Igreja de Bruxaria e Wicca

Na linha das papagaidadas esquisotéricas, agora querem montar uma IURD da WICCA. Pensei em escrever alguma coisa sobre essa bizarrice, mas a Katy de Mattos Frisvold escreveu um texto de crítica bem interessante a respeito:

“Atualmente, carregar-se o título de “bruxo” não é mais motivo de vergonha. Esta é uma realidade das grandes cidades brasileiras, mais temperadas com as colorações internacionais e mais antenadas com as tendências mundiais. Nas cidades do interior, esta é uma realidade que aos poucos toma forma, e ainda existe um bocado de preconceito dada a ignorância popular do que o termo abarcaria. Uma benzedeira é bem vista, mas a partir do momento em que ela se denomina “bruxa” as coisas ficam confusas, graças às conotações negativas que o termo carrega há séculos. É trabalho de formiguinha informar, educar, e especialmente, respeitar para ser respeitado.

A intolerância religiosa é sintomática de uma falta de respeito generalizada. Da falta de respeito ao próximo, do julgamento e condenação, partem todo o tipo de preconceitos. Atualmente, os afetados pelas condenações se organizam e realizam eventos públicos, instigando “lutas” fragmentadas, focadas nos sintomas e não na doença. É também interessante notar como frequentemente estas mesmas pessoas que são rápidas em julgar os outros como “preconceituosos” são as que geralmente demonstram mais preconceito em todos os outros campos. É como se gritassem: “Respeitem-me, mas eu não devo respeito a ninguém!”. Estamos em uma época onde a tendência é falar de direitos, mas pouco se fala de deveres. É uma época de “militância” acéfala, pois nenhum sistema democrático pode se sustentar somente com direitos individuais e com a liberdade de pensamento cerceada.

No caso específico da “bruxaria” no Brasil, com a idéia de se criar uma “Igreja de Bruxaria e Wicca”, o cenário é alarmante, especialmente quando colocamos as coisas desta perspectiva:

1) Bruxaria é um ofício, diferentemente do paganismo e/ou neopaganismo. Exclui-se a Wicca, que a partir de sua criação, por Gardner, foi declarada como “culto de bruxas”, e mais tarde, como “religião” por seus adeptos. Isto, por si, deveria deixar claro que não há como conciliar uma coisa e outra porque ambas partem de perspectivas e metas diferentes. O ofício (profissão/ocupação) da bruxaria pode depender de um trabalho espiritual, mas não necessariamente de cunho “pagão”. Também não há a necessidade de “sacerdócio” para que a pessoa seja considerada bruxa. É aqui encontramos a diferença entre o mito e realidade histórica e factual. Por favor, questionem.

2) Religiões ou cultos pagãos não são democráticos. Pelo contrário, são hierárquicos. A entrada no culto (ou religião) pode ser negada, e os mais novos na linhagem seguem necessariamente as ordens de um sumo sacerdote ou sacerdotisa. Eleições para elders então soa como algo esdrúxulo. Não só isto, o que fazer quando a palavra de um elder da Igreja não encontra a sintonia com um elder de um coven? A quem o membro da “Igreja” deve mais respeito? Por favor, questionem.

3) Ainda sobre elders: como uma “Igreja” poderia elegê-los quando nenhum deles está realmente ocupado com o aspecto tradicional do culto (ou religião)? Nenhum dos cinco elders apontados, pelo que consta ao público, pertence à linhagem Gardneriana, e sequer da Alexandrina, mas do reconstrucionismo, das derivações e dissidências. Agora, como dissidentes poderiam valorizar o que é tradicional? Como poderiam declarar os standards básicos se eles mesmos não concordaram com os pioneiros do culto e/ou religião? Como lidariam com a sempre crescente dissidência? Pois é, desde o início dos debates sobre a criação desta infame “Igreja”, com a mais absoluta falta de tolerância e desrespeito ao livre pensamento. Por favor, questionem.

