Muito se fala em encruzilhadas, mas pouco se entende. E isto nos faz lembrar o advento da Umbanda anunciada pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas.
Esse conhecimento se deturpou com os interesses escusos, onde o que é oculto tende a se desfigurar quando os propósitos não são para o bem do Universo.
Podemos encontrar as Encruzilhadas nos opostos ilusórios necessários para a evolução dos filhos da Terra, como por exemplo, o “dia” e a “noite”. E onde ela está? Nem no “dia” e nem na “noite”. Estaria, então, na “tarde”? Também não, pois a “tarde” como os filhos compreendem não passa de outra ilusão. Ilusão porque é uma realidade relativa, onde conhecer profundamente a natureza faz com que enxerguemos que Deus é o Absoluto. O que nós, seres imperfeitos, insistentemente fazemos é decretar como única a verdade que só existe em nosso ego. O desapego é arma indeferível para que consigamos combater os equívocos da mente, reencontrando-nos assim, com o Eu Interior. Caminhemos rumo a evolução!
Podemos dizer que a Encruzilhada está no cruzamento vibratório de uma coisa com outra. Como é algo muito abstrato, usamos o exemplo das ruas terrenas. Mas isso não significa que as Encruzilhadas que nos referimos são as Encruzilhadas das ruas, não! E é justamente isso que causa muita confusão mental, onde despachos são colocados no intuito de interceder algo que não está fora, e sim no interior de cada ser.
Filhos, já é chegada a hora de entender que não há outra forma de intercessão se não a caridade!
Somente através da caridade se consegue compreender o que são as Encruzilhadas. E como qualquer outro conhecimento, é essencial a prática. Quando há a prática do conhecimento, emerge a sabedoria.
É preciso vivenciar e assim também é na Umbanda! E esse é um dos motivos pelo qual a Umbanda ainda não foi codificada. Não foi criada para ser discutida, mas para ser sentida no âmago. E quando isso acontecer, não só com a Umbanda, mas também com todas as outras religiões, não haverá mais julgamentos, haverá mais tolerância e a caridade em uníssono salvará o planeta Terra!
Então é por isso que as Entidades se apresentam com “esses” nomes, como por exemplo, “Caboclo das 7 Encruzilhadas”?
Os nomes que as Entidades se apresentam são simbólicos. Através da simbologia, os homens conseguem compreender as forças da natureza que emanam do Criador, como por exemplo, os próprios livros sagrados o são.
Símbolos são figuras, marcas, sinais que representam ou substituem outra (s) coisa (s).
Simbologia é o estudo acerca dos símbolos.
Acaso há alguém, não só na Terra, mas também no Astral que não necessite dos símbolos? O próprio corpo físico não passa de um emaranhado de símbolos que a medicina terrena se esforça para desnovelar.
Aqueles que condenam os símbolos ainda não perceberam que para compreendê-los profundamente é necessário estar fora do fardo da carne, pois este é fator limitante da consciência. É como querer enxergar uma célula sem o microscópio.
Autor: Caboclo Pedra Verde do Oriente.
Respostas de 18
Impressionante, estive no centro que frequento (T.U.L.E.F.) nesta segunda-feira pelas festividades de Ogum, e o guia com que estava me consultando (Caboclo Cobra Coral) abordou exatamente o mesmo tema…
Como a Umbanda se faz dos arquétipos mentais e energéticos para chegar até o entendimento e compreensão das pessoas, e como a ausência de nomes próprios às entidades inclusive é um exercício de desapego ao ego, onde não é importante o mensageiro, mas sim a mensagem!
O cerne da Umbanda é a caridade, e a própria forma humilde que ela é transmitida me impressiona e me admira cada dia mais.
Excelente texto!
Muito esclarecedor!
Serie interessante um post explicando a origem dos nomes simbólicos das entidades!
Ex:
Sete “Encruzilhadas”
Sete “Ondas”, Sete “Pedreiras”, Rompe “Mato”, “Arranca “Toco”, “Tranca Ruas”
Onde sete simboliza que a entidade atua nas 7 radiações “linhas”.
“Rompe”, “Arranca”,”Abre”, “Tranca” são fatores divinos que a entidade trabalha mais.
“Mato”, “Toco”, “cemitério”, “pedreiras” , “porteira”, “Rua” são os campos de força onde a entidade atua com isso indica o orixá que entrecruza sua força.
Abç!
CARIDADE
Pergunta: Que pensais da caridade e da filantropia social?
