O Nível e o Prumo


O nível e o prumo ocupam um lugar eminente no momento de se pôr “mãos à obra” e de levantar os alicerces do labor construtivo. Com o nível se comprova que a base do edifício está completamente plana, evitando assim que possam existir desníveis e deformidades no terreno. Trata-se de que a obra se erga com sua base perfeitamente horizontal, e todas suas partes niveladas entre si, já que qualquer descuido neste sentido acabaria, tarde ou cedo, com o desabamento de toda a edificação. Por sua vez, o prumo desempenha um papel fundamental, pois graças a ele o edifício se eleva vertical e perpendicularmente. Desta forma, nível e prumo se relacionam com a horizontal (energia passiva) e com a vertical (energia ativa), e tudo o que já se disse de ambos os símbolos pode ser aplicado aos ensinos que derivam destes dois instrumentos. (ver Módulo I, N.º 34). A união do nível e do prumo configura por isso o símbolo da cruz, que resulta do cruzamento de um eixo vertical e de outro horizontal, os quais durante a construção do edifício vão criando sua estrutura.

No templo universal, que é o Cosmo visível, o extremo superior do eixo do prumo “cósmico” está situado na estrela polar (o zênite do Mundo), desde a qual, efetivamente, desce um eixo imaginário –mas não menos real– ao redor do qual gira todo o universo. No templo propriamente dito, esse prumo é o eixo perpendicular (representado, ou não, visivelmente) que cai da extremidade da “chave de abóbada” até o centro do retângulo da nave onde está situado o Altar ou Ara, a “pedra fundamental”. É, pois, o prumo um símbolo do “Eixo do Mundo”, aquele que, sustentado pela mão do Arquiteto construtor, atravessa os três mundos, o Céu, a Terra e o Inferno, ou Infra-mundo. No microcosmo sutil do homem também existe um eixo vertical (chamado sushumnâ na tradição indiana) que atravessa os diversos estados de consciência (simbolizados pelos chakras ou “rodas”), desde o inferior, situado simbolicamente na base da coluna vertebral, até o superior, localizado no topo da cabeça ou chave de abóbada craniana.
Isto está estreitamente relacionado com o próprio processo do Conhecimento e da Iniciação, pois esta trata, como já sabemos, de um recordar paulatino desses estados de consciência, análogos aos do Ser Universal. O prumo representa aqui o símbolo da busca da Verdade que penetra até as profundidades mais recônditas de nosso ser, com a ajuda naturalmente desse nível interno que nos obriga a uma total submissão à Vontade Superior que aflora em nós, e sem a qual toda tentativa de busca espiritual é uma quimera. “Se o Eterno não edifica a casa, em vão trabalham aqueles que a constroem”. Ou bem, recordando a fórmula hermético-alquímica V.I.T.R.I.O.L., “Visita o Interior da Terra (de ti mesmo) e Retificando Encontrarás a Pedra Oculta”.

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Respostas de 9

  1. desde o inferior, situado simbolicamente na base da coluna vertebral
    Isso quer dizer que a posição dos chackras é apenas simbólica? Ou seja, o MULADHARA por exemplo, não está fisicamente na base da coluna?

  2. dia 10 passou batido.
    aniversário do grande chuck norris.
    podem não gostar dos filmes deles, mas 5min para leitura de http://vidaeestilo.terra.com.br/homem/interna/0,,OI4311786-EI12827,00-Dez+coisas+que+todo+homem+tem+que+aprender+com+Chuck+Norris.html voce pode notar que ele é uma pessoa muito interessante.
    muito mais que um drogado que só sabia destruir instrumentos musicais no palco e que com a fortuna só sabia comprar pó.

  3. sei que diria “E muito mais teria para vos dizer mas não estais preparados para suportá-lo agora…”
    mas isso tem tudo á ver com a iniciação templaria, rosacruz, maçonica e do genero não he?
    em alguma postagem anterior vc iria publicar algo indicando ou falando como participar de algumas ordems, ja foi publicado isso ?
    para ser um templario precisa mesmo ter 21 anos?
    sem mais pergutas eis que me dirigo o formspring.
    @MDD – 21? não… com 21 você entra na maçonaria… depois de 2 ou 3 anos chega a Mestre Maçom; depois de um ano pode obter o grau de Arco Real no Rito de York e depois de seis meses a um ano (que daria uma idade de aprox. 25 anos de idade) poderia ser investido como Templário. Mas a maioria dos Templários que eu conheço tem mais de 40 anos.

  4. Tio, ando pesquisando sobre runas e não achei nenhum paralelo com os caminhos/arcanos…
    Sobre os paralelos “arcanos/caminhos” eu escolhi o sistema do livro “the tarot of the magicians” (oswald wirth). Ele é certo? fiquei na dúvida (sol / kof / malkuth-yesod?)
    indica um livro que tenha um sistema mais certo?
    Vc pode, por gentileza, colocar qual runa se relaciona com qual arcano/sephirat?
    assim eu posso pesquisar por mim mesmo e, quando puder, fazer o seus cursos de arcanos menores, kabbalah e runas com um conhecimento prévio.
    Obrigado!

  5. Edu, Eu mandei um email pro MDD para ele postar um topico com essa campanha estampada…. Com sorte esse livro será editado.

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