Marketing X Espiritualidade – Parte 01


Texto escrito por PH Alves em outubro de 2012

Salve!

Dia desses fui convidado para assistir uma palestra no qual iriam me fazer uma proposta de negócio, como bom aventureiro que sou e sempre em busca de novos desafios profissionais resolvi ir e saber qual era a dessa palestra. Antes de dar sequencia ao texto provavelmente vem a suas mentes, o que tem haver o começo desse texto com espiritualidade, esoterismo ou afins? Bom foi graças essa “grande” palestra que reparei em algumas “coincidências” nas quais vão me render alguns outros textos que resolvi criar. Vou dividir em algumas partes começando por esta introdução.

Antes gostaria de deixar claro que não tenho nada contra religiões ou pessoas que fazem parte de algum grupo profissional parecido com que irei citar abaixo, porém é de se admitir que sempre existam aquelas maçãs estragadas em qualquer lugar.

Vamos parar de lenga-lenga e ir ao que interessa. Fui extremamente elogiado pela pessoa que me indicou (tudo parte da jogada de Marketing Motivacional), e a mesma me apresentou pessoas de sua equipe (que fizeram o mesmo), ela disse para acompanhá-la até que cheguei a um local que parecia mais um encontro de jovens usando ternos (o mesmo me lembrou daqueles encontros evangélicos no qual o publico maior é jovem, mas não vou me referir ao nome da igreja, Bola de Neve rs), era um prédio mediano de pequeno porte interior e todos estavam entrando e fazendo filas nas escadas que levavam para o andar da palestra, repentinamente um grupo esquematizado de jovens “ternudos” fizeram uma espécie de corredor no qual levavam você até a porta do salão onde seria ministrado a tal palestra, ao passar pelo “portal” me dei de cara com um enorme salão com várias cadeiras para sentar, ao fundo um grande palco e um telão dizendo “Sejam Bem Vindos”, tudo isso ao som de uma música eletrônica muito empolgante que fazia você sair saltitando louco e alucinado como em uma Rave, ao ritmo do som alguns jovens “ternudos” batendo palmas e lhe dando as boas vindas (só faltava a bíblia em suas mãos), fazendo me senti o astro da balada.

Frustrado achando que eu iria fazer a reunião do século e que a proposta seria algo de maior contato profissional, resolvi então me acomodar em uma das cadeiras e ver o que ia acontecer. A palestra se iniciou com um rapaz de 40 anos, (sim o cara se sentia um rapaizão que acabará de entrar na puberdade) entrou correndo, pulando e batendo palmas, indo em direção ao palco no qual começará a ministrar a palestra que não passava por mais uma das mais de mil que já fez e de quebra levava consigo algumas mentiras de se ganhar dinheiro rápido apenas investindo um pequeno capital e dali sair vendendo que nem um louco alucinado os produtos e serviços que a empresa disponibiliza para você, o detalhe é que a empresa “vende” a ideia de que você será um “empresário”, um dono do seu próprio negócio, algo muito parecido com “Abra sua igreja e seja rico”.

Nem preciso dizer que ao palco sempre era convidado alguém que já estava em uma posição consolidada na empresa com muito dinheiro e sucesso, o esquema do negócio foi passado e o segredo era o famoso e nada convencional Marketing Multi-Nível, no qual você trabalha no esquema de pirâmide, onde você chama um número de “pessoas” que você acha interessante e essas mesmas “pessoas” chamam mais um número de “pessoas”, e o processo vai sendo completo por uma escala infinita, fazendo com que sempre um ganhe sempre uma porcentagem do outro.

O resultado disso foi que no final subiu no palco o ultimo “ator” esse mostrando traços de boa pinta, um cara de posses, dizendo que passou por tudo aquilo e que um dia também foi um de nós que estavam ali sentados, a promessa de ganhar rios de dinheiro era sempre dita e que nós assim como ele poderíamos ter o carro do ano, as melhores viagens, e mimimi mimimi, eu com saco cheio continuei a analisar tudo, o cara pulava, gritava alto dizendo que todos um dia iriam se dar bem nesse negócio, pedia pra galera bater palma, pedia para nós darmos gritos de incentivo, colocava as músicas de balada pra fazer você ficar alucinado, enfim, vários artifícios medonhos de conseguir que você invista uma “pequena” quantia de R$800 na empresa dele pra você se tornar um “bispo” “empresário”.

