As Edições Textos para Reflexão desta vez trazem a você o grande clássico do hermetismo moderno, O Caibalion.
Escrita e publicada no início do século 20 por estudantes anônimos do hermetismo, esta obra introdutória traz preceitos e axiomas do antigo hermetismo, comentados e explicados para uma nova era e um novo público. Publicado originalmente em inglês, nos EUA, este Caibalion é mesmo um fruto de nosso tempo, porém ele se refere a outro Caibalion, bem mais antigo e oculto, que se perdeu nos anais da história, mas que se encontra preservado nas mentes e nas almas de todos aqueles que não deixaram morrer a chama. Acaso deseje se tornar um jogador no jogo de tabuleiro da vida, e não mais mera peça a ser movida pelas circunstâncias e influências externas, este pequeno livro cheio de luz pode ser o seu guia nas noites mais escuras.
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À seguir, trazemos um trecho do Cap. I – A Filosofia Hermética:
Nos primeiros tempos, havia uma compilação de algumas Doutrinas Herméticas Básicas, passadas de instrutor a estudante, que ficaram conhecidas como O Caibalion, cujo exato significado do termo esteve perdido por muitos séculos. Este ensinamento, entretanto, é conhecido por muitos seres ao qual ele foi derramado ao longo dos séculos, de lábios a ouvidos, sempre escoando pelo tempo. Até onde sabemos, os seus preceitos nunca foram escritos ou impressos. Se tratava de uma mera coleção de máximas, axiomas e preceitos, que soavam incompreensíveis aos estrangeiros das ordens, mas que eram prontamente assimilados pelos estudantes assim que o seu conteúdo era explicado e exemplificado pelos Iniciados aos seus Neófitos.
Tais ensinamentos constituíam de fato os princípios básicos da Arte da Alquimia Hermética, que, ao contrário da crença popular, se baseia no domínio das Forças Mentais, e não dos Elementos Materiais – portanto, a Alquimia não fala da transmutação de um tipo de metal em outro, mas da transmutação de um tipo de Vibração Mental em outra. As lendas acerca da Pedra Filosofal, que transformava qualquer metal comum em Ouro, falavam tão somente de uma alegoria relacionada à Filosofia Hermética, facilmente compreendida por quaisquer estudantes do verdadeiro Hermetismo.
Neste pequeno livro, cuja Primeira Lição é esta, nós convidamos nosso estudante a examinar os Ensinamentos Herméticos, conforme expostos no Caibalion e explicados por nós, humildes estudantes dos Ensinamentos (e que, apesar de carregarem o título de Iniciados, são tão somente estudantes prostrados aos pés de Hermes, o Mestre). Assim, nós lhe oferecemos muitas das máximas, dos axiomas e dos preceitos do Caibalion, acompanhados de explicações e comentários que acreditamos servir de auxílio para a compreensão do estudante moderno, particularmente porque o texto original se encontra propositalmente velado em muitos termos obscuros.
As máximas, axiomas e preceitos originais do Caibalion estarão sempre destacados em negrito no restante de nossa obra, e todos eles vêm diretamente dos lábios de Hermes. O restante do texto, sem destaque, pertence a nós. Esperamos que muitos dos estudantes aos quais nós hoje oferecemos esta pequena obra possam tirar tanto proveito do seu estudo e conhecimento quanto aqueles buscadores que já a seguiram através do Caminho do Adepto, ao longo dos muitos séculos que se passaram desde o tempo de Hermes Trimegisto, o Mestre dos Mestres, o Três Vezes Grande:
“Onde se encontram as pegadas do Mestre, os ouvidos daqueles preparados para os seus Ensinamentos se abrem completamente.” – O Caibalion
“Quando os ouvidos do estudante estão preparados para ouvir, logo vêm os lábios para preenchê-los de sabedoria.” – O Caibalion
Assim, conforme indicam os Ensinamentos, a divulgação desta obra se dará na medida em que os seus futuros estudantes se encontrarem em condições de compreendê-la, pois do contrário sequer lhe darão a atenção devida, e ela lhes passará desapercebida, como deve ser. E, segundo a mesma Lei, quando o pupilo estiver devidamente preparado para receber a verdade, então esta pequena obra dará um jeito de chegar ao seu conhecimento.