Krishnamurti: A filantropia social restitui à vítima um pouco daquilo que o filantropo violentamente lhe arrancou. Primeiro, vós a explorais, (…) amontoando grande riqueza (…), e depois voltai-vos com magnanimidade, e dais um pouco à pobre vítima. (Palestras no Brasil, pág. 60)
Talvez não sejais astutos, hábeis, violentos o bastante para amontoar riquezas; (…) porém, espiritualista e idealisticamente amontoais aquilo que chamais conhecimento. A caridade é inconsciente de si própria; não há acúmulo prévio nem distribuição consecutiva. É semelhante a uma flor: natural, aberta, espontânea. (Idem, pág. 60)
Pergunta: Desejo auxiliar e servir meus semelhantes. Qual a melhor maneira de fazê-lo?
Krishnamurti: A melhor maneira é começar por compreender-vos e modificar-vos. No desejo de auxiliar e servir a outrem, oculta-se o orgulho e a vaidade. Se tiverdes amor, auxiliareis. A ajuda clamorosa nasce da vaidade.
(…) Como podereis saber quais as necessidades de outrem, sem conhecer-vos? Se não compreenderdes a vós mesmos, não podereis compreender nem servir a outrem. Faltando-vos autoconhecimento, agireis com ignorância (…) (Autoconhecimento, Correto Pensar, Felicidade, pág. 80)
Pergunta: Já me convenci de que a minha infelicidade se deve à grande vontade que tenho de ajudar (…)
Krishnamurti: Quer dizer que sois infeliz porque não podeis ajudar a outros! (…) Logo, tirais a vossa felicidade do ajudar a outros. Fazeis uso dos outros para obterdes vossa própria satisfação. (A Renovação da Mente, pág. 30-31)
Ora, a ação de ajudar não é coisa da mente. A generosidade da mente não é a generosidade do coração. Mas, visto que perdemos a generosidade do coração, somos generosos com a mente, que, quando encontra resistência, se revolta e sofre. (…) (Idem, pág. 31)
Pergunta: Desejo ajudar os outros. Qual a melhor maneira de o fazer?
Krishnamurti: Eu quisera saber por que desejais ajudar os outros. É porque amais o próximo? E, se o amais, precisais perguntar (…)? (Por que não te Satisfaz a Vida, pág. 153)
Há diversas maneiras de “servir” os nossos semelhantes (…) O comércio serve as pessoas; o médico, o advogado, o cientista, o lavrador – todos estão “servindo” os outros, não é exato? O desejo de servir ao próximo tornou-se uma profissão, ligado a uma recompensa. (…) Assim, pois, quando dizeis que desejais “ajudar” os outros, que significa essa palavra? (…) Em que nível desejais ajudar os outros? No nível econômico, ou no chamado espiritual ou psicológico? (…) Mas, uma simples reforma cria sempre a necessidade de outra reforma, e nunca se acabará de reformar. (…) Mas, para ajudar o próximo no sentido psicológico ou espiritual, não será preciso, primeiro, que compreendais a vós mesmo? (Por que não te Satisfaz a Vida?, pág. 154)
Se desejais pôr termo ao conflito, à confusão e às tribulações, (…) de onde deveis partir? Do mundo, do exterior, procurando reorganizar os seus valores (…)? Ou deveis partir de vós mesmos, a fim eliminardes radicalmente as causas de todos os conflitos e sofrimentos? Se fordes capazes de desvencilhar-vos da paixão e da mundanidade, em que se baseia a atual civilização, descobrireis e compreendereis o valor eterno, esse valor que não se ajusta a molde algum. Sereis então, quiçá, capazes de ajudar a outros a se libertarem da servidão. (O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 115)
O mendigo que encontramos ao descer a rua nenhum auxílio recebe, mas falamos muito alto sobre a necessidade de socorrer os desvalidos. Ingressais em grupos, aderis a sistemas, e o necessitado continua de mãos vazias. (…) (A Arte da Libertação, pág. 101)
Pergunta: Se um homem está passando fome e eu sinto que posso ajudá-lo, é isso ambição, ou é amor?
