“Você tem direito a sua opinião, e eu tenho o direito de te dizer o quão estúpida ela é.”
De tempos em tempos, quando abrimos o Twitter, Facebook, Reddit ou quando escrevemos algum texto falando sobre como as pessoas podem ser racistas, preconceituosas ou homofóbicas, muitas vezes involuntariamente e mesmo sem perceber, somos confrontados com o seguinte “argumento”: “esta é minha opinião e você deveria respeitá-la”. Teu cu.
Um Exemplo que se tornou clássico aqui no blog foi quando publicamos sobre a comemoração da liberação do casamento de homossexuais nos EUA e muitos leitores vieram com comentários estilo Bolsonaro do tipo “não sou homofóbicos, apenas sou contra o casamento de homem com homem e mulher com mulher”. Quando falamos do assunto de “Família”, então, onde a vergonhosa câmara dos desocupados do país acaba de nos proporcionar mais vinte anos de retrocesso religioso, choveram comentários ignorantes e preconceituosos no Facebook e até mesmo aqui no TdC. Coisa que realmente não estávamos esperando dos leitores daqui.
Eu já falei isso para vários pastores e acredito que seja um bom motto: não tenho que respeitar sua opinião imbecil só porque ela é sua (e muito menos porque está na Biblia). Subjetividade alguma dá legitimidade a nada. E um preconceito, por mais que seja compartilhado por milhões de pessoas, não torna um equívoco ou uma mentira válidos. A História com H maiúsculo está cheia de exemplos deste tipo, como a teoria heliocêntrica que quase mandou Galileu Galilei para a fogueira pela Santa Inquisição ou a ideia de que negros e índios não tinham alma e poderiam portanto ser escravizados. E olha que nem falei de quem usa a Bíblia como evidência de alguma verdade científica, o degrau mais patético das falácias.
Mas se, neste caso, minha “opinião”, ou melhor, minha argumentação for pouco para convencê-los do contrário, reproduzo aqui um texto chamado: “Não, não se trata de sua opinião. Você simplesmente está errado”. O artigo foi publicado no site Houston Press e foi assinado por Jef Rouner. Também já foi reproduzido em diversos outros sites, mas quanto mais conseguirmos divulgar estas informações, melhor.
Eu gasto muito mais tempo discutindo na internet do que pode eventualmente ser saudável e, nessa “brincadeira”, a palavra que eu detesto mais que qualquer outra é “opinião”. Opinião, ou pior, ”crença”, tornou-se o escudo de cada noção mal-concebida que os vermes das mídias sociais usam para traçar seu caminho.
Há uma concepção comum de que uma opinião não pode jamais estar errada. “Meu pai disse.” Ora, o pai de todos, provavelmente, disse algo que, em termos mais estritos, pode ser verdade. No entanto, antes de se agachar atrás de seu escudo protetor você precisa perguntar a si mesmo duas coisas:
1 – Isto realmente é uma opinião?
2 – Se é uma opinião, quão carregada de informação ela é e por que eu me apego a ela?
Eu vou ajudá-los com a primeira parte. Uma opinião é uma preferência usada para o julgamento de alguma coisa. Minha cor favorita é preto. Acho que hortelã tem um gosto horrível. Doctor Who é o melhor programa de televisão. Estas são todas opiniões. Elas podem ser exclusivamente minhas ou maciçamente compartilhadas entre a população em geral, mas todas elas têm uma coisa em comum: não podem ser comprovadas além do fato de que acredito nelas.
Não há nada de errado com opiniões desse tipo sobre essas coisas. O problema vem de pessoas cujas opiniões são, na verdade, equívocos. Se você acha que as vacinas causam autismo você está expressando algo factualmente errado, não uma opinião. O fato de que você ainda pode acreditar que as vacinas causam autismo não transporta o seu equívoco para o reino da opinião válida. Menos ainda o fato de que muitas outras pessoas compartilhem deste parecer lhes dá mais validade.
Para citar John Oliver, que mostrou uma pesquisa Gallup em que um a cada quatro americanos dizem acreditar que a mudança climática não é real em seu programa Last Week Tonight: “Quem se importa? Você não precisa da opinião das pessoas sobre um fato. Você pode muito bem ter uma enquete perguntando: ‘Qual número é maior? 15 ou 5?’ ou ‘Não existem corujas?’ ou ‘Existem chapéus?’”
