Evolução

Evolução
Por: Colorado Teus

O que é a Vida? O que viemos fazer em vida? Para onde iremos após a Vida? Independente de quais sejam suas repostas para essas perguntas, sua vida é completamente influenciada por elas. Cada ato, pensamento e desejo, antes de chegar até nossa consciência, é filtrado pelo que acreditamos no íntimo que sejam as respostas para essas perguntas.

(obs.: minha intenção era postar apenas a lista que está no final deste texto, porém, ficaria meio ‘sem pé nem cabeça’ falar que não concordo com algo sem fundamentar falando sobre o que concordo, pois a simples discórdia tirando a minha opinião da reta poderia ser interpretada como mero ataque a quem vestisse a carapuça, porém, essa não é minha intenção. Então, esse texto, por falar da minha opinião, é de certa forma pessoal, mas acho que pode ajudar algumas pessoas a começarem a pensar sobre alguns assuntos que considero importantes.)

Para ilustrar, pensemos em uma situação: uma pessoa escolhendo sua profissão. No caso das pessoas que acreditam que após a morte não há qualquer tipo de continuação, elas certamente buscarão uma profissão que as sustentarão de forma a aproveitarem ao máximo o curto tempo de vida que lhes resta, como uma profissão intensa e bastante rentável. No caso de pessoas que acreditam em um juízo final (céu x inferno), haverá sempre um pé atrás na escolha, para que não seja algo que a comprometerá pelo resto da existência. No caso das pessoas que acreditam em reencarnação, essa escolha não pesa tanto quanto para as últimas, mas com certeza buscará algo que a ajude a sair do momento atual em que está presa. Podem existir outros casos de crença do que seja a resposta para essa pergunta, mas essas três citados resumem a grande maioria de nossa população.

Com esse exemplo podemos notar que os padrões de comportamento variam bastante, que cada crença traz vantagens e desvantagens para o que a vida no mundo físico pede de nós. O conjunto de crenças que grupos de pessoas acreditam que sejam as respostas para essas perguntas é chamado de Dogma do grupo; como não é tudo no Universo que podemos provar que existe ou que não existe, sempre haverá uma pilar de Dogma no pensamento das pessoas de qualquer grupo.

Bom, nesse momento o leitor pode estar fazendo a pergunta pertencente ao F.A.Q. espiritual: “Como escolher o sistema de Dogmas – o caminho – que é o melhor para eu seguir?”. E essa é de fato uma boa pergunta que só pode ser respondida através da crença. Aliás, note que sua primeira resposta que vem em mente é totalmente tendenciosa para o grupo que você mais acredita. Uns dirão que é o destino da pessoa, outros dirão que a pessoa precisa seguir seu coração, outros que o Dogma existente é apenas uma muleta para quem não tem força para caminhar com as próprias pernas, e por aí vão as possíveis respostas.

Com isso, começamos a perceber um dos maiores problemas em debater sobre fé: nossas respostas sempre serão tendenciosas em tentar convencer o outro de que nossa fé é o melhor caminho a ser seguido. Aliás, isso é uma tendência natural do Orgulho, se descobríssemos que nosso caminho não é o melhor, significaria que muito do que fizemos não era o que acreditávamos que fosse, e isso seria um tapa tão forte na cara do Ego (projeção de si mesmo) que ele jamais deixaria isso acontecer com facilidade, ou seja, sempre criará inúmeros conflitos para tentar provar o contrário da descoberta e se manter no atual estado, se conservar.

Conservar mudando ou mudar conservando? Essa é uma pergunta frequente de quem está disposto a enfrentar o Ego dentro de si para não deixar que o conflito se exteriorize e atinja outras pessoas. Em outras palavras, essa pergunta traduz um ato que é sempre lembrado na maioria dos sistemas de Dogmas, que é o da ‘evolução’. Evoluir é justamente mudar, e a mudança é um golpe duro para o ego.

Reza a lenda que existe um grupo de pessoas cuja Tradição é lutar para que a evolução continue acontecendo neste mundo, é a ideia do ‘conservar mudando’ há pouco citada. Eis a resposta para muitos que já me perguntaram sobre minha fé, eu acredito na luta pela evolução como uma boa possibilidade para o fim dos conflitos em nosso mundo e uma vida melhor para todos.