Krishnamurti: Tudo depende do motivo pelo qual você o ajuda. Alegando ser favorável ao amparo à pobreza, o político chega a Nova Delhi, vive numa bela casa e exibe-se. Isso é amor? (…) (O Verdadeiro Objetivo da Vida, pág. 75)
Ele está faminto e você o ajuda com comida. Isso é amor? Por que você deseja ajudá-lo? Não terá você outro motivo, nenhum outro incentivo, além do desejo de ajudá-lo? Você não obtém nenhum benefício daí? (…) Se você está procurando algum benefício, político ou não, benefício interior ou exterior, então você não o ama. Se você o alimenta para tornar-se mais popular, ou na esperança de que, assim, seus amigos o ajudarão a chegar a Nova Delhi, então isso não é amor, é? (Idem, pág. 75)
Mas se você o ama, você o alimentará sem abrigar nenhum motivo oculto, sem querer nada em troca. Se você o alimenta e ele se mostra ingrato, você se sente magoado? Se assim for, você não o ama. Se ele diz (…) que você é um homem maravilhoso, e você se sente muito lisonjeado, isso significa que você está pensando em si mesmo, e certamente isso não é amor. Portanto, é preciso estar muito alerta para descobrir se estamos auferindo algum tipo de benefício ao ajudar os outros. (…) (Idem, pág. 75-76)
Se uma pessoa teme, não tem iniciativa. Sabeis o que é iniciativa? Será muito difícil averiguá-lo? Ter iniciativa é fazer algo original, espontaneamente, com naturalidade, sem ser guiado, nem forçado, nem influenciado; fazer as coisas por amor a elas. Às vezes, quando passeais pela cidade, vedes uma pedra no meio da rua e um carro passar sobre ela, com abalo mais ou menos violento. Já alguma vez tirastes essa pedra do caminho? (Novos Roteiros em Educação, pág. 10-11)
Já observastes, quando passeais, os pobres, os camponeses, os aldeões? Já fizestes alguma coisa por eles, espontaneamente, com naturalidade, com bondade, do fundo do vosso coração, sem que alguém vos diga o que deveis fazer? Mas, se há temor, todas essas coisas vos ficam vedadas; tudo isso desaparece da vossa existência; não percebeis o que se passa ao redor de vós, sois incapazes de observá-lo. (…) (Idem, pág. 11)
(…) Assim, pois, para realmente ajudar o mundo – tal como falais em ajudá-lo – se realmente estais disposto a ajudá-lo a libertar-se de todos os seus compromissos, de seus interesses adquiridos, de seus ambientes, então tendes de verificar que jamais falareis em ajudar o mundo; então não vos colocareis sobre um pedestal para ajudar alguém à distância e mais abaixo. (Palestras em Auckland, 1934, pág. 82)
Que valor tem a vossa compreensão, vossos nobres e elevados pensamentos, vossa vida pura, se não ajudais aqueles que estão em contínuo sofrimento, nas trevas e em confusão? Que valor tem a verdade que vislumbrastes, se não podeis dar daquela verdade aos que estão famintos e sedentos do eterno? (“Vida em Liberdade”, III, pág. 21, em “Carta de Notícias”, nº 1 a 6, de 1945)
Pergunta: É difícil entender-vos, e acho mais fácil seguir as pessoas que compreenderam os vossos ensinamentos e nô-los podem explicar. Não achais que há necessidade de tais pessoas, para divulgação do vosso ensino? (…)
Krishnamurti: Sempre que alguém deseja seguir, encontra um guia, e o segui-lo destrói a possibilidade de descobrir o que é verdadeiro. (…) (Visão da Realidade, pág. 116-117)
E não precisais divulgar o meu ensino, porque, se não compreendeis a vós mesmo, não podereis divulgá-lo. Podeis por ventura comprar e distribuir uns poucos livros, mas isso por certo não é tão essencial como o compreenderdes a vós mesmo. Compreendendo a vós mesmo, havereis de disseminar a compreensão no mundo (…) (Idem, pág. 118)
Pergunta: Posso compreender mais facilmente o que dizeis, ensinando-o a outros?
Krishnamurti: Comunicando-o a outros, podeis, talvez, aprender uma nova maneira de expressar as coisas, de transmitir o que desejais dizer; mas, francamente, isso não é compreensão. Se não compreendeis a vós mesmo, como (…) podeis expressá-lo a outros? Isso é apenas propaganda. (Solução para os nossos Conflitos, pág. 13-14)
Vós não compreendeis uma coisa, mas falais sobre ela a outras pessoas; (…) Podeis comunicá-lo verbalmente; mas podeis contar a outros o que foi a vossa experiência (…) da coisa? (…) Podeis descrever a experiência, mas não se pode transmitir o estado de experimentar. Assim, pois, verdade repetida não é mais verdade.(…) (Idem, pág. 14)
Nessas, condições (…) Quereis ensinar a outros, sem experimentardes; e esperais que, ensinando, possais experimentar (…) A experiência é muito mais importante, (…) significativa do que a comunicação verbal. (Idem, pág. 14)
Pergunta: Como podemos ajudar melhor a humanidade a compreender e viver vossos ensinos?