Você ouviu a mesma coisa recentemente quando perguntas sobre o que representa a bandeira confederada. Pode ser a sua opinião de que a escravidão não foi a causa da Guerra Civil Americana, mas artigos sobre a Secessão do governo do Texas mencionam a escravidão 21 vezes (direitos são mencionados apenas seis e apenas em uma frase que não menciona nem a escravidão ou como pessoas brancas são maravilhosamente melhores que pessoas negras). Eu ainda preciso salientar que algumas pessoas também são da opinião de que o Holocausto é uma farsa e que a sua opinião não significa absolutamente nada em relação à realidade?
E, sim, às vezes de dados científicos ou históricos podem estar errados ou pouco claros ou necessitam de uma análise mais aprofundada. Todo mundo sabe que a água se expande quando se congela. Você sabe por que ela faz isso quando literalmente nada mais no mundo faz? Não e nem a ciência. Ou, outra pergunta, qual foi a herança racial dos antigos egípcios e por que os historiadores não podem chegar a um consenso a esse respeito já que sua arte é muito estilizada para avaliarmos isso com precisão?
Temas como esse são o tipo de coisa que estão ávidos a uma opinião. “A água se expande quando se congela por causa da forma da molécula”; “Os egípcios eram uma raça de negros africanos que se deslocaram e se instalaram no Nilo”. Aqui, a opinião pode ser um marcador de posição na tentativa de se obter uma maior compreensão, mas assumindo-se que podem existir maiores compreensões sobre isso. Não há nenhuma verificação. É algo imaginado com base em educação apenas.
É aí que a segunda questão vem. Sua opinião é informada e por que você acredita nela? Embora tecnicamente estes pareceres podem não estar errados, eles podem ser carentes de veracidade, simplesmente porque eles são carentes de estrutura.
Aqui está um exemplo: Vamos dizer que eu me encontro com um companheiro fã de Doctor Who e seu intérprete preferido deste papel é o ator David Tennant. Nada de errado até agora. No entanto, após discutir mais o assunto este fã me diz que ele ou ela nunca viu qualquer um dos episódios antes de 2005 nem sequer ouviu qualquer um dos programas exibidos no rádio. É possível que, mesmo assim, ele ou ela tenham David Tennant como seu doutor favorito, mas também é possível que Tom Baker ou Paul McGann ou alguma outra pessoa sejam melhores.
Em um mundo perfeito, alguém confrontado com estas afirmações simplesmente diria: “Bem, David Tennant é meu favorito dentre os que eu já vi.” Há muitas razões pelas quais não vi nenhum Doctor Who mais velho. Nem tudo está na Netflix, acessar os programas de rádio pode ficar mais caro etc. Ter um parecer estreito a partir de um conjunto restrito de informação é apenas natural.
O problema é quando um conjunto restrito de informações é assumido como sendo maior do que realmente é. Há uma diferença entre uma crença e coisas que você simplesmente não sabia. É fácil de acreditar, por exemplo, que os brancos enfrentam tanta discriminação como pessoas de cor, mas apenas se você estiver completamente alheio às taxas de desemprego de negros em relação a brancos, ou ao fato de que dentre os 500 CEOs listados pela revista Fortune, apenas cinco são negros, ou ao fato de que dos 43 homens que foram presidentes dos Estados Unidos, 42 deles tenham sido brancos.
Em outras palavras, você pode formar uma opinião em uma bolha, e para o primeiro par de décadas de nossas vidas isso é tudo o que fazemos. No entanto, eventualmente você vai se aventurar no mundo e achar que o que você pensou que era uma opinião informada era na verdade apenas um pequeno pensamento com base em poucos dados e majoritariamente em seus sentimentos. Muitos, muitos, muitos dos seus pareceres vão passar a ser fruto de desinformação ou apenas errados. Não, o fato de que você acredita nisso não faz com que eles sejam mais válidos ou de valor, e ninguém deve respeitar o seu ponto de vista a qualquer respeito simplesmente porque ele é seu.
Você pode estar errado ou alienado. Isso vai acontecer. A realidade não se preocupa com seus sentimentos. A educação não existe para te perseguir. Os mal informados não são uma minoria étnica sendo oprimida. O que é isso? Planejamento familiar, como ouvi muita gente dizer, não significa picar bebês mortos e vendê-los por dinheiro legal. A aprovação do casamento igualitário ou a concessão de direitos a LGBTs não irá obrigá-lo a se tornar gay nem vai destruir as famílias tradicionais. Negros não são intelectualmente inferiores aos brancos, assim como os índios não são criaturas desprovidas de alma. Não é isso que realmente acontece. E não, não se trata de sua opinião. Você simplesmente está errado.