Sai daquele lugar pensativo e comecei a analisar muito coisa, uma delas era “Qual a diferença desse tipo de Marketing para uma Igreja?”, “Qual e relação motivacional usada por eles com o conceito de elevação espiritual”, e por fim “Quais os lados bons e ruins tanto do Marketing quanto da Espiritualidade, ambos tem algo haver?”.

Sim, e é finalmente aqui que vamos começar a falar sobre a relação do Marketing X Espiritualidade no qual vamos dividir em 4 partes contando com esta. Deixo esse texto acima para vocês já irem analisando o tema e me ajudarem nos contando situações parecidas com a que citei, seja no profissional ou no espiritual, e em seguida começarei a real discussão sobre o assunto no próximo post.

Paz Profunda

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Respostas de 22

  1. Olá PH Alves!
    É triste de ver esse tipo de coisa acontecendo na área da espiritualidade, pois eu acho que uma coisa não deveria se misturar com a outra. Tem várias desse tipo em meu bairro, e meu pai freqüenta uma dessas. Foi indicado a música como um “alucinador”, e é dessa forma que agem mesmo. O pior, no meu ver, é falar pra cada uma que é especial de tal forma que o lugar do culto não é o mesmo sem ele, ainda mais nesses dias atuais, onde o ego é o maior problema dos humanos. E o que eu acho mais engraçado, é que os dois funcionam no mesmo tipo: quando você realmente precisa “ver se sou importante”, todos desaparecem! Pena que esse tipo de gente não consegue ver e continua depois que o problema passar.
    Gostei muito do texto e aguardo anciosa o próximo! 🙂
    Até!
    @ph_mage – É bem complicado mesmo esse tipo de “Marketing”, mas o que desfavorece aqui é realmente o sistema empregado e como foi utilizado. Existem várias maneiras de se fazer Marketing, e não podemos ve-lo apenas com uma ferramenta de manipulação ou controle das grandes massas. Aquela história de a faca que mata é a mesma faca que corta o pão é aplicável aqui também. =)
    Nos próximos textos vou mostrar o lado negativo e positivo do marketing na espiritualidade.
    Obrigado Daniela!

  2. É… Isso tudo é usado abusivamente nas empresas… Experimentei isso também na religião, embora de forma menos intensa. É frustrante, desgastante e alienante. Mas me lembrou de uma vez que um amigo meu me ofereceu a “GRANDE CHANCE” de enriquecermos com um plano de saúde com um esquema-pirâmide: parentes e amigos são as vítimas naturais desses esquemas, porque eles se aproveitam dos seus contatos sociais para se alastrar, exatamente porque se é “TÃO BOM” vc vai querer que eles_ parentes e amigos_ sejam OS PRIMEIROS a terem a grande chance. Isso é cruel, mas é fato.
    @ph_mage – Salve. A primeira coisa que se ataca é o ego, eles lhe oferecem sonhos e te mostram que é “possível” realiza-lo. Mas a pergunta é…como???

