Embora as estatísticas mundiais apontem o ceticismo com um percentual bastante modesto em relação aos seguidores de religiões e organizações espiritualistas, a idéia que se tem ao abrirmos páginas de sites e blogs da internet é de que os céticos são maioria no planeta.
O ateísmo representa em torno de 2.5% da população mundial e segundo especialistas está em baixa, mostrando índices cada vez mais insuficientes. Normalmente os ateus se classificam como céticos por que o epíteto lhes serve de fórmula tácita abrangente aos seus protestos, englobando uma seqüência de posições antagônicas aos religiosos e aos demais seguidores de crenças. A presença mais vigorosa em seus argumentos é justamente a visão elitista que lhes confereria as ciências. Julgam oferecer ao mundo todos os necessários respaldos científicos em todas as respostas de discussões sobre a irracionalidade da existência de um Criador.
Os blogs e sites pululam na internet trazendo uma visão agressiva e estereotípica do ceticismo. O que os céticos procuram transmitir é que os estudiosos das ciências sabem a verdade, sabem que Deus realmente não existe, que as religiões são e sempre foram um mal para a humanidade, e os esotéricos, místicos e espíritas são todos uns alienados e ignorantes.
Há, no entanto, blogueiros mais lisos. Fingindo-se democráticos, dizendo-se entender todas as opções de correntes da religiosidade, desejam, em realidade, ver engrossadas suas colunas de debates e aumentados os seus links, pois se contradizem a todo instante ao escrever ou anexar artigos ora indutivos ora de cristalino entendimento contra a inteligência de quem não seja cético. É só observar como defendem com superioridade e absoluto orgulho suas opções ao ceticismo, e, por infelicidade da justeza do vocábulo, como “endeusam” aos pesquisadores e homens de ciências, notoriamente céticos e ateus. Na realidade, o endeusamento a esses pilares céticos se transforma num objeto de culto sob a absurda negativa das funções do aparelho psicológico humano montado pelas leis naturais da fisiologia objetiva e subjetiva. Há nisso um reconhecimento quase inconsciente de tudo quanto mentem a si mesmos. Eles sabem disso e fingem não saber, por isso se rebelam contra a natureza divina, lembrando a lenda dos Titãs.
Explico. O homem é um micro dentro de um macro. Deus é micro e macro ao mesmo tempo. Se o ateu se diz ateu porque nunca viu Deus fisicamente, o crente poderia dizer a mesma coisa, entretanto sua visão de Deus é outra. Os calhamaços da cultura acadêmica intoxicam os cérebros jovens de teorias céticas e pragmatismos das leis da física, buscando demonstrar como a razão sufoca e pulveriza as crenças. No entanto, seus arautos esquecem-se de ensinar que a matéria não criou a psique, nem da matéria exala-se o pensamento, mas bem ao contrário. Dirão que o pensamento se produz no cérebro por impulsos elétricos, porém os impulsos elétricos somente registram, a mente é o veículo pensante; o ego pensador é que opera numa escala de valores que vai desde o instinto pura e simplesmente às mais elevadas emocionalidades dos êxtases espirituais.
Os religiosos convictos sabem que há um Deus imanente e transcendente, explicado somente pela fé. O mesmo Deus dos religiosos é incursionado pelos estudos e sabedoria dos esotéricos, identificado por uma vida e uma via interna plenas de experiências inexprimíveis que se alcançam gradualmente nas sintonias com as leis da perfeição. Os céticos não conseguem ler essa mensagem interna, nem senti-la, mas não conseguem impedir que as leis naturais os levem para a mesma direção dos crentes e dos estudiosos e que neles também atuem. E por mais que neguem, vive-lhes a ânsia de um conhecimento transcendente à matéria, de um porque da misteriosa existência que os leva a tornarem-se impotentes à natural pressão de todos os seus átomos e células. Essa pressão os impulsiona a um artificial teísmo, logicamente materialista, a um objeto qualquer de sua escolha, normalmente as ciências como um todo, que os faz colocar nele toda a sua fé como compensação aos seus medos e incertezas. Ao invés dessa mentira e irracionalidade melhor seria conhecer a ciência perfeita de Deus.
