Texto do ir.’. José Maurício Guimarães.
As antimaçonarias são movimentos formados por fundamentalistas religiosos, políticos radicais e ex-maçons voltados para a crítica à Maçonaria. Sendo a Ordem Maçônica estruturada numa filosofia libertária, não condenamos a priori essas críticas. Entendemos que todo homem e toda associação (desde que se mantenham nos limites da lei) têm o direito ao livre pensamento. Todavia, analisando os fatos que deram origem à crítica sistemática, o estudioso acaba encontrando aspectos curiosos e relevantes dessa intolerância. Daí, prefiro colocar o termo antimaçonaria em itálico – e possíveis aspas! – uma vez que não existe bom-senso nem contraditório no radicalismo e na intolerância.
O primeiro ensaio para a criação de uma antimaçonaria foi perpetrado pelo escritor e jornalista francês Marie Joseph Gabriel Antoine Jogand Pagès, mais conhecido pelo nickname Léo Taxil. Esse Taxil tornou-se conhecido na Europa entre 1870 e início do século XX por ter enganado as hierarquias eclesiásticas com falsas publicações (ditas “confissões”) sobre os maçons. A principal dessas “confissões” consistia no relato das desventuras de uma suposta Diana Vaughan perante uma imaginária “seita maçônica”. O livro de Taxil causou grande repercussão entre o clero católico e, apesar das sábias considerações e advertências do bispo de Charleston, denunciando as falcatruas e invencionices de Taxil, o Papa Leão XIII recebeu o falsário em audiência e acabou acreditando nele… Só mais tarde descobriu-se que Marie Joseph Gabriel Antoine Jogand Pagès – aliás Léo Taxil, aliás Paul de Régis, aliás Adolphe Ricoux, aliás Samuel Paul, aliás Rosen, aliás Dr. Bataille… – era o esperto e oportunista, diretor do jornaleco “La Marotte” proibido na França por violar a moral e, por causa disso, Léo Taxil fora sentenciado a oito anos de prisão. Era o mesmo Adolphe Ricoux que publicava livros anti-católicos pintando a hierarquia eclesiástica como hedonista e sádica. Esse homenzinho de nome grande e de vários nomes confessara muito mais em 1885: com carinha de anjo, dizia-se convertido ao catolicismo para ser solenemente recebido no seio da Igreja. Era o mesmo nanico moral Gabriel Antoine Jogand que, neste mesmo ano!, ludibriara uma Loja Maçônica a aceitá-lo como Aprendiz – grau do qual ele nunca progrediu – e onde tentou utilizar a boa-fé dos irmãos Maçons para conseguir dinheiro e promover uma imprensa anticlerical. Um homem de mil caras esse Taxil. No ano seguinte Taxil achou por bem tornar-se o autor oficial da antimaçonaria promovendo a venda indiscriminada de novos livros e jornais sobre o assunto. Tomava dinheiro de uns para escrever e publicar contra outros. Taxil foi o mestre da cizânia. Aproveitou as alucinações de Eliphas Lévi (aliás abade Alphonse Louis Constant) e endereçou novas “acusações” contra a Ordem que inadvertidamente o iniciara. Despejou entre os franceses o café requentado da época dos Templários: os maçons seriam satanistas e adoradores de um ídolo com cabeça de bode chamado Baphomet. Essa reinvenção do absurdo ficou conhecida como “Jogo de Taxil” ressuscitando a malfadada figura do bode como ícone (maldito) da Maçonaria. Entre 1886 e 1887, doente e com medo da morte, constantemente assombrado pelo diabo que ele mesmo criara – trêmulo diante da perspectiva do Juízo Onipotente – Taxil acabou por confessar suas fraudes. O nanico estava cansado de ludibriar as pessoas. Mas era tarde demais, o mal estava feito: a calúnia é semelhante à história daquele homem que subiu no alto de uma torre e espalhou um saco de penas sobre a cidade – impossível recolher todas… impossível recompor…
