No post anterior desta coluna, comecei uma série sobre Religiões e Seitas. A maioria dos exemplos do primeiro post desta série foi relacionada ao Cristianismo. Debruçando-nos sobre a mesma temática das Religiões e Seitas, vemos um contraste entre o verdadeiro Cristianismo e as instituições que alegam autoridade sobre sua natureza. Portanto, creio ser de significante importância neste momento a análise de um texto célebre, de autoria de um dos maiores místicos que trabalhou em prol de um Cristianismo Essencial transcendente a qualquer mensuração profanamente humana concebida por pessoas que assumiam (assumem) títulos de sacerdotes, doutores, padres, pastores, etc.
Essa essência cristã a qual nos referimos é algo incontido por qualquer casca dogmática sectária que se apoie em seu termo, tendo em vista não ver como se apoiar em sua coluna espiritual, a real Trindade. Cogitações tão falhas, apenas concebidas para aproximar o profano humano do sagrado , ou melhor, o que caiu rumo ao berço de onde advêm. Abrindo caminho para o texto que se segue, supomos que o mesmo irá evidenciar algumas dentre as muitas diferenças entre a Essência Cristã e as fantasias institucionalizadas que na maioria dos casos profanam a sagrada Força do Creador.
Desejamo-lhes uma proveitosa leitura.
“A principal reprovação que apresento contra eles é que a cada passo, confundem Cristianismo com a Igreja (Catolicismo). Vejo frequentemente, célebres mestres literários atribuírem à religião obras de famosos Bispos que muitas vezes se desviam enormemente do espírito do Cristianismo. Vejo outros num momento, sustentarem a necessidade dos mistérios (sacramentos, etc.) em outro, tentarem explicá-los afirmando, mais uma vez que a demonstração de Tertuliano sobre a trindade pode ser compreendida até pelos mais simples. Vejo como se vangloriam da influência do Cristianismo na poesia, ainda que concordem em alguns casos, que a poesia se alimente do erro! Vejo como se desorientam com relação aos números rejeitando, com razão, as especulações fúteis que emergiram do abuso desta ciência, afirmando que o três não é engendrado, que segundo a expressão atribuída à Pitágoras, este número deve existir sem uma mãe, enquanto que a geração de nenhum número é mais evidente que a geração do número três; o dois é claramente sua mãe, em todas as ordens, natural, intelectual ou Divina; a diferença é que na ordem natural, esta mãe engendra a corrupção, assim como o pecado engendrou a morte; na ordem intelectual, engendra variabilidade, como podemos observar pela instabilidade de nossos pensamentos; na ordem Divina, engendra a fixidez, com é reconhecida na Unidade Universal. Em resumo, apesar do brilhante efeito que suas obras possam produzir, não consigo encontrar aquele alimento substancial que a inteligência exige, a saber, o verdadeiro espírito do Cristianismo, encontro, sim, o espírito do Catolicismo. Ora, o verdadeiro Cristianismo é anterior, não só ao Catolicismo, mas ao próprio nome Cristianismo que não é encontrado nos Evangelhos, embora o espírito deste nome esteja bem claramente expressado e consiste, de acordo com João (I.12) no poder de se tornarem filhos de Deus ; o espírito dos filhos de Deus, ou dos Apóstolos de Cristo, que acreditaram nele, é mostrado, segundo Marcos (XVI. 20) pelo Senhor agindo com eles e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
Neste ponto de vista, estar verdadeiramente no Cristianismo, seria estar unido com o Espírito do Senhor e ter completado ou consumado nossa aliança com Ele. A este respeito, o verdadeiro caráter do Cristianismo não seria tanto o de se tornar uma religião e sim o de ser um termo e ponto de repouso de todas as religiões e de todos aqueles laboriosos caminhos pelos quais a fé dos homens e suas necessidades de serem purificados de suas manchas, os obrigam a caminhar diariamente. É notável que, em todos os quatro Evangelhos, fundados no Espírito do verdadeiro Cristianismo, a palavra religião não é encontrada nem uma só vez; e nos escritos dos Apóstolos, que completaram o Novo Testamento é encontrada somente cinco vezes. A primeira vez que a palavra religião aparece é em “Atos dos Apóstolos” (XXVI.5 [da versão inglesa; também, Gl.I.13,14]) quando se fala da religião judaica. A segunda vez é em Colossenses (II.18) quando o Apóstolo casualmente condena o culto aos anjos. Na terceira e quarta vez, aparece em São Tiago (I.26,27) onde ele diz simplesmente: “Se alguém pensa ser religioso, mas não refreia a sua língua, antes se engana a si mesmo, saiba que a sua religião é vã”, e “A religião pura e sem mácula diante de Deus, nosso Pai, consiste nisto: em assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e em guardar-se livre da corrupção do mundo”; estes são exemplos em que o Cristianismo parece se inclinar mais à sua sublimidade Divina ou condição de repouso, do que se revestir daquilo que costumamos chamar de religião. Portanto, há diferenças entre Cristianismo e Catolicismo: Cristianismo nada mais é do que o espírito de Jesus Cristo em sua amplitude, depois que este terapeuta Divino escalou todos os passos de sua missão, que teve início com a queda do homem, quando prometeu que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. O Cristianismo é o complemento da pregação de Melchisedek; é a alma do Evangelho; o Cristianismo faz com que as águas vivas, de que as nações têm tanta sede, circulem no Evangelho. O Catolicismo (a Igreja), ao qual pertence o título de religião, é uma espécie de esforço e tentativa de se chegar ao Cristianismo. O Cristianismo é a religião da emancipação e da liberdade, o Catolicismo é apenas o seminário do Cristianismo, a região das regras e disciplina para o neófito. O Cristianismo enche toda a terra com o Espírito de Deus. O Catolicismo enche apenas uma parte do globo embora se intitule universal.