Respostas de 35
Lindo, texto lindo! Lembro sempre do Sogyal Rinpoche que, falando sobre reencarnação, lembra das pessoas que exigem provas que isso exista. Ele simplesmente fala: “Eu sei o que vi, o que senti, prove você que não existe!”. Acho que nessa vida temos que acreditar em muitas coisas que não podem ser provadas pela ciência, graças a Deus! Resta os cientistas perceberem isso…
MDD vou ter que ler o Divina Comédia para a faculdade. Você tem algum texto que eu possa ler antes, para me dar uma orientação ocultista? Ou isso é areia demais para o meu caminhãozinho? Outra coisa, vc sempre diz que o Antigo Testamento é uma alegoria, esse estudo é algo apenas para iniciados? ou há textos que não iniciados podem ler a respeito?
Abraço!
Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos.
Sem muita cerimônia, o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
– O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
– Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
– Mas é claro que está! – retrucou o jovem – Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
– É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia? – perguntou o velho, demonstrando o interesse de quem quer aprender um pouco.
– Bem – respondeu o universitário – como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba.
No cartão estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur
Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França
Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima
(Louis Pasteur)
Vi esse texto no Saindo da Matrix que você também nos recomendou aqui MDD.Obrigada por mostrar o Arca de Ouro,só vendo o tópico inicial do link que você passou para ir logo devorar os outros textos do blog!Bjs!
Muitas vezes o ceticismo está associado com aquele post anterior “Ser Falso Para agradar, ou Ser você mesmo?”, a ciência ortodoxa já provou que a mente não está no cérebro estou a me referir á expriência realizada por Benjamin Libet e Bertram Feinstein num Hospital de São Francisco, após a experiência ele disse : “Ele(cérebro) é apenas um bom computador. Mas os aspectos da mente que têm a ver com a criatividade, imaginação, espiritualidade e todas estas coisas, não as vejo no cérebro de jeito nenhum. A mente não está no cérebro está naquele maldito campo”.
É pena é a ciência ortodoxa ser tão seletiva quanto ás descobertas, perferindo ignorar aquelas que não se encaixam “no seu perfil” e depois perguntamo-nos como é a ciência ortodoxa “Ser Falso Para agradar, ou Ser você mesmo?” axo que está tudo relacionado com este post
Saindo da Matrix é realmente um site muito bom, caí de paraquedas nele e estou sempre por lá.
“Essa pressão os impulsiona a um artificial teísmo, logicamente materialista, a um objeto qualquer de sua escolha, normalmente as ciências como um todo, que os faz colocar nele toda a sua fé como compensação aos seus medos e incertezas”
conheci um cara formado em teologia na academia e ele tava me falando isso, da mesma forma que todo mundo acaba escolhendo uma figura paterna, mesmo que essa figura não seja uma pessoa, todo mundo coloca algo/alguém na posição de deus na sua vida.
Estranho. Me tornei um ateu não por acreditar que a ciência poderia resolver tudo (ou ela tornaria-se uma espécie de “religião misticóide”), mas sim porque não suporto a idéia de um “ser maior” onipotente, onisciente e onipresente. Aliás, que possua qualquer destas características.
Bem, talvez nem mesmo seja cético, mas sou ateu. MDD, vc poderia pegar um pouco mais leve, não ? Afinal, erguer uma pira em chamas para queimar os céticos que ainda não perceberam o quão crentes são é pouco produtivo….. afinal, eles não lêem sua coluna oo
@MDD – Ah, eles lêem sim !!! hehehehe… eu precisaria de 6h para explicar corretamente o que vem a ser Onipotência, Onipresença e Onisciência do ponto de vista cabalístico, mas pode ter certeza que estas atribuições não fazem parte do mundo da forma (abaixo do Abismo). A má notícia é que há um “ser maior” no Universo, do qual fazemos parte… a boa notícia é que ele se importa com você tanto quanto você se importa com as mitocôndrias de uma de suas células. Estamos em escalas tão diferentes de tempo-espaço-consciência que não há interação entre criatura/criador.
A parábola da mitocôndria pra mim, faz sentido.
Eu já passei pelos 2 extremos. E meh. O universo é perfeito demais pra admitir um criador nos moldes que as religiões pregam.
Já pararam pra notar como a nossa criatividade funciona? Não criamos uma idéia do nada. Tudo que sai de nossa mente nasce da junção de 2 idéias, ou mais.
É o mesmo jeito que a matéria se tranforma, ou que a vida se repdroduz. “As above, so below.” Um universo perfeitamente elegante não teria um criador preocupado com a sua sexualidade ou com o que voce come.