Apesar desse texto abordar questões de algumas áreas distintas, o objetivo máximo dele é justamente apontar algumas coisas que algumas pessoas dessa tradição acreditam e trazer uma lista que nos ajuda a perceber quando estamos perto de algumas pessoas que vão contra essa tradição; notem que não falo em nome da Tradição, esse texto é o meu ponto de vista em relação ao que aprendi sobre ela.

O Dogma máximo é que tudo o que podemos perceber (universo) foi criado por uma potência única, chamada de ‘Criador’. Por sua misericórdia, nosso universo foi criado respeitando certos padrões para que as criaturas possam, dentro de suas limitações, entender como o sistema funciona e, assim, poderem nele viver e a ele influenciar.

Como um sistema de defesa, o universo parece tentar conservar sua energia, para isso gera uma reação de igual intensidade, mas sentido oposto, para toda ação que acontece dentro dele. Mas, para continuar mudando, a reação não acontece instantaneamente após a ação, e é daí que surge um dos conceitos mais importantes da tradição, o ‘Karma’, que é o potencial de reação que está para acontecer, uma parte do sistema de ajuste do que acontece no universo.

Assim, o entendimento básico do universo é um processo interativo de ação e ajuste, ação e ajuste, ação e ajuste, ação e ajuste, que é comumente chamando de ‘Yang/Yin’. O ser humano, como uma parte integral do universo, contribui com suas ações e participa dos reajustes. Do processo interativo resulta as mudanças do homem tentando entrar em sintonia com o universo, o qual tenta chegar a um equilíbrio para uma finalidade que está muito longe de qualquer ser humano saber.
De toda essa abstração, é válido apontar que em momento algum foi falado de bem e mal. Normalmente os Egos atribuem o nome ‘mal’ às forças de reajuste do universo, mas isso é assunto para outro texto. É importante entender que o ser humano, em sua busca pela posição perfeita no universo, acaba indo por caminhos errados, então, uma hora, os seres que regem esse equilíbrio do universo liberam o karma e a pessoa é reajustada. Criar karma nunca foi ou será o problema em si, na verdade o Karma é nosso grande professor. O problema é estagnar em nós kármicos (que seria ficar sofrendo sempre o mesmo reajuste por tentar entrar repetidamente em um caminho errado) e não conseguir evoluir.
E o que seriam então pessoas boas e más? Na verdade não existem pessoas boas e más num sentido literal, o que existem são ações boas (que ajudam o equilíbrio do sistema em que vivem) e ações ruins (que atrapalham o equilíbrio do sistema em que vivem). A origem das ações ruins são o medo da mudança ou a ignorância (os ignorantes geralmente são usados pelas pessoas que têm medo da mudança como instrumentos), a origem das ações boas são a Vontade da mudança e o esclarecimento.
Então, baseado em todos esses Dogmas, sigo minha vida tentando trazer coragem/fé para quem tem medo de mudar, esclarecimento para os ignorantes, apoio para quem tem Vontade de mudança e caridade para quem é esclarecido.
Não faço mal julgamento de pessoas que ainda são ignorantes em relação ao equilíbrio do nosso universo, até porque todos passam por esse período. Porém, uma coisa que me deixa indignado e que combato ao máximo são os medrosos que usam os ignorantes como objeto. Dentro da minha experiência, fiz uma lista de ações que são comuns (não determinantes) nesse tipo de pessoas, vamos a ela para concluir esse texto:
– Sua fala é impositiva, sempre falam de forma forte como se o que dissessem é uma verdade incontestável, e sempre fica a impressão de que se as outras pessoas não acreditam naquilo, são muito burras.
– Não usam argumentos lógicos para fundamentar o que falam, suas falácias são baseadas no que uma “autoridade no assunto” ou uma “tradição” disse, se eles disseram é assim que tem que ser e ponto final.
– Usam de “fontes científicas” que não existem, citam pessoas que não existem ou jamais passaram pelas universidades citadas. É necessário sempre olhar a fonte, pesquisar nos sites ou arquivos das universidades/revistas que foram citadas, ou perguntar para alguém que sabe do assunto se os argumentos utilizados são válidos.
– Vendem alimentos, remédios, cds, máquinas, cursos, livros miraculosos que vão transformar a vida da pessoa sem qualquer tipo de esforço pessoal.
– Usam argumentos válidos para ganhar a confiança da pessoa, e então começam a vender suas besteiras que não têm nada a ver com o argumento utilizado.
– Falam que todas as defesas da pessoa não funcionam, que Exu não é guardião, que a vela para o Anjo da Guarda não funciona, que os assentamentos foram feitos da maneira errada, que os pontos riscados das entidades são sigilos de entidades malignas, que as orações que a pessoa utiliza não têm fundamentos, que o RMP ou outro banimento/invocação é um ritual fraco, para então ter as brechas necessárias para agir.
– Acusam os outros professores de picaretas sem apresentar qualquer argumento, desmerecendo tudo que eles disseram e falando de maneira geral que é burrice quem acredita naquilo que tais professores disseram.
– Abusam do orgulho e da vaidade das pessoas, elogiam elas o tempo todo e dizem que são especiais, que não são como os burros do grupo que elas pertencem.
– Usam métodos que tornam as pessoas dependentes da técnica por ele passada, mas que ele não ensina ninguém a fazer, é preciso comprar dele para ter.
– Basicamente, não ensinam as pessoas a buscarem, sempre desincentivam as pessoas a conhecerem novos grupos ou lerem livros do assunto, pois eles precisam de que a pessoa continue ignorante para continuar comprando tudo dele.
Claro que existem muitos outros padrões, mas essa lista já ajudará bastantes pessoas a evitarem as pessoas de má fé que abusam da boa fé dos outros. Espero ter somado com alguma coisa para a vida de cada um que leu esse texto, apesar do texto ser uma exposição de um ponto de vista bem pessoal.
Vai dar certo!