O Cristianismo eleva nossa fé à luminosa região do Verbo Divino e Eterno; O Catolicismo limita esta fé à palavra escrita ou tradição. O Cristianismo nos mostra Deus abertamente, no centro de nosso ser, sem o auxílio de formas e fórmulas. O Catolicismo nos deixa em conflito com nós mesmos, pois quer que encontremos Deus oculto nas cerimônias. O Cristianismo não tem mistérios; esta palavra é repugnante para ele pois, essencialmente, o Cristianismo é a própria evidência, a nitidez universal. O Catolicismo é repleto de mistérios e seu fundamento é velado. A esfinge pode ser colocada na entrada dos templos, tendo sido feita pelas mãos dos homens; não pode ser posicionada no coração, que é a real entrada do Cristianismo. O Cristianismo é a fruta da árvore, enquanto que o Catolicismo só pode ser o adubo. O Cristianismo não faz nem monastérios e nem eremitas, porque não pode se isolar mais do que pode a luz do sol e porque, como o sol, procura brilhar em todo lugar. O Catolicismo povoou os desertos com solitários e encheu as cidades com comunidades religiosas; no primeiro caso, para que pudessem se dedicar com mais facilidade à sua própria salvação, no segundo caso, para apresentar ao mundo corrupto algumas imagens de virtude e piedade a fim de despertá-lo de sua letargia. O Cristianismo não tem secto, já que embarca a unidade e esta sendo única, não pode ser dividida.
O Catolicismo tem presenciado uma multiplicidade de cismas e sectos brotando em seu seio, o que propiciou o reino da divisão ao invés do reino da concórdia; o Catolicismo, mesmo acreditando ocupar o mais alto degrau de pureza, dificilmente encontra dois de seus membros que pensam da mesma forma. O Cristianismo nunca deveria ter realizado as Cruzadas: a cruz invisível que carrega em seu seio não tem outro objetivo senão o alívio e felicidade de todas as criaturas. Foi uma imitação falsa do Cristianismo, para não dizer outra coisa, que inventou as Cruzadas; o Catolicismo a adotou posteriormente: mas, o fanatismo as comandaram: o Jacobinismo as compuseram, a anarquia as dirigiram e o banditismo as executaram. O Cristianismo só declarou guerra contra o pecado; O Catolicismo declarou guerra contra os homens. O Cristianismo só marcha pela experiência segura e contínua; O Catolicismo marcha apenas pela autoridade e pelas instituições ; O Cristianismo é a lei da fé; O Catolicismo é a fé da lei. O Cristianismo é a completa instalação da alma do homem no rangue de ministros ou servos do Senhor; O Catolicismo limita o homem ao cuidado de sua própria saúde espiritual. O Cristianismo contínuo une o homem a Deus, já que são, por natureza, dois seres inseparáveis; o Catolicismo, ainda que use a mesma linguagem, alimenta o homem unicamente com meras formas e isto faz com que ele perca de vista o seu real objetivo e adquira muitos hábitos que nem sempre contribuem para seu benefício ou para um real progresso.