4) Vamos falar sério! Estas são as “premissas básicas” apresentadas ao público:

A) “Pessoas que usam o nome bruxaria, mas não exercem o sacerdócio da terra e não seguem normas de ética pagã”.
Desde quando existe uma ética pagã para nortear TODA a bruxaria? Sendo a Bruxaria uma herança cultural mundial, como é possível definir-se a ética? Por “ética pagã”, o que é subentendido? Cada culto depende do contexto cultural onde se desenvolveu para definir-se o que é ético ou não. Por favor, questionem.

B) “Pessoas que a pretexto da prática da bruxaria realizem qualquer atividade criminosa
Atividades criminosas como o que exatamente? Difamação, por exemplo, é um crime. Mas isto não impede que a principal porta voz da tal IBWB pratique este crime com certa constância (vide caso Eddie Van Feu, pois não poderia a porta voz disseminar sua opinião discriminatória como a verdade absoluta do trabalho desta autora). É conveniente lembrar que ameaças e discriminações são crimes, e falsidade ideológica também. Isto por si já deveria dar a dica para que os portadores de linhagens forjadas – que são abundantes no Brasil – admitissem este crime por antecipação. É conveniente lembrar que as bruxas queimadas na “Era das Fogueiras” eram consideradas “criminosas”, e esta linha então sempre foi extremamente tênue. Por favor, questionem.

C) “Pessoas que usem a bruxaria para explorar financeira, sexual ou pessoalmente qualquer outro
Então agora se instituirá que ninguém pode cobrar seus trabalhos mágicos? Como? Se a bruxaria é um ofício – uma profissão – como isto se dará? Isto sem nos esquecermos que existem inúmeras tradições “pagãs” cujas iniciações não são gratuitas. O que dizer então das orgias promovidas por certas instituições, incitando leigos que não estão sequer psicologicamente prontos para isto? A manipulação psicológica para uma sexualidade imposta não poderia ser considerada criminosa? Por favor, questionem.

D) “Pessoas que sejam praticantes apenas de fachada (meros utilizadores de símbolos e roupas). Para estar entre nós é preciso ter pratica sacerdotal real.”
Esta eu quero ver pegar. Um mínimo de 60% de posers da bruxaria deve cair e esvaziar os “rituais públicos”. Também quero ver algum sacerdote que seja digno do título se colocar sob o escrutínio alheio, dependendo da aprovação de pessoas provenientes de dissidências para ganhar carteirinha. Pior, nada se fala do “ofício” além da gratuidade dos trabalhos. Por favor, questionem.

E) “Pessoas que vendam iniciações vazias (meros ritos sem significado), sem nenhuma base real em processos de aperfeiçoamento pessoal e conhecimento dos Deuses.”
Eu acredito que para uma pessoa declarar que tem o “conhecimento dos deuses” ela precisa primeiramente demonstrar isto pelo seu caráter e conhecimento dos cultos originais, tradicionais, e não fazer uma salada mista em uma suposta “honra” ao que não se entende, como tem sido amplamente divulgado por pelo menos um destes elders. O que esta pessoa declara ser honra, é visto como um insulto a aderentes de muitos cultos tradicionais. Como esta pessoa poderia julgar se a tradição não trabalha o aperfeiçoamento pessoal e o conhecimento dos deuses internamente, desde que seu conhecimento deles é tão limitado e seu temperamento está longe de estar aperfeiçoado? Por favor, questionem.

5) Visto que o corpo de elders da “Igreja” é composto majoritariamente de militantes feministas e gays, podemos assumir que as metas básicas podem estar temperadas pelo “espírito da luta democrática”, incitando as grandes massas às batalhas externas mais do que as internas necessárias para o amadurecimento pessoal e crescimento espiritual. Por favor, questionem.

