Não leia apenas com a mente. Tome cuidado com o senso de identificação dentro de você. Não há nenhuma verdade espiritual que eu possa lhe contar que já não esteja no seu interior. Só o que posso fazer é chamar sua atenção para algumas coisas que talvez estejam esquecidas. A sabedoria da vida – antiga, mas ainda assim sempre nova – é então ativada dentro de cada célula do seu corpo.
– Eckhart Tolle – O Poder do Agora
O homem está disposto a sacrificar quase tudo para seu desenvolvimento pessoal, menos o seu sofrimento. Ele é inútil, contra producente e descartável em qualquer situação: é uma expressão de tudo aquilo que você não quer ser. E ainda assim ninguém quer se livrar do próprio sofrimento.
A expansão da consciência exige sacrifícios. Fica claro com o passar do tempo que tudo o que é necessário sacrificar é o que não era verdadeiro. Expansão de consciência não é passeio no parque, é verdade pura e simples, mentira e verdade não podem conviver, expandir a consciência é vivenciar a verdade e remover o que é falso.
Cabe aqui uma reflexão sobre o que é, e o que não é a expressão de uma emoção negativa. É muita fácil diferenciá-las: uma expressão de emoção negativa, NUNCA vai resolver a situação. É reclamar da fila do banco para a pessoa da frente, é se colocar na posição de vítima do mundo e expôr-se a vista de todos, gritar o seu descontentamento com qualquer coisa sem fazer absolutamente nada para transformar, aceitar ou compreender essa situação. É falar mal de alguem que não esta presente para se defender, é a indireta que visa ofender ao invés de resolver, um julgamento moral. Inveja, raiva, soberba, a lista é imensa. Expressão negativa é toda e qualquer manifestação, interna ou externa que visa alimentar um ego ferido ou inchado.
Vamos conhecer algumas possíveis causas para a expressão dessas emoções.
Reclamamos porque isso nos dá um pseudo controle do problema, quando vomitamos nossas reclamações nos outros momentaneamente somos os donos da situação, podemos manipulá-la de várias formas dando o contorno que quisermos, nos transformando em vítimas ou heróis de uma situação qualquer. O ego é desesperado por controle, poder sobre os outros e sobre as situações: ele se debate, clama em prantos ao mundo que se adeque a ele. O resultado é uma história sofrida com um mártir se gabando ou de uma vítima indefesa diante de um monstro terrível.
Expressamos emoções negativas pois vivemos em uma sociedade de chorões, criamos grupos de suporte para nos apoiar nessas situações, dessa forma recebemos energia na forma de atenção. Quanto mais reclamamos mais energia ganhamos. Desde a queda e a separação da fonte, ou qualquer outro mito que explique nosso distanciamento do Divino, buscamos formas de nos conectar com a energia do universo, na maior parte das vezes, a forma é externa, ou seja tentando ganhar energia do outro, obviamente essas formas são fadadas ao fracasso já que a fonte real está dentro de nós. Buscar energia do outro é inútil como tentar matar a sede com água do mar, você acredita que esta saciando sua sede de energia quando na verdade está se afastando cada vez mais de você mesmo, ou no caso da água, morrendo.
As emoções negativas como tudo no universo tem um padrão de onda, é uma vibração, essa vibração incômoda fica lá dentro de nós ou a nossa volta e uma das formas de se livrar dela é falar. O ato de falar libera uma quantidade enorme de energia. Essa é a uma das razões de se manter segredo ao realizar magia, falar sobre um ato mágico libera e dissipa a energia que estava sendo acumulada para o propósito, o problema de reclamar no entanto é que mesmo sendo liberada é uma energia ruim que esta sendo dissipada a sua volta, é veneno e ainda que você acredite que você está se livrando dele, na maior parte das vezes acaba sendo absorvido novamente. A imagem é forte mas é real, a reclamação é como uma regurgitação energética, que se não for completamente limpa continuará impregnada em você, sendo inclusive reabsorvida se não devidamente dissipada ou transmutada. Vale dizer que o desabafo é uma forma saudável de expressão de emoções negativas. É um método muito eficaz de se livrar dessa energia, desde que seja feito com o propósito de se livrar dela e não roubar a dos outros. O desabafo envolve um processo de manifestação da Verdade, por isso é eficiente. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
É mais econômico e fácil, energeticamente falando, reclamar do que encarar o problema. Para o nosso ego reclamar é uma forma de lidar com a situação, o que é uma tremenda enganação, você não está resolvendo nada e está alimentando o pior em você, e a situação continua não sendo resolvida. O ego não discrimina, energia é energia e quanto mais ele puder movimentar melhor. Por isso gostamos tanto de reclamar e criticar: somos máquinas construídas num ambiente onde esse é o padrão, reclamar de tudo e não fazer nada para mudar. Mudar exige assumir responsabilidade por seus atos e pelas consequências de seus atos. Parar de reclamar é um sacrifício que o ego não está disposto a fazer. Reclamar e mimimizar é energia fácil, rápida e disponível, a reclamação é a gordura açucarada frita das emoções, e faz tão mal quanto.
Compreender a velocidade e o nível de desenvolvimento diferente dos corpos é fundamental nessa equação. Falta controle e consciência do corpo emocional, ele é o mais rápido de todos os corpos, é o primeiro a reagir na maioria das situações. É uma constatação simples, basta observar todo e qualquer ato comum e ordinário em sua vida que em geral você costuma reclamar, observe como primeiro você tem uma reação emocional instantânea, logo em seguida essa emoção se manifesta no seu corpo físico de alguma forma: tensão, dor, ranger de dentes ou qualquer tipo de desconforto físico. Muito tempo depois, minutos, horas ou dias, é que você revisita a situação dentro de um aspecto racional, espiritual ou até mesmo emocional consciente e enxerga um padrão ou uma razão por detrás do ocorrido fazendo você se roer de embaraço ou qualquer outro sentimento, que pode desencadear todo o ciclo novamente. Isso ocorre pela nossa falta de consciência e prática com as oitavas superiores do corpo emocional, ele está acostumado a se alimentar de lixo e quando vê a possibilidade de se alimentar disso salta na frente dos outros. Quantas vezes você de fato treinou seu corpo físico a responder corretamente a situação de estresse, medo, raiva ou sua mente, analisando as situações em que se envolve de forma independente do emocional. Não discriminemos o corpo emocional ele é maravilhoso e poderosíssimo se usado para o propósito de lhe desenvolver então é indescritível, no entanto exige muito cuidado e reponsabilidade ao usá-lo.
Não expressar emoções negativas não significa engolir sapos, significa não alimentar o câncer da reclamação, colocar sua energia em outra coisa, no que vai resolver e se não for possível resolver, aceite como é, compreenda, seu julgamento negativo não vai fazer com que algo melhore. Desafie a si mesmo a expressar suas emoções com intenção clara e propósito elevado, ou se for inevitável a expressão negativa assuma para si mesmo que o que esta prestes a fazer ou que fez é um mimimi. O primeiro passo para a mudança é o reconhecimento.