É engraçado que esse “princípio criativo” faz um belo papel de deus. Está em todos os lugares, pode fazer qualquer coisa. Dá pra dizer, sem medo, que tudo que existe ou acontece no universo é expressão dele.
Não há um deus. Não tem a quem voce culpar por seus preconceitos mesquinhos. As coisas que te impressionam a sua volta não foram criadas, “top-down” dizendo “isso é uma flor” ou “isso é uma pedra”. Elas surgiram aos poucos ao longo dos milênios, detalhe por detalhe, mudando e evoluindo.
Saudações de um esquisotérico ateu convicto 🙂
@MDD – Eu leio seu texto e me vejo dez anos atrás. Você está no caminho certo. Não existem “deuses” antropomórficos da maneira como as religiões tentam enfiar goela abaixo, mas há um princípio criador universal, tão distante no tempo-espaço-consciência de nós, humanos, que seria como bactérias dentro de uma poça d´água na av. Paulista tentarem entender como a Cidade de São Paulo funciona.
“@MDD – Ah, eles lêem sim !!! hehehehe… eu precisaria de 6h para explicar corretamente o que vem a ser Onipotência, Onipresença e Onisciência do ponto de vista cabalístico, mas pode ter certeza que estas atribuições não fazem parte do mundo da forma (abaixo do Abismo). A má notícia é que há um “ser maior” no Universo, do qual fazemos parte… a boa notícia é que ele se importa com você tanto quanto você se importa com as mitocôndrias de uma de suas células. Estamos em escalas tão diferentes de tempo-espaço-consciência que não há interação entre criatura/criador.”
Boa e má notícia não estão invertidas?? Ou é proposital?
“A má notícia é que há um “ser maior” no Universo, do qual fazemos parte… a boa notícia é que ele se importa com você tanto quanto você se importa com as mitocôndrias de uma de suas células. Estamos em escalas tão diferentes de tempo-espaço-consciência que não há interação entre criatura/criador.”
Brigada tio!!!!
É exatamente isso que eu sempre pensei… Uma vez quando eu era criança fiquei preocupada com a possibilidade de um cometa colidir com a Terra e ser o fim do mundo, e falei pra minha mãe… Ela, que não é nada religiosa, para me tranquilizar falou que Deus não ia permitir que aquilo acontecesse, que Ele ia nos proteger… Eu respondi que ele não tinha se preocupado muito com os dinossauros, que afinal também eram “filhos” Dele, e mesmo assim eles foram extintos!
É claro que ela ficou sem resposta…
prefiro estar dentro do armário do que nas bolinhas de gude…..
“o Antigo Testamento é uma alegoria, esse estudo é algo apenas para iniciados? ou há textos que não iniciados podem ler a respeito?”
Hoje, os segredos não são mais segredos. Está tudo disponível.
“não há interação entre criatura/criador”
Whatta fuck?!
Não entendo assim. Ter consciência, segundo os padrões humanos, talvez não tenha nada a ver com a consciência própria do Não-Criado. Acho até que ele não pode ser encerrado por nossa cognição.
Não admito um “ser” assim.
Acredito que existe uma Cosmototalidade (não sei se inventei esse termo). As forças interagem em perfeição criadora, ininteligível para nós (exceto pelos cracks que criamos: Cabalah, tarô, astologia, opelê ifá, etc). Não há planos, nem vontades (a não ser o que os sábios descobriram: amor). Chamam a isso de Deus. Nesses termos eu acredito em Deus.
então tenta uma resposta onde deus não esteja antropomorfizado (escrevi certo??!), porque senão fica sem sentido
não vejo o universo e tudo o mais como uma forma de orgranograma, onde tem o chefão da empresa, que não sabe e nem quer do pessoal do chão de fábrica e delega essas coisas chatas pros seus subordinados
se realmente tá tudo ligado e nada é separado, um pensamento meu ocoa no universo inteiro
acabei de perceber que a continuação dessa conversa não vai levar a nada…tanto a minha como a sua visão de deus são visões relativas…
@MDD – Depois do Abismo não dá pra descrever Deus… cada pessoa acaba relativizando de acordo com o seu grau de consciência e entendimento da Árvore. Por isso as diversas versões antropomorfizadas. Se eu disser que o universo é o corpo de Deus, ainda assim estaria implicando que ele necessitaria de um “corpo”, sendo que corpo e consciência para esta entidade seriam a mesma coisa e algo que eu não teria vocabulário para descrever racionalmente.
