Em diversas ocasiões falamos do rito como um componente básico do conhecimento simbólico e, portanto, da própria vida, que na indefinida variedade de suas formas sempre passageiras é a permanente reiteração de uma ordem arquetípica invariável e eterna. Precisamente a palavra rito, que procede do latim ritus, o que por sua vez deriva do sânscrito rita (raiz rt), não significa outra coisa do que “ordem”. Em verdade o rito é o próprio símbolo em ação, pelo que sua reiteração constante em todos os atos de nossa vida vai permitindo que o gradual entendimento das idéias -veiculadas pelos símbolos–, acabem finalmente por incorporar-se em todo nosso ser, balizando assim o processo que nos conduz ao Conhecimento. Por isso quando falamos de ritos, não nos estamos referindo a cerimônias “mágicas”, civis ou religiosas. Os ritos iniciáticos de determinadas tradições ainda estão vivos, ainda que seja difícil o acesso a eles. Algumas religiões ou instituições tradicionais conservam os símbolos –e mesmo os ritos–, mas estes carecem de todo conteúdo verdadeiro e estão como vazios, sendo desconhecidos sua essência e esoterismo, ou seja, sua realidade e significação. Para a Tradição Hermética são ritos os estudos efetuados a partir de modelos Herméticos, a concentração que isso implica, a meditação que promove, as práticas que efetivam a visão e o imaginário, a oração incessante do coração como invocação permanente, a contemplação que produzem a beleza e a harmonia da natureza e do Cosmo, e os trabalhos auxiliares encaminhados à conquista do Conhecimento. Neste particular, queremos trazer à memória que há uma identidade entre o ser e o conhecimento. O homem é o que conhece. Que outra coisa poderia ser senão a soma de si mesmo? Ser é conhecer. A saber: que sendo o que conhecemos, a reiteração constante do rito, que sustenta o conhecimento de outras realidades, mundos ou planos do Ser Universal, é uma garantia quanto à identificação com esse Ser e seu conhecimento, através de um caminho hierarquizado, povoado de espíritos, deuses, cores e energias mediadoras.
Respostas de 3
Olá Fr.
Não tem relação direta com o tópico, mas gostaria de saber sua opinião sobre as “Georgia Guidestones”, talvez elas até mereçam um post próprio.
Tentei postar links sobre as pedras mas as mensagens não foram.
DD sobre magia sexual/h. gamos/tantra etc.. eu entendi a parte do homem de não ter orgasmo, mas e no caso da mulher? ela pode? naquele video que postou no S&H da a entender que é para ambos, mas eu ja li de vc que o homem sente o prazer dos orgasmos da mulher.. que esse ‘orgasmo conhecido’ é apenas o orgasmo do primeiro chackra e etc.. ou seja a mulher, diferente do homem, pode te-lo ou tb deve ‘segurar’??
Campbell fala que o rito é a encenação,a vivência do mito.