"I have a Dream inside a Dream"


O filme “A Origem” (Inception – 2010) é muito interessante, bem planejado e nos dá uma dimensão nova, um novo paradigma, uma nova forma de pensar. Mas devemos ponderar qual seria a aplicação disso nos estudos do magista. “I have a dream inside a dream I’m more awake the more I sleep, you’ll understand when you’re dead” (Marilyn Manson). O que resultaria de uma projeção dentro de uma projeção astral?

Primeiro analisemos o contexto de Inception. Num futuro próximo, a ciência criaria uma máquina capaz de colocar uma consciência em contato com outra em estado de sono (inconsciente). Bem, o magista já sabe como fazer isso sem precisar de aparato nenhum. É comum mandarmos mensagens quando em meditação (estado alpha) para outra pessoa, e esta possivelmente recebe-la de forma intuitiva ou em seus sonhos. Essa é uma forma básica de telepatia bem fácil de dominar e inclusive amplamente ensinada pela conscienciologia (www.iipc.org). Então vamos pular essa parte.
The Inception, a inserção, consistiria de uma difícil técnica de inserir uma idéia na mente de outra pessoa, objetivando uma mudança de comportamento baseada na influência dessa idéia na vida da pessoa, e um ponto de grande importância seria que a pessoa acreditaria que essa idéia seria sua, originalmente, nascida de seu próprio livre-arbítrio e meditação sobre sua vida. Pois bem, uma vez que se pode entrar em contato com o inconsciente de uma pessoa enquanto ela dorme – isso seria uma projeção astral consciente indo de encontro com a consciência adormecida de uma outra pessoa – é possível influenciar o inconsciente da mesma, plantando idéias, que podem ser aceitas ou rejeitadas dependendo da personalidade do indivíduo (quanto mais oposta à personalidade da “vítima”, mais difícil seria plantar a idéia). Nada ético e tenho a dizer que possivelmente nunca será visto um magista sério a praticar esse tipo de comportamento, principalmente porque fere a mais alta idéia de se ser um magista, que é a preservação do livre-arbítrio. Mas é possível.
Se várias das idéias do filme são possíveis de serem executadas através da aplicação de nossas disciplinas e técnicas, seriam outras idéias trazidas a tona pelo filme possíveis de serem executadas? No filme vemos que além do mundo real, dentro do sonho, são mostradas quatro camadas, e além destas está o Limbo, onde a noção de realidade daquele que está projetando-se, perde-se dentro de si mesma, ou de outras, pois é algo que não fica muito claro, pois todos que caem no Limbo acabam nos mesmos locais e Cobb mostra a Ariadne o que ele construiu enquanto dentro do Limbo, e o local onde Saito está é o mesmo criado para ele por Arthur. Logo o Limbo seria uma “área coletiva” de todos os sonhos, onde o sonhador se perde, onde a consciência se dilui no todo, não desejando retornar.
Quanto mais fundo o indivíduo vai no sonho, mais tempo ele tem, algumas horas no físico simbolizam dias ou semanas dentro dos níveis do sonho. Isso pode ser explicado e até comprovado através dos experimentos de projeção, sendo que muitos dos que o praticam, acabam relatando ter perdido a noção de tempo a uma certa altura. Certa vez quando questionado sobre como era o reino dos Céus, Jesus teria afirmado que no Reino do Pai não há tempo. Até algumas décadas atrás o tempo era considerado uma constante, porém com a Teoria da Relatividade de Einstein esse pensamente foi totalmente descartado, tendo ele provado que o tempo, assim como o espaço, são relativos e não constantes, podendo variar imensamente dependendo da situação e onde estamos aplicando é muito possível, sendo que não há massa física no astral, o tempo corre de forma diferente, sendo mais rápido lá, e demorando a passar no físico.
A Organização Mundial de Saúde (OMS – www.who.int ) define o ser humano como um ser multidimensional, sendo ao mesmo tempo um ser bio-psico-socio-espiritual, sendo assim englobando quatro aspectos, físico, mental, social e espiritual. Essa história de quatro formas é um tanto conhecida pelos místicos antigos, sendo cada parte, cada ser ou corpo dentro do ser humano relacionado a um dos elementos – terra, ar, água e fogo, respectivamente. Ao realizar a projeção astral o magista tira seu foco do plano material, libertando-se dele temporariamente e vagando pelo astral, onde pode ter certa liberdade e podendo realizar grandes feitos. Ele muda seu foco do elemento Terra, associado ao material e concentra-se no próximo nível de nosso ser, num corpo mais sutil. Uma vez no plano astral, aqueles que já praticaram a projeção e todos os que realizam exercícios de mentalização e visualização sabem que no astral para que algo “se torne real” é importante um bom bocado de força de vontade e o mais importante, sentir como se fosse real, estimular os sentidos, visualizando, sentindo seu peso, sua textura, seu cheiro e seu gosto (quando aplicável), sendo que o tempo de vida de uma mentalização é determinado pela quantidade de energia que foi despendida em sua criação e a quantidade de sentimentos associada a ela. E essa é a palavra chave do astral, sentimento, sendo este associado ao elemento Água.