Eu vou arriscar ser humilhado aki por todo mundo e dizer oque eu acho…
tem dois tipos de ateus, esses caras que cultuam a ciência e os iguais a mim e o cara_sem_nome_do_post_de_cima que simplesmente não acreditam que são mitocondrias na sala de um cara barbudo com um triangulo na cabeça.
Eu acho que religião é um reflexo da psique das pessoas, por isso os deuses tem formas e personalidades diferentes pra cada um, Deus é oq vc precisa que ele seja, eu acho.
Por exemplo aquele texto do computador celeste que vc fez faz tempo… eu não acho que existe um cara sentado no céu chamado “engenheiro do carma” ¬¬ escolhendo onde cada alma vai cair, mas aqueles doze tipos de pessoas, os comunicativos, os emotivos… e e o nível que eles podem atingir, de retraído a inovador, isso existe e é legals aprender ^^
Pra finalizar, vc diz que “ha, no entanto, blogueiros mais lisos. Fingindo-se democráticos, dizendo-se entender todas as opções de correntes da religiosidade, desejam, em realidade, ver engrossadas suas colunas de debates e aumentados os seus links”
bom, vc é um cara democrático, entende várias opções religiosas, vc tem um blog… e hoje eu senti que vc só queria ver engrossadas suas colunas e aumentados seus links
@MDD – se eu estivesse fingindo ser democrático, eu simplesmente deletaria o seu comentário. Aqui, desde que mantida a educação, não censuramos ninguém. O ponto onde você erra é achar que há “uma pessoa” chamada Deus ou engenheiros de karma… pior ainda achar que ele seja “um cara barbudo” ou supor que estas entidades estão sequer perto de um antropomorfismo… o segundo erro é achar que são eles quem escolhem o nosso destino segundo critérios mundanos. O terceiro erro é achar que eu teria alguma necessidade de “engrossar minhas fileiras” já que, como faço parte de 16 ordens diferentes, cada uma delas voltada para aspectos diferentes de estudos, recomendo para cada leitor que procure a que melhor se encaixa no que deseja estudar, portanto, seria bastante difícil saber qual é a “minha” coluna.
Marcelo:
Diz para o amigo comentarista que a declaração dos blogueiros lisos é minha e eu assumo o ônus.
Você está sendo extremamente companheiro em compartilhá-la comigo, mas se ele tiver de ofender alguém que seja a mim. Dessa você é inocente.
Abraços.
O texto é bem escrito mas obviamente tendencioso… Talvez este outro aqui, escrito por um cético alias, seja mais imparcial:
Sobre o Pseudo-ceticismo
http://textosparareflexao.blogspot.com/2009/04/sobre-o-pseudo-ceticismo.html
Lembrando que nem todo mundo “crê apenas porque crê”, alguns também creem porque passaram a compreender, porque experimentaram por si mesmos, porque viram com os próprios olhos, mesmo que sejam somente os olhos da mente… Fato é que existem inúmeros fenômenos que a ciência não explica nem prova como fraude (vide tags “EQM Sam Parnia”, “TRVP”, “20 suggestive cases of reincarnation”, “João de Deus Associação Médica Brasileira”, etc.)
Acredito na ciencia e nao no misticismo simplesmente pq a ciencia pode trazer melhorias à sociedade. O misticismo é uma coisa muito “acredite se quiser”. Como isso pode ajudar a mudar a consciencia do mundo? Como pode ajudar a diminuir a poluição? A criar novos métodos pedagógicos? Somos parte de uma coisa maior (a sociedade) acho errado buscar apenas nossa evolução pessoal e esquecer os outros ( pois eles nao estao preparados para o conhecimento sagrado). Acredito que alguem nao pode ser saudavel vivendo numa sociedade doente. Nao sou o dono da verdade, so espero criar um debate sobre isso.
Às vezes as pessoas fazem um monte de coisas, pensando estar ajudando a humanidade e, no fundo, só estão ajudando a si mesmos.
O que alguns chamam de “misticismo” parte do princípio do autoconhecimento (ainda não assimilei direito essa nova ortografia-será q tá errado?). Ora, como alguém vai verdadeiramente ajudar o mundo se não tem o mínimo de autoconhecimento para distinguir uma ação altruista sem desejo de recompensa e uma ação egoista travestida?
Conhecimento de si mesmo, domínio de si mesmo, consciência de si mesmo, mudança de si mesmo; são os primeiros passos, e levam a reboque o trabalho em prol de todos.
