Retirado do Tao Te Ching (*)
Se pudéssemos esquecer de nossa sabedoria
e de nossa perspicácia, isto seria um imenso benefício
para toda a vizinhança.
Se pudéssemos esquecer de nossa benevolência
e de nossa moral, a vizinhança voltaria a ser amável
e bondosa.
Se pudéssemos esquecer de nossas máquinas
e de nosso desejo incessante de enriquecer,
na vizinhança não mais se contariam nem ladrões
nem malfeitores.
Pois esses são os três novos métodos,
e todos eles desprezam o Caminho Antigo,
inventando palavras e pseudo-virtudes
para mascarar sua desgraça.
Devemos diminuir o brilho e nos mesclar à vizinhança.
Quando a simplicidade se alinha a Vontade,
os desejos estúpidos e as pseudo-virtudes desvanecem
junto com nosso orgulho e nosso ego.
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Todo mês traremos mais uma passagem do Tao Te Ching…
(*) Nesta tradução exclusiva do Tao Te Ching a partir da tradução clássica de James Legge para o inglês, Rafael Arrais (autor do blog Textos para Reflexão) usa do auxílio precioso das interpretações do ocultista britânico Aleister Crowley e do filósofo brasileiro Murillo Nunes de Azevedo para compor uma visão moderna da antiga sabedoria de Lao Tse.