Respostas de 11
eu vi a ‘argumentação’ no face.. também senti uma ponta de ‘vergonha alheia’ pelo W.Bro. …. já fomos melhores e a nau continua à deriva… 🙁
E como há opiniões erradas! Há muitos cristãos que defendem que o laicismo do nosso país deveria ser ofuscado pela religião da maioria, eu duvido muito que se a religião da maioria fosse o satanismo eles ainda manteriam esse mesmo tipo de argumento, só funciona mesmo porque para eles soa certo, pois é fácil puxar a sardinha pro seu lado quando você sabe que a maioria concorda.
Quanto à homossexualidade deixo um vídeo que fala por si só, e o quão irônico é o seu final, pois a maior coragem veio de onde se menos espera:
https://www.youtube.com/watch?v=Dhg25uYfgZ0
Espero que a moderação aceite, pois é nota 10.
MDD, topic-off.
Esses dias eu estava observando uns debates entre ateus e cristãos na internet num bate-papo. Decidi brincar com eles me passando por um muçulmano radical, só pra encher mesmo. Mas o problema foi que eu comecei a gostar da brincadeira. Comecei a pesquisar nomes de lideres terroristas muçulmanos, estudar grupos terroristas, ouvir músicas muculmanas, comecei a gostar de ver videos de guerra, ler trechos do Corão e, por incrível que pareça, fiquei muito agressivo, como um fanático intolerante mesmo. Tive vontade de entrar pra religião. Ainda bem que passou.
Por que isso acontece? Isso tem a ver com egregora?
Obrigado.Aguardo.
Ótimo texto, esses artigos que vão contra a maré (ou o gado, se preferir) são excelentes.
Realmente, respeitar opiniões burras talvez seja a maior burrice que alguém minimamente inteligente pode fazer, rs.
Abração MDD!
Na minha opinião a resposta rápida da internet pode externar profunda ignorância ou ocultar uma reflexão, que aparentemente errônea, possui embasamentos. Eu posso recusar o termo Holocausto, sem que isso signifique negar o assassinato de 6 milhões de judeus. O problema é que para fazer isso seria necessário um paper de 15 páginas. Poderia questionar o número 6 milhões de judeus e seria atacado por sionistas. Mas existe uma historiografia séria que afirma que 6 milhões é um arredondamento grosseiro. E além disso dizer que foram 5,4/milhões de mortos não diminui a atrocidade. Idem para a questão climática, pergunte ao garoto verde ” o que é albedo?” se não souber dificilmente poderá opinar sobre o clima. O problema não é ter opinião é supervalorizar a opinião de quem não decide. E daí o que eu penso do casamento gay eu não faço a cabeça de deputado. Nós parecemos ter um palanque na internet, mas temos apenas uma mesa de bar grande demais e um diário de reflexões aberto à vista de todos. Mas no nosso incontrolável ego queremos fazer a cabeça de um Zé Ruela desconhecido que se esconde atrás de um nickname do outro lado do país. Será que eu preciso mesmo alimentar meu ego debatendo uma lei inócua? Leiam o Estatuto da Família, ainda que àquilo seja aceito pelo Senado e pela presidente não muda nada para ninguém. Pelo tamanho deste comentário é evidente que meu ego precisa desta bobagem. Mas é claro é só a minha opinião
. 😉
Sensacional.
Podemos até aumentar de opinião para conceitos!
O que dirá ainda de “gosto”. O famoso, gosto não se discute.
Lembro-me de um dos mestres que fui agraciado de ter,
Um maestro de coral que dizia: quem disse? Que gosto não se discute!! Discute-se sim!
O texto só pode ser considerado simultâneamente racional e coerente caso os seguintes axiomas sejam verdadeiros :
1 – Existe “verdade”.
2 – É possível conhecer ou desconhecer a “verdade”.
3 – A crença é independente da verdade.
4 – Conhecimento não é crença.
5 – É erro tomar uma crença como verdade, caso haja um conhecimento constituído a respeito dessa verdade.
6 – Não é erro tomar uma crença como verdade, caso não haja um conhecimento constituído a respeito dessa verdade.
7 – Erros não devem ser cometidos.
8 – Existe valor.
9 – Existem pessoas que exigem que seus pontos de vista sejam respeitados por conta do valor que dão a eles. Suas exigências não devem ser aceitas baseadas nesse motivo.
