O Sexo e a Morte

Ao contrário do que uma análise superficial possa dar a entender, muitas são as relações entre o sexo e a morte. Para começar, na história da vida, eles nasceram praticamente juntos: até 1 bilhão de anos atrás, só existia vida na Terra na forma de organismos unicelulares, o que vale dizer, não existia sexo nem morte, pois um organismo unicelular se reproduz sem necessidade de uma cópula, apenas dividindo-se em dois, e ao fazê-lo, ele "morre" como indivíduo, e as duas células em que se dividiu constituem sua descendência.

Parece prático, mas atravanca a evolução, que, como se sabe, depende da rápida transmissão aos descendentes das mutações "boas", assim consideradas por significarem adaptações evolutivas. É do interesse da espécie, portanto, que a linhagem dos portadores das adaptações evolutivas prospere o quanto antes. Mas como cada célula dá origem uma linhagem única e específica, cada uma delas é como uma gota no oceano. Até que os portadores das mutações "boas" se tornem majoritários, decorrerá um tempo imenso.

Foi então que surgiu o sexo e a morte. Agora, para haver reprodução, não basta que cada organismo faça cópias de si mesmo, ad infinitum. É necessário haver, não uma cópia, mas uma combinação, e é justamente isto o que oferece a reprodução sexuada. A cada cópula bem-sucedida, embaralham-se novamente os genes, produzindo uma variedade de resultados. Tal como no pôquer, teremos jogos bons e maus. Um único exemplar masculino, oriundo de um jogo "bom", pode transmitir suas boas cartas a uma variedade de fêmeas, dando origem, não a uma única, mas a várias linhagens. E depois? Bom, aí que entra a morte. É do interesse da espécie que as gerações novas, por serem portadoras das adaptações evolutivas, tornem-se majoritárias o quanto antes. Mas se os exemplares das gerações antigas, ainda mal adaptadas, tiverem um tempo de vida demasiado longo, eles passarão a fazer concorrência aos jovens, retardando-os em seu percurso. É necessário que os velhos desapareçam – e é para isto que há a morte [1].

Na verdade, o que a visão estritamente materialista nos traz – no sentido de tratar apenas da evolução física das espécies – é esta lição ancestral de que, sem sexo e sem morte, não haveria tamanha evolução de seres tão complexos quanto praticamente qualquer animal que vemos a olho nu, e inclusive o próprio homo sapiens. Em suma, para a natureza, o sexo e a morte se complementam, o primeiro atuando como agente potencializador da evolução, o último atuando como agente renovador.

Mas eis que surge a consciência e com ela tantas e tantas perguntas sem resposta. Se somos a forma do Cosmos conhecer a si mesmo, por vezes tememos que nada em todo Cosmos fosse capaz de aplacar nossa angústia perante a existência… Por isso não é de surpreender que tenha surgido nossa distinta visão espiritual do mundo, evento talvez exclusivo do homo sapiens, o que o destaca definitivamente de todos os outros seres terrestres na árvore da vida.

No ato do sexo profundo, realizado não somente com o corpo, mas também com alma, há um momento de êxtase onde a consciência é subitamente alterada, em muitos casos perdida ou esquecida… Nas tradições espiritualistas do Oriente, o sexo profundo é também chamado de pequena morte. Existe uma relação interessante entre ambos, a nível de processo de consciência e não apenas físico e material: ambos são uma espécie de encontro – no sexo encontramos o amor presente em outro ser afim; na morte, encontramos o amor presente no eterno renovar da vida. Pois que seria a vida, afinal, que não um supremo ato de amor, de criação? E o que seriam o sexo e a morte, senão os mecanismos pelos quais a vida segue o seu rumo?