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Respostas de 13

  1. Parabéns pelo excelente texto, estou na busca pelas respostas para as perguntas: ”O que é a Vida? O que viemos fazer em vida? Para onde iremos após a Vida? ”
    O que mais me intriga em minha busca é o que você disse neste trecho: ” então, uma hora, os seres que regem esse equilíbrio do universo liberam o karma e a pessoa é reajustada.”
    Se não tem um velhinho, sentado em um trono, observando tudo o que eu faço para me julgar, quem são esses ”seres” que regem o equilíbrio? Seria meu anjo da guarda, ou um conselho kármico, ou algum demiurgo?
    Não me conformo com a resposta de que é uma lei divina natural de causa e efeito, não me convence uma teoria tão vaga assim, deve haver uma resposta mais concreta em algum caminho velado aos profanos.
    Poderiam me iluminar com algum texto ou livro ou explicação sobre este assunto?

    @Coloradoteus: Na linha que sigo da Umbanda diz-se que existem sete tronos logo abaixo de Orumilá (demiurgo, que ocupa o “trono das Sete Encruzilhadas”, ou “Ifá”) que regem 7 áreas da vida, uma delas é o trono Justiça. Esse trono é ocupado por Xangô e Egunitá (são chamados de Orixás maiorais). Abaixo desse trono existem vários graus que formam uma hierarquia que organiza a justiça em nosso planeta (Orixás intermediários, intermediadores e pessoais), responsável por dar a ordem de liberar o Karma (regional, grupal e pessoal respectivamente). Quem faz o Karma se manifestar está ligado(a) a outro Trono, o Trono da Lei, que é ocupado por Ogum e Iansã. Gostaria de lembrar que esses são os nomes usados pela linha de Umbanda que sigo, existem vários outros nomes que são dados a esses seres e às hierarquias citadas. O que expus aqui é um aglomerado de informações que fiz dos livros: Tratado Geral de Umbanda, Código de Umbanda, A Evolução dos Espíritos e Doutrina e Teologia de Umbanda, todos do Rubens Saraceni.

    1. Muito obrigado pela resposta esclarecedora, pela sincronicidade também sou umbandista e não esperava uma resposta baseada nesta religião maravilhosa, vou ler estes livros citados e continuar comparando com os mitos e arquétipos espalhados pelo mundo para melhor entender a existência.

    2. Quando você dia que Orumilá (Orixá) Ifá (metódo de adivinhação) seria o demiurgo ….você poderia explicar melhor?

      Pois Orumilá é totalmente diferente de Olorum/Olodurame/Zambi/ sendo um orixá criado por Olodumare, como ele seria o demiurgo?

