Conta-se que um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar no trabalho de sua fazenda.
Um dia, o capataz lhe trouxe a notícia que um de seus cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O buraco era muito fundo e seria difícil tirar o animal de lá. O fazendeiro avaliou a situação e certificou-se de que o cavalo estava vivo. Mas pela dificuldade e o alto custo para retirá-lo do fundo do poço, decidiu que não valia a pena investir no resgate.
Chamou o capataz e ordenou que sacrificasse o animal soterrando-o ali mesmo. O capataz chamou alguns empregados e orientou-os para que jogassem terra sobre o cavalo até que o encobrissem totalmente e o poço não oferecesse mais perigo aos outros animais.
No entanto, na medida que a terra caía sobre seu dorso, o cavalo se sacudia e a derrubava no chão e ia pisando sobre ela.
Logo os homens perceberam que o animal não se deixava soterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra caía, até que , finalmente, conseguiu sair…”.
Muitas vezes nós nos sentimos como se estivéssemos no fundo do poço e, de quebra, ainda temos a impressão de que estão tentando nos soterrar para sempre. É como se o mundo jogasse sobre nós a terra da incompreensão, da falta de oportunidade, da desvalorização, do desprezo e da indiferença. Nesses momentos difíceis, é importante que lembremos da lição profunda da história do cavalo e façamos a nossa parte para sair da dificuldade.
Afinal, se permitimos chegar ao fundo do poço, só nos restam duas opções:
Ou nos servimos dele como ponto de apoio para o impulso que nos levará ao topo; – Ou nos deixamos ficar ali até que a morte nos encontre. É importante que, se estamos nos sentindo soterrar, sacudamos a terra e a aproveitemos para subir.
Respostas de 5
Excelente reflexão!
valeu por compartilhar!
Frater, obrigado pelo post. Desde 2008 tenho procurado fazer a Contagem do Omer, e a contagem de 2013 tem sido bem desafiante. Texto reanimador. Paz Profunda!
Esse conto lembrou-me outro: o da rã que, tendo caído em um latão de leite e não conseguindo dalí escapar, debateu-se tanto que o leite, aos poucos, foi se solidificando, transformando-se em manteiga, podendo ela, então, sair daquela situação com vida. O mesmo acontece conosco, quando transformamos a visão de um problema, tornando-o a própria solução.
Realmente, costumeiramente acabamos por não aceitar os impedimentos e as inúmeras tentativas de nos soterrarem nesta vida, mas quando se sabe o que fazer com o que nos é dado, é possível simplesmente sair da situação e aprender mais.
Adorei a historinha!