O Cristianismo baseia-se no Verbo oral, não escrito, o Catolicismo baseia-se no Verbo escrito ou Evangelho em geral e na massa em particular. O Cristianismo é um ativo e perpétuo sacrifício espiritual e Divino, tanto da alma de Jesus Cristo como da nossa própria alma; o Catolicismo que se baseia particularmente na massa, apresenta unicamente um sacrifício ostensivo do corpo e do sangue do Redentor. O Cristianismo pode ser composto apenas pela raça santa do homem primitivo, a verdadeira raça sacerdotal. O Catolicismo, baseando-se particularmente na massa, foi como a última Páscoa do Cristo, um mero degrau iniciador deste sacerdócio, pois quando Ele disse a seus discípulos “Façam isto em minha memória” eles já haviam recebido o poder de expulsar os espíritos malignos, curar doentes e ressuscitar os mortos; mas ainda não tinham recebido o que era mais importante para o cumprimento do sacerdócio já que a consagração de um padre consiste na transmissão do Espírito Santo e o Espírito Santo ainda não havia sido dado porque o Redentor ainda não havia sido glorificado (João VII.39). O Cristianismo se torna uma contínua luz crescente a partir do momento em que a alma do homem é nele admitida; o Catolicismo que fez da Santa Ceia o ponto mais alto e sublime de seu culto, permitiu que um véu fosse jogado sobre esta cerimônia introduzindo até mesmo, como disse anteriormente, na liturgia da missa, as palavras Mysterium Fidei, que não estão no evangelho e são contrárias à luz universal do Cristianismo. O Cristianismo pertence à eternidade; o Catolicismo pertence ao tempo. O Cristianismo é o termo; o Catolicismo, com toda a majestosa imposição de suas solenidades e a sagrada grandiosidade de suas orações é apenas o meio. Finalmente, é possível que haja muitos católicos, que ainda, sejam incapazes de julgar o que é o Cristianismo; mas é impossível para um verdadeiro cristão não ser capaz de julgar o que o Catolicismo é e o que deve ser.” – (Louis Claude de Saint Martin; O Ministério do Homem Espírito).
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REFERÊNCIAS:
Saint Martin, Louis-claude de – O MINISTÉRIO DO HOMEM ESPIRITO, Ed. AMORC, ano 1994;
S.C.A: http://www.sca.org.br/artigos/Cristianismo_e_Catolicismo.pdf
Respostas de 12
Caramba, excelente texto, concordo plenamente.
Eu queria é saber como seria possível propagar o Cristianismo e tornar possível o seu conhecimento sem a atuação da Igreja Católica. A meu ver, nao teríamos nem a civilização ocidental sem ela.
Acho que vou morrer sem ler uma crítica sequer nesse site ao islamismo, budismo, hinduísmo e demais religioes. É mais fácil continuar nessa lenga lenga de culpar a Igreja Católica pelos males do mundo.
@jeffalves20 – E se não fosse o neoplatonismo será que haveria “cristianismo”?
Kung Fu Tze falava as mesmas coisas que Yeshua Ben Youssef e Sidarta Gautama, muito antes dos mesmos passarem por aqui… A questão é: porque o mensageiro seria mais importante que a mensagem? São perguntas como essa que as Igrejas devem responder, pois também elas possuem um pedacinho da Verdadeira Religião… Só que elas são infernais, ou seja terrenas demais, com todos os defeitos e qualidades que isso acarreta, então nunca juntarão suas fatias para recriar o Religare… Resta a nós (sétima sub-raça da Quinta Raça) criarmos uma egrégora forte o suficiente para isso agora…
@jeffalves20 – Ótimo comentário. Será que realmente quem dá estes tipos de mensagem é o mensageiro ou alguém/algo superior?
Católico SIGNIFICA UNIVERSAL.
Não há religião ou seita ou Igreja mais aberta hoje em dia do que a católica, qualquer estranho pode entrar na missa e assisti-la sem ser cobrado, nem olhado por ninguém que queiram beber da sua alma, como as protestantes. As pessoas saem das Igrejas Protestantes saindo ao mundo impondo sua religião achando que são super-heróis que salvam as pessoas do inferno, e do mundo (pois o mundo é dividido entre igreja(que é de Deus) e o Mundo(Que é do Diabo), o que é ridículo. Depois justificam que igreja é bom pq pararam de fumar e pararam de Beber: Ah é? Mas agora ele não fuma mais cigarro… Ele fuma A ALMA DO PRÓXIMO! Pega e vai fumando de juízos, de JULGAMENTOS, de Preconceitos, de Favores, de Pedidos, de Olhares… O pior tipo de hipócrita é o hipócrita PURITANISTA.
Cuidado com a Palavra CRISTIANISMO, pois o CRISTIANISMO é o PIOR INIMIGO DO EVANGELHO.
Calvino e os outros próximos que vieram depois só colaboraram para o ANTI-CRISTO crescer, quer saber quem é o ANTI-CRISTO? Já falei dele aqui em cima! ^
E os crentitas protestantes chamam eles (Calvino e etc) de Heróis da Fé, ha-ha, heróis do CAPETA isso sim! Só pode ser! Pois PREGARAM Jesus (Yeshua, o Verdadeiro) literalmente, e criaram um Jesus completamente contrário ao que ele realmente é no evangelho. Criaram um Jesuis Mesquinho, sem compaixão, sem misericórdia, caluniador, difamador, hipócrita, duas-caras, cínico, impiedoso, sem caráter, ladrão, cobiceiro, ambicioso, aproveitador, oportunista, arrogante, teimoso, vaidoso, enfim, UM JESUS DI-A-BO.