      @Coloradoteus: Vamos com calma com isso pois existem MUITAS linhas de pensamento diferentes em relação a esses nomes, como eu disse, a linha que sigo é a linha decodificada pelo Rubens Saraceni. Nessa Teologia, quando se trata da Gênese do Planeta Terra, diz-se que a energia se materializou em torno de um eixo energético e, tudo que foi atraído para o planeta, tem a vibração afim com essa energia (formando os 7 padrões ou frequências primordiais). Desta forma, tudo que foi criado posteriormente no Planeta, segue esses padrões energéticos, pois são combinações entre eles. O nome dado a esse eixo magnético principal é Ifá ou Trono das 7 encruzilhadas, e o nome dado ao regente desse Trono é Orumilá, ou seja, é o regente planetário. Esse regente não é fixo, pode ser alterado caso o regente do Sistema Solar precise alterar o modo de evolução do Planeta Terra, como foi o caso da saída de Lúcifer para a entrada de Jesus. E Olorum? Esse está bem distante de toda essa história, é muito anterior. Lembre-se, isso é o que está nos livros do Rubens, não representa inteiramente minha opinião.

      1. Gostaria de aprofundar esse estudo, qual livro você me indica?

        Obrigado

        @Coloradoteus: Código de Umbanda e Doutrina e Teologia de Umbanda, Rubens Saraceni

  2. Gostaria de saber o que seria de nós sem aqueles que nos trazem conhecimento, pois penso que o conhecimento seja muito mais importante que nos mesmos, pois cá estamos para nada mais que adquiri-lo, se Deus é mesmo luz e o conhecimento também, faz sentido ter mais “importância” que nós.
    Mas sei lá, vejo um tanto de crueldade em tudo isso, como Deus seria bom ao ver um filho indo para o caminho errado e deixa o ir? Um espírito ignorante fará ignorâncias, fato que é inerente ao seu estágio de pouca luz interior.
    Gostaria de saber se vc autor vendo que seu filho criança, com pouco entendimento o deixaria fazer algo que sabe que o fará sofrer futuramente? Ou o colocaria em situações em que sabe que por pouca compreensão o faria atrair nada mais que desgraça sobre si?
    O inferno morreu, mas a atração de infortúnios dada ao pouco esclarecimento é óbvia. Dar ao homem ignorante poder, qualquer que seja ele, nunca acaba bem… Então porque eu daria uma 38 carregada pro meu filho de 5 anos de idade sabendo disso?
    Eu acredito em reencarnação, viagem astral, evolução, mas quer saber, eu não consigo aceitar o fato de que eu poderia estar no umbral agora sofrendo muito por ignorância sem nem saber o pq de existir e nenhum ser de luz desce lá pra me avisar que eu devo ser humilde ( uma qualidade até então a mim desconhecida) e pedir ajuda, coisa que é claro na doutrina espírita e vejo pessoas falando. Sei que não devemos ter uma mentalidade de vítima, mas e se fosse eu? Você? Já pensou nisso?
    É uma justiça cômica… te juro, sinto vontade de rir ao compreender isso, a mesma vontade de rir que a justiça brasileira nos faz contemplar todos os dias…alguns vêem nisso uma coisa divina, eu vejo uma divina comédia…

    @Coloradoteus: Essa pergunta é um pouco difícil pois não tenho filhos biológicos, então fica difícil eu responder com uma mega suposição. Mas eu acredito na severidade, no rigor, como uma forma de amar… mas não podemos nunca usar a severidade e o rigor para destruir uma ‘ideia’ sem depois ajudarmos a construir outra. Dessa forma, nos colocamos como instrumentos divinos (que só é possível se existir amor) para ajudar no reajuste kármico dos filhos, ou seja, eu ‘puxaria a orelha’ para que não fosse preciso um desconhecido fazer o mesmo sem o amor. Não podemos limitar o livre arbítrio dele, mas podemos ajudar a esclarecer (o Karma é um grande esclarecedor certo?) para que ele, dentro de seu livre arbítrio, não queira mais escolher o que é errado.

    1. É verdade , nós podemos aconselhar e tentar mostrar o caminho menos doloroso , agora a escolha é de si próprio , isso se resume a livre arbítrio , o que é melhor ? você ficar o tempo todo de babá do seu filhinho ,sem deixá -lo andar sozinho ou dar as instruções corretas ,educá -lo , para que com isso ele tenha a capacidade de discernir o que e certo ou errado . Isso que nós viemos fazer aqui , a evolução é o aprendizado , desse mundo não levamos nada material , a unica coisa que podemos carregar é a experiência , assimilando as melhores coisas que nos fazem evoluir espiritualmente e também como ser humano .

