência do fenômeno – a deles será endossar a autenticidade e – dentro das possibilidades –, tentar explicá-lo.
    Quem serão os maiores beneficiados com a comprovação científica da sobrevivência após a morte?
    A meu ver, a própria Humanidade, que deixará de se enganar. É como se fosse chegada a hora de sair da infância e encarar a realidade da nossa evolução contínua.
    Você pode explicar aos nossos leitores, em sua maioria, leiga neste assunto, o que seria a hipótese “sobrevivencialista” em contraposição à hipótese “psi”?
    Quem é a favor da sobrevivência após a morte vê a coisa como sendo o ser humano composto de um corpo e uma alma, ou espírito. Na morte do corpo físico, esse espírito ou consciência, prosseguiria na jornada. Esse é o ponto de vista dos espiritualistas. Já uns tantos parapsicólogos acham que os fenômenos paranormais não são resultado de uma intervenção espiritual, mas sim, produto da própria mente de quem produz o fenômeno. No caso da Transcomunicação, exaustivamente essa segunda hipótese fica descartada, por uma série de fatores que não arrolaremos para não nos estendermos. Mas sumarizamos dizendo que as Vozes que gravamos falam de coisas que ninguém sabia, dão nomes de pessoas, cidades de origem, etc., que o transcomunicador nunca ouviu falar. Filhos falecidos mencionam peculiaridades que só a família sabe, etc. Não há a menor possibilidade de ser produto da mente de alguém. Necessariamente, os contatos mostram que estamos em contato com seres que já partiram.
    Como são realizadas suas experiências de gravação? Qual é sua rotina de pesquisadora?
    Agora, com o Mestrado, tudo girará em função disso, e as gravações serão feitas para que os cientistas que participarão da tese possam ter mais e mais elementos de estudo. Fora disso, vou continuar dando uma aula por mês de como gravar para as pessoas interessadas.
    Nos workshops realizados por você, como as pessoas têm reagido ao contato com entes que se foram? Na mesma linha desta questão, a saudade e a necessidade de um contato não podem prejudicar uma análise racional?
    Em todos os cursos (workshops) que damos, todos obtêm resultados de seus falecidos e aprendem a gravar. Não há como comprometer a interpretação, porque, ou a resposta está lá ou não está. Nossas gravações há anos são bem claras… não deixam margem de dúvida ou permita dúbia interpretação. Se a gravação/resposta não for clara, será descartada.
    Quando se fala em vida após a morte, as pessoas fazem logo uma conexão com religião, que, no sentido clássico, vai na contramão da pesquisa científica. Como você lida com isto?
    Religião que se esconde atrás de dogmas e não respeita a lógica deve estar com os dias contados. A globalização e o avanço tecnológico despertaram a racionalidade, e a visão setorizada tende a mudar. Ou algo é “verdade” ou não merece crédito. E tudo que é “verdade” tem que ser passível de análise e investigação. Há de chegar o tempo em que o ser humano dispensará supostas leis divinas, sejam lá quais forem, que não passem pelo crivo da lógica racional.
    Considerando a hipótese sobrevivencialista, quais as diferenças deste contato em relação à psicografia, já que as gravações captam pequenas frases, às vezes com uma estrutura gramatical inversa, bem diferente dos livros mediúnicos, que são verdadeiros tratados, romances, com estruturas complexas…
    A diferença fica por conta de que tudo que não pode ser matematicamente investigado, fica excluído do interesse da Ciência. Até hoje, centenas de médiuns têm dado importante contribuição no sentido filosófico e social; porém, fica fora da possibilidade da comprovação da realidade disso. Já no caso da Transcomunicação, qualquer “alô!” vem com um peso incontestável diante dos olhos de um cientista. Por isso, penso que a Transcomunicação Instrumental é o veiculo mais poderoso para comprovar que se vive depois da morte, além, claro, de levar consolo a milhares de pessoas que sofrem com a perda de alguém querido.

  3. Realmente, essa tese de mestrado é assustadoramente bizarra.
    O ponto alto foi: “[…]é uma conquista que só será percebida no futuro, mas que trará benefícios para toda a Humanidade:”
    Não dá para negar que é um esforço hercúleo montar uma tese sobre isso. Mas as pessoas são pessoas, e por isso acreditam no que querem acreditar. E antes de 2012, quem sabe depois, continuarão em dúvida sobre a existência metafísica de qualquer coisa.
    When people run in circles its a very very
    Mad world

  4. err… Del Debbio, se vc for falar do Edir Macedo num post futuro (dada a briga de foice entre Globo e record agora) pode falar se vcs ainda o reconhecem como um irmão? ele ainda está ligado de alguma forma à maçonaria?
    @MDD – Ele nem chegou ao grau 2. Ele está afastado de tudo há décadas.

  5. Tio DD,
    tecnicamente falando, alguem que foi iniciado na maçonaria pode deixar de ser maçom?
    @MDD – Uma vez iniciado, pode-se adormecer, mas nunca deixar de ser maçom. Eventualmente, a pessoa pode dizer que não é mais, etc etc etc… na minha opinião, alguém que uma vez passado por uma iniciação de verdade retorna a alguma aberração religiosa tipo Igreja Evangélica, na verdade nunca foi realmente iniciado em nada.

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