No século XX as bases das antimaçonarias assentaram-se em três elementos: as fantasias de Léo Taxil, o fanatismo religioso e os movimentos políticos totalitaristas: o salazarismo, o fascismo, o nazismo e o stalinismo. Quanto ao comunismo, o Quarto Congresso da III Internacional (novembro de 1922) estabeleceu “a incompatibilidade entre a Maçonaria e o Socialismo” tido como evidente na maioria dos partidos da anterior II Internacional. A Maçonaria foi considerada como “organização do radicalismo burguês destinada a semear ilusões e a prestar seu apoio ao capital organizado em forma de Estado”. Em 1914 o Partido Socialista Italiano expulsou os maçons de suas fileiras e o Quarto Congresso recomendou ao Comitê Central do Partido Comunista francês a tarefa de liquidar, antes de 1º de janeiro de 1923, todos os vínculos do partido com alguns de seus membros e de seus grupos com a Maçonaria. Todo aquele que antes de 1º de janeiro de 1923 não declarasse abertamente e a público, através da imprensa do partido, sua ruptura total com a Maçonaria ficaria automaticamente excluído do Partido e sem direito a reafiliar-se no futuro. Felizmente esse tipo de oposição foi revisto na segunda metade do século XX: a Maçonaria tem hoje mais de 300 Lojas em Cuba (Gran Logia de Cuba fundada antes da revolução – em 1859 – e mantida por Fidel Castro). Além disso, desde 1995 a Grande Loja da Rússia prossegue em seus trabalhos com Lojas sediadas em Moscou, St. Petersburg, Voronezh, Vladivostok, Yaroslavl, Kaliningrad, Novosibirski, Beliy Ritzar, Voronezh, Stavropal, etc… (fonte: List Of Lodges, Pantagraphprinting).
Em 1945 o nazismo impedira o funcionamento das Lojas Maçônicas na Alemanha. Nos países ocupados as Lojas foram queimadas e todos seus arquivos confiscados e queimados. O prejuízo para a história da Ordem foi incalculável. Os líderes da Maçonaria alemã foram sumariamente assassinados sob o pretexto de que a maçonaria mantinha ligações “ilícitas” com o judaísmo internacional. Outros foram mandados para campos de concentração, juntamente com suas famílias. Nossos irmãos eram obrigados ostentar nas vestes a estrela de seis pontas que é, ao mesmo tempo, judaica e maçônica (Estrela de Davi).
Enquanto isso, nas fileiras da resistência permaneceram maçons ingleses, americanos, franceses, dinamarqueses, tchecos e poloneses. Este é um fato que a atual antimaçonaria parece desconhecer… Sir Winston Churchill, líder e principal vitorioso da 2ª Grande Guerra, era maçom – iniciado em 24 de maio de 1901 na “Studholme Lodge nº 1591” e conduzido ao Grau de Mestre, em 25 de março de 1902, na “Rosemary Lodge nº 2851” de Londres.
Para entendermos as antimaçonarias é necessário ressaltarmos que a Ordem apresenta duas correntes principais: a Regular e a Paralela. Maçonaria regular é a de origem judaico-cristã (católico-protestante) surgida como “Operativa” por volta de 1356 e tornada “Especulativa” em 1717(*). Essa Maçonaria sempre conviveu com a Igreja Católica ou com os Anglicanos e/ou Protestantes quando o Vaticano lhes fez oposição. A outra, chamada “maçonaria paralela”, é a que supostamente possui elementos “contraditórios” com as teses da Maçonaria regular, por exemplo: a aceitação em seu meio de místicos exacerbados, pagãos e outras correntes esotéricas e similares. Essa dicotomia não afeta os laços de fraternidade dentro da Ordem como um todo. Mas, os inimigos da Maçonaria se aproveitam da convivência pacífica entre essas correntes e “colocam todas as laranjas no mesmo saco”.
Quanto ao fanatismo religioso, torna-se mais difícil analisá-lo nos dias de hoje. Muitos de seus “baluartes” estão na internet ocultos em matérias e sites anônimos. Do outro lado, a falta de estudo e pesquisa em vários segmentos da Ordem Maçônica propicia a esses adversários a formação de redes descontínuas e propositadamente confusas onde se misturam fatos e preconceitos. Apesar de assentarmos os trabalhos das Lojas sobre cânones da literatura sagrada (em nossa caso a Bíblia), o fanatismo religioso usa esses mesmos textos para condenar e desacreditar as instituições iniciáticas e o trabalho que realizamos em benefício da sociedade. Apegam-se num ou noutro deslize, numa ou noutra falha humana para condenar uma ideologia inteira que vem sobrevivendo dignamente durante séculos, com enormes sacrifícios e mesmo com a vida de seus membros. Isto sem falar no auxílio que dispensamos às demais instituições (religiosas e iniciáticas) e na defesa que lhes prestamos sempre que sintam ameaçadas.