Mas há que se ter uma visão equilibrada entre tais polos aparentemente opostos, para se conquistar um conhecimento abrangente em relação a existência, uma distinta paz de espírito própria dos sábios de outrora, das mais diversas tradições espiritualistas, que souberam tratar o sexo e a morte como dois lados da mesma moeda, como componentes sagrados da própria vida…

Sem tal equilíbrio, a sociedade se vê envolta em uma “esquizofrenia do politicamente correto”. Desde o advento do cristianismo até poucas décadas atrás, o Ocidente – e este é só um exemplo, pois os polos se alternam – passou por um longo período de aversão a exposição pública do sexo. Tal qual bonobos arrependidos, os homens e mulheres certamente continuaram a fazer sexo, e bastante, mas precisavam ocultá-lo da sociedade, e por vezes confessá-lo, em extrema vergonha, ao deus do confessionário. Interessante de se notar, entretanto, que nessa época a morte não era algo abominável – pelo contrário, era bastante comum a família toda, inclusive as crianças, se reunirem em torno de um parente moribundo, em sua própria casa, em sua própria cama, para se despedirem. O sexo era sujo, mas a morte era a promessa de purificação na vida eterna.

Após tanta supressão do sexo, a polaridade havia de se inverter. Então veio o pós-modernismo, o rock and roll e a revolução sexual do Ocidente. Desta feita, o sexo e o prazer eram exaltados e cada vez mais expostos a toda a sociedade – não importa se alguns não estavam tão interessados, era a época do advento da mídia de massa. E todos precisavam ver os exuberantes corpos nus de homo sapiens, a se admirar e se roçar tal qual bonobos ferozes: todos precisavam experimentar. Ser virgem era subitamente o mais novo pecado!

Mas, se o sexo era agora algo tão belo e prazeroso, a morte por sua vez tornara-se medonha e obscura. Até mesmo o envelhecimento haveria de ser mascarado. Era preferível morrer jovem, por alguma overdose sensorial, do que sequer imaginar habitarmos um corpo envelhecido e decrépito. E eis que a própria morte em si deveria ser algo disfarçado, “resolvido” e esquecido o quanto antes. Não se trazia mais os moribundos para morrerem em casa, mas os mantinham até onde fosse possível nos hospitais. As CTIs se tornaram o purgatório, e a cerimônia do velório um ritual macabro, do qual todos haviam de comparecer com certo asco, e fugir o mais breve possível, e daí esquecer…

Então, como diria o Dalai Lama, passamos a viver como se jamais fossemos morrer, e a morrer como se não tivéssemos vivido. Que nessa anestesia mental, ora ignoramos o sexo, ora ignoramos a morte. Mas nada parece ter resolvido nossa angústia: nem a espiritualidade superficial das religiões de barganha, nem a ciência superficial do modernismo tecnológico que pretende que seres sejam máquinas. Que não é pelo pagamento de orações, pelo recitar repetitivo de dogmas esquecidos, ou pela insistência em reconstruir nosso corpo, na esperança que pareça “eternamente jovem”, que encontraremos a solução.

A solução está tão somente em pensar, em abrir os olhos e ver, e assim melhor viver… E vivendo, conhecer a si próprio, o próprio corpo e cada uma de suas rugas, a própria mente e cada um de seus medos, o próprio espírito e cada uma de suas sombras. E quem sabe nalgum dia compreender, como os sábios de outrora, e de hoje, que desde épocas imemoriais, desde muito antes do despertar de nossa consciência, tudo já era assim: não existe propriamente nem o sexo nem a morte, mas antes de tudo, apenas o amor a gerar esse oceano de vida, em constante renovação.

***

[1] Boa parte dos três primeiros parágrafos foi retirada de um artigo do escritor Pedro Mundim.

***

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Respostas de 16

  1. Eu pensei em escrever um texto imenso como comentário, ou algo que fosse muito bonito para complementar o post. Mas a qualidade dos seus textos, Raph, são muito bons. É muito difícil tratar dois assuntos tão difíceis com tamanha delicadeza. Parabéns!
    Abraços Fraternos.
    @raph – Obrigado. Mas na sua idade eu não sei se escrevia tão bem quanto você. Abs 🙂