      @Coloradoteus: Ótimo.

      1. Entendo que é tudo uma questão de experiência e que não se deve carregar o filho no colo, pois cedo ou tarde ele terá que aprender a andar com as próprias pernas, mas me desculpe… será que um alguém que nem sabe o que faz aqui saberá mesmo o que é livre-arbítrio? O meu livre-arbítrio pode ser sair com a esposa do vizinho se ela der mole pra mim. Pode ser traficar, roubar, matar, fazer caridade ou até ser um Ghandi.

        @Coloradoteus: normalmente existem 4 possibilidades de ação para uma pessoa:
        – Fazer algo que faz bem pra si e pro seu entorno -> harmonização com todos à sua volta;
        – Fazer algo que faz bem pra si e mal pro seu entorno -> uma hora o entorno irá te corrigir;
        – Fazer algo que faz mal pra si e bem pro seu entorno -> depressão e prosperidade ao mesmo tempo;
        – Fazer algo que faz mal pra si e pro seu entorno -> vida totalmente infeliz
        O Sistema é completo por si só. Quando se trata de alguém que você ama, você deve ajudá-lo no esclarecimento para que não seja preciso alguém que não o ame o corrija; mas para o completo entendimento muitas vezes a pessoa precisa passar pela mesma situação, só que ao contrário, para ser esclarecida, assim, nem adianta ficar repetindo os alertas, avisa e deixa a vida correr naturalmente.

        Mas a educação não seria a grande construtora do nosso livre-arbítrio? Se eu fosse um espírito jovem que está encarnando pela primeira vez num organismo humano, não faria uma grande diferença se eu encarnasse numa família rica de boa moral, ou a diferença não seria enorme se eu encarnasse numa família rica sem moral? Ou numa família pobre mas que tem bons princípios, ou numa de maus princípios? A diferença seria gigantesca, não seria? A experiência minha nesse caso, não seria de acordo com a educação que recebi em cada meio? O mérito seria meu, ou do meio em que me encontrei? Então, lembra do livre-arbítrio? Como seria?

        @Coloradoteus: encarnar numa família rica ou pobre não faz tanta diferença na quantidade de esclarecimento que podemos ter, só dá o enfoque para esclarecimentos diferentes, como o rico pode ter mais esclarecimento teórico ao ter acesso a muitos livros e informações e o pobre pode ter mais esclarecimento prático por ter que agir sempre que precisa de qualquer coisa; acredito que ambas experiências são necessárias para a evolução.

        Não entendo muito da encarnação pra falar mais qualquer coisa a respeito, mas esta é a ideia que estou tentando passar. Eu vejo a gente meio que jogado numa grande roda girando meio que sem destino e aquele que conseguir seguir o giro da roda é aquele que sai primeiro.

  3. Na minha opinião, que ainda está em processo de formação, um ser ignorante entrando ou não em contato com o conhecimento não lhe servirá de nada pois o que vale para ele são as experiencias que carrega interiormente. Suas atitudes só irão mudar para ”melhor” quando ele se conscientizar do que esta fazendo, (e o que irá conscientizar o ignorante de seus atos é o famoso reajuste do universo: karma) então este ser irá internalizar um sentimento em relação aquele ato que antes era julgado como correto por ele, mas visto pelos outros que já foram reajustados, como errado. Tenho dois filhos e eles vieram ao mundo neste momento da historia carregando consigo uma bagagem de experiencias já internalizadas e reajustadas pelo universo, que os impedirão de cometer alguns erros, eu sou responsável por educa-los mostrando caminhos, mas são eles quem vão decidir quais percorrer, e de acordo com nossos karmas, coisas irão acontecer inevitavelmente. Neste caso o conhecimento é bem vindo (devido á consciência que adquiri até o momento) pois será possível minimizar os danos destes eventos e evitar criar novos efeitos negativos para o futuro.

    1. Por isso que eu gosto de fazer essas perguntas, mesmo pensando muito sobre essas coisas sempre falta algo que alguém vai lá e completa por nós.