O Princípio Hermético de Causa e Efeito, em seu aspecto de Lei de Atração, tratará de juntar lábios e ouvidos – e muitos pupilos ainda hão de conhecer este livro.
Que Assim Seja!
Respostas de 9
olá rafael, tem muita diferença entre esta tradução e a outra?
@raph: Olha, infelizmente tem sim. Eu corrigi muitos erros. O meu preferido foi “So mote it be!”, no final do primeiro capítulo, que foi traduzido como “Assim são os átomos!” na edição da Pensamento. O correto seria: “Assim seja!” ou “Que assim seja!”. Mas este é um caso extremo, em geral os demais erros eram menores.
Estava acompanhando e aguardando a publicação!!!
Parabéns Rafael!!!
@raph: Valeu Eduardo, boa leitura!
Rafael, muito massa esse teu trabalho de manter a chama acesa e compartilhar de alguma forma. Espero poder ler logo sua tradução também.
@raph: Obrigado Miguel, tentei corrigir alguns erros e adaptar ao máximo a linguagem para o século atual. Boa leitura!
Rafael, muito interessante a leitura.
O que recomenda para ler após terminar esse livro?
Abraço
@raph: Olá Daniel, obrigado. Eu recomendaria o “Bhagavad Gita”, seguido do “Tao Te Ching” de Lao Tse e do “Fédon” de Platão, mas há um monte de indicações pertinentes aqui mesmo no TdC, na seção de Bibliografia:
http://www.deldebbio.com.br/bibliografia/
Naturalmente os livros básicos deveriam ter prioridade. Não precisa ler todos, mas pelo menos alguns deles. Boa sorte!
Desvirtua o conhecimento ao traduzir de modo a adaptar ao mundo atual. As palavras devem ser interpretadas e não atualizadas.
@raph: Bem, na realidade é impossível traduzir algo de um idioma ao outro sem interpretar e adaptar ou atualizar. Neste sentido, lhe convido a comparar minha tradução com a da Editora Pensamento, que é de muito longe a mais lida em português, para ver qual está mais de acordo com o texto original em inglês.
como a linguagem evolui, o modo de interpretação das palavras muda com os tempos, se ninguém atualizar o texto, todas as interpretações recentes se tornariam errôneas. Ou seja, ao atualizar o texto ele não desvirtuou o conhecimento, pelo contrário, ele evitou o desvirtuamento.
Irmão, se lhe serve use, se não lhe serve, cale
Eu mesmo não necessitaria fazer esse comentário, pois certo seria calar, mas as vezes vejo pessoas que se julgam “grandes sábios” e colocam nicks como o seu, porém não sabem nem ao menos lidar com tudo o que lêem.
Se o Caibalion original lhe tivesse servido pra algo quando você leu, esse seu comentário não existiria…
O Marcelo,eu li num posto de consagração aqui,que vc dizia que poderia consagrar um anel que mesmo apertando a mão de alguém,ele não perderia o poder,mas também li vc dizendo que não poderia ninguém tocar no objeto,ainda mais se for de egregoras que não batem com a nossa,esclarece essa dúvida PF,eu quero consagrar algo pra tirar a preguiça que é meu maior defeito,mas queria carregar ele por toda parte,pois quero sucesso no trabalho estudos e lazer,me dá uma clareza PF.
Me perdoem por não ser no post apropriado…
Essa imagem do post,já cansei de vê-la por esse site e tantos outros lugares,teria algum texto no blog que fale sobre os símbolismos da imagem ???