O Mago e o Feiticeiro

 
Minha intenção aqui não é iniciar uma polêmica a respeito do significado desses dois termos segundo diferentes autores. Também não estou diminuindo o ofício de um ou de outro, seja qual for a definição utilizada. Aprecio a sua visão a respeito do tema, mesmo que ela seja diferente da que aqui apresento. Tampouco desejo estabelecer conclusões definitivas sobre o tópico. Esclarecidos esses pontos, partirei para uma análise cujo intuito é uma reflexão saudável, que não intenciona impor o “melhor caminho”, pois a via de cada um é totalmente pessoal.

Seja na magia tradicional ou na Magia do Caos, muito ouvimos falar em feitiços, sistemas, rituais, receitas ou fórmulas, que podem variar em denominações e níveis de complexidade na execução. Muitos rituais da magia tradicional são belíssimos e ricos em simbologia, sendo que há aqueles que podem demorar longas semanas ou meses, até que se alcance um importante objetivo. Na Magia do Caos é comum a utilização dos sigilos e servidores, que podem resolver alguns problemas simples com rapidez. O método ou o tempo de duração podem depender de inúmeros fatores, sendo alguns dos mais relevantes a dificuldade da operação e as entidades envolvidas.

Existem rituais e feitiços para praticamente tudo: amor, dinheiro, cura, só para citar alguns. No ocultismo você estuda as correspondências para saber quais cores, aromas, etc, atingem o inconsciente com mais eficácia, para aumentar as chances de sucesso de certa operação. Uma magia cujo tempo de preparação é mais longo também influencia diretamente em aumentar a confiança do magista para que seu objetivo se realize, o que é fundamental.

Na magia tradicional o enfoque geralmente está nos estudos das simbologias mais adequadas, o entendimento do aspecto filosófico e a aplicação de todos esses fatores no desenvolvimento de uma magia cerimonial altamente elaborada, que poderá influenciar tanto o mundo material como a mente, no momento em que as conexões da mente do mago com a mente do mundo são estabelecidas.

No caoísmo costuma-se realizar experimentos para saber qual tipo de método poderá ser empregado para cada indivíduo. Considerando-se que cada pessoa possui uma visão de mundo e uma experiência de vida diferenciadas, seria natural supor que as influências externas as afetam de modos diversos, mesmo que em alguns momentos isso possa ocorrer num nível sutil. O caoísmo explora essas sutilezas visando mais o resultado do que as explicações por trás do processo. Tais explicações podem ser exploradas numa busca de potencializar o resultado como um entendimento relativo, não com o objetivo de sistematizar essas diretrizes através da criação de um sistema absoluto e determinado que funcione para todos.

Acredito que tanto a metodologia da magia tradicional como a do caoísmo são admiráveis, e ambas possuem seu mérito. Há momentos em que as duas se relacionam, uma utilizando técnicas da outra. Novamente, a escolha de uma linha de magia depende completamente das inclinações da pessoa, e não porque amarelo é melhor que laranja ou uvas são mais gostosas que melancias. Eventualmente praticantes da magia tradicional podem concluir que realmente o amarelo seja mais eficaz que o laranja em dada ocasião (mesmo que o magista odeie o amarelo e a cor lhe traga lembranças ruins), e sejam capazes de montar diversos quebra-cabeças do mundo para explicá-lo. Mas como os caoístas enxergam a realidade mais como um caos dançante e livre do que como uma equação a ser solucionada, talvez não seja uma questão de definir se o mundo é redondo ou quadrado, mas de ter a consciência do formato da armação de nossos óculos que enxerga o mundo dessa maneira. No final, seria extremamente agradável se tudo fosse um quebra-cabeça dançante. Assim, as duas visões seriam reconciliadas, como deseja o Princípio da Polaridade do Caibalion.

Seja qual for a sua abordagem, há realização de feitiços em muitas linhas de magia, religiões e nos mais variados sistemas e subsistemas filosóficos, herméticos e na simpatia da esquina. Para a preparação de algo assim, alguns partem de uma abordagem mais pessoal e realização de testes; outros de técnicas mais gerais, cerimoniais e altamente filosóficas.

O problema começa quando passam a existir apenas duas opções que determinem a eficácia mágica:

1- Sua magia deu certo. Você foi bem sucedido.

2- Sua magia deu errado. Você falhou.

Muitos pensam que ser bem sucedido num grande número de feitiços torna a pessoa um bom mago. Isso não é verdade. Isso faz dela um bom feiticeiro. As duas áreas estão relacionadas, mas não são a mesma coisa. De modo análogo, a habilidade de ser rápido em cálculos não torna alguém automaticamente um bom matemático. Pode ser que um matemático seja meio lento em operações aritméticas, mas possua um raciocínio lógico fenomenal para enxergar padrões em diversas áreas da matemática e relacioná-las.