      No entanto, por outro lado o espírito encarnado nem sabe o porque do seu sofrimento, ele vive na luta contra uma realidade que ele não pediu, mas atraiu. Sei que é um sinal de que devemos melhorar, mas e se um dia você fez algo contra mim que nem considerava errado e dai um dia sem você saber eu começo a te sacanear de todas as formas. Um dia vou lá quebro o vidro do seu carro, passo na rua te xingando, faço maledicências contra sua pessoa, faço cara feia quando você me olha e você passa sua vida inteira sem entender o porque eu te encho tanto o saco. Não seria mais objetivo eu chegar em você e dizer que o que fizeste contra mim é mau, pelo menos na minha opinião, ao invés de ficar te punindo por uma coisa que você não tem consciência que fez?

      @Coloradoteus: esse é o motivo da maioria dos nós kármicos das pessoas, falta de conversa e esclarecimento, temos que saber dar ouvido inclusive para quem é nosso ‘inimigo’, mas isso é MUITO difícil, é muito difícil estabelecer um diálogo desses de forma que ambos estejam receptivos.

      Então como que um psicopata, que matou centenas de pessoas, numa vida passada vai saber que o que ele sofre nessa vida de agora é um reajuste do universo?

      @Coloradoteus: ele não precisa saber a causa dessa reação, ele só precisa parar de ser um psicopata e deixar o universo reajustá-lo.

      Eu já li por aqui até, que quando estamos “dormindo” somos apenas reativos, dai fazemos o que fazemos, e tudo o que nos acontece é para nos “despertar”.
      Se eu não me engano isso não é justiça, ou a justiça não é daqui e nosso cérebro não consegue conceber a ideia do que é “justo” de verdade. Ou a nossa justiça não é comparável a justiça numa esfera superior a essa que nos encontramos. Ou talvez o que é injusto para o nosso julgamento aqui é justo para algo acima.

      1. Tenho estes mesmos questionamentos do amigo ”Filho do meu pai” e busco por respostas para eles. Quanto ao esquecimento durante as encarnações já vi cada teoria para explica-lo, uma mais bizarra que a outra.
        Tem gente que jura que a historia do filme ”O Destino de Júpiter” é bem parecida com a realidade, tem essa suposição de que a definição de justiça divina é diferente do nosso entendimento, mas ao meu ver temos algo parecido com um plano de carreira cósmica: começamos por baixo na evolução e de acordo com nossas ações durante várias existências ganhamos ou perdemos direitos e deveres e sempre voltamos á matéria afinados com as necessidades de cada um, e aí entram as religiões e caminhos iniciáticos que tentam (ou não) encaminhar as consciências e lembra-las de como é o meio menos penoso para viver, e sair da roda de samsara.
        O grande problema do esquecimento é que nos deixa a mercê das influências do sistema vigente cuja intenção é das piores possíveis: afastar a humanidade do Divino. Então de acordo com o nível evolutivo de cada um, essa influência é maior ou menor, mas a maioria das pessoas acabam se perdendo nos instintos e defeitos humanos, esquecendo de si mesmas.
        Sobre a imposição do esquecimento como ”requisito evolutivo” acho que é como ver um filme pela primeira vez e assistir ele de novo: ao vê-lo novamente você não achara a mesma graça, não se surpreenderá, não se emocionará como na primeira vez, então não haveria merecimento algum em algo que a consciência já soubesse que iria acontecer ou o que aconteceu no passado com a pessoa do relacionamento presente. Pode ser útil saber o motivo de um efeito no presente apenas para não gerar mais causas negativas e desatar os nós karmicos.
        Por mais que pareça que estamos as cegas temos os exemplos, os mitos, os arquétipos que podem nos fornecer uma direção ao caminho ”menos pior” , basta ter ouvidos para ouvir e olhos para ver.

  4. Ah, gosto muito das suas colunas, os assuntos são light e possuem um impacto profundo… 🙂

  5. Coloradoteus gostei muito desse texto..

    Gostei muito das suas respostas, espero um dia ter pelo menos um pouquinho do conhecimento que vc tem.

  6. Da um pouco dessa erva aí que vc tomou pra eu chegar nessas alturas tambem Kkkkkkk
    Brincadeira cara, gostei das respostas, gosto de pensar sobre o que as pessoas me falam, geralmente encontro esse tipo de discussão mais na net, raramente pessoalmente.
    Valeu aí. .. logo volto pra trazer mais “discordia”…

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