  3. Um ponto em comum entre o Marketing e a Espiritualidade é o produto, acredito. O indivíduo compra a si mesmo, por assim dizer. O marketing enfatiza que nós somos capazes, que teremos aquilo que desejamos (ou eles querem que nós desejamos). A função do marketing é nos dar um tipo de segurança emocional, um tipo de incentivo ao amor-próprio baseado apenas no emocional… É a projeção do indivíduo sob perspectivas sociais, como um forma de iniciá-lo na sociedade de consumo… Uma versão de si mesmo corrigida, diga-se de passagem…
    No campo da espiritualidade, ocorre o mesmo. Percebe-se constantemente que para um sistema espiritual progredir é necessário que haja uma recompensa para quem aceita-o. Uma religião que venda a ideia de reencarnação está garantido, sobretudo no aspecto emocional, a tranquilidade do seu futuro crente. A certeza de que outros indivíduos também se comovem por coisas parecidas atrasa o processo natural da nossa maturação em relação à solidão ou a responsabilidade interna de ser independente, autônomo. Isso também não deixa de ser um modo de projeção. Há uma associação entre quem eu sou e quem eu serei, e sempre temos expectativas de sermos alguém diferente do que somos… Sempre parece faltar alguma coisa, e isso implica em tentar estabilizar o estado de felicidade….
    Há religiões que literalmente são o pedágio da via espiritual. Quem caí nesse tipo de marketing geralmente quer comprar a certeza interna, e as religiões passam essa segurança porque sendo o homem feito para viver em comunhão com o seu próximo, quando mais de uma pessoa acredita em algo, a crença se torna forte o bastante para atrair mais fãs… Considerando isso como se fosse democrático ou verdadeiro por se apoiar na fé cega de milhares de outras pessoas…
    Mas, por outro ângulo, há religiões que visam outro fim. Vendem também, embora distintamente, uma projeção do indivíduo no futuro, e a qualidade dele depende da essência daquele sistema espiritual e da fidelidade do crente em relação ao sistema… Assim, por exemplo, o produto do marketing thelêmico é o homem do futuro, isto é, o Sagrado Anjo Guardião, ou seja, uma projeção de si mesmo… No cristianismo popular, o produto seria o batismo no Espírito Santo, e assim sucessivamente…
    Todo Homem e Toda Mulher é um marketeiro!
    Marketing é a Lei, Marketing sob Vontade!
    $$/$$/$$
    @ph_mage – Salve. Seu comentário me fez analisar ainda mais o conceito, é um “jogo de marionetes” onde você acha que manipula ou é manipulado, tanto no campo profissional como no campo espiritual…mas como disse no comentário da Daniela, não podemos somente ver o lado negativo dessa ferramenta que se bem usada pode trazer milhares de bons frutos…vou falar sobre isso nos próximos textos. Alias gostei dessa expressão que colocou. Marketing é a Lei, Marketing sob Vontade!

  4. Marketing é uma arma. (Assim como a magia pode ser). A única diferença é questão da ética empresarial (e espiritual). Tudo pode. Só que as responsabilidades também vêm juntas.
    @ph_mage – Exatamente. =)

  5. Já perdi algum amigo pra essas coisas… Os caras ficam tão obcecados por isso, que eles só falam nisso. Tu não consegue mais ter conversa com nenhum deles,tudo caindo no papo de entrar pro grupo.

    1. Pior que com conhecimento de economia básico você vê que os dados que os caras mostram são totalmente falhos. “Perdi” várias “amizades” ao afirmar que isso era dinheiro sujo, que pessoas usavam a economia da familia para entrar nesse negócio e o lucro dessa empresa era mesmo a falência das pessoas. Pessoas deveriam sair e esse era o lucro da empresa. Sem contar que o palestrante chegou em uma BMW branca muito linda, mas já vi traficantes com carros bem melhores e o dinheiro deles nunca me atraiu.

  6. Nossa sociedade é INTEIRAMENTE baseada nestes princípios…
    A diferença é que uns fazem uso destes artifícios de forma velada, outros nem tanto.

  7. 93
    Ano passado fui ao enterro da mãe de um amigo, lá fiquei sabendo que ela frequentava a igreja do Pedir Maiscedo e que o os líderes da igreja levavam até a comida da velhinha. O que me deixou pensando nesse papo que ouvimos quando vamos a uma igreja dessas, que somos importantes, que Deus tem um plano na nossa vida, blá blá blá etc. Se a velhinha era tão importante (por ter contribuído tanto claro!), por que ninguém da igreja compareceu ao seu enterro?
    93, 93/93

  8. Cheguei a entrar num esquema desses a um tempo atrás. O principal motivo pelo qual sai, foi pela questão da obsessão por isso, ficar tão obcecado que no bar com seus amigos vocês quer convencer eles a entrarem, falar com pessoas que não falava a muito tempo para entrar. É um puta Ego que depois fica difícil de quebrar.

  9. Na época que morei em São Paulo, estive em duas dessas também. Iguaizinhas.
    Na primeira eu tinha 16. Não foi tão caricata quanto essa descrita pelo PH, bem menos dramática e muito mais teatral. Não havia “investimento” e eles nos elegeriam por eficácia: ou seja quem vendesse o produto primeiro. “Instruíam” a não vender para amigos ou parentes (mas já induzindo, lógico que todos contatariam amigos próximos ou parentes para continuarem na peneira). Fui convencido, mas comentei do “novo emprego” com a minha mãe que, lógico, desmascarou os caras.
    A segunda foi ano passado. O anúncio estava tão bem mascarado que chegou a me levar à primeira reunião. Logo no preenchimento do cadastro percebi o esquema e, lógico, recusei a oferta.
    Já é triste ver esse tipo de vampirismo acontecendo numa dita “empresa” cujo objetivo é comercial, que dirá num templo onde o objetivo é a evolução espiritual.
    Estou ansioso pelos próximos textos, PH.