Krishnamurti: É muito simples: vivendo-os vós mesmos. (…) Todos desejamos prestar auxílio ao mundo, porém jamais começamos por nós mesmos. (…) Principiais, portanto, por libertar a mente e o coração do sentimento de posse. Isso exige, não apenas renúncia, porém o discernimento, a inteligência. (Palestras no Brasil, pág. 27-28)
Pergunta: Eu gostaria de vos ajudar, fazendo propaganda de vossos ensinamentos. Podeis aconselhar-me a melhor maneira de o fazer?
Krishnamurti: (…) Não podeis repetir a verdade, porque a verdade não é constante. A verdade é um estado de experimentar (…) O propagandista é mero repetidor, e não um arauto da verdade; (…) (Da Insatisfação à Felicidade, pág. 179)
Agora, com essa compreensão, que podeis fazer (…) para divulgar os meus ensinamentos? O que podeis fazer é, unicamente, vivê-los. (…) Então, como uma flor num jardim, esse próprio viver espalha o seu perfume. Não precisais fazer propaganda do jasmim. O jasmim faz a sua própria propaganda: sua beleza, seu perfume, sua delicadeza, dizem tudo. (…) (Idem, pág. 180)
Pergunta: Qual é o mais sábio caminho a seguir – proteger e abrigar o ignorante, por meio de conselho e orientação, ou deixá-lo descobrir, por experiência e sofrimento próprios (…)?
Krishnamurti: Eu diria: nenhum dos dois (…) auxiliai-o a ser inteligente, o que é coisa inteiramente diferente. (Palestras em Adyar, Índia, 1933-1934, pág. 135-136)
Se puderdes auxiliar outrem a tornar-se inteligente, isso é tudo quanto necessitamos fazer. A inteligência é livre, desimpedida, sem temor ou superficialidade. Somente podemos auxiliar alguém a libertar-se da aquisitividade, das muitas ilusões e empecilhos que o aprisionam, quando começamos a nos libertar a nós próprios. Temos, porém, essa extraordinária atitude de desejar melhorar as massas enquanto nós próprios somos ainda ignorantes. (…) (Idem, pág. 136-137)
Trabalha, trabalha pela humanidade, Serve, serve os teus semelhantes, Segue esta Senda, mas cuidado nela, Cumpre a vontade de Deus, Segue cegamente, (…) tenho a chave de Sua morada, Aproveita esta oportunidade que Ele te oferece, A tristeza e a dita a Ele levam, Se isto fizeres tua busca cessará – E então O encontrarás, bradaram muitos. (O Amigo Imortal, pág. 49)
Hamilton,
Definir o que se procura, já é um passo importante para o estudo.
Infelizmente, ficar esperando e pedindo para os passantes, sobre o seu questionário, é de cara, abrir mão desta busca.
Eu sugeriria, humildemente, listar antes, tudo o que imagina que poderia ser a resposta de suas perguntas – certo, errado, não importa!
Falando em encruzilhadas, conhecem a teoria dos grafos ?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_pontes_de_K%C3%B6nigsberg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_grafos
Caro Livio ja sei a resposta das minhas sugestões, sou umbandista. Apenas sugeri um tema que achei que seria interessante para os colegas leitores deste blog que não tem muito contato com a umbanda. Achei pertinente pois complementa este texto!
Um abraço!
Adorei o texto! Obrigada!
E o que é possível dizer sobre a prática de despachar oferendas nas encruzilhadas materiais, com a finalidade de ter contatos com o espiritual, ou que haja algum fenômeno (causa e efeito)?
Ótimo texto.
Mas faltou o crédito.
@MDD – Não fazemos idéia de quem seja o texto. Nos sites de umbanda consta como “autor desconhecido”. Sempre que descobrimos quem é o autor, fazemos a devida menção e link.
Não sei se teria isso faz algum sentido mas refletindo sobre o texto me veio uma ideia, o nome “caboclo das 7 encruzalhadas” teria alguma relação com as sete sephirots antes do veu do abismo? Se sim tem como falar pelo menos um pouco a respeito?