Ser bom em feitiços pode ajudar um mago, mas isso não é tudo. Não é nem o começo. O princípio é perguntar-se: “Em primeiro lugar, por que eu preciso de feitiços? Estou insatisfeito com o mundo? Ou comigo mesmo? O mundo precisa mudar? Ou eu preciso mudar?”.

Nós temos a tendência a pensar que somos o centro do universo e que o mundo existe somente para nos servir. Então quando as coisas não ocorrem conforme nossa vontade ficamos tristes ou furiosos, e desejamos alterar algo lá fora rapidamente, para que o “equilíbrio seja restabelecido”, como se o equilíbrio ideal fosse sempre a satisfação imediata de todos os nossos desejos.

Não estamos sozinhos. Nossa família, nosso círculo de amigos e nossa comunidade não são tudo o que existe. Além de bilhões de pessoas, há tantos outros seres vivos, substâncias orgânicas e inorgânicas que compõem a biosfera que, por melhores que sejam nossas intenções de realizar uma magia para ajudar a nós mesmos ou a alguém, seria um desafio além de nossas forças possuir a sabedoria absoluta que determinaria quais são as ações corretas e incorretas que estariam de acordo com um “equilíbrio do universo” – sendo que até este poderia ser um “equilíbrio dinâmico”, em constante mutação.

Sabendo que não possuímos a sabedoria infinita, seria lógico entender que, por essa razão, tampouco possuímos poder infinito. Isso geraria um desequilíbrio imenso. Ter poder sem a sabedoria para usá-lo seria um perigo para os outros e para nós mesmos.

Portanto, espero que da próxima vez que um feitiço seu não dê certo, você se sinta grato. Seria realmente terrível se você fosse capaz de sair por aí alterando todas as coisas do mundo conforme sua vontade. Sabedoria e poder nem sempre evoluem proporcionalmente em todos os graus que se almeja, como ocorreu na obtenção do poder das bombas, sem a sabedoria para usar adequadamente o conhecimento das reações nucleares. Sendo assim, certas capacidades adquiridas poderiam lhe trazer solidão imensa e outros efeitos colaterais. A natureza muitas vezes freia a eficácia de algumas magias suas realizadas sem a devida sabedoria, para sua proteção e segurança, mesmo que isso lhe traga insatisfação.

Muitos magistas se tornam obcecados com a realização de feitiços, a ponto de pensar que isso é tudo o que existe no campo da magia, ou que feitiços são a magia em si. Eles são somente uma das manifestações dela.

Alguns praticantes se frustram quando cometem muitos erros, principalmente no início, e logo concluem que magia “não existe”, que é “lenda”, “não funciona”, e acham que tudo o que fizeram foi bobagem ou perda de tempo. Há também aqueles que realizam um número espetacular de acertos logo em suas primeiras experiências e se empolgam muito. Mas ao sinal do primeiro erro perdem a confiança e começam a se questionar se tudo aquilo não foi apenas “coincidência”. Sua crença no processo é abalada, e a partir daí muitos erros ocorrem em sequência, como um efeito dominó.

Para ser um bom feiticeiro é altamente desejável ser um bom mago, embora um bom magista não precise necessariamente ser exímio em feitiços. O Mago compreende que ele não é um indivíduo isolado e que sua sabedoria não é infinita. Por isso, ele entenderá com serenidade que muitos feitiços seus não irão dar certo e nem devem.

Agora nós iremos ainda mais longe na análise. Um feiticeiro que acerte mais de 60% de seus feitiços é bom, certo? E um que acerte mais de 80% seria ótimo, correto?

Não é bem assim. Até mesmo no caso de feitiços, as coisas não podem ser medidas apenas em termos de acertos e falhas. Quando se realiza um processo mágico, o efeito obtido não é apenas um resultado concreto e facilmente mensurável. Você alterou a ordem de algumas coisas lá fora, e também dentro de si mesmo.

Um feitiço seu que falhe na esfera física poderá deixar uma carga residual positiva em sua mente que contribua para a eficácia de seu próximo feitiço, caso você tenha a compreensão de que é completamente natural haver falhas e que isso não depende diretamente da sua falta de habilidade. Há inúmeros fatores em jogo. Se ao não obtiver o que deseja você pensar “Não aconteceu porque afetaria negativamente em outras partes, então eu me sinto grato”, a carga residual irá lhe favorecer, então uma parte do feitiço funcionou, pela sua sabedoria em não carregar erros físicos para a esfera mental.