  2. Bastante interessante esse texto. Apenas não apreciei muito a figura do balanço entre o sexo e a morte na sociedade. Não creio que houve tantas “liberações” sexuais assim nos anos 60, e mesmo que houvesse, não enxergo como consequente o movimento de ocultação da morte. Concordo com os fatos apresentados, mas creio que hoje, tanto a morte, como vc afirmou, como o sexo, estão ocultos. Mesmo que se banalize o corpo, e aparentemente a ideia de sexo, vc vê uma corrente que o questiona e movimentos que exaltam a virgindade. Como exemplo, filmes brasileiros que há 20 anos traziam tranquilamente cenas de sexo e hoje alguns poucos apenas o sugerem. Apesar de aparente liberação, há menos “pornochanchadas”. Creio que há ocultação desses dois processos.
    @raph – Não sei, pode ser… Mas pensemos assim: pode não ser explícito na TV, mas é subentendido – desde novelas até comerciais de cerveja. Na internet então, nem se fala, hoje temos sites com literalmente milhões de vídeos de pornografia, e ainda outros em que as pessoas ligam webcams ao vivo e se exibem em troca de algum dinheiro, ou até gratuitamente mesmo. Mas não vejo a morte tão “escancarada” assim, não é nem de longe um assunto tão fácil de achar em conversas de bar, pelo menos não tanto quanto sexo, novela, ou futebol… Obviamente que em ambos os casos, sexo e morte, o assunto é geralmente abordado de forma um tanto superficial, e muito raramente de forma espiritual ou filosófica. Um espiritualista (do tipo livre-pensador), no entanto, geralmente aborda o sexo e a morte de forma bem mais natural e profunda do que a maioria. Abs.

  3. Olá.
    Sou espírita (kardecista) não praticante, a pouco tempo encontrei esse site e achei tudo muito interessante, os artigos sobre ocultismo, hermetismo, etc.
    Ando estudando por conta própria lendo esse site e pesquisando outro e algo que sempre me interessou foi a visão sobre o sexo, algumas religiões acham que ele é sagrado outras dizem que é algo totalmente sujo e profano, para ser feito só para fins reprodutivos, vi alguns textos aqui mais não vi nenhum que se aprofundasse realmente sobre esse assunto. E queria saber qual é a opinião de vocês ocultistas e hermetistas sobre o sexo, como ele deveria ser feito como não, e seus efeitos sobre o espirito. Se vocês me dessem alguma dica de leitura seria grato também.
    @raph – Olha, talvez ache interessante essa minha apresentação sobre os 4 amores, onde falo sobre sexo particularmente nos 2 primeiros amores (porno e eros). No final do eros tem um vídeo da resposta do Chico Xavier acerca de sexualidade no Pinga Fogo de 1971 – que é para mim um resumo extraordinário do significado do sexo, e do porque ele não merecer ser relegado as trevas… Veja aqui: http://textosparareflexao.blogspot.com/2011/09/4-amores-um-caminho-de-evolucao.html

  4. Então, sexo é morte? Vida é amor? Pergunta é resposta?
    Outra coisa que talvez ajudaria muito seria aprendermos a rir de nós mesmos, de nossa condição humana polivalente, além de sermos corajosos e generosos, claro.
    Parabéns pelo belo texto.
    Um abraço do observador.
    @raph – Não custa lembrar de Montaigne: “Mesmo no mais elevado trono do mundo, continuamos sentados sobre nossos cus. Os reis e os filósofos defecam, e as damas também.” Abs 🙂

  5. O sexo é estereotipado na maioria das culturas,tanto antigas quanto modernas.
    Para os judeus, por exemplo, que tem até a concepção de “sexo kosher” qualquer prática que leve a perda de “semente” é pecado. Na minha visão isso é totalmente equivocado, uma vez que essas práticas “não kosher” promovem a renovação celular e consequentemente garantem que espermatozóides mais saudáveis estejam aptos a fecundar o óvulo.
    Já o surgimento da propriedade privada levou a cultura da virgindade quase obrigatória das mulheres, por ser a antiga sociedade ocidental patriarcal.
    Em algumas regiões da África ainda se pratica a mutilação genital feminina, por razões que desconheço, mas com certeza uma delas é a supressão total do prazer feminino no sexo.
    Por essa e outras, o que é e como é feito sexo é praticamente uma construção cultural, que varia muito. E isso acontece ainda hoje, apesar de a visão exposta pela mídia em geral apresentar uma certa homogeneidade, esta não existe.
    A aversão a morte se apresenta todo dia a nós de maneira disfarçada. Sabe aquele creme anti rugas que promete deixar você 20 anos mais jovem? Ou aquela tintura de cabelo que esconde todos os fios brancos? Pois é, envelhecer hoje em dia não é mais associado a maturidade e sim apenas a decrepitude. Dificilmente na televisão hoje em dia há a figura do idoso que junto com seus cabelos brancos, rugas e flacidez ganhou maturidade e sabedoria. A imagem da moda é a vovó de 90 anos que parece uma jovenzinha de 20 em seus trajes e modos (não que isso seja errado, mas não deveria ser passado como o modelo a se seguir!), com tantas plásticas que não tem mais um sorriso natural. A busca pela fonte da juventude está mais acirrada do que nunca.