– A Maçonaria é uma organização de homens sujeitos aos mesmos erros e imperfeições que acometem nossos detratores. Com uma diferença: não pretendermos ser infalíveis nem ocultamos nossos atos sob a capa da religiosidade.
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(*) – Maçonaria operativa é o ofício de pedreiro (mason em inglês ou maçon em francês = pedreiro); por outro lado, Especulativa é a Maçonaria que averigua minuciosamente os fatos das Ciências Sociais em busca da verdade; que observa, indaga, pesquisa, cogita e reflete no seu campo de AÇÃO que é o homem e a sociedade. A Maçonaria Especulariva data do século XVIII, portanto, não é apropriado o uso do termo operativo para designar um Maçom dos dias atuais (a não ser que ele exerça a profissão de alvanel = pedreiro).
Respostas de 36
E é ai que se vê o carater de uma instituição, mantém-se sempre pronta a ajudar mesmo sendo perseguida por uma orda de preconceitos. É oculta em algumas coisas porque se fosse aberta o povo não compreenderia e já colocaria seus fanatismos e impetos de guerra. Salve a grande loja Maçonica.
Não sou maçom, mas conheço um pouco da Ordem porque tenho amigos maçons… lendo o seu texto, me surgiu uma dúvida: vc diz que “a Ordem apresenta duas correntes principais: a Regular e a Paralela”… os diferentes ritos de que ouvimos falar são todos da maçonaria regular? Ou a maçonaria “regular” só possui um único rito? (nesse caso, qual seria?)
@MDD – Atualmente, existem 6 ritos praticados na Maçonaria regular aqui no Brasil: Rito Escoces Antigo e Aceito, Rito de York, Rito Moderno, Rito Brasileiro, Rito de Schroeder e Rito Adonhiramita.
Caro Marcelo.
O rito escoces retificado acontece por aí…
Abraço.
MDD, só uma correção: no começo você fala de Taxil como sendo de 1870, mas depois diz “Entre 1986 e 1987, doente e com medo da morte”, cabe uma correção de data. No mais, excelente texto, acredito que exemplos de pessoas e grupos anti-maçonaria não devem faltar, creio que aqui ainda há espaço para mais uma matéria sobre o mesmo assunto, como uma continuação, falando de outras pessoas e associações. Amplexos.
Marcelo,
Quando eu era criança (assim que aprendi a escrever) até meados da minha adolescencia, eu assinava meu nome com 3 pontos no final (.’.) …. nunca soube o por que disto.
Já que não conheço pessoalmente nenhum maçon e não pertenço a ordem, isto pode ser um indicio de minha vida passada?
@MDD – É possivel. Se for o caso, é provavel que voce encontre o caminho de volta à sua velha egrégora. Continue com os estudos.
Viiiiiiiiiiiiiiiiiiish, eu também era do mesmo jeito! Só abandonei, sei lá porque, depois de adulto. Mas até uns 16, 17 anos, minha rubrica também tinha os 3 pontinhos! Se for mesmo, então tá explicado meu interesse por esses estudos desde sempre! YAY!!! \o/ xD
olá Marcelo, ei oque significa essa vestimenta e mascara da foto do post ? apareceu uma igualzinha numa parte do filme solomon kane mais como parecia fora de qualquer contexto acho que ali não significa nada mesmo, abraço
Realmente acho que uma solução possível seria a Maçonaria ter um corpo central de relações públicas, no qual a imprensa e as pessoas poderiam pedir mais informações, livretos informativos (estilo os da AMORC), uma revista de saída regular também ajudaria. Talvez a criação de uma gráfica mantida pelas Lojas para divulgar manifestos, ideias e outros. Tudo sem comprometer os ensinamentos internos da Ordem é claro.
Seria o se apróximar mais das pessoas e deixar o rótulo de Bicho Papão. Por outro lado acho que alguns membros gostam de se verem envolvidos pelo ar de mistério e lendas ao redor da Maçonaria, rs rs.
Informação é a chave, se há uma forte propaganda anti-maçonaria, contra ataque da mesma forma, fazendo propagandas positivas e exclarecedoras.