Agora entramos no tema de nosso post, e quanto a ter “um sonho dentro de um sonho”, uma projeção dentro de outra, seria possível? Sim, é possível, porém muito difícil. Existem poucas pessoas que conseguiram libertar-se, alterando o foco para o próximo nível, assumindo um corpo mais sutil que o anterior, sendo esse o plano mental, associado ao Ar. Os poucos que alcançaram esse nível conseguiram mantê-lo por curtos períodos de tempo, relatando grande dificuldade para alcançá-lo novamente, alguns só conseguindo uma vez em sua existência. Porém as impressões relatadas são maravilhosas e de grande valia para nossos estudos. Sensações de paz, tranqüilidade, a ausência de tempo, espaço ou forma, sendo que as consciências passaram a sentir tudo, saber tudo, como se fossem o tudo, um toque na onisciência de Deus. A maior parte não consegue lembrar de tudo que viu ou absorveu neste plano – como das primeiras vezes que se pratica projeção astral – porém quando retornam (sempre com um baque, como o “coice” usado para acordar em Inception) demonstram habilidades e conhecimentos que não tinham antes desse contato. E já que estamos associando com filmes, porque não associar essa experiência com o atravessar do Portão da Verdade do desenho Fullmetal Alchemist? Sim, seria como no desenho, quando se faz a transmutação humana e se têm acesso ao Portão da Verdade, onde o indivíduo tem acesso a todo conhecimento, porém não consegue retê-lo ao retornar ao corpo, mas vemos que depois de atravessá-lo e voltar os alquimistas conseguem realizar seus feitos sem necessidade de traçar seus diagramas místicos. Não se sabe exatamente o que há no Plano Mental ou como é, os relatos são deveras vagos, mas repletos de significados e sensações.
Mas espere! Inception mostra mais um sonho, e além deste o Limbo! Claro que mostra, pois só passamos por três dos elementos! Porém é aí que a base experimental acaba. Além do plano mental teoricamente está o plano representado pelo elemento Fogo. Mas como seria ou o que ele traria, nunca conheci nenhum magista que tenha estado por lá, nenhum relato. Se teorizarmos que o Plano Mental é um toque na onisciência de Deus, talvez o que esteja além seja a onipresença ou onipotência, vai saber… Não estou escrevendo este texto com o objetivo de ser um guia para a projeção dentro da projeção, muito pelo contrário, sou um pesquisador, um alquimista, um cientista como todos os buscadores, o que estou propondo é uma nova forma de ver a multidimensionalidade humana, estou propondo um novo paradigma, uma nova forma de ver essa questão e recolocando em pauta o Inception, e o Fullmetal Alchemist. E talvez essa nova possibilidade abra uma porta a todos os buscadores que tentam um contato com a Divindade e a descoberta de sua própria espiritualidade.
Só um adendo, quanto ao Limbo, o que vemos em todas as características deste, seria como uma experiência da Morte, algo libertador, acolhedor, de onde o indivíduo não quer retornar. Não a morte do corpo, mas a Morte Final, o diluir da consciência no todo que é Deus, sendo que a consciência do Ser deixa de existir e passa a ser apenas parte do todo que é Deus. Além disso não esqueçamos que falamos dos Quatro Elementos da alquimia, porém os magistas mais experientes sabem que traçamos o Pentagrama pois cada ponta representa um elemento, todas elas abaixo do Espírito que está em tudo, forma tudo é tudo e o princípio ao qual tudo está subjugado, em suma Deus.
PS: Se alguém tiver algum relato sobre os planos mais sutis como o Plano Mental ou o que esteja além dele, estou sempre aberto a novas possibilidades, e aguardo novas experiências para descobrirmos as maravilhas da Criação de Deus.
_________________________________________________________
O Paradigma Divino é um blog de autoria de Saulo Henrique Alves (Ketalel) e orgulhosamente faz parte do Project Mayhem, com artigos sobre ciência e espiritualidade. Agradeço o espaço no Teoria da Conspiração para difundirmos a cultura e espiritualidade no mundo atual.