Deixo o espaço aberto nos comentários para falarmos mais sobre o mimimi, e proponho aos irmãos e irmãs que experimentem voltar a atenção para a sua própria expressão negativa e para a expressão negativa do mundo a sua volta. Somente observe, escreva suas impressões, anote mentalmente. Peço encarecidamente que guardem os comentários sobre essa prática para um post exclusivo que publicarei no fim da semana.
Chay !
Respostas de 58
Triste é se ver nas descrições do texto!
Excelente reflexão, frater. Contribuiu para o meu processo de expansão de consciência!
@Frater Alef – Salve irmão existencialista ! Se me permite comentar seu comentário: Não fique triste por se encaixar na descrição do texto. Se você não se encaixasse muito provavelmente estaria mentindo para si mesmo, ou seja teria dois problemas ao invés de um: o mimimi e a mentira.
Chay !
Muito bom o texto, Frater!
Mas de fato é muito difícil pra mente não treinada diferenciar o “ego ego ego” do “desabafo saudável”. Até mesmo o desabafo pode ser perigoso, não? Se a mente não for bem disciplinada, é quase impossível não abrir as portas pro ego falar quando começar a desabafar.
Uma coisa legal de se fazer é “treinar” a si mesmo pra lidar com isso e evitar que a fala seja a primeira reação (como Chico Xavier, que foi ensinado a beber um copo de água pra não falar besteira quando tiver com raiva). Pode parecer bobeira, mas exercícios simples assim (como beber a água) realmente te condicionam a não falar na hora da raiva!
@Frater Alef – Salve Irmão. Os rituais com certeza ajudam muito, nossa mente é condicionada de uma forma negativa, implementar esses rituais é uma forma de condicioná-la para o nosso próprio bem, indo além, uma vez adquirida a consciência plena do problema nem é preciso mais o condicionamento. O desabafo pode ser perigoso sim, por isso a extrema importância do componente Verdade. Obrigado pela contribuição Frater Ram.
Adorei o texto!
Tenho me policiado nisso, realmente é difícil quando quase todos ao seu redor estão programados para reclamar em toda e qualquer oportunidade que aparece.
O texto me motivou à prestar ainda mais atenção, com mais método.
Muito obrigado frater, suas contribuições têm sido valiosas no blog!
Abraço!
Obrigado pelo texto! 🙂
Sem querer parecer arrogante ou presunçoso, mas eu sou prova viva da transformação que ocorre quando deixamos de lado o mimimi e investimos em trabalhar as energias do nosso corpo emocional no intuito de resolver as coisas, enfim, agindo da forma apropriada ao plano das ações, que é onde nosso corpo físico habita e que, de fato, é a única forma de se mudar algo. Ótimo texto, frater! Pax et lux! o/
@Frater Alef – Longe disso irmão. Seu testemunho é a prova de como isso é possível e proveitoso. Obrigado. Socrates disse certa vez sobre a honestidade mas podemos usar a frase para o nosso assunto: se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade. Eis aí uma chave muito poderosa.
Chay !
Olá Roberto!
Parabéns pela sua vontade de mudar o mimimi pela energia necessária para a resolução do assunto. 🙂
Seus textos parecem estar direcionados a mim! Consegui ver a idéia da regurgitação de energia e fiquei com nojo. Nunca encarei a reclamação dessa forma. Sabia que movimentava energias ruins, mas para mim era mais com apenas atrair pessoas no mesmo estado ou situações semelhantes. Não que poderíamos produzir e nos “realimentar” com a mesma energia. Precisamos estar atentos ao nosso pensamento o tempo inteiro.
Obrigada Frater por mais esse texto!
@Frater Alef – Salve Thais ! Além da energia ruim em si tem esse aspecto que você muito bem lembrou e por isso lhe agradeço ! Semelhante atrai semelhante.
Olá Frater!
Primeiro quero agradecer pelo texto. Me encaixo nesse mimimi de reclamações, desde o profissional até o pessoal. Estou passando por um momento complicado e o que mais faço é reclamar.
O interessante é que muitas pessoas vem para conversar comigo e “chorar as pitangas”. Ouço e tento ajudar o quanto posso, mas sempre percebo que pego a energia da pessoa. Me incomoda um pouco isso, não pelo fato de ficar com a energia mas das pessoas me escolherem para isso. Opa, olha uma reclamação aí! 🙂
@Frater Alef – Salve Daniela – O primeiro passo é sempre reconhecer ! Você está no caminho. Quanto mais você se policiar mais consciência terá e quanto mais consciência, menos reclamação. Além do mais, ao voltar sua atenção para si com esse propósito, você está colocando sua energia no que é mais importante !
Muita gente acredita que viver livre dessa expressão negativa, é se pasteurizar e se tornar alguém anódino, do planeta Vulcano, sem nenhuma emoção.
Todavia, eu gostei muito da maneira como Bruce Banner controlava suas emoções negativas, no filme dos Vingadores:
“Esse é o meu segredo Capitão…eu estou sempre nervoso”
Por quê elas fazem parte de você, de sua integralidade. Mas o segredinho, é o que você vai fazer com elas. E isto pode e vai fazer toda a diferença.
@Frater Alef – Muito bom Lívio. Essa é a questão: O que você fez, daquilo que te fizeram? Homenagem ao irmão Sartre !
E é por isso que eu sou apaixonada pelo modelo da Terapia Cognitiva, que é exatamente o que o Lívio resumiu: a questão não está em controlar uma emoção (eu completamentaria: um pensamento-emoção). Você não os controla, isso faz parte de você e é um processo inconsciente… Mas o grande X da questão está no que você faz com o que surge. O que eu faço com a raiva? O que eu faço com esse pensamento frequente de que fulano não foi justo? Ou com a tristeza de não me sentir competente o suficiente para tal coisa?
Vomitar o veneno emocional para se livrar dessa energia é danoso, engolir sapos também o é.
No âmbito da psicologia, diante de uma situação desagradável, dizemos que as pessoas reagem muitas vezes ora agressivamente (o vomitar o veneno emocional), ora passivamente (engolindo o sapo). Raros são os que conseguem agir de forma assertiva (acredito que seja o que você mencionou como “desabafo”).
Pegando, portanto, esse gancho, se possível Frater, gostaria que você falasse mais sobre a diferenciação entre reclamar por reclamar X desabafar.
