Dilúvio, Pirâmides e Stonehenge

Olá crianças,

O post anterior nos trouxe duas surpresas. A primeira foi que, novamente, batemos recordes de visitação aqui no Sedentário e a segunda é que praticamente não houve ninguém reclamando. Eu perguntei ao eightbits e ele me garantiu que meu pedido de manter todas as críticas foi respeitado, e só são deletados comentários com xingamentos gratuitos (e, no caso, foi apenas um esta semana). Isto pode significar que: ou os céticos foram todos embora (o que seria uma pena, pois, como disse certa vez o poeta e alquimista William Blake, “Não há crescimento sem oposição”) A outra hipótese é que até mesmo eles começaram a perceber que, apesar do tom leve e de brincadeira dos textos, este é um assunto muito sério e não estou dando fantasias ou hipóteses absurdas, mas fatos matemáticos.


Como já disse uma vez, repetindo as palavras que talvez sejam de Voltaire, embora haja controvérsia, “Posso não concordar com uma palavra do que você está dizendo, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las”. Críticas e questionamentos, desde que bem embasados, são bem vindas!

Agora voltando à programação original

A resposta do sudoku da semana anterior é “Arca da Aliança”, mas eu percebi que acabei me empolgando e nos adiantamos um pouco na história. Antes de falar sobre Moisés, vou precisar falar sobre o Dilúvio. E antes do dilúvio, quero mostrar uma foto que eu achei.

Lembram quando discutimos sobre ser impossível montar as pirâmides mesmo com tecnologia de hoje em dia? Ok. Esta foto é da década de 60 e, como alguns de vocês podem se lembrar de ter visto em algum lugar, existia um enorme complexo de templos chamados Abu Simbel no Egito. As otoridades precisavam construir uma grande barragem e uma mega-hiper operação mundial foi organizada para desmontar e transportar o templo de Abu Simbel para uma montanha a salvo das águas da barragem.
Pois bem. A grande maioria das pedras esculpidas no templo de Ramses II foi retirada das pedreiras de Assuã, distantes cerca de 120km do templo, incluindo a cabeça do faraó, que foi transportada e esculpida em UM ÙNICO bloco de pedra. Quando os técnicos e engenheiros suíços e alemães foram transportar estes blocos para o local seguro, apesar dos GUINDASTES e HELICÓPTEROS envolvidos na operação, tiveram de fragmentar diversas estátuas e blocos de construção do templo para transportá-los.
Vamos escrever mais devagar para os que não entenderam: blocos de pedra que os egípcios (os “escravos seminus de 6.000 anos atrás” haviam conseguido manobrar, esculpir e encaixar intactos) tiveram que ser divididos, pois a tecnologia do século XX não conseguiu repetir o feito.

Mas e o Dilúvio?

A história do Dilúvio Universal, ao contrário do que muita gente acredita, não existe apenas na Bíblia, mas em praticamente TODAS as mitologias do planeta. Muitos historiadores dizem que o dilúvio bíblico aconteceu apenas em uma área do mediterrâneo e que serviu de justificativa para as otoridades atestarem a veracidade literal da bíblia (a ponto de milhões de dólares terem sido gastos em pesquisas procurando barquinhos que não existem em cima do monte Ararat!).
Na Suméria, “Utnapitshtim, o Longínquo”, é considerado o único homem que escapou ao Dilúvio, e sua história é contada em diversos poemas, especialmente em um trecho de Gilgamesh.
Nos Gregos, Deucalião e Pirra fazem o papel de Noé e Naamah, levando em uma arca toda a esperança após a devastação da terra por um dilúvio causado pelos deuses.
Nos Nórdicos, temos o conto do choro de Baldur, quando o malvado Loki faz o arqueiro cego e sua flecha de visgo assassinarem o deus-sol baldur, e todas as coisas que existem choraram por baldur, causando um dilúvio.
Na Mitologia Hindu, um peixe disse a Manu que as águas cobririam a terra e, novamente, temos uma arca salvando as esperanças da humanidade das águas divinas.
Entre os Celtas, os poemas do “Ciclo de Finn” narram a ocupação da Ilha após o Dilúvio
Nos Índios americanos, a história de Kwi-wi-sens e como ele e seu amigo corvo escaparam do dilúvio causado pelos deuses dos céus.
O conto de Cowichan e do dilúvio já era conhecido dos índios do norte dos EUA muitos séculos antes dos missionários ali chegarem com suas bíblias,
Nos Astecas, CoxCox possui uma história muito semelhante à de Noé, séculos antes dos espanhóis chegaram ao continente. Que conta da inundação de todas as terras conhecidas, e da fuga de uma tribo para as montanhas.
As Crônicas de PopolVuh entre os Maias narra um grande cataclisma que destruiu a humanidade, destruindo uma terra que era considerada o paraíso.
Os Incas contam a lenda do castigo divino das chuvas que duraram 60 dias e 60 noites, alagando toda a civilização.
No Brasil, os índios Tamandaré possuem uma lenda idêntica a de Noé, onde o dilúvio destruiu praticamente todas as vilas, só restando um homem e uma mulher que se refugiaram no topo de uma montanha.
Como explicar tantas lendas tão distantes entre si que narram os mesmos fatos?