  10. Olá Alves, tudo bem? Uma jogada dessas tanto na religião, tanto no marketing do dia-a-dia prova que a grande maioria quer somente o ganho fácil. Trabalhar duro e assumir os erros para aprender com eles ninguém quer né?
    Atribuir ao cara lá de cima que só serei feliz com uma BMW é muito mais fácil né?
    Por isso que eles devem dar o dízimo para a igreja, ajudando à “Deus” ele me proverá. Acho que a cabeça deles pensa assim, creio eu.
    (Deus está me reservando uma vida cheia de ganhos materiais, Por que eu ajudo a igreja, blá….blá…)
    Um dia isso deve acaber né?
    Forte abraço e muito bom o post. Espero os próximos.

  11. Acredito que Marketing e Espiritualidade sejam duas coisas diferentes mas que, como todas as outras, se conectam.
    Espiritualidade pode ser definida como o “trabalho do espírito”. É você buscar meios de aprender a manipular sua própria consciência em vários níveis : Mental, emocional, físico.
    O Marketing, por sua vez, é a habilidade de manipular as emoções e pensamentos dos outros.
    Um requer do conhecimento do outro, e o ambos tem suas consequências, que podem vir a ser do agrado ou desagrado de tais ou quais grupos e/ou indivíduos, sendo assim classificadas como “positivas” ou “negativas” segundo o julgamento que esses fazem dessas consequências.

  12. Bom, também fui a essa mesma palestra eu acredito, Monavie certo?
    Pelo que eu tava analisando o esquema consegue ser pior que o tradicional de pirâmides, a pessoa ganha pelo lado mais fraco, o que gera uma sensação de ter que buscar pessoas infinitamente para ajudar os necessitados abaixo da gente. Outra sensação muito marcante é a de que temos que entrar o mais rápido possível, antes que a maioria entre e você não consiga ninguém abaixo de você, porém, é aqui que mora o pior lado espiritual dessa jogada, pois sempre vai ter alguém abaixo de você que irá se foder, mesmo sabendo disso o marketeiro terá que vender seu produto e enganar as pessoas na cara dura, pois, caso contrário, só irá perder dinheiro; ao entender isso, recusei a proposta imediatamente. Agora, representa alguma coisa o símbolo caso realmente seja a Monavie que você foi?

  13. Salve irmão.
    Sempre achei essas jogadas incríveis e bem feitas. Gosto do clima e como envolvem as pessoas emocionalmente. As igrejas são assim: oferecem algo que a pessoa nem sabe que precisa, mas está ali para consumir.
    Como sempre bato na tecla que tudo tem seu papel, defendo que sempre existirão jogadas assim, enquanto houver quem precise delas para despertar.
    E não é esse o papel de cada ‘coincidência’? Não é esse o papel do tão aclamado ‘mundo créu’? Como despertar se não estiver a dormir? Como enxergar algo mais se não estiver no ‘algo menos’?
    Saudemos a Amway, a Universal, o Russomano, o Maluf e os pederastas do mensalão. Saudemos esses diabos que permitem com que haja pessoas que possam buscar mais do que elas têm! Seja bem-aventurada a serpente que dá o bote em seus pés para que se vista com prudência da próxima vez.
    (ao som de um funk belíssimo e o cheiro de maconha que entra pela minha janela, despeço-me de todos com a paz!).
    Francisco
    @ph_mage – Uma palavra “equilíbrio” =)

    1. Frater Francisco embora não curta a erva concordo com vc que tudo tem o seu papel são as opções das pessoas, já que eu acredito que Deus esta em tudo não importando o que seja tudo tem o seu papel
      abraços

  14. Pelo menos eles “vendem” dinheiro, acho isso menos pior do que vender terrenos no paraíso. Tirando isso, conheço gente que se deu bem na Amway, 1 entre 1000 claro, mas talvez por causa dessa atmosfera de entusiasmo o cara seja incentivado a trabalhar mais duramente, a egrégora talvez passe isso até pros iniciantes. Não estou defendendo as piramides, longe disso, mas ainda acho melhor do que as IURDs da vida.