Paz e luz
Vida e Glória
“Esse Taxil tornou-se conhecido na Europa entre 1870 e início do século XX”
“Entre 1986 e 1987, doente e com medo da morte”
Como assim? O cara viveu mais de 100 anos?
@MDD – hehhe… as datas corretas são 1886 e 1887. Valeu. Já corrigi.
belo texto, é bom conhecer as origens do que nos faz mal
mas o que há de desocupados alimentando egos e preconceitos é inacreditável.
a maçoaria presta grandes serviços a humanidade a mais tempo do que posso conceber, e os charlatães atrapalham a tantot empo quanto.
no final isso é bom, conheça seus amigos, entenda seus inimigos. querendo ou não eles nos ajudam a evoluir, uma pena que muitas vezes o preço seja tão alto
Muito bom, vai esclarecer muita gente, ou não, vendo que as falácias de um embusteiro permanecem até o dia de hoje creditadas até a alama de alguns…
Muito bom, deixa clara a distinção entre maçonaria regular e maçonaria paralela, sob um nível de respeito uma para com a outra.
“Despejou entre os franceses o café requentado da época dos Templários: os maçons seriam satanistas e adoradores de um ídolo com cabeça de bode chamado Baphomet. Essa reinvenção do absurdo ficou conhecida como ‘Jogo de Taxil’ ressuscitando a malfadada figura do bode como ícone (maldito) da Maçonaria.”
Quanto a isso, já era mais do que lógico que os profanos pensassem mal a respeito da Ordem, que utilizava desde 1808 a figura de um bode, o que convenhamos não ser tão próprio para um sociedade filosófica.
Opa! O texto fala em “alucinações de Eliphas Lévi”, autor de um dos livros da bibliografia básica aqui do site. Eu ainda não li, por acaso tem algum capitulo que devo pular por estar desatualizado ou coisa assim? Já ouvi falar que a descrição das cartas de tarô que ele faz é extremamente confusa e falha, isso confere? Quanto a esse assunto, tarô, tem algum livro mais recomendado para iniciantes?
@MDD – Eu também achava que as descrições do elifas eram erradas e ilógicas, até que lendo o livro de MacGregor Mathers sobre o tarot ele afirma que o Elifas conhecia a verdadeira correspondência dos arcanos e as modificou de propósito no seu livro, para que profanos que pusessem as mãos nele não conseguissem entender (e ele teve esta idéia sem saber que um dia existiria internet – gênio!). quem conhece a organização de correspondência da Golden dawn 9que é a que eu uso aqui) consegue estudar Levi sem problema nenhum… quem não conhece (e a maioria dos esquisotéricos acaba caindo nas explicações do “dogma” sem pesquisar) acaba errando feio. O que por outro lado, é bom para sabermos quem estudou e quem não estudou de verdade sobre correspondencias do tarot.
Pra quem também ficou curioso em ver o mapa astral, o Marie Joseph nasceu em 21 março de 1854 – Marselha (segundo wikipedia pelo menos)..
O horário eu joguei 13hs pra ter ascendente em Leão (e um pouco de Cãncer, afinal o cara tem vários “planetas mesclados”: Sol Peixes-Áries / Vênus Aquário-Peixes / Marte Leão-Virgem / Plutão Áries-Touro e a Lua possivelmente em Sagitário mas pronta a pisar em territórios capricornianos… talvez isso tenha contribuído para ser multifacetado desse jeito – tem os instrumentos não de apenas um signo, mas das nuances de praticamente 2 numa tacada só..).
“(*) – Maçonaria operativa é o ofício de pedreiro (mason em inglês ou maçon em francês = pedreiro); por outro lado, Especulativa é a Maçonaria que averigua minuciosam[…]A Maçonaria Especula[b]r[/b]iva […]”.
Só achei esse pequeno erro. Ótimo texto!
Acabei de assasinar um desses no assasins creed! ehehehehe
Gostaria de entender o por que dessa imagem que ilustra o post.
Me lembrou um dos personagens do: DE OLHOS BEM FECHADOS
Como eu sempre digo, a pior pobreza é a de espirito.
Este cidadão conseguiu ser aceito nas fileiras da Maçonaria, fato que muita gente de bem, com o intuito de progredir espiritualmente, não consegue, e mesmo assim foi incapaz de aprender qualquer coisa de valor.