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Respostas de 24

  1. Um amigo a algum tempo disse:
    “Se um dia estivermos no emocional, e um ser qualquer quiser brincar com a gente, como por exemplo, correr atraz de nós e jogar uma pedra. Na verdade aquela pedra que ele joga não é real, é abstratismo. Aquela pessoa está fazendo aquilo para nos assustar. Quando tivermos um desdobramento e estivermos no emocional, por favor, se virmos um Portal, NÃO ENTREM! Vocês poderiam me perguntar: João, o que a Pedra tem a ver com o Portal? João diria que nada, porém, a pedra é abstrata no emocional, pois foi criada pela vontade da pessoa que quer nos fazer medo, e já o PORTAL, ELE É REAL NO EMOCIONAL. Se entramos num Portal, pois às vezes somos curiosos, como exemplo, o pedro, Se não tivermos um acompanhamento, por favor, fiquem afastados desse Portal, pois podemos nos perder. Esse Portal poderia estar nos levando ao mental, e se vamos com o Consciente para o Mental, perdemos completamente o nosso corpo. Poderíamos entrar em um estado de coma e até desencarnar.
    mateus perguntou a joao, no caso do exemplo do pedro, se ele não precisaria de uma autorização para entrar no Portal. João disse que precisaria de um acompanhamento. Mateus disse que então não teríamos risco de entrar no Portal. João disse que tem sim. Acontece as vezes do indivíduo ter um aceleramento espiritual, e vai desenvolvendo um determinado trabalho espiritual. Começa a trabalhar uma energia, e essa energia, passa a ser uma energia do corpo. O indivíduo que não tenha consciência da manipulação dessa energia, ele pode abrir, sem saber, ou sem a sua vontade, um Portal. Essa emanação se não houver um controle, ou mesmo um estudo, pode levá-lo ao mental. Assim, desenvolvimento espiritual sem um acompanhamento é PERIGOSO. Assim, se ver um Portal, NÃO ATRAVESSE. Se ver um sujeito te jogar uma pedra, devolva-lhe a brincadeira, dando um sorriso e uma boa gargalhada dele.
    mateus perguntou, se da forma que temos o emocional como abstratismo, como seria o Mental? João disse que podemos fazer um desdobramento e irmos ao mental. Quando vamos ao mental, temos que fazer a travessia do Portal do emocional para o mental. Mas normalmente quando o indivíduo vai e volta do mental, ele tem sempre um acompanhante. Vai haver sempre um Mentor que vai estar manipulando o Cordão de Prata, pois o Cordão poderia se romper, devido a vibração do mental. “
    “João diz que: “Todo o aprendizado ele passa pelo consciente, vai para o subconsciente através da repetição, chega ao inconsciente onde se torna mais concreto, e vai ao subinconsciente e se torna real”. “

  2. Um breve “discordar” implantar idéias é a coisa mais fácil do mundo: um texto bem escrito, uma bela música, símbolos… tudo isso é uma forma, mais ou menos simples e mais ou menos funcional. A questão é que isso demanda uma linguagem mais difícil de se manejar, mas que a ciência cética está começando a dominar: Neurolinguística. A linguagem do cérebro. Use a palavra certa do jeito certo e com a pessoa num estado mais ou menos de passividade e você desperta um sentimento. Desse sentimento, os padrões de comportamento mudam.
    Pense em quanto você mudou depois de Fight Club.
    Quanto à questão da projeção dentro da projeção, eu venho tentando uma técnica que eu batizei de “relaxamento Inception”: Você faz o exercício de relaxamento, vai pro seu templo astral, e depois repete o relaxamento. Tente, eu achei formidável e outros amigos que testaram gostaram tbm.
    Com relação ao tema do texto, propriamente dito, o mais próximo que eu já cheguei foi fazer o relaxamente em um sonho lúcido. Percebi que estava sonhando, resolvi aprofundar. Fiz o exercício de relaxamento. Resultado? Eu me tornei etéreo no sonho: perdi a sensação do corpo, de peso, de gravidade, etc. Eu estava flutuando ao sabor do vento. Foi gostoso. Nada super ultra fodástico, mas ainda assim gostoso.