Para aqueles que não se dão bem com a aparente “roda da fortuna” dos feitiços, e que não desejam transformá-la numa “roleta russa”, que retire toda sua empolgação em praticar a magia, sugiro começar com processos mais simples e mais subjetivos, como rituais para fortalecer sua confiança e coragem.

Há naturalmente pessoas com mais facilidade em obter um maior número de “acertos mensuráveis” em feitiços, mas aqueles com dificuldades não devem se desanimar, pois nada que um treino intensivo e dedicado não resolva.

Mas talvez você não seja o tipo de “mago feiticeiro”. Embora tantos grimórios possam sugerir que essa é a única categoria de magista que existe, há outras possibilidades¹. Quem sabe você não se sinta confortável, emocionalmente e filosoficamente falando, com a realização desse tipo de magia. Há os magos que defendem que a realização de feitiços vai “contra seus princípios” de aceitar a realidade como ela é e não lutar contra ela, que seria uma filosofia mais ligada ao taoísmo e budismo.

Quando você muda sua atitude mental para se harmonizar com o mundo da forma que ele nos é apresentado, nem sempre precisa realizar uma alteração mais radical lá fora (que seria o wu wei, ação pela não ação). Já no caso do budismo, você não busca diretamente poderes supramundanos. Pode acontecer de esbarrar neles ao longo da meditação, e tê-los não é considero bom e nem ruim.

Então um mago que não realiza feitiços não realiza magias? Ele realiza. O Mago é um indivíduo capaz de executar a mais poderosa alquimia: a interna, com a alteração de sua percepção do mundo e de si mesmo. Através disso, ele poderá obter o poder mais fabuloso e cobiçado: a felicidade. E essa felicidade pode ser até mesmo a capacidade de entender que ele não precisa estar feliz em todos os momentos para ser feliz, por mais paradoxal que possa parecer essa afirmação (há quem chame essa “alegria pela transitoriedade da alegria” de bem-aventurança).

Em vez de fazer o vento parar, o Mago poderá ser como a rocha, que não se abala com o sopro do vento. Ou como a árvore, que pode até se dobrar, mas não se quebrar. Há acontecimentos que poderão derrubar o nosso corpo, como a própria morte, ou até tocar a nossa mente, mas o Mago não permitirá que atinja seu espírito.

Quando entendemos que nosso espírito não é só nosso, mas está em tudo, vemos que coisas como dinheiro, saúde, pessoas ou até mesmo a felicidade não nos pertencem para que possam ser agarrados ou aprisionados. Feitiços são formas de engaiolar o pássaro por mais algum tempo. Semanas? Anos? Décadas? Um dia irá alçar voo. O Mago não engaiola a felicidade. Ele aquieta sua mente para voar com ela.

 

[¹Para quem deseja um exemplo de uma magia não centrada nos feitiços, aqui nós trabalhamos com uma linha de fábulas que inspiram a vivência espiritual, técnica já utilizada em tantos livros sagrados. As fábulas se relacionam a grimórios que sistematizam a porção ontológica e mágica dos sistemas. No que concerne à mente, o limite é a imaginação. Para os que não entenderam como funciona, explicarei possivelmente no meu próximo post].

 

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Respostas de 15

  1. Percebo, portanto, que no concernente à vontade, há um limite para se praticar a magia “externa”. Por mais que o propósito seja louvável e, aparentemente, não interfira na vontade alheia, ainda assim é possível alterar a realidade lá fora e consequentemente desviar alguma estrela de sua rota natural… Bem, aqui acho que entra o efeito borboleta.
    Parabéns pelo post! Me fez pensar sobre outro prisma por aqui. Essa nossa tendência louca de querer impor à vida que tudo pra gente dê certo, e se isso não ocorre, as justificativas mais bestas são levantadas em falso testemunho…

  2. É… Apesar de ser novo por essas bandas, já começo a entender o quanto a mudança interna é superior à magia! Parabéns pelo post!

  3. Parabéns. Fazia muito tempo que eu não lia um texto que me tocasse como esse o fez. Me vi em muitas das palavras e ideia que você mencionou acima. No começo da minha caminhada no ocultismo, eu era imaturo e inexperiente e minha felicidade dependia exclusivamente do acerto de meus feitiços. Exatamente por isso, eu tive muitas idas e vindas e perdi a fé muitas vezes. Atualmente, minhas práticas são mais voltadas para o crescimento interior e fortalecimento de minha espiritualidade e lhe digo, nunca em minha vida estive mais feliz que agora (claro que como você disse acima “E essa felicidade pode ser até mesmo a capacidade de entender que ele não precisa estar feliz em todos os momentos para ser feliz”).
    Atualmente, não sinto necessidade de efetuar rituais para obtenção de nada em específico, só o fato de me manter positivo e trabalhar meu interior e espirito, já traz automaticamente as coisas que necessito e muitas vezes até mais.
    Mais uma vez parabéns pelo texto.