@Frater Alef – Muitíssimo obrigado pela contribuição Nina ! Sobre a diferenciação, posso acrescentar que reclamar por reclamar sempre envolve um processo unilateral, o mundo contra mim ou eu contra o mundo. O desabafo envolve uma via de mão dupla onde você ainda que superficialmente examina a questão com mais de um ponto de vista: o seu e o do mundo a sua volta, ele envolve assumir o que se sente e procurar a verdade dos fatos. O que é e não como vemos. Fica difícil demonstrar em palavras mas a diferença é muito grande quando tentamos expressar para alguém que algo nos incomoda, em geral assumimos o papel da vítima ou do algoz e simplesmente reclamamos que algo nos incomoda, o desabafo seria algo desprovido desses papeis, e em geral, por não envolver um “ataque” a outra parte fica indefesa diante da colocação, isso envolve se expressar de maneira sincera. Para chegar lá eu acredito ser de suma importância levar isso em consideração:
Quando dizemos, “eu fiquei nervoso com tal coisa”, veja que lindo é o poder da verdade, você está assumindo que É VOCÊ que ficou nervoso, você causou isso em você mesmo diante daquele fato ou atitude, e não foi a outra pessoa que entrou na sua cabeça ou no seu coração e o encheu de ódio.
Dentro do hermetismo poderíamos dizer que o desabafo envolve a percepção de que o universo é mental e criamos a nossa própria realidade o tempo todo, reclamar é fugir dessa responsabilidade. O mundo é vontade e representação, criamos com a Vontade ou com a vontade e vivemos de acordo com a representação ou interpretação. Desabafar é um processo catártico onde as ilusões são quebradas e só resta a verdade, a reclamação envolve a projeção das próprias falhas nos outros, esconder-se sob as mentiras que contamos a nós mesmos.
Desabafo é: Vi Veri Veniversum Vivus Vici ! Pelo poder da verdade, eu, enquanto vivo, conquistei o universo.
Meu latim é fraco, portanto vou arriscar fazer só em português, mas o reclamar é: Pela fraqueza da mentira, eu, enquanto ignorante e inconsciente, fui conquistado pelo universo.
Espero ter acrescentado
Chay !
Grato pela menção irmão! Certamente a responsabilidade está em nossas mãos e em nenhum outro lugar. Tornar-se responsável por cada ato, sem desculpas, é o centro dessa filosofia que se denominou “Existencialismo Sartreano”. Interessante, não? Grande abraço!
@Frater Alef –Teu nome é tua chave.
Tem lido minha mente ou me espionado? (rsrs…brincadeira, Frater!). Geralmente uso o processo de imaginação ativa do dr. Jung para perceber e entender minhas reações psico-emocionais automáticas (e até físicas, como falar sem pensar na hora da ira). Melhora bastante o “mimimi” com as pessoas a minha volta, mas não deixa de ser um “mimimi” com os meus “eus” (as várias personas, a sombra, anima, o ego gritante, etc), e sempre há o risco da identificação. Preciso muito internalizar a frase: “Tome cuidado com o senso de identificação dentro de você”. O problema é que se você não vive uma “catarse” do que acumula e acumula recalcando tudo (jogando para debaixo do tapete e fingindo estar bem), um dia sai de lá um monstro enorme. É preciso reconhecer a origem de toda a negatividade, “desabafar/descarregar” e tentar transmutar, tudo isso sem vomitar a podridão em quem está a volta, pois isso só trará mais problemas, mas não é fácil. Mesmo o desabafo sozinho pode ser perigoso e não desabafar pode trazer problemas psíquicos e somatizações terríveis. Eu faço o processo de IA sozinho há alguns anos e estou pensando seriamente em passar a fazer com acompanhamento profissional, pois apesar dos resultados positivos, está muito longe do equilíbrio. Sabe o que mata quando você tenta reconhecer e melhorar suas respostas psico-emocionais automáticas? Se ver em tudo o que odeia. Outro dia, reclamando, depois de me sentir ofendido, disse que uma pessoa tinha um ego enorme, porque ela agia de um jeito e o certo era de outro, que eu faria diferente, etc… Foi aí que vi crescer um monstro do “eu, eu, eu”…. eita monstro feio! Reconheci e me calei. O problema da IA, principalmente sozinho, é que as vezes você percebe o monstro, mas é seduzido por ele, afinal, ele é seu ego, os desejos reprimidos na sombra se aceitando e se incorporando na consciência, etc. Matar um leão por dia não é moleza… Tomar o controle de suas reações automáticas, de seus pensamentos, de suas emoções é um processo duríssimo. Continuo tentando, afinal, não há volta. Ou você doma o leão, como a mulher no arcano da força, ou é engolido por ele… Vou tentar fazer isso sem reclamar, Frater! Promessa… 🙂
@Frater Alef – Muito boa contribuição Gabriel. O ego é um ótimo servidor, mas um péssimo senhor.
Saudações!
Parabéns pelo ótimo texto!
Reconhecer é um ótimo primeiro passo, mas colocar em prática é onde se encontra o verdadeiro desafio!
Sinto-me no meio do caminho, não é sempre que consigo me controlar e acabo reclamando, resmungando sem perceber, só depois é que me dou conta do ocorrido, mas o oposto também ocorre pois em muitas situações onde sei que reagiria mal agora tenho procurado agir de forma a resolver ou melhorar!
grande abraço!
Se o jargão fosse mememe, e falássemos inglês, o conceito seria mais acessível, apesar de ter ficado muito claro 😉
Mas este mimimi, também é o estado de estarmos sempre na mesma nota da escala musical, no Mi, que antecede o primeiro espaço do piano onde não há uma tecla preta. Ficamos no Mi, não mudamos para o Fá, não progredimos na escala. Para progredir, há de se trabalhar, realizar esforço, o sacro-ofício!
E depois vem o intervalo depois do Si, que exige o super-esforço, pra que enfim, possamos subir de oitavas, sucessiva e infinitamente, para tocarmos a música que nos comunica com nosso divino Ser.
http://www.reocities.com/Augusta/7270/teclado.jpg
@Frater Alef – Maravilhosa e inestimável contribuição Luiza ! Elevou a dimensão do texto a outros níveis e altas oitavas, como sempre.
O MI faz ressonância com o Manipura Chakra (centro do plexo solar, chakra umbilical). Justamente o centro da auto identificação, e onde o ego adora ficar! É tão séria a situação nossa, que alguns clarividentes/estudiosos veem esse Chakra como uma área que serve de reservatório natural/fisiológico de energia, e não como uma área com acúmulo danoso. É o lance do “o que é comum, se torna normal”. Na cultura popular fala-se muito “só olha pro próprio umbigo”, “acha que tem o rei na barriga”, etc.
Quanta coincidência, hum? hehehehehe
Abraços fraternos!
Quando percebo que cada elemento com que me deparo diariamente é um símbolo de meu interior, percebo que sou eu mesmo aquele que reclama de maneira subjacente para não assumir que é um reclamão.
Reconhecer é um passo. Mudar e outro que me faz, intensamente, vivenciar o que sou.
Descobrir-se. Entregar-se. Permitir-se…
Seu texto é duro, preciso, cirúrgico. Incomoda, machuca, esclarece.
Perfeito, não poderia ser diferente.
Obrigado por termos compartilhado isso em nosso universo. Eu me vi a mim mesmo (redundância proposital).
F. F.
Ola Frater!