Nos últimos dez mil anos, existem milhares de evidências de que a Terra foi alvo do impacto de pelo menos dois meteoros de grandes proporções. Um deles, o primeiro e maior, que se fragmentou em sete partes, atingindo o planeta de uma vez só e causando tsunamis de 5km de altura, capazes de varrer do mapa cidades inteiras em minutos, atingiu a Terra em 7640 AC (alguém lembrou da Atlântida, cujas lendas dizem que afundou em um único dia?) e foi responsável pela maioria das lendas de dilúvio na América e Europa. O segundo, de menores proporções, atingiu a Terra aproximadamente em 3150 AC e foi o responsável pelas lendas de Dilúvio da Mesopotâmia e da bíblia.

O primeiro impacto varreu do mapa o continente da Atlântida e parte do que havia restado da Lemúria, deixando submersos seus templos e pirâmides por milhares de anos. MAS… como uma das funções das pirâmides era também a de Observatórios Astronômicos, os sábios conseguiram prever o impacto do grande asteróide e remover para locais seguros (Himalaia, Tibet, Andes, Interior dos Continentes) grande parte dos cristais e do conhecimento acumulado por estas civilizações (e também de onde surgem as histórias sobre Shan-Gri-Lá e Agartha, mas isso fica pra outro dia…).

As Linhas de Ley e Círculos de Pedra

Todas as Pirâmides estão construídas sobre o que chamamos de “linhas de Ley” ou, no oriente, “Veias do Dragão”. Assim como em nosso corpo correm linhas energéticas (usadas na acupuntura), o Planeta possui linhas energéticas especiais sobre toda a sua superfície. O cruzamento destas linhas energéticas forma o que chamamos de “node” ou “ponto focal” (equivalentes aos chakras nos humanos), que é considerado um ponto muito especial dentro de várias culturas antigas.
As pirâmides originais da Atlântida foram construídas sobre estes pontos, pois utilizavam-se dos alinhamentos com estrelas, planetas, centros energéticos e também pelo formato dos templos, em conjunto com cristais e outros objetos (os corações destes templos e pirâmides), para uma infinidade de coisas.
Após o dilúvio, a imensa maioria destas pirâmides foi submersa, exceto algumas que estão na Europa, China, Egito e América, mas outros pontos surgiram. Após o primeiro dilúvio, as tribos que conseguiram escapar da catástrofe tiveram de se reorganizar e, para isto, reconstruir seus observatórios. Com isso, conseguiram prever o segundo meteoro e se preparar para o dilúvio em 3150 AC.
Lembre-se que a bíblia deve ser lida de maneira alegórica. Quando escrevemos que Noé levou dentro da Arca dois elefantes, queremos dizer que “os conhecimentos da civilização hindu foram preservados”, quando escrevemos que ele levou duas girafas, quer dizer que “os conhecimentos da civilização africana” foram preservados e assim por diante. Não existe e nem nunca existiu barquinho algum. A “Arca” de Noé é a mesma “Arca” da Aliança, a fuga das águas e a fuga do Egito são apenas metáforas diferentes para a mesma situação: a preservação do conhecimento oculto (procurem o significado da palavra “Moisés” como lição de casa, vocês vão ter uma surpresa… )

Eu falei sobre o grande relógio celestial em posts antigos. Este mecanismo celeste, além das funções que eu descrevi, também servia para prever o melhor momento de plantar cada tipo de alimento, de criar o gado, o momento certo de colher cada lavoura, de aproveitar as cheias, de tosquiar as ovelhas e assim por diante. Como as civilizações pós-dilúvio não possuíam os cristais ou as capacidades dos sacerdotes antigos, apenas parte do conhecimento adquirido, tiveram de “improvisar” e ergueram complexos de pedra sobre as Linhas de Ley para utilizarem-se como templos, em uma segunda etapa.