Basicamente concordo com todo o texto. No entanto ele me saiu um tanto quanto radical, ficou parecendo muito com o que ele se propõe a criticar, tipo essa é minha opinião e pronto quem não gostou vai tomar no Cultura cu. Sei que existem opiniões totalmente infundadas sem nenhum respaldo em absolutamente nada., Mas desconheço qualquer pessoa que NÃO exército o pensamento essa é a minha opinião. Qualquer um de nós faz isso, Eu estou fazendo a hora, vc fez no post. Por exemplo vc citou vários temas polêmicos., é quando afirma q vacinas não causam autismo está emitindobuma opinião pessoal sua, existem estudos que apontam que metais pesados podem sim causar autismo, é as vacinas possuem mercúrio q é um metal pesado, na maioria das pessoas essa quantidade de metal pesado na vacina não vai causar autismo mas essa quantidade pode se somar a outras quantidades oriundas e outr. as fontes e causar o autismo, podem existir organismos raros de alguns seres humanos muito sensiveis a metais pesados e q talvez possam desenvolver autismo com as doses de nercurio contidas na vacina. Essa é a minha opinião embasada nas minhas experiências não acho q ela seja a verdade absoluta no entanto tb não acho q ela seja um lixo, É que a sua opinião sobre o tema acima seja a única verdadeira. Outra questão eu apoio e concordo com o casamento de pessoas do mesmo sexo, acho realmente sem sentido Sr contra isso. Mas por outro lado sou contra a legalização do aborto, apesar de dados “cientificos” de como isso faria bem para nossa sociedade. Primeiramente teríamos que discutir o q é o bem, em seguida existe algo instintivo dentro de mim que vai além da minha racionalidade que me diz q isso é bárbaro, Não creio q sou um idiota por ter essa opinião, é nada né fará usá-la, no entanto sei q é apenas uma opinião e não levantarei cruzadas contra os abortistas mas sempre pensa rei neles como assassinos da vida seres inconscientes q não percebem o crime q estão cometendo., e pensarei tb o quanto karmicamente isso é ruim para um povo. Antes q me acusem de irracional, penso que existem uma série de outras medidas que poderiam ser desenvolvidas pela sociedade para que o aborto não vire algo normal praticado aos montes, obviamente que todas essas medidas darão mais trabalho para serem desenvolvidas do que simplesmente legalizados a trituração de seres humanos vivos dentro da barriga de outros seres humanos vivos. Nós enquanto sociedade deveríamos primeiramente buscar uma educação sexual., isso devia estar ao alcance de todos, neßa educação sexual deveria Sr ensinado todos os métodos contra cépticos e as consequências para a vida de alguém em caso de uma gravides não planejada. Se os métodos contraceptivos falharem deveria existir um sistema de adoção para que as crianças não desejadas foßem adotadas enquanto recém nascidas, isso contemplado inclusive os casais homsexuais q não podem gerar mas q desejam muito ter filhos. Estudos estima q a fila de adoção de recém nascidos no BRasil é maior que a quantidade de abortos ilegais realizados. Além disso segundo a sociedade e obstetrícia brasileira considera o aborto mesmo q legal como procedimento de auto risco para mãe, risco físico psíquico e emocional. Uma alternativa para o aborto seria a ligação das trompas esse procedimento torna a mulher estéril e pode ser revertido quando a mulher desejar., inclusive um dos riscos do aborto para uma mulher é a infertilidade total. Não vou nem entrar no mérito da educação dos instintos e do auto conhecimento ferramentas q ao meu ver sao muito eficazes para a nao procriação mas isso é papo de maluco…. rsrs. Bem essa é a minha opinião e quando um abortista me chamar de alienado não me fará mudar ou me sentir idiota por sustentala afinal mesmo q eu seja totalmente contra o aborto não atacrei quem é a favor com unhas e entes e minhas opiniões.
Marcelo, sei que não tem a ver com o tema do post, mas o assunto é importante e não vejo muita gente falando sobre isso e você tem infinitamente mais visibilidade do que eu.
Dá uma olhada nisso:
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/-PL-Espiao-ameaca-o-Marco-Civil-da-Internet-/4/34627
Além de punir quem manifeste sua opinião, a retirada de conteúdos da internet (e das outras formas de mídia) tem cara de censura e permitem revisionismo histórico.
pensando bem, o método científico é muito mais aristotélico do que platônico. até que faz um certo sentido um mago aristotélico.
“Não se trata da “Sua Opinião”. Você simplesmente está Errado”.