6) É neste espírito de “luta” que observamos, por exemplo, a paranóia instaurada pelos líderes desta Igreja, que posa a seguinte pergunta em declaração pública: “Em seu art. 1º a 3º, o texto coloca direitos que são “garantidos às instituições religiosas”. Isso nos coloca a seguinte pergunta: E quem não pertencer a uma Instituição Religiosa? Continuará tendo seus direitos assegurados? Muitos anos se passarão antes que os Tribunais decidam esse tipo de questão e firmem sua jurisprudência.” É necessário, portanto, informar que ninguém precisa se descabelar. Isto porque somos protegidos pelo artigo 5º, VI da Constituição Federal que diz: – “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;” No XIII encontramos também: – “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;” Até rituais realizados em praças públicas encontram amparo legal graças ao XVI: “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;”. Sendo a bruxaria uma herança cultural e folclórica da humanidade, qualquer pessoa pode “herdá-la”, invocando o XXX – “é garantido o direito de herança;” – e ninguém poderá dizer se você é um bruxo “válido” ou não, pois somente caberá a você mesmo este reconhecimento. Quem tiver seu direito de crença ameaçado pode denunciar como informa o XXXV: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;” Esse dispositivo sobre a liberdade de crença é um direito adquirido e não temos de abrir mão dele, de acordo com o XXXVI – “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;”, e ainda o XLI – “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;” Por favor, questionem.

7) Estas leis acima mencionadas são chamadas de “Cláusulas Pétreas” (de pedra), ou seja, são dispositivos de lei encontrados na Carta Magna (a Constituição Federal) e versam sobre direitos e garantias fundamentais que não podem ser alterados. A Constituição Federal é a lei maior de nosso País, e todas as outras são infraconstitucionais, pois estão abaixo Dela. Então agora é hora de pararmos um pouco para refletir e banir toda esta paranóia. Se retirarmos a paranóia, o que resta? Resta o interesse de alguns, e enquanto os rebanhos inocentes acreditam em bons propósitos, alguns lucram neste Brasil onde florescem pequenas igrejas que são grandes negócios. Por favor, questionem.

8) E quais são os benefícios? Os benefícios são muitos! Não se paga imposto, há vantagens fiscais, ministros de igrejas tem o direito à prisão especial e são dispensados de prestar o serviço militar, entre outras coisas. Abrir uma igreja custa meros 218 reais para despesas com cartório, e após três dias, um novo gasto de 200 reais. Assim se obtém o CNPJ, para que se abra conta bancária em nome da igreja, para que se faça aplicações livres de IR, IPTU, IPVA, ITR, ISS, e IOF. Não há exigência de requisitos teológicos ou doutrinários para se constituir uma igreja, bastando o registro da assembléia de fundação e o estatuto social no cartório. O Estado não pode lhe negar fé. O parágrafo 1º do artigo 44 do Código Civil autoriza tudo, senão vejamos: “São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”. E ainda mais: qualquer igreja pode contratar professores e é o Estado quem paga, por intermédio de concursos. Ou seja, parte do seu salário está pagando por aulas com professores autoproclamados! Se a Lei Geral das Religiões, já aprovada pela Câmara e que aguarda votação no Senado se materializar, mais vantagens serão incorporadas. Templos de qualquer culto poderão, por exemplo, reivindicar apoio do Estado na preservação de seus bens, que gozarão de proteção especial contra desapropriação e penhora. O diploma também reforça disposições relativas ao ensino religioso. Isto significa que este pessoal da Igreja só quer a fatia do bolo, e pouco importa se temos matérias que não se encaixam, ou se os elders são ou não qualificados. A desculpa é que se Roma pode, então seus “inimigos” também. Por favor, questionem.

9) Toda esta paranóia levantada tem se unido a outro coro: de que isto tem trazido resultados positivos no exterior. Porém, convenientemente, se esqueceram de comentar que estas instituições foram formadas a partir de legislações bem menos tolerantes do que a nossa. Ou seja, aqui, nesta terra abençoada, a legislação garante o direito de crença, e o mesmo não ocorre em vários países, justificando a criação de “igrejas”, “federações”, etc. Por favor, questionem.