  6. Dois dos fatos mais interessantes da vida, talvez por estar no seu “portal”. Tanto a morte quanto o sexo são “solutios” intrigantes. Da morte, ainda não dá pra saber, sem experimentar, ou sem se lembrar, mas quanto ao sexo, não é preciso descrever o ponto onde a mente cala, a sensação flui e somente se sente o “êxtase”, que sobe espinha afora e explode no coração, como uma estrela que se estilhaça no infinito… Adoro filosofar, mas tem coisas que não se descreve direito, apenas se sente, como o “sexo de verdade” e a morte…
    Belo texto. abraços

  7. Enquanto isso, o asco de alguns pela morte leva-os a querer simplesmente aboli-la de uma vez:
    http://revistatrip.uol.com.br/revista/193/reportagens/morrer-datou.html
    http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=5121
    http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=5850
    O argumento deles é justamente o de que as bactérias que não envelhecem e apenas se replicam guardam dentro de si o elixir da vida. Se elas podem porque não podemos?! Desvendar a genética delas com ajuda da crescente capacidade computacional vai permitir curar definitivamente o envelhecimento… Espero que eles não acabem com o sexo de lambuja! :^D
    @raph – Algumas pesquisas científicas que visam retardar os efeitos nocivos (físicos e mentais) do envelhecimento são até bem interessantes e promissoras. Agora, “elixir da vida eterna” é um tanto perigoso. Imagina se um ditador árabe vive para sempre? 🙂

    1. Um conselho de livro :”Os Templos de Cristais”do médium Rubens Saraceni, cuja parte da história gira em torno de um elixir da imortalidade e as consequências sombrias de usá-lo para trapacear as leis karmicas (sem morte > sem reencarnação), entre outras temas muitos bons que o livro trata.

  8. Ei Raph, mais uma vez alimentando a minha massa cinzenta e iluminando meu espirito com seus belos textos que vão além da filosofia e da espiritualidade. Um belo assunto que é extremamente difícil de ser interpretado sem a carapuça midiática e religiosa, e você mostrou isso de formar simples e que pode ser entenda se libertando de velhas algemas presas em nossos punhos espirituais…
    Parabéns e abraços fraternos
    @raph – Obrigado PH, realmente nesse sentido a “quebra de taboos” em relação a ambos os assuntos é cada vez mais necessária. A indústria do dogma, assim como a indústria da “juventude eterna”, são ambas fincadas em cima dos taboos e preconceitos (por pura ignorância) que grande parte da sociedade tem acerca desses assuntos. Mas quem compreende o sexo e a morte sem os véus que ergueram para os esconder, sabe que o sexo não merece ser relegado as trevas, e que a morte é apenas um estágio da vida. Abs!

  9. Mas eis que surge a consciência e com ela tantas e tantas perguntas sem resposta.
    As perguntas estao sendo respondidas sim. Comecem lendo a A Tabula Rasa – Steven Pinker.
    O Homo Sapiens e uma maquina que evolui ao longo de milhoes de anos e nao somos uma forma do cosmo se conhecer- o cosmo existe com ou sem os humanos. 100 bilhoes de neuronios e infinitas redes neurais criam inclusive o que se chama pensamento e a “sensacao de estar dentro do corpo”. Isso e um modelo que o cerebro cria, e quanto a isso ja nao existem duvidas faz tempo.
    Por exemplo, as linguas todas estao em estruturas presentes no cerebro- todas tem semelhancas amplamente estudadas pela linguistica.
    Para divagacoes sempre e bom conhecer ainda que de forma superficial o que a ciencia tem feito.
    @raph – Quem falou que somos uma forma do Cosmos conhecer a si mesmo foi Carl Sagan. Na verdade, acho que ele quis se referir a toda a vida conhecida, a todos os átomos que de alguma forma se tornaram “animados e anti-entrópicos”, e não apenas a nós, os homo sapiens. Uma das teorias mais incríveis que conheci acerca das origens da consciência complexa do ser humano está descrita em outro artigo da minha coluna, aqui: http://www.deldebbio.com.br/index.php/2011/10/01/apos-a-cacada/ Eu também falo sobre a consciência aqui: http://textosparareflexao.blogspot.com/2009/04/reflexoes-sobre-consciencia-parte-1.html Abs.