Este, quando dito pelo detentor da chibata, é um argumento bastante convincente! Foi o mesmo usado pelo “marqueteiro picareta” Constantino I, para impor o “Jesus-Apolo” visando dizimar a epidemia de seitas pre-ICARianas e assim abortar o embrião de uma contenda mundial em termos de século IV; no que foi muito bem sucedido (*). A “famigerada” ICAR gostou tanto do slogan que o adotou para sustentar, por séculos, a “verdade” de que a terra era a primadona do universo; e muitas outras. O problema é que de vez em quando aparece um xereta como Bruno, Copérnico, Kepler, Galileu, outros, e desconfia de que, apesar de “verum, sine mendacio, certum, et verissimum”, sob outra perspectiva “todas as verdade são meias verdades”.
(*) Aposto minha garrafa de prender saci como hoje ele paparia um Nobel da Paz.
“Você tem direito a sua opinião, e eu tenho o direito de te dizer o quão estúpida ela é”.
Sim, colega, é claro que tens esse direito! Porem é bom que sejas um exímio na arte de jogar bumerangue e estejas consciente de que, esse instrumento dos aborígenes australianos, quando não é disparado com maestria pode retornar e atingir a própria cabeça do lançador. Cabe então, numa co-autoria póstuma, completar a frase daquele pensador descuidado “Posso não concordar com uma só palavra do que dizes mas defenderei até a morte o direito de dize-lo” com um oportuno “…desde que não estejamos falando de raça ou sexo?”.
@MDD – Mesmo porque raça é algo que não existe, já que se todos os humanos podem procriar entre si, todos pertencem a uma mesma raça, e sexo (quando entre adultos e consentido) não é problema nem do estado nem da igreja. E geralmente todas as opiniões estúpidas, preconceituosas e sem nenhuma base cientifica geralmente trafegam nesses pontos que voce listou…
Interpretar estatísticas é escolher o ângulo, clicar e cortar no Photoshop. É claro que isso não se refere propriamente às estatísticas, mas às deturpações que se faz delas. Em 70% dos crimes de morte no Brasil as vítimas são negros e pardos. Para não estragar a tese de genocídio racial, nada de perguntas indiscretas dobre o percentual dos autores. Então vamos tocar de leve, rapidinho, enquanto a expressão “ponto de vista”, o verbete “Opinião” e seus “n” afins ainda não foram definitivamente suprimido do Dicionário.
@MDD – Se voce for contar quem mata, deve chegar na mesma porcentagem, sinal que os de mesma cor de pele matam e morrem, embora eu nunca tenha visto um grupo de gays espancarem com lâmpadas fluorescentes uma pessoa só porque ela estava de maos dadas com uma mulher… a irracionalidade de ações e argumentos geralmente anda lado a lado com a ignorancia e falta de estudos ou empatia com os outros seres humanos.
Considerando-se o contexto histórico e as condições sociais dos africanos e dos europeus ao entrarem como elementos na composição da sociedade americana e, compreendendo a complexidade da cadeia causal regente no fluxo da evolução daquela nação, nada há de assombroso na atual proporção de presidentes. Também não haverá nada de assombroso quando, doravante, começar a aumentar a incidência de mandatários negros e até a ocorrências de latinos.
Curioso é o fato de que nenhuma “Liga da Justiça” aparece revindicado o mesmo privilégio em favor dos zerados nas estatísticas atuais, aqueles que já habitavam a América antes da chegada de todos os outros. Mais é que a exótica crença deles, de que a vida não vale o preço da liberdade, não costuma fazer muito sucesso.
Caso se confirmem os indícios de que no Egito antigo a casse A tinha a pele mais escura do que a dos escravos/operários (hebreus e outros), os quais já se sabe que eram branquelos, Maravilha! Mais uma vez um abelhudo estragou a festa dos reacionários. Epa, parece que tem sinuca de bico aí: Seria a então nação mais evoluída do planeta uma sociedade racista? Ou aqui a ordem dos fatores altera o produto? Ha sim… o contexto histórico!
@MDD – Nao altera em nada. Nenhum povo esta certo em escravizar outro, nao importa a cor de pele de cada um, sob nenhuma justificativa. Sua argumentação nao faz sentido.
Complicada mesmo é a situação dos que tomam um “Teu c…” na cara quando tentam explicar que sua fraqueza em preferir genros e noras convencionais não significa chancelar o lado B na rixa entre SuperHomo x Bolsonaro Kid. Valendo meu copinho de fundo alto (perfeito para compartilhar pinga com o santo) como esse é o único argumento de Leviathan. Mas eis que surge Behemoth, um kamikase igualmente desaforado, bradando com a mesma ênfase: O TEU!
@MDD – Sim, normalmente os que tecem as baboseiras em comentários baseados no “essa é a minha opinião” não estao escutando quando se mostra argumentos cientificos e logicos. Isso se chama “Dissonancia Cognitiva”.