Por esta razão, pirâmides e círculos de pedra possuem basicamente as mesmas funções (astronômicas e religiosas) e foram construídos seguindo os mesmos princípios matemáticos, de geometria sagrada e conhecimentos profundos de astronomia. As pirâmides egípcias mais “primitivas” certamente que foram construídas no período dos faraós, seguindo as especificações da Grande Pirâmide, que foi REFORMADA pelos sábios egípcios detentores deste conhecimento (foram encontrados diversos fósseis e conchas de animais marinhos nos arredores das pirâmides, sinal que aquela região já foi coberta pelo mar algum dia no passado).

Bom… novamente o texto acabou ficando maior do que eu esperava, e ainda não chegamos na Arca da Aliança, embora alguns de vocês certamente já estão conseguindo ligar alguns fatos pelas dicas que eu dei ali em cima…
Para a semana que vem, vou seguir os comentários: vocês preferem que eu fale mais sobre Stonehenge e os Círculos de Pedra e toda esta relação com as Linhas Energéticas ou vamos direto para a Arca da Aliança?

Cartas à redação.

Um livro que vocês podem adquirir para saber mais sobre o Dilúvio: A Máquina de Uriel

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Respostas de 30

  1. Acho que seria melhor falar sobre os círculos de pedras antes, depois sobre a arca.

    Moisés = “Retirado da Água” ???

    Abraço

  2. Alias,

    bom artigo, deu uma esclarecida boa. na minha cabeça a historia do diluvio localizado era mais logica..

    mas um meteoro gigante explica melhor 🙂

    explicando tb aquela frase “Se essas culturas antigas fossem tao fodonas, pq foram destruidas??”

    afinal, meteoro eh meteoro..

  3. Caro Marcelo Del Debbio, por favor fale mais sobre Stonehenge e os Círculos de Pedra e toda esta relação com as Linhas Energéticas antes de falar da Arca da Aliança!

    Desde já, agradeço.

    Tenha um ótimo dia

  4. Mito do dilúvio presente em comunidades por todo globo… pirâmides até no Japão… tá na cara que algo grande existiu em um longínquo passado!

  5. Tio DD

    Eu tenho uma paranóia esquisotérica e queria compartilhar com você.

    Lá vai :

    Desde os ataques de 11 de setembro aumentaram a campanha de difamação contra os Árabes. E esta campanha estaria sendo dirigida indiretamente contra os ensinamentos de Maomé.
    Consequentemente faz-se aumentar ainda mais a ´´repulsa´´ que a maioria do gado tem à Coisas que nem conhece como o terceiro livro sagrado da tradição judaica-cristã-muçulmana.
    E com isso as otoridades conseguem ludibriar ainda mais a maioria de nós ,gados, para que continuemos pastando.
    Para mim que sou um estudante superficial desses ensinamentos ,vejo que os tres livros Torah-Bíblia-Alcorão estão formando um número….E meu sentido de aranha tá alerta me dizendo que tem alguma coisa aí.
    Não precisa postar isso aqui.Só queria que você soubesse dessa minha teoria.

  6. Certamente o conhecimento deve ser ministrado paulatinamente. Por isso, falar logo da arca da aliança seria pular uma etapa que parece ser importante para nós, aprendizes.

  7. DelDebbio, o retirado das águas se refere a lenda do nascimento de Moisés, n?? Que ele foi achado no rio talz…..

  8. cara por favor me responde isso:

    na biblia cita que nunca havia chovido antes do dilúvio, que apenas havia uma neblina que subia todas as manhãs e regava as plantas e talz.
    você acredita que NUNCA havia chovido antes do dilúvio?
    ou apenas não chovia a uns bons tempos naquela região?
    qual sua teoria para isso?

    obrigado!