Se ele tivesse um desejo sério de fazer críticas, e não somente causar discórdia, dentro da Ordem seria o local ideal, pois somente depois de aprender sobre algum assunto, é possível criticá-lo.
Deve ter passado um bom tempo no Umbral, se não estiver por lá até hoje…
Agradeço ao Marcelo Del Debbio por publicar o artigo de minha autoria “Entendendo a Anti-Maçonaria” de 25 de fevereiro de 2011. Aproveito para convidar seus leitores a visitarem meu blog no endereço http://www.zmauricio.blogspot.com
José Maurício Guimarães
@MDD – Blog muito bom, por sinal. Já coloquei o link. Havia recebido o texto por email, então havia apenas os créditos ao autor. Ficou faltando o link, que já está corrigido. TFA.
Gostaria de entrar para a maçonaria. Pelo que vi não é da mesma forma que na AMORC. Como faz ?
@MDD – Voce precisa que um maçom regular te indique e acompanhe o processo de sindicância dentro da loja. Da indicação de um Candidato até a Iniciação costuma demorar cerca de 1 ano.
Olá Marcelo , fiquei curioso com a imagem , é uma espécie de difamação aos maçons?
o que seria?
Abarço.
A roupa da imagem é a de um médico medieval. Eles utilizavam esta roupa (e a máscara) para tratarem de doentes vítimas da Peste Negra, entre outras pragas típicas do período. Provavelmente era uma forma de tentarem se proteger, já que não conheciam os meios de contágio.
Meio inútil, já que Peste Bubônica se contrai através da pulga do rato – mas tem que dar um desconto.
malditos seja esses ateus da maçonaria esses judeus desfarçados pois a justiça de deus caira em suas cabeças.
@MDD – “ateus da maçonaria”… ok…
MDD,como fica o caso de Padres Maçons?
Como o Reverendo Todd Kasan,que apareceu no Documentário “Freemasons On Trial” da National Geographic.
Como fica a relação dele com as egregoras as quais ele faz parte(da Igreja e da Maçonaria)?
@MDD – Eu digitei esse nome no google e ele não aparece.
Renilso disse:
“malditos seja esses ateus da maçonaria esses judeus desfarçados pois a justiça de deus caira em suas cabeças.”
Me pergunto qual deus seria. Reparem também na ofensa aos judeus…
Aliás, de uma tribo que nem conheço, os “desfarçados”.
o problema do maçon, e essas teorias da conspiração que existe por ai, que voçe vendo parece ter um grande fundo de verdade. A elite global, Nova ordem mundial, tudo isso e para poucos , e nao e para o bem da humanidade, Nunca vi uma bandeira maçon em favelas, ajudando as pessoas, ou mantendo hospitais publicos, doando casas populares, so vemos o seguinte, o cara entra pra maçonaria, e logo ta andando de carro 0km, muita coincidencia isso. Se a maçonaria e bom, abra lugares publicos, para todos participar junto, e nao fica nessa merda de secreta.
Ja vi muito video no youtube, sobre maçon, teoria da conspiraçao, e diz que o fim do mundo ta bem proximo, e digamos ta so digamos que 2012 vai ser foda , se for vc vai se fuder tambem igual o resto, ou vc acha que os maçons das grandes lojas , sabe os ricaços mesmo, vao dar bola para vc
trabalhem para o povo, nao para si mesmo, façam o bem
@MDD – Voçe chora, todos chora!
Sem querer ser intrometida, chata e “sabe-tudo”, caro dyto, eu tive um namorado maçom que andava de carro bem velho e a maior parte das roupas que ele usava eram rasgadas, furadas e/ou remendadas. Acreditar que um grupo que se chama “iluminados” quer o mal do mundo é meio estapafúrdio, sendo que “iluminação”, a meu ver, pelo menos, não tem uma conotação negativa. Acreditar em absolutamente tudo o que os fanáticos e os materialistas dizem é entrar numa paranoia muito ruim.
🙂
Caro Greg,
Você precisa prestar mais atenção no que lê…..a data a qual você se refere no texto não está errada, olhe novamente mas, é entre 1886 e 1887…..então, de 1870 a 1886 não são 100 anos e sim 16 anos. Please pay atention or grab your atention!!
