Os Novos Planetas e a Kabbalah

Olá crianças,

Nesta semana, muitos têm me escrito perguntando como ficará a estrutura da Árvore da Vida ou a Astrologia e os Mapas Astrais com a descoberta dos novos planetas no Sistema Solar. Muitos debates na internet e diversas opiniões em conflito, mas a resposta para esta pergunta é muito simples:

A Árvore da Vida não muda em absolutamente NADA. A descoberta de novos lagos na Antártida não faz com que o mapa da cidade de São Paulo mude. Todo o conhecimento dentro da Árvore da Vida cresce de acordo com que evoluímos nossa consciência. Durante muitos anos, Daath esteve associado ao Planeta Saturno, que representava os limites daquilo que conhecemos. Acima de Daath ficavam o “Zodíaco” e o ” Prime Mobile”, as estrelas fixas… originalmente observado por Hiparco em 128 DC, e oficialmente reconhecido em 1783, Urano passou a representar Binah como o limite; Quando Galileu previu a existência de Netuno, em 1612, este passou a representar os limites do conhecimento na magia, coincidindo com a organização e estruturação do Método Científico como conhecemos hoje. Oficialmente reconhecido em 1846, por muito tempo Netuno representou esse abismo final entre o Conhecimento (Urano) e a espiritualidade (Netuno). Em 1930, o Planeta Plutão foi observado por Clyde Tombaugh e incorporado primeiramente como o limite extremo da Árvore (quem segue os estudos de Aleister Crowley verá que ele coloca Plutão em Kether) até ser colocado corretamente como Daath, onde está sua correspondência até os dias atuais.

E os Novos Planetas?
Além da esfera de Netuno (Kether) existe um segundo cinturão de Asteróides, chamado de Cinturão de Kuiper. Este cinturão é cerca de 20 a 200 vezes maior que o cinturão de asteróides que temos entre Marte e Júpiter e contém inúmeros planetas menores (entre eles Ixion, Orcus, Haumea, Makemake, Quaoar, Varuna, Eris e Sedna) e, agora em 2016, um planeta novo recém descoberto com 10 vezes o tamanho da Terra.
Plutão tem um período orbital de 248 anos; Ixion 249; Orcus 245 anos; Varuna 281 anos; Haumea 284 anos; Quaoar 285 anos; Makemake 309 anos, Eris 509 anos e Sedna aproximadamente 11.400 anos (sim, onze MIL anos!)

eris-planeta
Aqui podemos ver a diferença das órbitas de Eris e Makemake em relação aos demais planetas do Sistema Solar. Você pode observar que além das órbitas serem extremamente irregulares, elas nem mesmo estão no mesmo Plano dos outros Planetas (o disco azul), portanto, regem dimensões que simplesmente não conseguimos acessar.

kuiper-planets
Tanto dentro da Kabbalah quanto dentro da astrologia, estes planetas certamente possuem bastante importância para alguma civilização extra-dimensional mas, para nós que vivemos em Malkuth, essa influência é zero. Perceba que todos eles estão em planos geométricos completamente deslocados da nossa dimensão.

Sedna
Afastando para uma nova escala de grandeza, encontramos as órbitas dos Planetas exteriores. Aqui podemos ver a diferença de escala de Órbitas (e, consequentemente, de consciência). TODA a Árvore da Vida que conhecemos e estudamos está ali dentro daquele círculo rosa. Sedna demora 11.400 anos para dar uma volta ao redor do Sol (ou seja, avança 1 grau a cada 32 anos). Para ter um Mapa Astrológico que incluísse Sedna e os outros planetas, teríamos de ter um Mapa Astral holográfico em 3D para representa-los, ele estaria em planos de consciência que não somos capazes de compreender e, basicamente, desde a invenção do telescópio, Sedna não se movimentou nem 5 graus ainda no mapa.

Planet X
E, finalmente, aqui podemos ver o novo Planeta X, que possui uma órbita da ordem de 20.000 anos (ou seja, para avançar 1 mísero grau no zodíaco, ele demora 68 anos). Toda a estrutura da Árvore da Vida, da Kabbalah e da Astrologia estão naquele pequeno círculo amarelo no centro da imagem.