  15. Putz, cara. Passei recentemente por uma experiência dessas, em que me ofereceram “Deus” como um produto. Estava passando por uma situação X, muito angustiante. Parentes próximos disseram que, se eu abrisse mão de A e B, e me comprometesse a seguir a “doutrina de Deus” teria o que “queria”. Eu fiquei indignada na hora, respondi da maneira mais grossa possível, até me descontrolei. É um absurdo se apropriarem assim da fragilidade alheia. “Deus” é oferecido como um produto aos fragilizados.
    E não digo isso só de cristãos, até na umbanda, tem muita entidade por aí que você nem fala nada e eles perguntam “o que você quer”. O nicho de mercado das religiões são os aflitos e desesperados, infelizmente. E muitas vezes a solução “mágica” é oferecida por pessoas muito próximas, e só deixam a pessoa mais desequilibrada (ou porque ela aceita ou porque o desespero em face de tudo o que ela vê nas pessoas aumenta)!

  16. Minha maior preocupação é com o fator humano envolvido, pois pra mim o sentido de religiosidade vem se perdendo, a família, a comunidade e preocupação com o meio já não tem espaço nem mesmo dentro da religião, hoje as pessoas procuram por resultados individuais e rápidos, se preocupam em pertencer ou não a um grupo ou classe. Usando-se dessa necessidade humana de pertencer a um grupo unido com a cultura do sucesso, torna-se possível a manipulação do eu vulnerável, do homem que quer pertencer a um grupo, que quer ser um homem de posses e que não quer ser mais um em meio a essas milhões de almas, e é nesse sonho e ideal que os porcos fazem a festa, pois é rentável vender sonhos, e mais rentável ainda fazer pessoas venderem seus sonhos, e dessas pessoas, convencerem outras pessoas a venderem sonhos, que no fim já não possuem sentido algum, apenas uma organização que não sabe nem o que vende, e pra piorar, vendem demasiadamente essa esperança de sucesso, o que não é diferente do que fizeram na idade média, a diferença é que comprava-se um lugarzinho no céu, hoje compramos um lugarzinho para nos sentir aceitos aqui na terra, criando uma ilusão de conquista pelo simples fato de dividir cadeiras com pessoas pouco mais abastadas ou mesmo pessoas que simplesmente trabalharam e estudaram e chegaram a algum lugar e que dão mérito ao “pastor” e não ao esforço empregado, pois qualquer um é capaz de ser mais, mas infelizmente com essa lavagem cerebral o ser humano perde a autocritica, tornando-se mais um vírus que induz outros a comprar um lugarzinho pra se tronar aceito, depois faze-lo acreditar que tudo que ele conquistar é por conta daquilo, tornando-o mais uma mão de obra dessa intuição, onde mês a mês ele vai dar um pouco do que ganhou suando, e pra piorar, o convence a converter mais pessoas jovens, que querem vencer, de modo que criamos uma cadeia infinita de pessoas que simplesmente querem ser alguém, querem pertencer a algum grupo, ou mesmo serem melhores.
    Enquanto houver sonhos, existiram pessoas querendo se aproveitar deles!