Caro dyto,
Você não viu porquê a maçonaria faz caridade sem fazer propaganda, isto é, sem querer se promover com isso, a intenção é pura e simplesmente ajudar. Tenho mais de um parente maçom e já vi as lojas se mobilizarem para ajudar em situações onde as pessoas realmente precisam e ninguém fica sabendo. O que a mão direita faz a esquerda não precisa ficar sabendo.
Caro dyto,
A Maçonaria ajuda para pura e simplesmente ajudar, não têm intenção de se promover com as ajudas. Por isso, ninguém fica sabendo. O que a mão direita faz a esquerda não precisa saber. Tenho parentes maçons e já testemunhei a ajuda deles a comunidade, porém não houve nenhuma nota nos jornais a respeito disso.
Engraçado ler um dos seus textos sobre maçonarias espúrias e um dos banners ao lado é de uma espúria. um tanto irônico.
@MDD – Voce esta sonhando. Não há nem banners no meu blog, muito menos de potencias espurias. Bani o adsense ha muito tempo por conta dessas lojas picaretas que angariam incautos nele.
Mas bem, ainda não terminei de ler o texto, mas me peguei num momento em que você fala das “alucinações” de Eliphas Levi. Li o “Dogma e…” porque um ex-namorado tanto me encheu (e também porque considero todas as leituras como algo que, mesmo que pouco, acrescenta e me dá margem para tirar minhas conclusões), e achei um pouco confuso. Eliphas era, para o meu ex, um mestre supremo (ao lado de Jesus, Hitler e Ahmadinejad… não dá pra se considerar uma pessoa assim, certo?). Mas bem, já li algumas autores criticando o “encantamento” de Levi, e agora você falando que ele era “alucinado” (o que achei ótimo, por sinal). Como pouco sei, gostaria que, se possível, você explicasse porque o classifica assim. Se não for muito da minha parte, sabendo que você é um cara ocupado, sugerir um post sobre Eliphas (estou procurando e não encontrei algum… mas sou bem nova “na casa”). Obrigada 🙂
Bom, depois lendo os comentários dos leitores com mais calma, percebi que ainda me faltam livros do Eliphas pra ler. Quanto ao fato de ser “alucinado” eu conheci algumas pessoas (inclusive o ex) que enveredaram por um caminho e acabaram se tornando alucinados também. Existe alguma relação? (sei que não é o tópico do post, mas já que veio à tona…)
Boa noite, amigos. Li o artigo e gostei muito das informações. Conheço muito pouco sobre a maçonaria, e muito do que é dito por aí são suposições de envolvimento satanico, etc… Fico muito apreensivo agora, pois fui indicado para uma ordem. Li bastante antes de dar a resposta, e aceitei. Após ter aceitado, eu sondei um pouco sobre o que minha família pensa, e fiquei muito surpreso, pois eles parecem ser totalmente intolerantes sobre a maçonaria. Hoje mesmo, resolvi conversar sobre isso com minha (agora ex) namorada. Nós rompemos o namoro, pois ela alegou que a maçonaria vai contra os princípios dela, que sabia de coisas horríveis, que não era satanas que iria tirar ela do caminho de Deus, que tinha visto imagens…. Enfim, me sinto totalmente contrariado. Parece até que matei alguém. As reações são assim mesmo? Mantive a decisão, mas em alguns momentos, chego a ter dúvidas. O que me dizem?
Acredito que a maçonaria seja, em grande parte, corresponsável pelo desentendimento que há ou haja em torno dela, a que ela chama, infelizmente, de inimigos da maçonaria. Permita que eu explique. Não tome como arrogante a explicação, estou apenas limitando a falar do meu limtiado ponto de vista, mas ele guarda alguns anos de experiência pessoal de um leigo, caso haja interesse em ler, creio ter sido uma valiosa experiência.
Antes de mais nada, li o seu texto e permito o comentário: seu texto é muito bom e brilhante, permita-me elogiar, e o faço sem ironias, como as que costumam chegar por mim, infelizmente, devo dizer, com franqueza, em sua grande maioria, e sem minha aprovação, de amigos ou colegas ou conhecidos que sei, maçons.
Falo do brilho porque sente-se a tentativa clara de ser elucidativo. Diferentemente da conduta de muitos maçons, que brincam com o aspecto sigiloso de sua ordem ou do pertencimento a ela para com quem dela não entenda. Não vou entrar aqui nos detalhes disso, mas gostaria de sintetizar ao Sr a minha história pessoal.
