Medo. Sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente.
Quem de nós nunca sentiu algum medo em sua vida? Medo de escuro, da solidão, de lugares fechados, do novo, do oculto, de perder alguém que se ama, de não ser amado, de sentir dor, etc.
O medo não é definido por classe social, crença filosófica ou espiritual, não é definido por raça nem faixa etária, o medo é algo que move a humanidade dos tempos antigos a modernidade, dos mais novos aos mais velhos, o medo nos deixa desconfortáveis, leva a depressão e nos faz desistir e esquecer de grandes planos.
A própria cultura ou formação religiosa nos incute o medo. A crença do pecado original que a Humanidade carregaria até hoje, resulta no temor(medo) de Deus e das possíveis represálias que pode sofrer, ainda dentro da crença Cristã, esse medo do pecado original nos leva ao medo do amanhã, pois quando alguem morre, terá três alternativas, Céu, Inferno ou Purgatório.
Creio eu que todos nós temos nossos erros e nossos pequenos(alguns nem tão pequenos assim)deslizes na vida, o que nos restaria o Inferno ou o Purgatório, onde teremos que suportar mais e mais sofrimentos, que nos leva a temer por eles.
Saindo do conceito religioso e indo para um conceito social, o medo nos acompanha desde criança, onde mal se entendia o que era uma inflação, mas sempre ouvia os pais comentando sobre a alta da inflação, ou a alta taxa de juros e o crescimento do desemprego, não precisamos entender os números e o real significado dessas palavras, basta observar e sentir o tom de voz de preocupação e a reação corporal/energética que os pais tinha ao falar sobre o tema, isso toda criança é capaz de sentir, basta apenas uma pequena experiência como essa em nossa infância e já aderimos o legado do medo que acaba sendo repassado a nós inconcientemente.
Crescemos sendo bombardeado por todos os lados com algo que nos limita, e que nos deixe temerosos, temos medo da vida, ou seja, do que a vida nos oferece em termos de conjuntura e possibilidades. Na verdade, o medo é de fracassarmos no resgate de erros pretéritos ou da experimentação, por novas provas que poderiam, ambas (provas e expiações), nos garantir o ingresso em melhores condições sociais e espirituais futuras.
O medo nos leva a um estado misantrópico pois temos medo dos outros, de que eles nos possam causar mal, em qualquer dos ambientes em que nos inserimos: o colega de trabalho ou estudo, o vizinho, o conhecido, o amigo, o parente, etc. Todos, ou quase, nos representam ameaças vivas aquilo que projetamos ou desejamos para nós.
E o que devemos fazer?
Bom, devemos buscar novos horizontes, acreditar em nossa força e potencial, vencendo nossos medos indo sempre em frente. Muitos vão dizer que não é fácil porem necessário eu já prefiro dizer a você que é fácil e mais que necessário.
O x da questão está no domínio de nossa mente, se você não tem controle do que você pensa, então não há como dominar nem suas vontades, quanto mais seus medos. Parafraseando Sidartha Gautama, “nós somos hoje, o resultado de nossos pensamentos de ontem.” Se você planeja uma mudança em sua vida e sempre que for pensar nela, criar situações mentais em que o medo está sempre presente, meu amigo, você está fadado ao fracasso.
Faça algo para controlar sua mente, não importa qual seja a filosofia a crença ou a prática, apenas faça e busque o controle de suas emoções, de seus medos, anseios, e tente se tornar uma pessoa melhor, quando o medo nos domina, nosso lado primitivo é evidenciado o que nos torna pessoas mais grosseiras, mais amargas e menos racional.
Então domine seus sentimentos, ansiedades e seus medos, torne-se uma pessoa desprovida de sentimentos amargos e faça a mudança do Mundo a sua volta, pois o Mundo muda na mudança da mente.
Frater Aurum
Paz Profunda
Respostas de 14
Não sentirei medo.
O medo é o assassino da mente.
O medo é a pequena morte que a tudo obstrui e apaga.
Encararei os meus medos.
Permitirei que passem por mim, sobre mim.
E quando tiverem passado,
Volverei meu olho interno para olhar a sua trilha.
E quando os medos tiverem sumido
Somente eu permanecerei
(traduzi do livro Dune do Frank Herbert)
Já faz algum tempo que eu frequento o Teoria da Conspiração, sempre como espectador, mas ao ler esse artigo me vi impelido a escrever meu primeiro comentário. Simplesmente brilhante!
Parece que veio de encontro a mim, que estou passando por um momento de dúvida e medo. Medo do amanhã, medo do que virá, medo de não conseguir. Esse artigo me fez lembrar do que havia aprendido a respeito de combater o medo, e que por causa do medo eu não estava dando atenção. Grande artigo Jeff. E pra encerrar, uma citação do livro Duna do escritor Frank Herbert:
“Não devo sentir medo. O medo mata a mente. Enfrentarei o medo, e deixarei que ele passe por mim. Quando ele se for, nada restará, além de mim !”