Um cego não guia outro cego.
DD, acho que colocar “Deus” dentro de dimensões temporais, morfológicas, físicas, comparativas entre nós, o que quer que seja, etc, cai no mesmo equívoco dos “idolátras”. 1º que isso gera concorrência, que gera conflitos, que gera aversão logo de cara. Claro que cada um tem sua tradução particular para o que é Deus, mesmo os idólatras, e todas essas traduções são e falam da mesma coisa, só que na nossa “dimensão tangível” de pensar e existir.
E sobre o que o amigo falou de ser democrático, acho que é de ver além de onde o umbigo pode alcançar. É falar do que quer que seja com a mesma preocupação, dedicação e respeito de como você fala do que está sobre seu domínio. Muitos amigos meus já vieram até mim para falar a mesma coisa, de você ser orgulhoso, arrogante, etc, etc.. e isso é uma coisa que demorou pra eu ver, e quando eu comecei a perceber esses pequenos “nuances”, vi que crescia cada vez mais. Acho estranho falar isso por aqui e nem queria, mas por email nao da pra ter certeza se você vai ler.
@MDD – Às vezes (aliás, muitas vezes) o gado se confunde quando pessoas falam o que querem com firmeza e expôem suas idéias sem medo da brigada politicamente correta, chamando-os de “arrogante” ou “orgulhoso”. Em retórica, chamamos esse tipo de ataque de “ad hominem”. São pessoas que, sem capacidade de contra-argumentar, preferem atacar o interlocutor, classificando-o de maneira a tentar diminuir suas palavras.
Acho interessante como muita gente se sente incomodada com essas coisas de parecer orgulhoso ou arrogante. Afinal, estão preocupadas em mudar elas mesmas ou o Del Debbio? Se ele quer se expressar dessa forma o problema é DELE. Não gostou? Vai embora. Afinal, o blog é DELE. Ele faz o que quiser aqui, da maneira que quiser.
O cara já faz um tremendo favor em vim falar esse monte de coisa oculta e se expôr do jeito que se expõe. Agora, ainda ter que ficar fazendo do jeito que o “povo certinho” quer que ele faça, ah por favor…
Acho que tem um monte de gente querendo ele pra guru pessoal ou instrutor da humanidade que está ficando incomodada em ver que ele é apenas um humano como qualquer outro aqui… Não necessariamente me referindo ao IRR, mas de uma forma geral. Se esse tipo de gente se preocupa mesmo com isso, então que vá estudar ocultismo sozinho e montar seu próprio blog “politicamente correto” em vez de ficar palpitando a vida dos outros.
Falei mesmo.
“Em retórica, chamamos esse tipo de ataque de “ad hominem”. São pessoas que, sem capacidade de contra-argumentar, preferem atacar o interlocutor, classificando-o de maneira a tentar diminuir suas palavras.”
Perfeito 🙂
Assim, só pra deixar bem claro, quem você ta colocando pro mesmo saco e previsivelmente, julgando como “gado” são fraters demolay, rosa+cruz e maçons.
@MDD – Existem muitos profanos de avental. Não dá para saber sem conhecê-los. Mas chamar alguém de arrogante é o ad hominem mais tosco que tem. Uma tentativa infantil de desqualificar qualquer pessoa que tenha segurança naquilo que fala. Eu estou aqui, no blog, escrevendo textos públicos, falando o que eu tenho vontade de falar; se fosse ficar intimidado por ameaças ou xingamentos, esta coluna já não existiria nem no SH… e, se falar o que eu penso me torna “arrogante”, então a porta da rua é serventia da casa… seus amigos não precisam vir vampirizar conhecimento aqui, com certeza devem ter muitos outros sites de misticismo por ai onde o autor não é “arrogante”.
http://www.youtube.com/watch?v=IcJw4-Ccbss
ainda não li tudo, mas isso vai lhe complementar a leitura.
pesquisador cientifico falando sobre isso
Outro texto sobre Pseudo-ceticismo:
http://saberocculto.blogspot.com/2009/04/ceticismo-x-pseudo-ceticismo.html
Texto curto, simples e criticando apenas o Pseudo-ceticismo.