Minha situação é a seguinte, vivo com uma pessoa que reclama demais, mudamos de estado pois ela passou num concurso, é fato que é bem difícil estar longe de todos e praticamente começando do zero, só que eu sempre tento ver do lado bom e ela ao contrário reclama demais e de tudo, nada tá bom.
Eu tento argumentar que reclamar vai tornar pior a situação, mas aí ela reclama que eu sou muito passivo e aceito tudo fácil sem reclamar, que não ligo pra situação e etc.
Como lidar quando se convive com uma pessoa que reclama tanto? Sinto-me muitas vezes desmotivados e acredito que estou sendo alimentado por estas energia que ela regurgita.
Grato!
@Frater Alef – Salve Wallace ! Da pra tirar várias lições do que você me disse, não quero dar spoilers do resultado do exercício mas também não posso e nem quero deixar um irmão na mão. A lição que tirei dessas situações é a seguinte. A lição não é para a pessoa que reclama, a lição é para você! O nível de consciência dela não permite que ela enxergue o que você tenta explicar, mas o seu sim e como você já, em tese, superou o seu mimimi com o mundo agora precisa superar o mimimi alheio. Os problemas e reclamações de sua companheira são um teste que você mesmo se impõe. Quantas pessoas são necessárias para seu desenvolvimento espiritual ? Uma: você. Quantas pessoas são necessárias para retardar esse mesmo desenvolvimento? Uma: você. Agradecimentos ao mestre Shyam Sundar pela enriquecedora conversa sobre o tópico específico.
Não é fácil irmão, mas nada do que realmente vale a pena o é. Só os super esforços serão recompensados.
Espero ter ajudado !
Chay
Olá,
Muito obrigado e parabéns pelo excelente texto! Muito esclarecedor! Por mais que possamos sentir que a reclamação não é algo bom, além de ser inútil, visto que não resolve, continuamos a reclamar, passa a ser uma resposta natural. Você faz sem perceber, e isso é perigoso. Por mais que seja algo que eu tentasse minimizar antes, depois deste maravilhoso texto usarei redobrada vontade para procurar soluções e entendimento ao invés de reclamações!
Grande abraço!
Adorei o texto!!! Veio na hora certa!
Belo texto!
Hum, ampliando um pouco o escopo, é por isso que não devemos ver aqueles programas, tipo Datena e cidade alerta, que nada mais é do que um monte de energia ruim espalhada por ai .
Alias, esse tipo de programa devia ser banido, não ajuda ninguém.
Temos que escolher muito bem o que queremos ouvir e ver.
Abraço
@Frater Alef – Salve Vinícius, muito bem dito.
Ler este texto e reenviar ao amigos me deu muita, mas muita luz!
Parece que Pai Joaquim d’Angola me limpou com seu cachimbo hehehe.
muito bom o texto, parabéns!!
Frater Alef – Salve Diogo, vale dizer que já existem na Umbanda uns Pai Jacob, pretos velhos cabalistas !
Adorei as almas !
Shalomvá !
Frater seria a atividade física uma boa saída também para extravasar essa energia uma vez que ajuda os fluidos e o ar a circularem mais intensamente pelo corpo provocando um movimento do externo para o interno que ajuda a “remover” esse entupimento energético principalmente nas pessoas mais desconectadas com o aspecto espiritual?
@Frater Alef – Salve Liz, sem dúvida ! A atividade física é muito benéfica, não é a toa que existem tantas danças sagradas. O corpo é o templo, a alma é o altar. A atividade física é maravilhosa, porque quando feita com intenção une todos os corpos. Agradeço a pergunta.
Chay !
Interessante ler esse texto justo agora, muito obrigado! Ontem mesmo percebi a diferença entre o reclamar e o desabafar quando tratei de um assunto que tem me estressado muito com meu namorado. Iniciei a conversa reclamando com revolta do caso. Ele me respondeu indignado, levantando a voz, a conversa que eu esperava que fosse uma conversa de aconselhamento desandou completamente. Quando mudei a perspectiva da coisa e resolvi falar de uma forma que expusesse meus argumentos em relação aquilo e deixasse abertura para diálogo, a conversa mudou da água pro vinho. Foi incrível a mudança de energia da conversa, nos acalmamos, ele conseguiu me ajudar muito no assunto, eu compreendi, ele compreendeu. Realmente surpreendente.
@Frater Alef – Salve Mariane, muito legal você ter colocado isso, as vezes temos a impressão de que são necessárias mudanças gigantescas ou drásticas, quando na verdade só é necessário mudar a atitude mental. Isso é construir a própria realidade, isso é magia. Você transformou seu universo e o do seu namorado com certeza !
Também passava por isso com meu namorado rss
Depois que passei a ser mais positiva e segurar as reclamações na hora das conversas mais sérias, a gente passou a se compreender beeeeem melhor 🙂
Texto esplendido.
Costumava me consumir em ansiedade e reclamações e um dia vi esse provérbio tibetano: “Se seu problema tem solução,então não há com que se preocupar.Se seu problema não tem solução, toda preocupação será em vão”, refleti sobre ele e de certa forma comecei a tentar guiar minhas atitudes nele, eliminando ao máximo atitudes mentais/físicas/emocionais que fossem em vão. Traz mais prazer à vida, pode ter certeza.
Eita sincronicidade. Esses dias eu estava meditando como eu, de forma egoística, culpava os os que me são próximos, pelas minhas frustrações, fracassos, responsabilizando-os por não conseguir fazer certas coisas; e esse texto bastante esclarecedor aparece na “Hora H” para me ajudar em meus questionamentos. Frater Alef, como sempre, inspirado ( e nos inspirando).
Desde que comecei a fazer exercícios práticos , inclusive meditação , tenho percebido isso , principalmente no cotidiano , tenho ficado mais calado e evitado discussões sem sentido , com a pratica da meditação , parece que automaticamente , mesmo sem perceber você filtra essas coisas , sua mente começa a pensar racionalmente e você perde o interesse , com a meditação , parece que nem precisa forçar muito o auto policiamento , vai dando certo automaticamente , acho que é um grande beneficio …
Frater Alef, um espelho mui limpido foi este texto!!!!
Mas me tire uma dúvida e me preste uma ajuda, por favor:
Caso tenhamos discarregado ou ferido alguém com nossos mimimis, o que fazer para ‘limpar’ a pessoa e nos ‘limpar’ com ela?
@Frater Alef – Salve Apollion, acredito que o melhor é falar a verdade e se desculpar, expressar em uma linguagem que a pessoa possa entender que você cometeu um erro e que aprendeu com ele.
Salve.
Não bastasse no sábado após o curso de Kabbalah eu ter ouvido umas “verdades” de uma entidade na primeira vez que pisei em um congá de Umbanda, eis que hoje leio esse texto feito sob encomenda. Não me recordo de ter visto essa minha característica de reclamar o tempo todo ser exposta e dissecada de forma tão clara.