  3. Bom, meu primeiro comentário aqui no Tdc:
    Assisti este filme terça feira e hoje, sexta feira, esse texto aqui. Fiquei até agora pensando nesse filme e nessas possibilidades.
    Cheguei até a sonhar com o filme, desculpe o trocadilho, mas é verdade.
    Essa sincronicidade eu não podia deixar de relatar. Ótimo texto.

  4. Mas que belo post. Meus parabéns!
    Sempre fui um admirador das analogias.
    E esse post comparou a experiência sensória/intelectual do cinéfilo com os planos. Brilhante

  5. Uma pergunta ao Saulo Henrique e ao MDD; influenciar o inconsciente de uma pessoa, com a aquiescência da mesma, poderia ser considerado anti-ético? Exemplo; uma pessoa que tem problemas de autoconfiança por conta de um grande trauma, e encontra dificuldades em lutar contra isso, poderia usar desse recurso para resolver esta questão? Claro, num ambiente controlado, onde a pessoa teria plena confiança no magista, e o mesmo seja uma pessoa correta.
    @MDD – Se tem a autorização da pessoa, não é magia negra.

  6. Cara, sinceramente digo que seu texto é brilhante. Definitivamente, parafraseando seu próprio texto, você já deu um pulo no plano mental e voltou. E digo mais, seu texto não respondeu nenhuma pergunta minha. Pelo contrário, ele me deu mais questionamentos. E por isso ele valeu muito a pena. Gostaria de te mandar alguns relatos sobre o plano mental. Se tiver um e-mail disponível para conversarmos, me passe ou envie algo no meu.
    Abç.

    1. Você não teria aí alguns relatos sobre o monádico não?! mental já to cansado de visitar. Ou quem sabe você tenha algo a mencionar sobre o mental/emocional.
      Vocês já ouviram falar de mundos paralelos?

  7. Olá, seja bem vindo !
    Sempre associei fogo=espírito. Mas você diz que o espírito seria o 5º elemento.
    Então o que seria o fogo ?
    @Ketalel – César, Fogo é comumente associado ao espírito, inclusive no texto eu faço uma associação rápida. O quinto elemento, a “quintessência”, o chamado espírito não é o que você está pensando. O Espírito (“e” maiúsculo) é algo mais, é o “tijolo” de onde os outros elementos foram formados. Se compararmos à ciência atual, os elementos seriam os elementos atômicos (neutrons, protons e elétrons) enquanto o Espírito seria as partículas subatômicas. A alma e o espírito (como o conhecemos) é associada ao fogo, enquanto o Espírito seria algo mais.
    Sei que não ficou muito bem explicado, mas assim que tiver um tempo a mais eu escrevo um post a respeito para explicar melhor.

  8. otimo texto , mas pelo que sei existem SUBPLANOS dentro dos planos
    basicos. é por isso que é dificil 2 seres encarnados que fazem projecao,
    combinarem de se projetar e se encontar no astral .( pois isso depende
    da frequencia que a pessoa vibra ) .
    diria que é mais facil achar uma agulha num palheiro.
    a maquina usada no filme fez com que todos VIBRASSEM na mesma
    frequencia , por isso conseguiram ir pro mesmo lugar.

  9. Plano Mental?
    Isso me parece com “O Plano Devachânico ou Mundo Celeste” de Leadbeater.
    Ele escreveu até um livro sobre isso, mas como não li não posso dar referencias.
    Mas se for pelo menos a unha do dedo mindinho do livgro dele sobre plano astral ele pode ser ótimo!