  17. Caras,
    alquém citou a igreja bola-de-neve, seiram eles tbm um “herbalife”?.
    Sinceramente, estou assustado e temeroso com esse pessoal, aqui em Porto Velho -RO, tem umas duas ou mais células, todos os eventos de música ou esporte (skate) são feitos por eles, e claro, com “pregação’.
    O pior é que eles estão pegando todos os jovens, e digo TODOS, pq os q não entram pra igreja, ficam ali entcostados na galera, são meio q fiéis não assumidos. é terrível.
    assisti uns testemunhos deles e a pregação no campeonato de skate nesse fim de semana. E meu!, surte um efeito monstruoso, primeiro pq eles pedem silencio pra garotada pra “dar uma palavrinha”, depois os caras falam e falam com um tom de voz calmo e que vai aumentando de tom cadenciadamente, vc fica até emocionado (mesmo sabendo q a maioria é besteira). Não me considero um gênio, mas tenho um pouco de conhecimento pra não cair nessa, mas mesmo assim o efeito que eles criam é potente, deve ter algo a ver com a egregora ou ainda com os chackras q eles trabalham qnd falam naquele tom “testemunho de jesus na minha vida”. imagina isso em cérebros virgens… A parada é tão forte que eu tive que sair do local pra não começar a “entrar na onda”, e mesmo assim me senti um pouco vampirizado, como se minha vontade estivesse sendo sugada. olhava para as pessoas e vi q elas mudaram o semblante, estavam passivas.
    agora vem a parte política: OS caras usam a garotada pra criar células, organizar eventos e selecionam muito bem os que podem entrar. ouvi claramente quando passei perto de uma reunião dos “pastores”: -a gente não pode pegar qualquer um, não pode, o cara tem que querer. se ele tá sofrendo, passando por problemas, essas coisas, não pega. temos que pegar o pessoal firmeza. ; provavelmente eles usam esses como bucha de canhão ou obreiro.
    gente, me diz se isso não é o esquema “herbalife”?
    A sitação aqui é um tanto estranha, RO é o estado com, proporcionalmente, mais evangélicos no Brasil. Conheço jovens de 16, 17 anos q simplesmente NÃO ACREDITAM em Darwin e na ciência em geral. outro dia me disseram: -Os dinossauros, vê, era deus testando nossa fé.
    pronto é meu desabafo.

  18. Olá PH! Me identifiquei muito com o texto, e, se me permite, arrisco a dizer que essa palestra era da G3W Concept!
    Essa empresa era tão pro na arte do marketing que até aulas de pnl eram fornecidas pros mais empenhados!

  19. Oi PH, vou falar um pouco do lado do MMN.
    Eu conheço e gosto muito do modelo, embora não esteja participando de nenhum e um dos motivos é exatamente esse foco errado que as empresas usam (principalmente aqui no Brasil)
    Existe um motivo para fazer dessa forma? SIM mas eu e alguns especialistas não concordam com ele.
    O MMN tem má fama aqui e um dos principais motivos é a forma como é conduzido… as pessoas costumam reclamar do “segredo” que fazem ao te convidar para uma palestra dessas mas pergunto… se eu estivesse pra te convidar pra algo que eu acredito ser bom, se eu acho que é tão bom que quero que no mínimo você avalie a fundo antes de decidir, e se eu acho que o negócio está tão queimado que você vai negar sem nem avaliar só por saber que se trata de MMN a melhor decisão é dizer pra você do que se trata ou te deixar na expectativa?
    Veja bem… meu motivo foi totalmente altruísta nesse exemplo… não é o que acontece na maioria dos casos.
    Agora o segundo ponto… existe um autor muito bom sobre MMN chamado Eric Worre que afirma (e eu concordo com ele) que as pessoas que entram no MMN na primeira apresentação o fazem por impulso e que esse é o principal motivo de apenas 1 em cada 10 realmente tentar desenvolver o negócio.
    O que fazem as empresas no Brasil? Criam eventos pra te convencer a entrar na primeira apresentação… e se você diz não (porque quer pensar por exemplo) incentivam o seu amigo que te convidou a te deixar pra lá (e algumas até dizem pro cara que você não entrou porque não tem visão, e as vezes até perde o amigo por isso)
    Eu entendo totalmente e até apoio esse clima nos eventos anuais e nos treinamentos porque o ser humano realmente tem dificuldade de continuar quando atinge um obstáculo, precisa de incentivo (e treinamento), precisa ver outras pessoas conseguindo pra acreditar que também consegue.
    Mas num evento de recrutamento sou totalmente contra, porque o cara leva 10 pessoas lá, 5 entram e na maioria das vezes esses 5 são deixados as traças enquanto o cara vai procurar outros 10 para levar no próximo evento… e pra mim quando você coloca alguém no negócio sua obrigação é ajudá-lo a se desenvolver.
    Pra mim MMN não é um negócio onde você entra e coloca 10 que colocarão mais 10… pra mim MMN tem que ser um negócio onde eu entro, ganho dinheiro vendendo os produtos, e aí mostro isso pros meus amigos e pra minha família como eu estou fazendo para que eles entrem pra ganhar também…
    Se eu não mostrar porque acredito que é o melhor pra eles então é melhor nem entrar.

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