Bem instrutivos esses últimos dias. Agora é colocar em prática.
Grato!
O mais incrível é que é verdade, absolutamente tudo. Passei por um tempo difícil, e ficava o dia inteiro reclamando e pensando de maneira negativa, não por coincidência, tinha dias que eu sentia uma constante vontade de vomitar, meus olhos viviam ardendo, e era como se eu estivesse numa ressaca permanente. Quando comecei a controlar meus pensamentos e a meditar, magicamente tudo isso sumiu, e a sensação era a de uma garrafa de água pura e bem gelada descendo e limpando tudo. Texto fantástico.
Frater, algo que percebo frequentemente é que a sociedade parabeniza e até incentiva os comportamentos mais agressivos. Reconheço que possuo tendências mais coléricas, e isso torna ainda mais difícil estar em ambientes onde se espera que provocações sejam respondidas no mesmo nível. A intenção é provar sua força/presença marcante ao revidar, algo bastante questionável.
Claro que não existem fórmulas prontas para este questionamento, mas quando, se é que existe, seria o momento adequado para retrucar?
@Frater Alef – Salve Douglas, eu diria que nunca é hora de retrucar só por retrucar. No entanto a hora certa para devolver um questionamento, esclarecer um mal entendido ou resolver uma situação dificil ou incomoda é quando você não mais esta tomado pelo corpo emocional, aquele arroubo de emoções, ele só vai nublar a sua visão e impedir você de fazer a coisa certa. Espero ter ajudado.
Frater, esse pode não ser o espaço para essa pergunta, mas fiquei curioso com uma colocação sua, sobre a Fonte.
Ultimamente, tenho percebido que a humanidade encarnada é meio como um porífero : Agente deixa a energia entrar, usa algo, e então joga o resto fora.
Vendo-se que o importante é o fluxo, como é esse processo de “pegar na fonte” ? É possível criar energia, ao invés de simplesmente manipular a presente ?
Já tive a experiência de canalizar energia : Como reikiano, faz parte do meu aprendizado canalizar a energia Reiki, que pode ser acessada facilmente por qualquer um que tenha sido sintonizado. Mas sempre imaginei que essa energia fosse um bolsão da egrégora, e não algo que viesse de uma “fonte” em especial.
Poderia me dar uma luz no tópico ?
@Frater Alef – Salve D, muito interessante a sua dúvida, vou dar uma visão minha, espero que possa ajudar. A separação da fonte é ilusória, estamos separados da fonte por um véu e não por paredes. O fluxo dos planos superiores é contínuo, não acho que criamos energia, creio que somos uma hidreletrica, não retemos a agua que passa por nos e nem podemos usar o “reservatorio” de uma só vez, o que podemos fazer com desenvolvimento e pratica é aumentar o fluxo dessa represa, aumentar nosso canal com a fonte e direcionar essa energia para qualquer que seja nosso propósito. Esses surtos emocionais que movimentam grandes quantidades de energia que parecem “surgir do nada” são só as comportas da hidrelétrica sendo aberta de uma vez quando removidos alguns bloqueios inconscientes. Dai as histórias de proezas fisicas em situações dificeis. Só a sua prática vai lhe mostrar o caminho.
Saudações Reikianas !
Saudações Frater !
Acho que entendi a resposta e, de fato, é bem o que se sente na hora da aplicação !
Só fico meio temeroso com o tamanho do reservatório, mas, vah lá. Alguma hora aprenderemos a ver além desses fios de canalizadores que somos xD
Obrigado ^^
@Frater Alef – O reservatório é Kether, vale dizer que quando comecei a aplicar Reiki eu achava o máximo colocar minha energia junto, achava que estava potencializando o efeito, doce ilusão. Ora a energia Reiki é a energia do universo como eu posso me colocar acima de toda a energia universal. Hoje diferenciao bem uma aplicação de reiki de uma doação energética, ambas são úteis, para propósito diferentes. Let it flow.
Só por hoje, seja grato perante todos os seres vivos
C.´.K.´.R.´.
Frater Alef, peço licença para tirar uma dúvida contigo.
O texto do Irmão Reikiano D me lembrou uma pesquisa que estou começando e pela correria do final do ano eu interrompi: exatamente sobre essa Fonte.
Estou tentando entender os parâmetros.
Os nossos Irmãos Reikianos.
Os nossos Irmãos passistas Kardecistas.
Os nossos Irmãos que ministram Johrei.
E os nossos irmãos egípcios, que há 3 mil anos faziam a mesma coisa (?)
Sabemos que as egrégoras são diferentes (?), mas é possível que (num Plano mais próximo do Plano Material) seja diferente a origem dessa Energia que todos eles canalizam e transmitem, não é verdade?
(Por favor, perdoe a dúvida bem primária, estou começando do zero. Talvez eu não esteja sabendo procurar, mas não achei nem bibliografia nem dados pela internet sobre essa comparação que estou fazendo.)
Seguindo o bom-senso, todos evitam os excessos. Um Reikiano protege seu chakra. É recomendado que o Kardecista evite cigarros, álcool, carne e sexo. Mas um Messiânico pode comer carne e até ter fumado minutos antes, e ainda assim ministrar Johrei.
Em linhas gerais, preocupações diferentes. Egrégoras diferentes.
A Fonte pode ser diferente?
(Você citou “Kether” e eu te agradeço por isso. Já não estou mais no zero. Estou partindo desse termo agora. Nesse momento iniciando leitura sobre Kabbalah. Voltei. Irmão, pensei na “Árvore da Vida” como um organograma de uma empresa. Dessa forma, podemos pensar no Fluxo vindo de Kether como o Departamento mais alto, “o Ponto Primordial”. Mas considerando a “Árvore da Vida”, essa Origem de Energia pode então se ramificar em Origens diferentes – com suas próprias características – para chegar nas diferentes canalizações que tento comparar?)
(argh. por que eu sou tão prolixa?)
Abração.
@Frater Alef – Salve Hanna, minha impressão é que todas essas linhas trabalham em faixas energéticas diferentes. Da forma como vejo tais ferramentas são análogas as linhas de psicanálise, temos os freudianos, junguianos, lancanianos e por aí vai, qual linha vai render os melhores frutos em um tratamento, depende do paciente e do problema.
Em última análise, energia é energia e ponto, mas estamos em Malkuth cuja grande maravilha é a multiplicidade de forças e formas, é o lado bom de se estar tão longe da fonte.
Espero ter ajudado.
Chay !
kkk
Texto muito atual e verdadeiro!!! Trouxe um grande ensinamento para nós hoje. Obrigado! =]
Att
End Fernandes
Penso muito à respeito sobre as emoções e como tomar as atitudes certas para não prejudicar ninguém e ao mesmo tempo aprimorar a mim mesmo, mas entre refletir para ser uma pessoa melhor e pôr em prática o controle das emoções numa situação real de raiva, provocação, descontrole, realmente, põe em cheque o que você realmente é… no momento esse é umas das minhas maiores dificuldades.