Muito bom o texto, parabéns.
Por “coincidência” tenho refletido muito sobre o assunto de controle daquilo que pensamos e como mudar de maneira positiva. No meu humilde entendimento, o nosso mundo (Malkuth) e por consequência nós somos sofremos muita influência de Yesod, que é dominado pelas forças pensamento. E estas forças pensamento são muitas vezes invasivas. Não só sentimentos de raiva, angústia e medo, mas também besteiras em geral, como a música da moda e tals, estão constantemente invadindo nosso eu consciente e tentando tomar o controle (ter toda nossa atenção). Sem o controle daquilo que pensamos, nos distraímos, sofremos acidentes, nos estressamos e tornamos nossa vida uma sucessão de ações “no piloto automático” sem a consciência do porquê daquilo.
Eu vivo mentalizando que, se queremos que o mundo mude, precisamos começar a mudar nós mesmos. E para ilustrar bem a situação, eu sempre me recordo do filme Matrix, naquela cena onde, um pouco antes de ter o primeiro contato com o Oráculo, Neo observa as crianças interagindo com o ambiente e uma delas, ao entortar uma colher diz: “Não é a colher que entorta, somos nós mesmo.”
Agora, voltando ao assunto do texto, tenho medo sim. Mas o medo que eu sinto é de passar por esta experiência carnal sem ter feito um bom trabalho para a evolução espiritual minha e de meus semelhantes. Medo da vida pessar e ter a sensação que foi em vão. Mas acho que esse medo é positivo, me dá forças para buscar, pra tentar entender e observar se estou vivendo ou deixando a vida me levar…
Espero ter contribuído com este ótimo post.
Paz Profunda.
Contribuiu sim, amigo… obrigado
Parabéns pelo texto. Simples e excelente.
Justamente quando estou planejando mudanças bruscas na minha vida eu leio isso? Sincronismo: a gente vê por aqui! Valeu, frater!
A maior dificuldade é “controlar a mente”, pois quando temos medo, a primeira coisa que tentamos é EVITA-LO, assim fica mais fácil, porém NÃO É SOLUÇÃO. Eu preciso enfrentar meu medo de falar em público, já tentei até fazer curso, mas o medo sempre falou mais alto.
É difícil, mas não é impossível!
Eu sempre achei muito estranho o medo de falar em público, fazer curso de oratória e etc não acho que resolva, pois é meio que um tratamento de choque. Qual seria a orgiem desse medo? Será que está relacionado a imagem da pessoa? Quem sabe a voz?
Texto perfeito! O trecho do “Dune” é maravilhoso!
Tenho síndrome do pânico há dois anos. Estou em tratamento e melhorando sempre, e não vejo a hora de me livrar de tudo isso: é muito mais deprimente pensar em tudo que perdi nos últimos anos, pelo medo ilógico que sinto em várias situações. A respiração ióguica e a meditação ajudam, e muito!
Só acho curioso que na semana que comecei a enfrentar o medo de dirigir apareça esse texto aqui 🙂
Ótimo texto, mas como parar o medo?
Não me refiro ao medo natural de, digamos, cair uma aranha marrom no seu teclado e você pular da cadeira, mas o medo artificial, neurótico, aquele medo que só existe na mente.
Meditação? Foco no agora? O que mais?
“Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!”
Grande Gabriel Pensador!!
hahahahahahaha!
Que sincronicidade! Estava ouvindo esta musica e do nada me deu vontade de visitar o blog ^^
ola
Muito bom o texto.
Não podemos esquecer que o medo pode ser positivo e negativo. Positivo quando o impede de fazer burradas e por sua vida em risco. Negativo quando o impede de exercer um direito, favorecendo aqueles que o querem tirar.
Não podemos confundir medo natural com o pavor inconsciente.
Os espertalhões do cristianismo judaico criaram um tipo de pecado que impedia os pobres crentes de escapar dessa noção. Mesmo aqueles que sabiam nada temer quanto a castigos futuros, por terem sido justos a sua vida inteira, terminavam por serem pecadores naturais, graças ao pecado original. Por isso um sábio amigo meu dizia que os cristãos deveriam se matar logo que passassem a pensar, pois, o grande pecado era terem nascido.
Comentário bem legal até a primeira parte. A segunda parte é uma meia verdade, ela realmente aponta um pensamento que foi defendido e trabalhado por facções poderosas do “cristianismo-judaico”. Mas você está generalizando, você está fazendo a mesma coisa que os pseudo-céticos fazem; eles simplesmente colocam todos que se autodenominam ocultistas (desde gente séria até todo tipo porr* louca) no mesmo saco. O cristianismo é grande demais pra você se expressar da maneira como fez e ainda chegar a essa conclusão. Assim, ou o seu amigo não é tão sábio, ou a conclusão dele tá bem fora de contexto.