Eu sou um homem de quase quarenta anos e passei muitos anos especulando se deveria ou não ser um maçon. Hoje a espeulação não ocorre mais, pois entendo que eu troquei os pés pelas mãos, e certamente, já “queimei o filme” o suficiente. No entanto, pergunto-me se seria justo alguém condernar-me, alguém que não fosse Deus ou até um juíz.
Penso que é muito injusto que em nome de um grupo, se criem regras de condenação. Respeito, mas acho injusto. E não consigo aí ver um ideal de justiça.
Sei que tal decisão não cabe a mim, mas ela poderia ser por mim elencada, comunicada, para pessoas do meu conhecimento. No entanto, foram tantas idas e vindas em tal vontade, tanta “desconversação” por parte de maçons, que isso foi se tornando algo extremamente chato de lidar. Com o tempo ,a busca por informação, que acabou por ser solitária, foi ficando levemente paranóica. E eu duvido que haja uma pessoa, na minha condição, que não houvesse de ter passado por tamanho mal estar. Tamanha a minha ética, tenha a certeza, jamais poderão me condenar inimigo da maçonaria. Sou no máximo um infeliz silencioso. E, lamento profundamente isso, pois sou antes de mais nada, amistoso, respeitoso e acho que tal amistosidade e respeito deveriam estar circulando mundo afora.
Poderia contar ao Sr várias situações, mas vou restringir a algumas.
1 – Em meio a uma aula e outra, por mim ministrada, um aluno me pergunta sobre o tema, em corredor. Senti-me acuado, porque ele me pediu pra guardar segredo. E o pedido dele veio de um ambiente no qual segredos não são tolerados, não cabia a pergunta. (minha teoria? ele é ou era maçon e queria me criar um problema ético, um conflito ético. e criou).
2 – Dentro de uma aula, na mesma semana, outro aluno pergunta. Senti-me igualmente intimidado, pois já havia, a essa altura, decidido por não mais falar sobre tais temáticas, em nenhuma hipótese, em minha vida, fazendo essa curiosidade, busca silenciosa, pois os poucos contatos tidos no passado foram recheados por alguma ironia no tocante ao tema. Não houvesse a ironia, houvesse um pronto esclarecimento, tal fato não teria se dado. Pergunto: será que o sigilo, silêncio e excesso de ‘assombração’ e tabus sobre um tema, por mais justificado que sejam, não poderiam ser vistos com ponderação por alguém que mostra-se profundamente inteligente, como é o maçon? O fato de vc não pertencer à maçonaria faz de vc um piorado que não pode ter suas curiosidades sanadas, suas perguntas respondidas, mesmo que com respeito e de forma discreta e elucidativa? Você é um ser à parte da sociedade? SErá que tal postura não causa em muitas pessoas uma reatividade?
3 – Fui abordado diretamente, de forma invasiva, ameaçadora (esse sim, um episódio menos duvidoso, mais direto, desconfortável e extremamente incômodo), por um sujeito, que comigo foi trabalhar e me pediu emprego, que depois se revelou maçon, mas a abordagem foi extremamente incisiva, com a foto justamente desse “baphomet” que seu texto informa, que mandou tentando puxar um papo nas entrelinhas. TAlvez ele tivesse percebido em mim o mal estar, e tentou provocar-me um susto: o medo, percebeu-me a ignorância (no sentido não pejorativo) e tivesse querido me testar! Ora, pergunto, é assim que se aborda um leigo? (e quando eu teclava com ele sobre a questão, e fiz questão de dizer que era leigo, ele substituiu a palavra leigo por “profano”. Pergunto eu: isso é ético?) Um maçon, pertencente a um grupo, pode, simplesmente, abordar um que não pertença, falar em nome do grupo (vai saber se os outros membros aprovariam!), os Srs não acham que isso poderia causar mal estar em alguém (um leigo como eu, por mais curiosos que fosse sobre a temática, ou por mais desconfiado que fosse?) Nâo é um tanto covarde se valer do pertencimento a um ambiente como esse, por mais fraterno, justo e digno que ele se preste a ser entre seus membros;para posturas menos respeitosas em situação de dúvida?, para com os seus não membros/;)
4 – Não é todo mundo que tem pai, irmão, tio, colega próximo, que conduz a isso. É preciso que os Srs. saibam que há pessoas inteligentes, esclarecidas, porém, sim, duvidosas, éticas, e até por isso, mais e mais duvidosas sobre a vida, sobre as escolhas que fazem. Nem por isso, guardam maus costumes e se guardam, tais costumes estão, sim sujeito a mudanças. Ou será que somos feito moedas, algumas de maior valor e outras de menor valor? Tal cunhagem de antemão, sem o interesse compreensivo, sem o direito ao contraditório, não promoveria, por si, em médio prazo, ou no íntimo das pessoas, ou no íntimo até de quem promova, um equívoco social?
