Entre os símbolos geométricos que revelam a estrutura do Cosmo encontramos o da horizontalidade e o da verticalidade. Ainda que se trate de uma só linha reta, esta, ao adotar duas posições distintas, permite-nos compreender outras tantas leituras da realidade que, no entanto, se complementam, tal qual podemos observar em outros símbolos fundamentais, como é o caso da cruz e do esquadro, que se formam pela união num ponto da linha horizontal e da vertical.
À primeira vista, a horizontal simboliza a terra e a matéria, o tempo sucessivo que progride indefinidamente num plano ou nível de realidade sem possibilidade aparente de sair dele. Refere-se, em suma, à leitura literal e puramente fenomênica que o homem tem de si e do mundo. No entanto, graças ao duplo sentido que possui todo símbolo, também simboliza a submissão à lei que regula a retidão em nosso comportamento. Esotericamente representa um estado de passividade e quietude interior que faz possível a receptividade das influências espirituais.
São precisamente essas influências que simbolizam a vertical. E se a horizontal se refere ao tempo sucessivo, a vertical, por sua vez, representa o tempo simultâneo e sempre presente que, ao ser percebido na consciência, libera-nos dos condicionamentos e limitações terrestres. No homem, esse eixo vertical, essencialmente ativo, incide diretamente sobre seu coração, o centro de seu ser, e a partir daqui é que começa a ascender e conhecer outros estados cada vez mais sutis de si mesmo, do Universo e do Ser.
Tudo isto está perfeitamente representado no simbolismo construtivo (do qual mais adiante trataremos), onde a horizontal equivale ao nível e a vertical ao prumo. Assim, a horizontal (a terra) é o plano de base do templo, que o homem percorre em sucessivas etapas até atingir o altar ou centro desse plano, no qual se encontra o ponto de conexão com o eixo vertical, que o comunica diretamente com a chave de abóbada da cúpula (o céu), que representa o centro do Ser total, além da qual se encontram seus estados supra-individuais e supra-cósmicos, aonde achará sua autêntica Libertação e Suprema Identidade.
Respostas de 10
Pow! Fazia tempo q não liga algo novo e interessante!
Otimo!
Quem diria que o famoso eixo xy da matemática nos traria tanta explicação!!!Mto bom.
Curiosidade,isto é sério :’Se eu convidasse vcs (só povo de SP) a visitar uma gira de Exú comigo e ter uma conversa com uma “entidade sobrenatural”, quantos topariam?’
Olha que eu topo .
Abraços.
O centro desse plano que o texto se refere é o estado de Tifereth?
Quando se refere a ir em direção a vertical significa despertar a consciência?
Engraçado como os ensinamentos da Sublime Ordem tem explicação para tudo, basta saber interpretar e saber empregar… a busca pelo ideal, pelo perfeito é algo infinito e só possivel à Deus. Mas sempre se é possivel se aproximar Dele, se aproximar do final das duas retas…
Excelente post!
Marcelo, sugere alguma bibliografia sobre o tema? Algo que eu possa procurar em minha biblioteca e fazer um tempo de estudo.
T:.F:.A:.
Flávio.
Ora, quem diria… matemática é alquimia, também…
Nunca pensei que veria o eixo cartesiano de coordenadas, o famoso x,y, aqui nesse blog.
Mto legal o texto, como sempre!
Vc já ouviu uma definição que trata a reta como “um círculo de raio infinito”.
Dessa forma a gente pode perceber que tudo é ciclico na vida…mesmo uma reta..que você acha? Abraço!
Como adoro Geometria
Adorei seu post…Geometricamente, com o compasso para construirmos um angulo reto, precisamos traçar uma mediatriz….
Já que vc tem em seus posts, como vc diz, o tema geomatria, gostaria de +,, sobre o ponto médio, o caminho do meio, G, etc…
Abraços
Eliane.
A egregora do Michael fico grande hein uahuahuahauhauha vamo dançar uha ! uahuahauhaua
seria esse então o significado do esquadro?