Obrigado!!!
Credow me identifiquei total. Me sinto meio patética com isso, mas cheguei num momento da minha vida que reconheço todos os meus podres(se tem mais não descobri) e não os escondo.Agora o difícil é acabar com eles uahuahu
Enfim…passei metade da minha vida engolindo sapos, até que adquiri uma postura defensiva e agressiva em relação a qualquer coisa ou alguém que me “ataque” (mesmo que nem seja ataque e eu que to pensando que é….). Junta isso com o fato de eu ser muito insegura e indecisa e pronto…eu sou viciada em reclamar.
E vivo com muita, muuuita gente que passa quase o tempo todo reclamando. Eu to enfiada num poço de merda de reclamação e inércia.
Eu percebi isso faz um tempo e estou tentando mudar. Minha mãe sempre diz que a gente é responsável pelas escolhas que faz e sabendo as consequências não posso ficar de mimimi depois (até coisinhas simples tipo, dormir tarde tendo que acordar cedo, vou ficar sonada igual um zumbi mas eu que quis madrugar então que não reclame).
É difícil mudar.Mudar o modo de pensar pra um positive mode,tentar agir ao invés de ficar inerte.
Mas é possível, trabalhoso pacarai, mas possível.
Bom, além de estar aprendendo a lidar com essas situações comigo mesma, eu não tinha parao pra pensar que tenho que aprender a lidar com o mimimi alheio!
Eu absorvo a energia de geral, é um saco, e as pessoas tem mania de ‘desabafar” comigo (até estranhos na rua), aí eu sempre fico com aquelas questões alheias matutando na minha mente, fico carregando aquilo, sendo que non cabe a mim resolver, fala sério, nem as minhas questões eu consigo resolver direito ainda,omg!
Acho que além da questão do – oq vc pensa e sente sobre isso? – tem que vir a – tá, e oq vc vai fazer em relação a isso agora? –
senão as coisas vão ficar ali guardadas girando girando girando e descendo a ladeira empoeirada forever.
Bom não precisa nem dizer que também me enquadrei nesse texto, pois é muito mais facil reclamar do que fazer alguma coisa, eu assumo isso, e tento praticar esse ato constantemente, mas nem todos estão prontos para para de reclamarm pois depois que vira uma necessidade, a pessoa não consegue mais para, uma ponto que é muito dificil para mim é o Desabafo, pois é raro as vezes que consigo realizar isso, mas quando faço é revigorante parece que tirei um peso enorme, enfim ótimo texto parabéns!!!
Sou Analista de Infraestrutura de Redes
e Músico Vocalista(iniciando composições).
Cada vez mais tenho conseguido entender
sobre harmonizar o fluxo de manifestação de dados
(raciocícios, emoções, redes, música…)
com um carinho especial aos equipamentos de transmissão
(eu mesmo, público, colegas, clientes…).
Isso também me relembra Provérbios 4:23-27, Mateus 15:11, Mateus 15:18…
É difícil, mas vale muito o esforço, cada vez mais…
Excelente post, junto com as respostas aos comments!
Gostei muito do texto. O interessante é que tive contato com o mesmo de uma forma espontânea, porém no momento certo (primeira vez que visito a página). Hoje mesmo passei por uma situação em que me peguei falando coisas sem necessidade, reclamando sem motivo algum. E olha que há algum tempo atrás realizei um trabalho de busca pelo autoconhecimento e positividade que muito veio a acrescentar na minha vida, melhor, mudou minha vida completamente. Quando parei de reclamar e busquei me conscientizar dos meus atos, todos os motivos que eu tinha para reclamar da vida foram desaparecendo. E não foi nada fácil. E hoje, acredito que esteja acomodada com minha nova condição, estou retomando hábitos negativos. Este texto veio para iluminar minha mente e me mostrar que estava no caminho certo e que não posso regredir!
Obrigada.
Cara, fantástico texto, só tenho a agradecer, precisei ouvir isso, meu eu superior puxou essa “validação” física….obrigado!
Excelente texto,
Tenho uma dúvida, como reagir quando as pessoas despejam essas energias negativas sobre nós, com reclamações e situações onde elas tentam tomar o controle do seu ego?
Como podemos proceder perante essas situações?
“Salve Frater, o poder do agora só depende de nós”
@Frater Alef – Salve Diego ! A chave dessas situações é perceber que quando julgamos a ação do outro estamos “reclamando” internamente, as pessoas são o que são, ou não ouça, ou não julgue, para mudarem dependem unica e exclusivamente delas, e você mudar depende única e exclusivamente de você. Deixo um conselho, reclamar que os outros reclamam muito também é mimimi, logo, inútil se nada for feito. Espero ter ajudado.
Belo texto Frater Alef! Aliás gosto bastante da sua maneira sóbria de articular. Ao meu ver no fim das contas o melhor caminho é o do auto conhecimento, só assim haverá uma eficácia maior na hora do desabafo.
Abraços
@Frater Alef – Salve Luiz, conhece a ti mesmo e conhecerás a todos os Deuses e Universos.
Amigo, ótimo texto. Só tenho a lhe agradecer.
A compreensão que me trouxe é imensurável, e vai ajudar muito em meu trabalho interno. Que assim seja à todos que o lerem.
É impressionante como o natureza nos traz as informações que precisamos para melhor entendimento de nós mesmos.
Obrigado irmão!
Paz Inverencial!
@Frater Alef – Salve Rodrigo, muito obrigado pelos comentários irmão ! Ajude-nos divulgando aos seus companheiros de senda esse texto !
Chay
E o ego faz mais “mimimimi” ao se identificar com texto ahahahah
Somos todos imperfeitos afinal 🙂
O interessante é que, como você diz no texto, no meu caso, comecei a deixar de ser extremamente egoísta quando eu parei de mimimimi quando assim me acusavam e admiti que sim, sou egoísta.
Grande texto,
abraços!
@Frater Alef – Salve Mariana, o grande Salomão em seus provérbios nos diz: Sábio é aquele que toma a crítica como uma amante secreta.
Eu definitivamente reclamva muito de toda e qualquer coisa. Até que um dia, um grande amigo meu, muito nervoso virou pra mim e gritou que eu reclamava muito de tudo. Depois dele várias pessoas me falaram isso. Eu fui atrás de pesquisar como poderia mudar isso, e os textos que li me falaram pra exercitar a compreensão e a gratidão. Continuo exercendo ambas, e pra não ser presunçoso de dizer que extingui a reclamação, a diminui quase que por completo.
Tudo isso só serviu pra aumentar ainda mais meu amor, carinho e gratidão pelos meus amigos, que foram sinceros, firmes e não me acompanharam nisso.
Puxa, o que esse texto aborda é uma das coisas que têm sido mais difíceis para mim. Eu tenho enfrentado maus bocados por meu próprio ego que, uma vez ferido, reage estridente como um animal acuado, me fazendo perder o controle muitas vezes, em busca de compensação/defesa.