Por isso, podem ficar tranquilos que a Astronomia ainda deve descobrir dezenas, talvez centenas de novos planetas no próximo século, mas nenhum deles trará absolutamente nada de novo para os estudos da Árvore da Vida neste planeta. Invencionices esquisotéricas não faltarão, especialmente em relação a estes novos planetas, embora volto a lembrar que NENHUM deles passa pelo nosso plano zodiacal, portanto, é impossível dizer algo do tipo “Ixion em Gêmeos” ou “Sedna em Capricórnio”… simplesmente para quem tem o mínimo do mínimo de estudos, não faz o menor sentido!

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Respostas de 12

  1. Olá, sou leiga no assunto. Você poderia me explicar a parte “tanto dentro da Kabbalah quanto dentro da astrologia, estes planetas certamente possuem bastante importância para alguma civilização extra-dimensional mas, para nós que vivemos em Malkuth, essa influência é zero”.

    Qual tipo de influência seria essa? No que os planetas nos influenciam? Obrigada. ?

    @MDD – http://www.deldebbio.com.br/2013/04/24/por-onde-comecar/

  2. Obrigado DelDebbio. Quando você falou que as órbitas não estão no mesmo plano isso disparou todo o gatilho que eu precisava.

    1. Então compartilhe aí conosco, pois confesso que fiquei ainda mais confuso.

      Marcelo, momo esses planetas estão em algum plano que não os 4 planos básicos? Ou quando você diz plano, não quis dizer nesse sentido literal?

      1. De Mercúrio até Netuno todos os Planetas estão mais ou menos no mesmo nível de inclinação. É como desenhar um circulo dentro do outro, todos os círculo estão no mesmo plano (no caso o papel onde você desenhou os círculos). E também quando olhamos para o céu da Terra vemos todos esses planetas percorrer sempre por um mesmo corredor, sempre junto a linha da Eclíptica que é o caminho que o Sol percorre todos os dias no nosso céu.

        Já Plutão já tem uma orbita um pouco mais inclina, já saindo deste mesmo plano onde os outros planetas estão. Foi aí que eu linkei com o significado de Plutão na Astrologia. E também com sua esfera correspondente na Kabbalah.

        Agora imagine ir além do significado de Plutão.

  3. Oi, Del Debbio. Gostei do texto. A correspondência feita entre os “planos” orbitais e os “planos” energéticos é bem interessante. Tenho uma pergunta: Plutão é um astro de órbita excêntrica, que, em determinado ponto desta órbita, atravessa a órbita de Netuno, se tornando temporariamente um corpo “intra-netuniano”. Poderia ser feita uma correspondência entre esse ato de entrar no espaço “intra-netuniano” e, portanto, de existir momentaneamente dentro deste espaço, com a “ação” de Daath de tornar-se momentaneamente uma sefira e de “existir” dentro da Árvore da Vida? Tenho um conhecimento muito básico em Cabala, mas estava pensando sobre.

  4. Marcelo, considerando o tempo como medida útil, torna-se claro a inutilidade em Malkuth de um planeta que avança 1 grau a cada 68 anos, afinal vivemos em média algo próximo disso. Considerando ainda o tempo, sendo que Ixion, Orcus e Varuna tem translações próximas de Plutão, as entidades que acessam essa dimensão energética não estariam muito distantes de nós, né?!

  5. E Ceres? Está entre Marte e Júpiter e se encontra numa inclinação aceitável dentro da Eclíptica… Deveria ele ser considerado nos mapas?

  6. Del Debbio e como fica a correspondencia de um planeta quando o mesmo “deixa de ser ” planeta, como é caso de plutão, agora plutão nao e mais planeta , escorpião volta a ser regido por marte ?

    @MDD – “Planeta” significa “Viajante”. São os pontos que se deslocam no céu. Oficialmente temos 7 planetas (sendo que, cientificamente, a lua é um satélite e o sol uma estrela) e os trans-saturnianos nem entram na conta.

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