  9. mais 1 vez parabens pelo texto.. está excelente…
    gostei muito onde vc diz sobre os pontos onde as pirâmides foram construidas… e voltando para GRande pirâmide de queops…que eu acho a mais importante, ela está num ponto unico na Terra, pois se você, passa uma linha reta do centro da pirâmide e atravesar a Terra e dividi-la em 4.. você terá a mesma massa nas 4 partes, ela divide por igual, a o outro ponto sai no oceano.
    No coment do seu post anterior disse q nada apodrece dentro da grande pirâmide, do mesmo jeit q vc postou aqui eu tambem tenho um molde para ser fazer a replica da grande piramide, sendo q o mais importante são os angulos internos. depois de fazer a maquete ou replica, se vc posicionar ela de acordo com o norte verdadeiro. você consegue fazer varias experiencias. AS pirâmides ainda estão muito longe da nossa total compreenção….

  10. Dúvida:
    Pesquisei e não encontrei em lugar nenhum sobre a ocorrência de meteoros em 7640 ac e 3150 ac. Somente nos textos que se referem a esse daqui.
    Poderia me informar a fonte, por favor?

    @MDD – Procure o livro “A Maquina de Uriel”. Nele sao relatadas as evidencias biológicas do impacto destes meteoros. Realmente nao existe consenso sobre estes impactos, o que o autor fornece sao listas de fosseis com dataçao de carbono demonstrando que diversas espécies foram extintas por volta deste período sem causa explicável, que fosseis de conchas e animais marinhos foram encontrados onde nao deveriam estar e datados comprovando algum tipo de enchente nesses períodos e assim por diante.

  11. Ola Marcelo , o quão importante é o documentario da BBC – Atlantida Renascida ???
    fatos importantes e reveladores ou o famoso “enche linguiça” ?

    @MDD – Provavelmente enche linguiça.

  12. Saudações, a palavra Moisés também quer dizer: cesta usada para carregar bebês..

    Será possivel concluir q na verdade moisés seria algo usado para transportar a arca da aliança?

  13. 1) Sobre as estátuas enormes feitas em uma única pedra grande: eles podem ter transportado o bloco de pedra para o local e depois feito a escultura, e não exatamente feito a escultura e depois transportado, o que seria algo mais difícil de fazer.

    2) Sobre as pedras do templo de Abu Simbel terem sido cortadas para transporte: isso foi feito pq o templo foi esculpido dentro da montanha no próprio local.

    3) Sobre guindastes e helicópteros não terem sido capazes de carregar as pedras sem cortar: as pedras podem ter sido cortado por questões de praticidade, e não por ser impossível transportá-las de outras formas. Ninguém tem hoje tempo e disposição para tentar fazer esse transporte de pedras brutas por distancias tão grandes à base de rolamentos e outras técnicas disponíveis na época.

    4) Sobre várias culturas terem desenvolvido uma lenda sobre um dilúvio: isso pode se dever ao fato de várias culturas realizarem escavações em busca de minérios e encontrarem fósseis de vida marinha em vários lugares que antigamente eram submersos e emergiram por causa de movimentos sísmicos e movimento das placas tectônicas.

    5) Sobre conhecimentos que os antigos tinham hoje e não tem mais: muitas civilizações foram aniquiladas por motivos naturais ou causados pelo ação humana, e muitos conhecimentos foram perdidos pq eram “segredos guardados a sete chaves”, e essas “chaves” foram perdidas.

  14. Tinha muito interesse em visualizar uma linha cronológica que citasse as civilizações existentes (especuladas e oficiais) até os dias atuais, por ex. tenho dificuldade em visualizar o marco 0 dessa história toda e tenho muita dificuldade em correlacionar citações civilizações como a Lemúria, atlântida, sumérios, egípcios, hebreus, no espaço/tempo/contexto.

    Por uma acaso você possui algo desse gênero?

    E a teoria dos deuses astronautas que basicamente deixa em aberto q possibilidade de inúmeros reboots da terra em função de catástrofes, é possível especular algo de milhões de anos atrás?

  15. Tio, conhecimento sobre este é a razão deu ter começado á buscar os mistérios! Aonde encontro material seguro sobre isso? Digo, sobre atlantida, lemuria, metaforas biblicas, fatos que ocorreram, misterios como sangri la? Abraços

    1. Têm uma obra que aborda totalmente esses temas, se chama Os Exilados da Capela de Edgard Armond, onde busca explicar a evolução sob um contexto mais espiritualista mais ou menos no mesmo contexto que o artigo. É o mais aprofundado que conheço sobre!

  16. Quando eu era criança me perguntava se um dia eu entenderia o mistério sobre Stonehenge, seu significado ou objetivo, e olha só 🙂

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