  10. Certo.
    Muito bom, mas surgiu uma dúvida, é uma coisa que acontece comigo a um bom tempo. Vou citar um exemplo para poder explicar com mais clareza:
    Outro dia qualquer, um amigo buscava explicar uma matéria de física na qual tenho muita dificuldade. Ele tentava com determinação esclarecer os tópicos. Assim então, prestei muita atenção. Não tendo muito êxito, forcei minha mente a entender, e foi ai que aconteceu. Senti como se tivesse entrado em sua mente, entendi toda a matéria e talvez até outras coisas na visão dele, depois, voltei para minha cabeça. Foram questões de milisegundos, porém, quando voltei a mim já não podia recordar, e nem saber nada do que havia visto ali. A única coisa que sabia era que havia estado ali. Apenas uma sensação, foi o que restou.
    Agora concorde comigo que nem em projeção eu estava, certo? O que poderia ser então? Isso acontece sempre. E, além disso, mais algumas coisas relacionadas, mas que ocorrem do nada. Como por exemplo: Sentir uma emoção que não existe (ocorre por milisegundos também). Não é raiva, nem ódio, nem nada dessas emoções existente no nosso plano terrestre). É algo inexplicável com palavras.
    Obrigada desde já. *—*
    @Ketalel – Mariana, Por vezes ocorre o “adentrar” na mente de outro, isso entra no campo da telepatia, é uma forma mais refinada da empatia, você sente e entende o que a pessoa quer dizer sem necessidade de que seja dito. Porém, como somos limitados, esses momentos de contato mais íntimo com sua espiritualidade acaba por não durar e quando você “retorna” seu estado vibratório não permite um acesso total aos potenciais de sua alma. Por isso você “esquece”. Se mantivessemos um estado vibratório elevado isso não ocorreria, porém sabe como é, temos chefes, trabalho, contas e todas essas preocupações mundanas que acabam por poluir nosso perispírito e baixar nosso estado vibratório. Você não estava dormindo, nem desdobrando, mas estava tendo um rápido acesso (“free trial” hehe) das capacidades de sua alma.

  11. Bacana o texto, e as analogias.
    Bom, pra começar, não sou magista, nunca tive um desdobramento e muito menos fui iniciado. Apenas gosto de ler sobre tudo o que me chega por qualquer meio, e refletir sobre.
    Alguns pontos que levantou no texto, eu já havia chegado a essas mesmas conclusões apenas refletindo sobre a espiritualidade (independente de eu crer ou não, não é dessa forma que baseio minhas reflexões), sobretudo a criação no plano material usando da força de vontade focada e sentimento (me dediquei anos da minha vida no controle/entendimento dos meus e está quase completo), dos planos extrafísicos e do campo mental.
    Nessa parte que escreve: “Se teorizarmos que o Plano Mental é um toque na onisciência de Deus, talvez o que esteja além seja a onipresença ou onipotência, vai saber…”
    Teríamos que pensar no campo mental dividido em “camadas” tal qual o plano físico e extrafísico. Por exemplo, eu cheguei a conclusão de que podemos ter uma ideia de Deus, imaginando um círculo dentro de outro, onde o círculo do centro seria o campo mental, o seguinte a do plano extrafísico, e outro do plano físico (um dentro do outro). A esfera do centro, o campo mental seria nosso objetivo final. Mas essa é apenas uma representação visual, para entendimento, já que a esfera do centro, que na representação é o círculo menor, não tem tamanho, e é maior do que todas os outros. O campo mental, tendo dado origem a tudo que, mudando suas vibrações criam planos cada vez menos sutis e depois de diversas “camadas” chega-se ao nosso plano material (e imagino que continue a formar planos mais densos do que estamos atualmente).
    Pois bem, estou conjecturando. É apenas fruto de reflexão. Mas o campo mental, o mais difícil de ser alcançado (e último), dado o nosso nível evolutivo atual, já não deveria conter todos os atributos divinos?
    O campo mental dividido em “estágios”, não parece fazer sentido. Onde estaria então Deus?
    Quando escreveu: “…o diluir da consciência no todo que é Deus, sendo que a consciência do Ser deixa de existir e passa a ser apenas parte do todo que é Deus….”
    Isso me deixa confuso, sobretudo do propósito de Deus e da existência das criaturas (nós). Se vamos simplesmente nos diluir em Deus, qual o objetivo de tudo, da enorme caminhada, da evolução? Partindo da premissa que Deus é uma inteligência, logo ele tem aspectos únicos, mesmo que perfeito em tudo, isto em sí é uma personalidade. Deus é Deus e nesse caso, não contradizendo o que dizem os diversos livros ditos sagrados, Deus é único. Por que Ele precisa que suas criaturas desapareçam em sua consciência após um árduo caminho de conquistas, aprendizado. Por que então Deus quereria se fazer conhecer?
    De todas as reflexões que tive sobre essa possibilidade, da crença de no fim da caminhada se fundir ao divino, a conclusão que cheguei foi:
    Não é que nós nos diluímos, ou fundimo-nos ao Criador, é que ficamos em harmonia, em sintonia de ideias, afinidades. Conservamos a nossa individualidade, pois esta é motivo do “bom orgulho” que o Criador sente de suas criaturas. Tal qual nesse plano longe da perfeição, encontramos amigos que parecem ser parte de nós, pensam de forma semelhante, possui gostos parecidos, no plano mental (perfeito), após longa caminhada, não seria de admirar que tais consciências sejam muito mais similares entre sí, pois a experiência lapidou-os dessa forma, onde está a única verdade e todo o conhecimento. Para olhos desatentos, veríamos como uma consciência só, mas todos estão separados, com sua individualidade conservada, com somente seu EU verdadeiro e suas experiências vividas.
    @Ketalel – Ricardo,
    O assunto “Deus” é controverso e gera polêmica, mas uma grande vertente acredita que Deus (o Cósmico) já seja tudo, então ao transcender, alcança-se a Deus, extirpa-se por completo a ilusão da separação (Maya) e vê-se que sua existência é só uma parte de Deus, como seus pensamentos na verdade são você, e você é um pensamento de Deus. Nossa evolução serve para tomarmos consciência disso e podermos harmonizar com Deus, o que quando ocorre, faz com que o sentido da existência tenha se completado, não há mais motivo para continuar existindo.
    Quanto às “camadas” do Mental, é possível que em subplanos se tenha acesso a todas as “habilidades” divinas, porém é conjectura, sendo que até onde se chegou com certeza é apenas a onisciência. Para chegar a todas elas precisaria uma reflexão apurada e uma “exploração” mais profunda do plano, o que geralmente não ocorre.