http://www.deldebbio.com.br/2009/07/17/correspondencias-entre-umbanda-e-kabbalah/
Quando passar na encruzilhada nem precisa olhar pra trás …. é lá que meu diabo mora … meu anjo da guarda é satanás … quero ver Marabô cair !!!! Laroiê EXU
Otimo texto. A Umbanda se apresenta em todos os entrecruzamentos necessarios como auxilio a evolucao do espirito. Nao e codificada pois o seu objetivo e libertador. Agregar varias faixas conscienciais e todos os tipos de mentalidades afins possiveis. Sem dogmas e cobrancas desnecessarias. Busca o desprendimento do ego e luta pelo coletivo, religiao inclusivista. Por isso os Guias ou Mentores amados, assim como os amados amigos e valorosos Guardioes, se apresentam em roupagens fluidicas. A intencao e enviar uma mensagem que fale ao coracao, ao “homem interior”, fazendo-o desperto sempre. Por isso se apresenta em seu Triangulo Sagrado: Preto Velho, Caboclo, e Crianca. Representando respectivamente a humildade, simplicidade e pureza. Pois independente do caminho escolhido pelo adepto, e somente atraves desses tres principios que os homens chegarao a Deus. Por isso absorve conceitos de varias Tradicoes. Se fazendo simples, demonstra sua grandiosidade, nos mostrando que a melhor religiao e o Amor.
Gostaria de acrescentar o pouco que conheço sobre o tema Encruzilhada, claro, dentro do que aprendi…
As encruzilhadas terrenas também são pontos de energia que registram astralmente as intenções das diversas oferendas que ali são depositadas, seja essa encruza de aspecto masculino ou feminino, porém devemos ter cuidado ao utilizá-las por vários motivos. Por ser um local público e canalizar constantes pensamentos e energias(de pessoas que por ali passam), não possui uma “firmeza” específica que corresponda aos pedidos depositados.
Mesmo que o médium tenha a melhor das intenções ao oferecer um fluído para uma entidade X, naquela encruzilhada ele pode correr o risco de estar dando energia a um egum desgarrado que por ali passa, ou ter sua intenção prejudicada por um louco que chuta esse trabalho porque acha que aquele alguidar com farofa foi feito para acabar com alguém (aliás essas palhaçadas é o que eu mais escuto e vejo infelizmente).
Portanto a melhor solução para que esses problemas se acabem é a seguinte:
Utilize com permissão de seu Zelador(Sacerdote) a tronqueira do terreiro onde você frequenta, pois lá você possui um local firmado e CRISTALIZADO no aspecto espiritual com todos trabalhando na mesma EGRÉGORA. É claro que as encruzilhadas espirituais não pertencem somente aos nossos GUARDIÕES, para isso existem outros pontos de energia em um terreiro.
Dessa forma você terá mais eficácia em sua oferenda, evite causar impactos visuais aos LEIGOS da religião na rua, para que eles não cuspam ou chutem suas boas intenções ( Pois a Umbanda só pratica o bem e a evolução).
O mais importante, se você oferece BICHOS para EXU você não é UMBANDISTA, exus dentro da umbanda não necessitam de sangue para correrem suas giras, isso pode ser substituído por elementos mais puros e menos densos.
Abraço a todos! E me desculpem se falei algo errado, foi de coração!
Eu estava estudando sobre encruzilhadas e me deparei com um áudio gravado pelo Jefferson Viscardi, número 393- Tiriri Lonan, onde o exu explica que encruzilhada nada mais é do que o entrecruzamento dos pontos cardeais, e não na rua! Segundo ele, pôde-se abrir uma encruzilhada em qualquer lugar para arriar um despacho, mas ele recomenda que seja no terreno da própria casa de oração, para não poluir as ruas nem invadir o espaço alheio ou público. Achei interessante. O que vcs acham?
Pontos cardeais, como o próprio nome diz, são pontos logo não podem se cruzar. Linhas se cruzam, pontos não.
Não se costuma arriar um trabalho dentro da própria casa pois este é uma oferenda, como tu pode ofertar algo e manter para si mesmo? Ainda mais um trabalho para exu, que é uma entidade de rua.
mas os pontos podem se cruzar com linhas que ligam ela assim como a rosa dos ventos teriam sim como abrir um entrecruzamento em qualquer lugar alias pode se fazer isso com pemba ou ate mesmo na mata ou terra fazendo linhas nela ou abrindo caminhos . Oferenda na propria casa ou terreiro é mais uma firmeza do que Uma oferenda .
“Oferenda na propria casa ou terreiro é mais uma firmeza do que Uma oferenda”
Muito bem colocado Alexander. A firmeza firma, no caso firma o local ou a pessoa ou o destino do pedido.
A oferenda oferta algo e ofertar é feito no ponto de força.
Se alguém quer lhe ofertar algo, vai até “sua casa” para tal. Há exceções onde poderia “te chamar para receber a oferta” mas ai chamar já seria uma invocação, um pedido, e sairia da oferta, pois oferecer é dar e oferecer pedindo é trocar.