Nesse ponto eu concordo com você, é preciso muita convicção para “dar a cara a tapa” como você faz, e como quem tem boca fala o que quer, todos estamos sujeitos a esse tipo de exposição, você muito mais. Eu não vejo o que você fala da forma que eles falam, isso pode ser um conflito astral? Uma coisa eu vejo, eles tem essa mesma aura ariana, só que pras idéias deles.
@MDD – Podem até ter, mas para falarem que eu estou errado, eles têm de provar. Não sei se você acompanha os outros comments, mas toda vez que eu falo que determinado ritual ou procedimento está errado, eu aponto onde está o erro, as razões e os motivos lógicos para considerar X ou Y ou Z incorretos. Se eu não sou capaz de apontar onde fulano errou, eu não falo nada. Escrever “fulano só fala besteiras” é muito fácil, qualquer idiota pode falar. Demonstrar que o fulano está é que são elas… é a diferença entre céticos/ocultistas de verdade e pseudo-céticos/fanáticos.
auauauauhh!
gostei da sua retórica, defendendo o seu caráter e o seu ponto de vista.
Parabéns e muita Paz!!!
Acho que os assuntos dos coments deveriam girar em torno de ocultismo, não da suposta arrogância sei lá de quem.
Objetividade, meu povo!
Não se faz magia lendo livros (blogs)!
Queria entender a razao da raiva do autor de texto. Critica è necessaria e vital para o devenvolvimento do pensamento, mas mostrar os ateus e cientistas racionalistas como cegos inquisidores de dogmas me parece um pouco exagerado. Ateus tem um tipo de pensamento diferente, chegaram a conclusoes diferentes. A diversidade do pensamento humano è o que enriquece o mundo. Se nao existissem pessoas que nao acreditam em deus esse pensamento seria um pouco mais pobre. Entendo que existem pessoas intolerantes atè entre cientiscta e que a comunidade cientifica age muitas vezes como una igreja muito ortodoxa. Mas a cienca nada mais è que o estudo da natureza e do universo. O uso que è feito dela è responsabilidade dos seres humanos.
Perdoe os eventuais erros ortograficos e os acentos, mas o portugues nao è minha lingua natal.
Talves no Brasil a atitude dos ateus seja intolerante, mas no pais em que vivo (italia) a opiniao deles è muitas vezes censurada.
Espero uma resposta e remarco que meu intervento tem a intençao de acrecentar um ponto de vita ao debate e nao è em maneira alguma criticar a visaò do autor do texto.
@MDD – Olá Emilio. Obrigado por escrever em portugues. Apesar do texto não ser meu, eu vou responder, já que o blog é meu e concordo com tudo o que publico. O maior problema do movimento ateista aqui no Brasil é que eles se comportam EXATAMENTE como uma religiao de fanaticos, o total oposto do que o pensamento agnostico deveria ser… eles não conseguem se manter nem em organizações ateístas, pois recentemente dividiram o ATEA porque não conseguiam se decidir se a postura dos ateus seria pro-vegetariana ou pro-carnivora, e por ai vai. Dai a critica a este pseudo-ceticismo, que na verdade, é um fanatismo travestido de ciencia. Da mesma forma que os catolicos pegaram para si o “monopolio do bem” ao longo da historia, os ateus querem pegar para si “o monopolio da ciencia”, e é esta postura que o autor critica, não o ateismo per se.
Jamais li na internet uma análise tão sucinta e provida de senso prático quanto ao tema, como este. Excelente crítica!
Postarei algumas reflexões minhas sobre o ateísmo e ceticismo baseado principalmente em minha vivência e em algumas leituras.
Acredito que, assim como diversos outros assuntos, falar em Deus é problemático principalmente por uma questão de nomenclatura. O próprio Dawkins, um dos arautos mais respeitado do ateísmo fala isso. Ele em seu livro “Deus, um delírio” nega a visão de Deus massificada pelas grandes religiões, mas faz questão logo no início de deixar claro que não nega “o Deus que Einstein acredita”. Dawkins ainda neste mesmo livro se coloca na posição 6 numa escala de 1 a 7 sobre ateísmo (sendo 7 100% ateu) pelo simples fato de não encontrar provas concretas para inexistencia de Deus.
Ora, Dawkins nega uma interpretação de Deus mas não nega a visão que outro colega cientista tem. Assim como ele, a grande maioria dos ditos céticos e ateus não são exatamente contra a idéia de um princípio universal, a “causa” de todas as coisas, e pouco falam ou tem argumentos concretos para isso, mas negam principalmente a visão que as religiões passam sobre ele.