5 – Esqueçamos os grupos mas antes, falemos de humanidade: qualquer um a que se retiram possibilidades, acolhimento, fraternidade, acolhida, irmandade, (não no sentido do pertencimento a esse grupo específico, mas no sentido do respeito humano mesmo!), qualquer um que passa por isso, acaba por ficar marcado com a força de uma má direção e pode – não por isso, mas em parte influenciado por isso sim – fazer algo que não queira. Há pesquisas sérias que mostram isso. Pessoas que, ao serem objeto de preconceito, acabam por vestir a carapuça do preconceito a que estão submetidas. Isso é prover e acreditar em liberdade da humanidade? Resta, por fim, muitas vezes, a essa pessoa, isolada em seu canto, a força, sim, da religião e os religiosos, e também da ciência – pq não? – da mesma forma que os Srs guardam, de certo, internamente, os seus métodos de perseguição de seus objetivos.
Em resumo, eu só queria dizer ao Sr que não sou, como poderia pressupor alguém, um frustrado por não ser maçom. Ser ou não ser maçom não é o que manifesto aqui. Pode ser que eu não devesse ter sido, mesmo, ou não deva ser. No entanto, isso não habilitaria a nenhum maçom condenar-me, supor-se melhorado, ao menos não no meu sincero ponto de vista. No entanto, em respeito às diferenças, quero dizer que longe de uma postura fanática, respeito, apesar de saber e achar, francamente, já ter sido prejudicado por isso, emocionalmente, profissionalmente, pessoalmente.
Acho injusto.
Se a maçonaria pressupõe ter inimigos, talvez alguns desses, ela os tenha criado ao pressupor. Quisera eu poder falar abertamente quem eu sou, dar-me nome, cpf, identidade, telefone e poder, ter a honra, o prazer e a oportunidade, de desfazer os maus entendidos.
O que eu quero que os Srs entendam é que há pessoas que são pacíficas, pacifistas, humanistas, sinceras, buscam o melhoramento pessoal, falham muito, mas que se empenham muito para não serem sigilosas, para serem transparentes, para não fazerem disso um assunto ímpar. Hà pessoas que guardam na alma a vontade única, de, momento que fosse, poder, ali, transformar o mundo, fazendo alguém mais feliz, mais aliviado, por ter feito o bem a um outro ser humano.
Sim, eu sou essa pessoa. Igual a mim, devam existir milhares. E mais, deve haver milhares de mal estar que os Srs poderiam evitar se formar em mais e mais pessoas. E, hoje, eu estou acuado, por saber que, diante de tantos os segredos e de tantas as reservas, na minha condição de leigo, não posso me expor. Sobretudo em um país que é preconceituoso como o nosso, a despeito do grupo de pertencimento e dos objetivos que persiga.
Se eu pudesse dizer algo, se esse algo que eu pudesse dizer tivesse algum valor, seria…. já passou da hora de grupos honrados como esse a que pertence o Sr – que honra a todos com a leitura desse texto de caráter elucidativo e por isso, ÉTICO – criarem uma espécie de grupo intermediário de resolução de conflitos de opinião.
Como eu gostaria de ser um membro não maçom de tal grupo, representante dos não maçons. E que poderiam, de repente, com ou sem a sombra da religião, da ignorância, do fanatismo ou da ciência, estarem, também, sendo vítimas de injustiças, resultantes de maus entendidos.
Pensem nisso. Se não fica para a minha geração, que fique registrado para alguma vindoura.
Não sei nem o q é nada dessas coisas e falam coisas boas e ruins de tudo…. mas na via das duvidas dizem q aquela oração é boa, a.couraça de são Pa triciio e o salmo 54