Agora, se há tanto interesse que esta religião cresça e se multiplique, porque não se incentiva a criação de várias igrejas autônomas? Se estivermos falando de representatividade, não é conveniente que tenhamos muitas igrejas? Mas a resposta a estas perguntas é bem simples: porque não compensa dar muita liberdade ao povo. Afinal quem irá liderar a manada? Quem terá o anel para todos governar?
Recusem-se a fazer parte desta manada. Por favor, questionem, sempre!

@MDD – É muito triste que o caminho das Pink-Wicca (pronuncia-se “Pinqui-Vica”) escolhido aqui no Brasil siga os passos das IURDs ou Igrejas evangélicas picaretas da vida. Depois de revistinhas wicca vendidas em bancas de jornal, aquele monte de lixo esquisotérico em lojinhas lemdalenda agora teremos o Dízimo-Wicca e as sessões de descarrego wiccano?

Fonte: http://www.diablerie.com.br/2011/02/um-apelo-razao.html

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Respostas de 31

  1. Parabens a ela pelo artigo e a vc por publica-lo para nós…gente picareta existe literalmente em todos lugares…
    DD, em outro post vc mencionou que estes tipos de culto ( wiccanos ) trabalham os chakras femininos, por isto que existem varios gays e feministras que frequentam, conforme falado pela autora ?

    @MDD – a Wicca, idealizada pelo Gardner, é celeste (mista) mas como a maioria das ordens cristãs não é muito a favor dos homossexuais, eles acabam entrando para covens wiccans ou para a Umbanda, que são caminhos mais abertos à esta diversidade.

  2. Meu imposto de renda, IPTU, IPVA, etc. estão meio pesados. Por isso estou pensando em fundar a “Igreja Neo-Egípcia da Magia Pop Triangular e Zos-Kia dos Últimos Dias”, baseada nas revelações a mim conferidas e registradas em Livro Sagrado próprio sob inspiração superior.
    Com quantos dias eu já posso começar a cobrar o dízimo?

  3. hahahahahahaha… eu ri cara… XD

    mais um pra coleção ‘…de orkut’.

    – satanistas de orkut;
    – crentes de orkut;
    – bruxos de orkut;
    – astrologos de orkut;
    … etc

    8) mto bom marcelo o texto. realmente é algo que as pessoas deveriam raciocinar. Criar uma Igreja baseada em algo que é mais cultural do que oficial, é querer no mínimo ter o ego inflado, uma desculpa furada pra posar de rebelde e claro… Ter poder e ‘otoridade’ sobre as pessoas… Enfim fica a reflexão. 🙂

    @MDD – Não esqueça as isenções de impostos para as lujinhas esquisotéricas, que passam a se chamar “artigos religiosos” agora.

  4. Só falta agora a Fogueira Santa de Stonehenge… 😛

    Texto excelente. O mais legal é justamente o final de cada parágrafo: “Por favor, questionem”.

    Agora, esse trecho específico me chamou a atenção:

    “O que dizer então das orgias promovidas por certas instituições, incitando leigos que não estão sequer psicologicamente prontos para isto? A manipulação psicológica para uma sexualidade imposta não poderia ser considerada criminosa? Por favor, questionem.”

    Não sei quanto a você, e tampouco quero polemizar, mas a imagem do DeRose (pai) veio na hora na minha mente, com aquelas “aulas de tantra” dele. Sinta-se livre para eliminar este trecho, ou o comentário inteiro, afinal o blog é seu mesmo… xD

  5. Marcelo, falando por mim:

    Eu tenho um baita desconforto com palavra “Bruxaria”. Sempre que posso, evito usá-la.

    Pra mim, a denominação “bruxaria” já foi tão mal empregada que o sentido da palavra já se perdeu. Vide os grandes Tio Chico do Brasil (ex-drogado, ex-traficante, ex-pai-de-santo, ex-BRUXO, e por ái vai…). Falar de bruxaria, hoje em dia, me lembra automaticamente das revistinhas de banca de jornal e dos charlatões que andam por aí. Infelizmente…

    Criar uma Igreja de Bruxaria? Acho bem tenso um cara que se diz “bruxo” ir se organizar em um tipo de instuição que o tenha caçado por séculos (layout de Igreja)… Mas, como diria minha professora de biologia, “cada macaco no seu galho, e cada um em seu devido nicho ecológico”. Se tem alguém para pensar nisso, sempre vai ter alguém para apoiar, e adotar.