  4. Eliphas Levi no livro “dogma e ritual de alta magia” enfatiza várias vezes que a maior transmutação alquímica é a que ocorre em nosso interior.
    Gostei muito do texto!!!

  5. Execelente! muito profundo. Gostei muito da comparação com e entre a capacidade de rápidez nos cálculos e a habilidade do pensamento lógico. No entanto fiquei com um dilema/dúvida. O texto de certa forma apregoa a supremacia da via do Mago/alquimista interno sobre o Mago/feiticeiro. Pessoalmente quero pensar assim, mas fico com uma certa resistência em pensar totalmente assim. No âmago desta dúvida resistente está o papel daqueles que certamente iniciaram-se desde os primordios no desenvolvimento desta Arte. Que seria da Magia sem o intento dos feiticeiros que lançaram mão dos primeiros feitiços e rituais para obterem aquilo que desejavam e diga-se de passagem, movido pelo interesse colectivo do Clã/tribo que necessitavam de chuva, caça e outras mazelas que assolavam sem dúvida os nossos avoengos longíquos lançados à existência numa terra inóspita e dura. Não seria de todo menosprezar o pioneirismo a que se deram os nossos primeiros magos, experimentando toda especies de rituais para vencerem desafios enormes? E afinal nós lhes devemos um tributo. Eram eles Magos/feiticeiros ou Magos/Alquimistas? Não seria da necessidade de mudar as coisas que nasceu os rituais, os feitiços ou em suma a Magia? A alquimia interna penso eu – me corrigem se estiver errado – (seria realmente uma satisfação psicológica se entendesse isto de melhor), não veria muito mais tarde com a estabilidade criada e com o domínio do homem sobre muitas coisas da natureza conseguida pelo recurso à mágica.

    1. Olá E.Fontes. Entendo sua dúvida, mas ao meu ver, os povos antigos tinham sua espiritualidade bem mais aguçada (lapidada) que a nossa sociedade de hoje. Eles viviam da terra e para a terra de um modo coletivo, ou seja, sua interação com a mãe natureza sempre foi ressaltada e enfatizada. Acredito que por isso, antes de serem considerados magos/feiticeros, eles já eram magos/alquimistas desde sempre. Pelo menos assim o acho. Abraços.

  6. Adorei o texto e concordo quase com tudo, se não com tudo. O texto renovou o interesse que tinha pela Magia do Caos, pois abandonei quase que todos os estudos e práticas dela, por paradigmas mais ligados à Espiritualidade. Apesar de ainda ter a base no pensamento e prática na Magia do Caos, a estrura que construí, acima dela, está mais ligada ao desenvolvimento espiritual, aos paradigmas mais místicos
    Uma frase que ilustra isso, no livro “The Blood of Saints”, de Alan Chapman e Duncan Barford: “Materialism is the inability to exercise acceptance, and magic with a material aim is a short-sighed solution at best.”

    Gostaria de saber mais sobre a Ordem que criou e e perguntar como, se, os ensinamentos estão ligados à visão deste texto acima?

  7. Boa noite…
    Gostei mto do texto…
    Eu já sabia fazer a diferenciação entre mago e feiticeiro…
    Eu sou uma magista…NUnca fiz ritual algum com fins “egóicos”…Apenas com intenções de transmutar o chumbo(denso…material…egoico) em ouro (sutil…espiritual…essêncial) e contribuir para a harmonização e equilibrio micro e macrocosmico….
    E percebe-se claramente que a maioria são feiticeiros…principalmente os “iniciantes”…

  8. Para mim existem 3 grandes hierarquias mágicas!

    Feitiço – o cara que põe em prática receitas de bolo encontrados em glimórios para fins egóicos.

    Baixa magia – o magista ja tem um estudo um pouco profundo da magia, astrologia, cabala e ja começa aroduzir seus próprios rituais além de entender a lógica em rituais de terceiros

    Alta magia – magia dedicada exclusivamente ao contato com o sagrado e crescimento espiritual através de estados alterados de consciência, além de dominar profundamente os conhecime tos ocultos

    Eu particularmente não vejo problema nenhum em utilizar as magias pra fins mundanos desde que não prejudique ninguem. Pra mim essas magias podem ser utilizadas com equilíbrio sem prejudicar a reforma íntima. Ja deu aquele pensamento Franciscano que pra evoluir você tem que ser fudido na vida pra mostrar que é desapegado. Makut e Keter o que está em cima é como oque está em baixo!

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