Eu já estou gradativamente mais consciente dessas coisas, mas mudar e conferir ao outro a liberdade que lhe é verdadeira, e compreender ao invés de impor, não têm sido nada fácil. Na hora “que o bicho pega”, toda a situação se torna incrivelmente confusa, os pensamentos são fortemente torcidos.
Pelo menos eu já reconheço bem as vezes em que simplesmente não consigo fazer diferente e tenho esperança de que isso possa melhorar aos poucos
@Frater Alef – Salve Leandro, sua colocação é muito pertinente. A chave é a prática constante e o reconhecimento.
O Ego funciona racionalmente da seguinte maneira: O que os outros egos irão pensar a respeito disso ou de mim? A verdade é que, no afã de se justificar e alimentar as emoções negativas, estamos mentindo para nós mesmos, pois, quando estamos errados, justificamo-nos ilusoriamente, acreditando que não irão reconhecer nossa falha. E, no entanto, todos reconhecem e calam-se, e aqueles que não se calam geralmente têm culpa no cartório e querem decidir o placar na retórica.
O ego é um parasita, algo como uma projeção da alma ou espírito, com o diferencial de que atingiu automatismo, e por isso seus reflexos são mecânicos… Da mesma forma que se pode, por exemplo, gerar um ser elemental, o ego é semelhante a isso. O que sustenta essa possibilidade é o fato de que ninguém, pelo menos até onde eu sei, faz a sua verdadeira vontade desde o primeiro dia que pisa em Malkuth… O ego, portanto, é uma falsa idéia que temos sobre nós mesmos, oriunda de influências externas e internas, isto é, resultantes de vidas passadas…
@Frater Alef – Salve Jeferson, agradeço o comentário e as colocações. Acho importante ressaltar também na minha visão que a busca não deve ser pela eliminação do ego, ele NÃO é um inimigo, ele deve ser trabalhado, afinado como um instrumento musical que possibilite que nele se reproduza a música das esferas.
Eu estive por muito tempo nessa vibe de reclamar da vida. Até o dia em que meus estudos ocultistas na A.’.A.’. e os textos aqui do TdC me fizeram perceber que eu estava reclamando de situações que eu mesmo criei por atos impensados, das quais eu estava tentando fugir. Outras vezes eram ordálias mesmo. Mas, em qualquer caso, percebi que é melhor andar com a cabeça erguida, enfrentando suas responsabilidades com a ajuda de seu SAG, que viver reclamando.
Muito bom seu texto, Frater Alef! Está contribuindo para minha transcendência!
E as ordálias, não somos nós mesmos quem criamos também? Não seriam elas as manifestações de nossos limites a serem superados?
Salam, André. Jornada longa e próspera!
Salam! Assim seja para nós!
Confesso que fui tomado por mixed feelings nesse post: concordo plenamente em alguns aspectos, mas tenho um receio a respeito da idéia ventilada, que é mais uma ressalva ou “complementação” (se é que é prudente colocar dessa forma) do que outra coisa.
Concordo em gênero, número e grau com relação a tudo isso: o mi³ (abreviação de mimimi) é um vampirismo emocional ou uma reação agressiva a uma insatisfação egoísta (não egóica: ego não é algo negativo par excellence).
Não me dão atenção, não se preocupam comigo, as coisas não acontecem de acordo com a minha idéia pequena e limitada de verdade > eu reclamo.
Isso é algo complicado e contraditório à expansão de consciência: Quero ampliar a consciência, mas lugar de bandido é na cadeia. Tudo é relativo, mas comer carne é assassinato. Eu controlo as chuvas e os ventos, mas fico sem comer porque tomei um pé na bunda.
Parto do pressuposto que a expansão de consciência presume a compreensão, e a compreensão é antagônica aos antagonismos e, pelo que eu entendi, concordamos 100% até aqui.
O que me pega é o risco de pretendermos, pelo controle da manifestação, controlar o imanifesto.
A reclamação, o mi³ e os “pitis” são uma manifestação sensível de um estado emocional disfuncional. Controlar a manifestação é incorrer no risco de “engolir o choro”.
Me lembra a frase do famoso Mestre: “Túmulos caiados! Brancos por fora, podres por dentro!”
E, ainda nesse sentido, a manifestação permite que você colha os frutos de seus atos. Os bons e os maus frutos. E ambos lhe ensinam.
Então, embora eu concorde que a reclamação é algo “negativo” diante de um pressuposto “positivo”, eu me questiono se vivenciar mesmo aquilo que você sente, em toda sua profundidade psíquica e física não permite que você, pela experiência, mude as Causas do mi³, ao invés de “tentar sorrir, cobrindo tudo com mentiras enquanto esconde lágrimas nos olhos porque meninos não choram”.
http://www.youtube.com/watch?v=9GkVhgIeGJQ
@Frater Alef – Salve irmão Anarcoplayba ! Saudações Ogdoadicas. Agradeço imensamente a possibilidade de revisitar-mos o tópico. A ideia proposta não é a de contenção das emoções, não é nem de longe a intenção fazer com que as expressões emocionais sejam impedidas. A intenção é observá-las, compreende-las e a partir de então não mais expressá-las, adquirida a consciência de sua inutilidade. Guardar para si uma emoção, segurar o choro é um mimimi interno, que fica sendo remoído, mesmo que jogado embaixo do tapete da consciência.
Antes um expressão negativa com consciência do que engolir um sapo e achar que está se desenvolvendo.
Eu entendo as expressões negativas como uma manifestação “sombria” do corpo emocional, a consciência sobre elas, traz luz, elas deixam de existir, não porque são excluídas, mas porque a origem da manifestação das mesmas é compreendida, é um padrão vibratório que vai ter outro destino.
O mundo não me ama, pode virar, o mundo não me ama o escambau, eu é que não me amo, e fico colocando a culpa no mundo, eu não me amo porque fico esperando que o mundo me de valor, deve reconhecer meu valor, parar de viver de migalhas emocionais para construir uma falsa auto estima. Claro que isso são saltos enormes de consciência, esse seria um modelo ideal, obvio que seria simplista da minha parte acreditar que isso pode se dar de forma fácil, mas é um processo.
A ideia de negativa não se refere a um juízo de valor de qual é a mais legal, se refere ao propósito da expressão, ela está ajudando a resolver o problema ? Seja o incomodo interno, seja a situação fática do mundo real. Colocando que o intuito final é a expansão da consciência e o desenvolvimento pessoal. Essa expressão te leva para mais próximo desse objetivo.
A expressão de emoções ideal é a equilibrada e verdadeira, mas existem muitas nuances entre isso e as expressões egóicas e desequilibradas. Vale dizer que quem determinar o que é verdadeiro e equilibrado é só você mesmo.