    Pena =/
    Abçs.

  6. O termo “Bruxaria” não foi um artifício da ICAR para justificar a perseguição as mulheres na idade média?

    Uma grande mistura de culturas e crenças? O paganismo não tinha em sua maioria sua tradição passada de forma não escrita?

    Confusão não!?

    Att.

  7. Realmente ta ficando difícil ser sério de uns tempos para ca, tudo quanto é campo de espiritualidade/mágica/ocultismo está sendo distorcido…que irritante…

  8. Falando sobre a Van Feu ter lançado aquela tradução do “Iniciação ao Hermetismo”.-Mta gente que se interessa por magia acaba tendo,como primeiro contato,justamente essas revistinhas de pink Wicca(ou a gnose Samaelina,que é ruim tmb). Conseqüentemente essas pessoas terão contato com essa nova tradução do “I-ao-H”.Acredito que isso tenha 2 pontos positivos:

    Primeiro-O Livro não é pra quem ta começando,mesmo sendo didático,no modo como o Bardon coloca a teoria,principalmente em relação aos elementos,faz quem não tem uma certa base,ficar boiando.
    Os maguinhos e Bruxinhas de fim-de-semana/orkut/curiosos/fâns de Harry Potter vão cair fora rapidinho,tachando livro de chato e massante.
    Se a introdução teórica não o fizer,o primeiro grau de exercícios vai fazer com certeza.Uma semana treinando controle mental,e auto-observação não será tão legal quanto “invocar as fadas”.=D.

    Segundo-A Egregora vai atrair quem tiver de entrar verdadeiramente para a senda.A pessoa sincera logo vai cair na real e sair fora de toda essa esquizoterisse .
    E então poderá fazer bom proveito do Livro,ou melhor,ira atrás das traduções da Ground,e de um grupo sério de estudantes.

    Vlw o/

    1. Cara qual egrégora? Pq pelo pouco que sei não existe uma egrégora bardonista, existe praticantes do bardonismo, e quando se treina ele sozinho, sem uma egrégora, cara é uma porrada que se recebe do universo fudida, pra ve se vai mesmo conseguir terminar ou ir adiante no treinamento.
      Se puder responder ai fico agradecido pois eu realmente não sei de nenhuma egrégora, tem até um bardonista que respondeu uma dúvida não só minha, tá aki onde e a resposta dele

      http://www.formspring.me/MiguelxBardon/q/1653718999

      Olá Miguel, chamam-me Luis Augusto. E pergunto qual o valor das Iniciações ( dentro das ordens ) e sua relação com o sistema do bardon. A falta delas é prejudicial ou apenas uma evolução do sistema? gostaria da sua opnião.