  12. Já tive a oportunidade de passar por isso, porem não foi intencional. Passei 5 dias em m sonho que era dentro de outro sonho que tinha a duração normal, de uma hora ou uma noite de sono. Isso anos antes do Inception, quando vi o filme fiquei assim muito satisfeito por ver que aquilo que passei pode ser real. Lembro pouco do sonho dentro do sonho mas foi o suficiente para ter a sensação de que dias tinham se passado. A volta, pro primeiro sonho foi chocante: Voltei a um apartamento, bastante familiar mas não daqui desse plano, me levantei na hora chocado “5 dias meu deus, 5 dias! como eu passei 5 dias lah nessa chacara???” E fiquei meio que andando pelos comodos da casa, assim em panico e as pessoas que lah estavam, detalhe que eram pessoas assim, bem informais, nada de vestimentas exoticas ou algo que me remetesse a algo divino. Uma das pessoas inclusive parecia até ser mais novo do que eu e mais “descolado”. Essa mesma pessoa, pediu para que eu deitasse novamente na cama e no instante que deitei, jah acordei pra ir no trabalho.

    1. Normal Andreh, como diria Einstein “tudo é relativo”, inclusive o tempo.
      Você tem que ver como é passar meses nos subplanos do astral em apenas uma noite de sono.

  13. Registros Akáshicos. Além do que já disse o Anarcoplayba, durante uma prática de qualquer arte em que se atinja êxtase mais facilmente (dança ) ou mesmo durante o aprendizado prático de alguma ciência ou ofícios, ou em determinados períodos temos ‘surtos de acesso’, como epifanias por exemplo.
    Acredito eu humildemente que acessamos, obviamente, todos estes planos a todos os instantes e o que varia na brincadeira é o ‘tamanho do canal’. Só que neste caso tenho uma perspectiva mais oriental, onde pode-se acessar qualquer plano de percepção tendo uma vida voltada a Samsara, as projeções são os refinamentos disto, ou uma arte da consciência.
    Vocês procuram ou já desenvolvem métodos para projeções a outros planos ?
    @Ketalel – KK, sua citação é muito oportuna sobre os Registros Akáshicos, e principalmente sobre a cultura oriental. Realmente acessamos inconscientemente vários aspectos como esse. Mas o “tamanho do canal” é importante para nossa consciência objetiva.
    De nada vale todo o conhecimento e experiência do universo se não podemos lembrar dele, concorda? Por isso estudamos e tentamos ampliar sempre este canal de comunicação com o Cósmico.