  10. Post incrível.Excelente e com um desfecho lindo.
    @raph – Obrigado mais uma vez, e também a todos os outros comentáros com elogios acima 🙂

  11. E podemos nos renovar todos os dias, morrendo com o cair da noite, renascendo com o sol, permitindo-nos misturar com o ambiente e gerar tantos resultados criativos ao mundo
    Abraço
    @raph – Há sempre tempo de recomeçar…

  12. Excelente texto =D
    É muito interessante perceber os extremos: as religiões (em sua maioria) vêem o Sexo como um taboo, uma coisa suja e etc, enquanto temos a visão “midiática” sobre o “corpo” perfeito, comerciais mostrando os corpos das pessoas como se fossem mercadorias. Percebe-se também que esses dois extremos sempre reduzem a mulher, respectivamente, em um mero meio para gerar e cuidar da família e a um mero objeto sexual.
    Interessante falar sobre a virgindade, novamente percebe-se outros dois extremos, respectivamente, dos antes citados: trata-se como taboo a perda da virgindade, já o outro trata como taboo a virgindade =x
    Eu diria que tenho uma visão um tanto quanto romantizada sobre Sexo: Representa a união entre duas pessoas que se AMAM, e é essencial tanto quanto para saúde mental e física do casal ter uma vida sexual. Enfatizei amam, pois na MINHA visão, sexo só tem sentido quando vc ama uma pessoa, se envolver com alguém só por causa dos atributos físicos e fazer sexo com essa pessoa só pelo prazer não tem muito sentido, para mim seria vc deixar o desejo animalesco te guiar e geralmente quando a pessoa cede a tal desejo vem a dor e o vazio. Mas essa é apenas a visão de um garoto de 16 anos xD
    Em relação a morte, acho que muitos tem medo dela por causa da visão materialista mas mesmo na visão deles é um medo irracional pois a morte na visão materialista seria apenas o cessar de ser. Vc não saberia que está morto, pois vc deixou de ser e de ter consciência. Outros tem medo de ir para o inferno quando morrer =b Mas eu acho que as pessoas tem medo da mudança que a morte traz, pois as pessoas (maioria) só conhecem esse mundo físico e isso causa o medo do desconhecido, pois vc não sabe oq vai encontrar pela frente.
    Na minha visão a morte não seria o cessar de ser, mas apenas um próximo passo, um passo obscuro admito, porém fatalmente necessário para continuar na aperfeiçoação do ser.
    Mais uma vez, obrigado pelo texto, realmente fez jus ao nome da coluna =B
    @raph – Obrigado pelo comentário. São depoimentos como esse que me levam a descrer cada vez mais em idade, ou pelo menos como a maioria das pessoas compreende o conceito de idade 🙂

  13. Tava filosofando…
    Assim como evitamos a morte, comentamos o tempo inteiro sobre ela, pois discutimos majoritariamente é envelhecimento(seja em forma de saudade ou sobre beleza), sobre traições (que é a morte de um relacionamento), temos atração por serial killers e outros malucos (que é a morte do intelecto/emoção)…
    Ontem num papo de bar comecei a contabilizar as vezes que rondamos o medo da Morte (e seus subrodutos acima listados) no subtexto das conversas e fiquei impressionado com a quantidade…
    @raph – Pois é, basta ver a quantidade de gente interessada nos últimos momentos do Kadafi (seja em texto, imagem ou até vídeo). Mas acredito que todo espiritualista tem a tendência de tratar a morte pelo que ela é, e não exalta-la ou temê-la como um “bicho papão”, o que no fundo é somente mais uma fonte de angústias na vida… É melhor se preocupar com a vida, como já diziam Epicteto e até mesmo Epicuro.

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