É fato que a ciência exerce uma função de oráculo atualmente, subistituindo o espaço antes ocupado pelas religiões. Curiosamente, muitos se prostam perante ela religiosamente e pensam que se a ciência não prova, é pq não existe. Esquecem que o método científico é apenas um método, muito eficiente pra provar certas coisas, mas muitas delas estão além do alcance desta ferramenta.
Outro ponto é que o ceticismo e o ateísmo é algo recente já que ele se apóia no fato de que não é possível explicar Deus pelo método científico. Todo o ser humano intuivamente nasce com certa consciencia da vida após a morte e de um princípio ciador. Basta observar todas culturas do mundo. Não há sequer um povo que não tenha desenvolvido algum tipo de idéia sebre isso. Percebos então que é natural da espécie humana (ou seja, não é algo cultural) buscar algo relacionado com o divino, tal como é natural o principio de autoconservação.
Outro questão observada é a ausência de experiências de alguns céticos para alguns eventos tidos como “sobrenaturais”. Sem eles, concordo que é difícil ou até mesmo impossível acreditar em certas coisas. Uma pessoa que os vivenciam frequentemente dificilmente teria uma postura cética.
@MDD – Fantástico o comentário. Obrigado.
Eu gostei da proposta do texto, o vocabulário estava muito bom mas ele estava igualmente agressivo com os dos ateus fanático. Depositar muita confiança na ciência é normal, conhecimento realmente é poder porém é absurdo confiar plenamente em estudos cientificos até porque a própria ciencia se renova. Eu sou ateia e até por questão de opinião não gostei do seu texto, não concluiu muita coisa e chegou a ser meio grosseiro. Você falou que os ateus impõe sua visão pro mundo, generalizou, até porque as pessoas tidas como religiosas costumam ser muito “fanáticas” que os ateus pelo menos a do meu convivio. Além do autor não ter sido imparcial, parece que ele é um religioso fanático adulterado pelo estudo.
“Os religiosos convictos sabem que há um Deus imanente e transcendente, explicado somente pela fé.” ele ta colocando como se soubesse a verdade em relação a isso.
Podia ter sido muito melhor.
Vocé ja ouviu falar de um livro chamado criação imperfeita?o autor explica como deve ser essa posição agnostica do cientista.
Eu leio esse blog porque gosto e acho interessante. Não sou ocultista, mas sou o que você chamou em outros post de “cético buscador”. No entanto, você é mesmo um bocado agressivo, MDD, mas quem não é? Eu sou também, oras! Das duas eu faço uma: ou fico calado ou discuto mesmo. Não gosto de pessoas cabeça-dura, tanto religiosos como ateus.
Mas quando você escreveu aquele post “Jesus, o Ídolo dos Ateus”, salvo engano, você disse que entendia o estágio na qual os céticos estavam. Você foi mais cordial naquela vez, porquê não o foi mais vezes?
@MDD – Depende da fase da lua e da minha paciência no dia.
E o que os religiosos e misticos apresentam de transcendente? Sou agnóstico e sempre quando me vejo pesquisando a respeito do aspecto transcendental das religiões acabo caindo em sites querendo me alienar a essa suposta forma de “consciencia universal” chamada deus.
Quando a física quantica demonstrar através de experimentos a realidade transcedental da matéria com certeza muita gente também pode adotar o alguma forma de religião, somente quando descobrirmos que não estamos simplesmente vivendo de acordo com leis causais bem determinadas e materiais.
Antes de confiar em deus eu confio no LHC e no que ele terá a nos dizer em breve ! =D
P.S. Visite o forum do ateus.net quando puder Marcelo, tenho certeza que uma discussão dessas seria muito bem vinda por lá ! 😉
@MDD – os religiosos eu não sei, mas os iniciados não “acreditam” em transcendência, eles já a conhecem. Ninguém pode se dizer iniciado se não realizou uma Viagem Astral e já conheceu o “outro lado” que ainda não é detectado por instrumentos. Essa discussão se existe ou não um “deus” só é relevante para ateus e crentes, que estão em um estágio evolutivo bem primário. Eu tenho tanta vontade de perder meu tempo no ateus.net quanto tenho de perder meu tempo no jesus.net
Sinto-me novamente homenageado pela nova postagem deste texto.
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Vindo de um irmão de mente brilhante, a quem admiro, agradeço humildemente pela lembrança.
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Muita Luz, muitas luzes,
Rayom Ra