      Luiz Augusto gosto da tua pergunta é interessante e vou tentar responder com cuidado.
      A principio vamos botar a palavra Ordem em questão. Uma ordem é criada para estabeleçer laços entre pessoas de pensamentos afins, essas pessoas se ligam automaticamente e muitas vezes de modo inconsciente formam uma egregora de energia no qual trabalha em prol de seus membros.
      Uma iniciação dentro de uma ordem tem carater de dramatização, isto é, por a consciencia do membro em contato com o modo de pensar dos seus membros e de sua egregora e deste modo o colocar sob seus auspicios.
      O sistema de bardon nao tem egregora, nao tem iniciacao e portanto nao existe sistema defensivo algum ao seu estudante, e por isso q temos tantas desistencias e tantas tentativas frustadas de seus estudantes em progredir nos seus estudos, bardon leva em conta q o ser equilibrado nao precisa de egregora de ordem alguma e ele tem razao, mas somos seres de capacidade baixa, e quase sempre nao conseguimos transpor os graus do bardonismo pq uma força contraria nos coloca em situacoes q nos fazem parar de estudar.
      Acredito q praticar o sistema do bardon em conjunto com uma egregora, seja ela qual for, maçon, rosacruz, thelemita, Caos, hermetica, vai te colocar sobre um sistema defensivo q vai proteger o estudante nos primeiros graus q sao os mais importante pq implicam em auto conhecimento e é nesta fase q o estudante precisa de uma ajuda extra ja q por ele começar a se conheçer ele descobre suas fraquezas só pra depois de algum tempoo ganhar suas qualidades e neste momento q reside o perigo pq é neste momento q o invisivel ve seus problemas e vai agir logicamente em cima deles. neste caso uma egregora iria te proteger ao maximo pra ter o menor problema possivel, basta lembrar q o proprio Bardon era protegido por uma egregora, basta ler Frabato.
      Eu aconselho todos os estudante a se ligarem a alguma egregora q tenha pensamentos afins do sistema do bardon, hj eu vejo q a corrente rosacruz chega perto deste sistema, o pessoal da conscienciologia. O martinismo, sufismo tb tem uma boa egregora mas nao estao em tanta concordancia com o sistema de bardon, os outros sistemas tb sao validos mas deixo um mas ja q nao sou conhecedor de todos os sistemas.
      Mas deixo claro aqui que acho que todos os estudantes deveriam até um certo ponto estarem ligados a uma egregora para facilitar sua evolucao no sistema, se vcs lerem o grau 10 do bardon, vcs iram perceber q ele deixa isto claro falando q cada estudante deve se ligar aos seus proprios principios … falando q um cristao se ligaria a deus atravez de jesus e etc…

      Bardonismo não é brincadeira e é uma ferramenta perigosa, que causa danos muitas vezes irreversiveis ao seus estudantes, a anos venho tentanto mostrar aos seu que seguir sozinho neste caminho é algo que não tão somente impossivel como muito perigoso, por vários motivos… eu já o estudos a anos e até hoje vejo que não domino e sempre estou aprendendo algo novo e falo de cadeira que já tenho um bom conhecimento prática e mesmo assim por várias vezes, foi uma egrégora da ordem que participo que me tirou do perigo.

      Aproveito também este momento já que se temos que se ligar a alguma egrégora, por que não criar uma própria egrégora… isto é possível, mas membros precisam ser recrutados e posto em posições onde manipulariam a egrégora em concordância com suas leis com suas leis. Aos estudantes deixo claro que isso é possível, já foi feito e pode ser feito, basta que os buscadores sinceros estejam dispostos a trabalhar em comunhão de pensamento com egrégora.

      ATS.

      MIGUEL

  9. Não vejo diferença prática entre uma Igreja de Bruxaria e outra qualquer.
    Considero que os possíveis erros da dita cuja serão úteis, afinal, é mais fácil criticar algo unificado e conhecido do que nebuloso e disperso. Assim, torna-se mais simples divulgar o que é apropriado.

    A crítica ao “esquizohistérico” demonstra bem esse movimento de destaque das diferenças, entre o que é certo e errado, embora considere inadequado aludir a esquizofrenia e a histeria, mas isso já é psicologia rs

    O saldo pode ser mais positivo do que negativo. Sendo prático, a cada grupo o seu tempo. Quero dizer que essa Igreja, caso se consolide, vai atrair determinados seres que já estão aí, dispersos, errantes. Gente que pensa como o autor deste site, por exemplo, dificilmente ou jamais se afiliaria a uma Igreja dessas, certo?

    Logo, agradeçam! Agradeçam que esse povo funde essa Igreja para vocês poderem concentrar suas críticas e ganhar visibilidade em cima da publicidade que eles atrairão ao tema 😉

    E, sejamos menos trágicos. O mundo é vasto, vasto mundo.

  10. Olá Marcelo,

    Obrigada por re-postar o texto. Acredito que quanto mais gente ler, menores serão as chances de encontrar uma IURD wiccana em cada esquina.
    Uma igreja descaracterizaria a Arte como um todo.