  14. Fabuloso texto amigo, parabéns!
    Despertou em mim a vontade (necessidade) de buscar mais conhecimento sobre tal assunto. Há muito tempo, desde criança, me ocorrem sonhos lúcidos, sonhos dentro de sonhos e me causavam sempre muito medo e desconforto por puro misticismo. Vejo que nao estou só mais.
    Valeu!

  15. Ricardo, não sei se entendi bem quando você diz:
    “Mas o campo mental, o mais difícil de ser alcançado (e último), dado o nosso nível evolutivo atual, já não deveria conter todos os atributos divinos?”
    Tudo bem que a evolução terrestre só chegue até o mental, mas isso não quer dizer que não continuemos o processo evolutivo em outros locais. O Plano mental está mais para principio de jornada do que para ponto final. Para você ter uma idéia, a humanidade de uma forma geral tem hoje a 1 iniciação(embora a maioria nem isso), com alguns 2 e uns poucos 3 iniciados, Grandes mestres como Jesus têm a 7/8 iniciação, Maytrea aquele a quem a bíblia chama de o cristo, teria senão me engano algo como 10 / 11 iniciação, Buda (ou pelo menos o cargo) seria ocupado por um 12 iniciado, o logos planetário Sanat Kumara teria entorno da 13 / 14 iniciação vou chutar que um logos solar deve ter sua 21 iniciação(se é que existe termo para definir algo assim). Lógico que tudo isso é informação imprecisa, somente para ter uma idéia. Escutei certa vez que para chegar a “DEUS” são necessárias 256 iniciações.
    Um 3 iniciado começa a ter consciência no mental, um quinto iniciado tem pleno acesso ao mental. Um 7 iniciado tem total consciências do mental e já trabalha bem o monádico. Daí para frente sequer podemos especular
    Quanto a questão do “diluir em Deus”, eu não sei em outros sistemas de evolução, mas pelo menos nesse, o caminho não parece ser esse, visto que saímos de um processo coletivo, e estamos caminhando cada vez mais para um processo de individualização.
    Não pense em Deus como um ser externo, nem tão pouco como uma meta. E se te dissessem que você já está diluído em Deus, se sentiria menos individual por isso?
    Ricardo, se você tivesse idéia de quão insignificante são estas palavras e toda essa bobeira que eu escrevi, não precisaria compreender mais nada. Eu leio o pessoal falando do plano mental como se fosse um passeio logo ali.
    Eu tive uma experiência uma vez no emocional, não esse emocional que acham que é o emocional, mas o emocional real. Foram poucos segundos durante um sonho, talvez uns 30 segundos. Eu nunca encontrei palavras, nem tão pouco qualquer sensação ou sentimento para comparar com a grandiosidade daquela experiência, era algo tão fabuloso que a simples luz (cristalina, sem qualquer nível de calor, perfeitamente clara e nenhum grau de ofuscamento) está além de qualquer coisa que possamos vivenciar aqui. Houve outros fatos nessa experiência, mas somente pra você compreender o meu ceticismo quando falam de excursões coletivas ao mental.
    Não que não tenhamos vivencia no mental, temos sim, constantemente, mas estas não são vivencias da consciência menor e sim da consciência maior.
    Mas enfim quem sou eu pra dizer que não ocorre.

  16. todas as histórias são histórias sobre o mesmo ser vendo coisas sobre pontos de vista diferentes e, em cada ponto de vista, sendo um personagem diferente da mesma história

  17. só um adendo, dá pra associar os elementos às 4 “partes” da árvore da vida (Atziluth, Beriah, Yetzirah e Asiyah) e ao que a AMORC chama de 4 fases da consciência (não me lembro muito bem, mas se não me engano são a fase objetiva da consciência objetiva, fase subjetiva, consciência subjetiva e subconsciente)

  18. O fato de não haverem relatos sobre o “além do plano mental”, talvez seja pq “dali em diante” não seja mais possível retornar para cá…Ou ainda, no limite, se retornar a pessoa talvez não se lembre de absolutamente nada.

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