No mais quando tomado pela emoção se a consciência não consegue acelerar o suficiente para sair da situação de forma essencial e verdadeira, o melhor a fazer é se entregar aquela manifestação ou sentimento e estar ali consciente de tudo o que acontece, sentindo e experienciando, com absoluta consciência do processo envolvido, acho que isso é de suma importância em processos de luto ou tragédias pessoais. As vezes o volume emocional é muito grande para ser transmutado ou compreendido em sua totalidade e nessa impossibilidade ele deve ser experienciado sim, mas sem se afogar, estar triste de forma consciente, ainda consciência.
Espero ter elucidado algumas questões, mais uma vez agradeço pela oportunidade de expandir as ideias e me coloca a disposição para avançarmos na questão. Se pareci repetitivo é porque algumas ideias precisam ser marteladas.
Chay !
Perfeito, Frater Alef: concordamos que entre o ideal e o possível existe um oceano: se não conseguimos o ideal de resolvermos nossas quinas e arestas, não fingiremos que elas não existem, mas tentaremos trabalha-las no nosso tempo.
@Frater Alef – Agradeço a cortesia irmão, penso como você ao invés de ficar tentando me iluminar o tempo todo eu procuro não ficar bravo ao levar uma fechada, ou tocar o terror no gerente da agência ao invés de ficar bufando na fila.
Muito bom o texto, a forma que entrelaça conceitos da psicologia é muito esclarecedora, é bom ver externado em um bom texto algo que parece tão familiar.
Ontem mesmo estava falando em externar emoções, sou digamos temperamental hehe, mas sempre tive uma facilidade muito grande de ver os dois lados da situação, o problema é para me livrar de uma emoção negativa eu pego o meu lado da moeda junto com a raiva que estou sentindo e despejo tudo de tal forma que enquanto a pessoa não entenda “na pele” (se sentindo mal) a minha raiva eu não paro. Confesso que é um meio eficiente de me livrar, só me sinto aliviado, e depois também tiro a pessoa da “bad” normalizando a “tensão”.
O que foi muito interessante foi esse lado energético que colocou em questão, como eu disse, ontem mesmo eu estava analisando a questão e por mais que seja uma forma de dissipar a má emoção, querer que a pessoa se sinta mal pra entender que você está se sentindo mal é algo totalmente egoísta (mesmo que você desfaça o mal estar depois).
Bom isso de lidar com emoções me lembrou um pouco um PFD que recebi há um bom tempo “curso de autoconhecimento e mudança interior”, (achei ele aqui) vou passar o site que está no PDF e tem as mesmas lições.
Apesar de (muito) simples é bem interessante.
http://www.divinaciencia.com/indice.php (lições 3, 4 e 6 mais especificamente)
Excelente texto!
Gostaria de acrescentar, ainda, que se pela FALA regurgitamos a energia ruim e possivelmente a absorvemos de novo, que dirá os posts em redes sociais – que, diferentemente da fala, não são efêmeros, mas perenes, e retumbam incessantemente até que lhe apaguemos, ou caiam no ostracismo do tempo.
Não tenho palavras pra expressar o quanto acho nociva a exposição diária às reclamações deprecivas e depreciativas das pessoas no Facebook.
Raiva, ira, agonia, e sempre vítima. Raros são os momentos de verdadeiro desabafo.
As pessoas, ao invés de utilizar um espaço tão rico e fértil como o espaço virtual para propagar boas energias, boas vibrações, parece que preferem a negatividade, a maldade, a ironia, o sarcasmo, como se destas emoções pudessem render bons frutos…
É muito mais fácil dizer, “Oh! Mundo cruel” e receber alguns muitos “likes” e comentários piedosos, do que dizer “Oh, como é cruel minha ignorância!”
Fingir sobriedade, fingir normalidade, fingir que somos perfeitos é uma verdadeira epidemia; assumir nossas falhas e loucuras, nossas contradições e nossos erros é blasfêmia, heresia, pecado social…
É chegada a hora de acordar!
E parar de subestimar nosso poder de influência na realidade, como seres criativos e criadores, agentes ativos da realidade, e não criaturas limitadas.
E agir pela luz, deixando nas trevas o que à ela pertence!
Bom, me identifico com esses problemas de mimimi, mas acho que “N” fatores podem levar a isso e “N” resoluções a problemas pode se ter, tiro por mim, que vinha “baixo astral” há tempos e uma mudança drástica de hábitos e ambientes me fez melhoras mais que evidentes, até as formas de se lidar com raiva e sentimentos baixos, me mudei de cidade tem um mês e essa decisão me ajudou bastante até para lidar com problemas agora quase inexistentes.
Interessante como é muito fácil identificar esse tipo de comportamento em nós mesmo e nos outros.
Particularmente, eu sei de primeira mão como essa energia da lamúria e da reclamação é contraproducente, porque eu enfrento isso semanalmente no meu trabalho; tem uma certa pessoa que se lamenta toda vez que enfrentamos um problema durante nosso processo de trabalho, e sinceramente, na maioria das vezes nós conseguimos superar as dificuldades e alcançar o resultado desejado, de forma que o murmúrio além de inútil é injustificado.
Por outro lado, eu acho que faltou deixar claro no texto como esse termo “mimimi”, é usado de forma errônea; assim como o desabafo sincero não é “mimimi”, a identificação de um problema também não é;
muitas pessoas tentam atribuir esse termo a uma reinvindicação alheia, na tentativa de varrer para debaixo do tapete um problema ou defeito que elas não querem enfrentar.
Num caso específico, vou me referir ao racismo;
as vezes certas pessoas levantam uma questão sobre um caso que sofreram, geralmente na intenção de conscientizar as pessoas sobre comportamentos que são tóxicos;
nessas ocasiões, é sempre comum as pessoas atacarem de volta, clamando como zumbis “mimimi”;
isso se deve, na minha opinião, porque o brasileiro não gosta de admitir que vive num país extremamente desigual, e também porque as pessoas em geral não gostam de admitir os próprios defeitos, então não querem ouvir alguém constatar que elas estão se comportando de forma inadequada.
Mas voltando ao assunto principal, já faz um tempo em que eu realmente adotei a não expressão de emoções negativas, evitando ao máximo, e sempre tomando as medidas necessárias para minimizar os efeitos quando a reação acaba fugindo ao controle. Eu percebi já tem algum tempo como isso é ótimo do ponto de vista energético, e como a reclamação é algo desgastante.
Muito bom artigo, alertando para algo que realmente pode atrapalhar muito a senda de qualquer um!
Salve frater Alef,
Muito obrigado pelo texto. É sempre valioso rever esses conceitos e refletir suas aplicações em nossas próprias vidas.
Além disso, gosto de analisar tudo pela perspectiva da lei hermética: “o todo é mental”.
A pessoa que reclama, coloca a culpa em fontes externas, mas se o universo é me tql, ela é a única responsável por tudo de bom ou ruim que lhe acontece. O problema existente pode ser externo, mas a forma como ele lhe afeta cabe a vc mesmo definir.
Paz profunda!