    Um abraço,

    Katy

  11. Marcelo, que tem a dizer sobre a Eddie Van Feu (dessas revistinhas wicca teen) ter comprado o direito sobre as obras do Bardon aqui nosso querido Brasil e estar publicando uma versão com tradução feita por ela mesma?
    http://eddievanfeusite.blogspot.com/2011/01/magia-pratica-de-franz-bardon-em-pre.html

    [Obs, agora, zuando, no link, o mais legal é o link no comentário uhauhauahauh ]

    @MDD – a única coisa boa que eu posso falar é que é melhor uma revistinha wicca-teen do que uma revistinha evangelica-teen…

  12. Pode parecer grosseiro, mas a wicca nasce, cresce, espalha ramas pelo chão, justamente por este abismo que há entre a verdade e a moda. e a wicca não é a verdade, fikdik.

  13. Texto argumentativamente bem estruturado, tanto no ponto histórico quanto filosófico no trabalho com as argumentações errôneas
    muito bom!

  14. Texto tendencioso e capcioso!
    A IBWB (Igreja da Bruxaria e Wicca do Brasil) foi criada para dar respaldo legal a paganistas (bruxos) a possibilidade de exercerem suas práticas religiosas como capelões das forças armadas, ter seus casamentos celebrados dentro das tradições pagãs e serem reconhecidos jurídica e legalmente.
    Se são os mesmos de sempre, bem, eles tiveram coragem de dar a cara a tapa para dar esse passo, diferente daqueles que acham ter representatividade legal e social irrelevante e brincam de “sou bruxo(a)”.
    O termo igreja é apenas uma terminologia a ser utilizada por motivo legal, uma vez que consta desta forma nos textos legais e nas leis regulamentadoras de entidades civis religiosas.
    Agora, deixem de “bestage” e tratem de dar os parabéns a estes heróis!

    @MDD – O texto é bastante ponderado. Sua opinião, Dante, como membro da Abrawicca, por outro lado, puxa a sardinha para algo irreal. Nada justifica a criação de uma IURD WICCA pois o paganismo não segue os moldes das religiões pentecostais. É uma deturpação do próprio princípio da organização dos covens dentro da wicca, e, se eu for pegar pela ótica da bruxaria real, é uma piada de extremo mal gosto se moldar nos mesmos moldes dos opressores. O segundo ponto é que certamente as wiccas não querem nenhum grupinho se achando o dono da tradição ou achando que o que impuserem deve ser a regra, pois isso, novamente, fere todo o bom senso e toda a estrutura das religiões pagãs.
    A wicca sempre foi uma salada de frutas meio esquisotérica. Tentar juntar isso em uma “igreja” me parece uma jogada política e marketeira de pessoas com ego enorme que querem controlar quem pode fazer o que. Novamente, isso fere toda a tradição pagani.

  15. Uma coisa eu acho curiosa… Todas as Tradições Pagãs, a Wicca em especial, são fruto de uma interpretação pessoal, assim como toda religião existente. O que acontece é que cada um quer ter direito a sua opinião, mas a falta de estrutura destes ramos, especialmente da Wicca, acaba por provocar desavenças, destruindo de uma vez por todas a menor chance de haver união entre os pagãos. Vai sempre haver aquelas disputas ridículas em que ficam tentando discutir quem é o melhor, o mais antigo, o mais correto, etc, etc… Muitas vezes um grupo pagão se isola justamente para evitar discussões e gente querendo comparar sua interpretação aquilo que era a religião original, criando assim uma briga enorme… Acho muito importante refletirmos todos sobre esta crítica postada aqui, pois atinge muitas pessoas que tem posturas completamente contraditórias ao que pregam ou acreditam; e nos alerta para que haja uma postura mais correta.
    Quanto à Eddie Vã Fraude, eu não dou o menor crédito a ela. Em outros comentários já vi pessoas alegando que “ela prega a ajuda comunitária”, mas isso todo mundo prega! É a maior jogada de Marketing que existe, fora o fato de que não haveria “Caridade” entre as empresas se não rendesse um alto desconto nos impostos. Eu conheço esta senhora, e ela não passa de uma mera charlatã, que se aproveita do nome e da fama de uma religião para se promover. Como foi citado aqui, não passa de uma popularização (errônea e fraudulenta) da Wicca, feita para adolescentes. É uma criatura que deveria ser processada juridicamente, mas infelizmente a desunião que citei antes é bem maior do que a causa. Mesmo que tentem mobilizar os wiccanianos e os pagãos, dificilmente alguém quer se dar ao trabalho de se mover em prol desta causa, pois “já tem problemas pessoais demais para cuidar”.
    Ótima crítica. Espero que todos reflitam sobre cada tópico.

  16. Gente, cuidado com estelionatários, o 171, tá cheio por aí! As pessoas as vezes vivem na miséria, por causa dos tais, deixam de levar seu dinheiro para a família para dar para os tais, estejam alertas.

  17. Querem estudar bruxaria, façam leitura de livros, vão ganhar muito mais, cuidado ao se cadastrarem em sites que não conhecem a procedencia.
    Bem, estão avisados, depois não falem que ninguem alertou.

  18. Muito bom. Só faltava essa agora, quererem fazer uma “igreja” wiccana. Não dá para fazer uma igreja, estaria relembrando o molde dos opressores… Belíssimo texto. Espero que todos os que leram possam entender a palhaçada que seria isso…

  19. Então, o texto está bem escrito, mas não posso concordar com ele. Se desejar um contra-ponto, aqui está um texto, rebatendo ponto a ponto:

    https://www.facebook.com/groups/143358845746973/?notif_t=group_r2j

    Seria gentil de sua parte permitir o debate aberto sobre a questão, fundado em lógica razão e bons argumentos. Como já disse antes sempre respeitei seu trabalho, e se vc é do tipo que não gosta de ovelhas, tenho certeza que estará aberto a discussão.

  20. Como citei em outra oportunidade, em Maio de 2008 o povo da IURD tentou me tacar fogo. Literalmente, e no meio da rua, por ser eu adepto da Arte do Sábio.
    Sem mais.

  21. isso tudo de criar uma igreja na minha visão é mais uma forma de controle das pessoas e outra coisa pior ainda;uma maneira facil de manipular o gado(nós somos o esse bando de tolos).

  22. Eu tenho 3 colocações:
    1-
    Eu dei uma olhada no site da igreja, vi os “Elders” , uma é “bruxa solitária” a o outra é “fundadora da tradição de Lilith” …tá , beleza, até ai tudo bem, porém quando olhamos o estatuto deles no artigo VI:
    “VI – Licenciar Sacerdotisas e Sacerdotes que pratiquem a religião conforme os ditames de seus fundamentos;”
    Como eles se podem querer “padronizar” a bruxaria?
    Só por que eu não sou da doutrina que eles mesmos criaram, eu não sou “licenciado” pra praticar a minha tradição??
    Então, usamos os meios dos torturadores pra conseguir “aceitação”, é isso??

    2-
    O paganismo são as “religiões” mais desorganizadas que conheço, justamente por sua característica individual e de pequenos grupos.
    Eu acho necessária uma organização que catalogue os grupos, como uma espécie de censo, defenda o direito dos associados em questões de justiça e até criae um local segura para rituais livre de curiosos, porém isso seria apenas como uma cooperativa, uma espécie de sindicato , que trataria de coisas do interesse de todos, não para padronizar nada, mesmo por que não se padroniza o bem comum. Apesar de “igrejar” seja uma coisa execrável, precisamos nos conhecer como grupo e nos organizar. Mas, tenho a impressão de que isso já está sendo tratado no astral.

    3-
    Eles tem que ter muito cuidado com seus atos , pois é o nome de muitos (mortos e vivos) nas mãos de um pequeno grupo. Se eu fosse eles teria cuidado aonde piso.

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