Agora Cristandade, que é a Verdadeira Tradução de Cristianity (a palavra Cristianism não existe em inglês) sim significa algo puro e essencial, não artificial.
@jeffalves20 – Releia novamente o texto…
@BRRyushi
“Não há religião ou seita ou Igreja mais aberta hoje em dia do que a católica, qualquer estranho pode entrar na missa e assisti-la sem ser cobrado, nem olhado por ninguém que queiram beber da sua alma, como as protestantes.”
Você acha que assistindo a missa lá sentadinho não há ninguém usurpando a energia daqueles fiéis ? só por que estão vendo uma missa. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Maioria das pessoas que lá frequentam estão cheios de vampiros astrais, se não estão ao lado na hora da missa, estão esperando na porta para voltar ao mesmo encosto. Por ai você vê os caras vão lá, acaba a missa vai pra rua e continua a ser o mesmo desprezivel ser de sempre.
Você não entendeu nada do texto, ainda distorceu para uma visão igrejista (templo) da coisa.
Paz profunda.
As pessoas saem da Igreja e voltam à vida comum por seu próprio mérito e caráter. Temos que ser mais céticos e racionais à medida que descobrimos novos termos. Não digo que não seja possível que haja algum problema com obssessão, só é preciso mais cautela a usar estes termos e não dar margens à críticas desnecessárias.
“Às vezes um charuto é só um charuto”.
Abraços Fraternos
@Philipe
até parece… quem vê pensa que você entra em uma missa para analisar como as pessoas fazem isso, eu não queria falar isso mas eu vigio as egrégoras das missas a alguns anos e não há nada de vampirismo lá não…
Cristianismo e Igrejismo é a mesma coisa, agora o diferente é a Cristandade, o texto é que está distorcido com este título… já expliquei o porquê, o texto só está atacando os católicos e nada mais, como se SOMENTE OS CATÓLICOS fossem Igrejistas.
Não Existe Cristianismo Verdadeiro, quem inventou o Cristianismo foi o Homem. Qualquer Cristianismo é falso e oposto à Essência Cristã, a Essência Cristã é a Cristandade, este é o termo correto. Só falei aquilo para tomar cuidado com os termos que se usam.
E católico significa UNIVERSAL, se esqueceram disso? A própria maçonaria é Católica http://lusophia.wordpress.com/2010/08/01/o-espirito-tradicional-da-maconaria-por-vitor-manuel-adriao/ -> Leia este texto de Vitor Manuel Adrião e Entendam…
Agora se você querem saber o que é o Cristianismo assistam este vídeo em todas as partes sem preconceitos: http://www.youtube.com/watch?v=q-BscS8iilU
http://www.youtube.com/watch?v=q068H3oPido&feature=related
To falando pra tomarem cuidado com o que postam aí, se vocês começarem a atacar as religiões o ocultismo vai virar religião também, entendeu…
Cristãos… ouço tanta gente se orgulhar em si dizer cristão. Particularmente, não me intitulo como um, por causa das distorções do conceito. Não sei se a história (ou estória) de Jesus, é a que recebemos por tradição, mas mesmo que Jesus nunca tenha existido como ser humano, de sua história (ou estória) pode-se extrair o sumo do espírito do Cristo, do Messias, de Emmanuel ou do Salvador (afinal, não é esse o significado do nome Jesus? Salvador?). Nisso percebo que os “cristãos” se apegaram demais à FORMA pela qual conceberam o Cristo (a história/estória de Jesus) e não pelo seu espírito/verbo/sopro de vida/significado.
Então, para os “cristãos” entenderem dentro das formas que criaram e se prenderam, digo:
Se você vê um homem com fome e não ajudou a saciá-la, você deixou Cristo faminto dentro desse homem e não deixou Cristo salvá-lo através de você;
Se você viu alguém precisando de ajuda e a negou, você negou ajuda a Cristo e negou permitir que Cristo o ajudasse através de você;
Se você viu alguém ser atacado e não o ajudou, você ignorou a Cristo;
Se você condenou alguém, você condenou a Cristo no outro e em você,
Mas se você também presenciou uma injusta e não tentou a justiça, você injustiçou a Cristo.
Os braços da Cruz que levam da justiça à misericórdia são os mais difíceis de serem alinhados, mas o alinhamento é extremamente necessário…
O erro não é apenas das ações, mas das omissões. Luz do mundo e sal da terra, parece que ninguém quis entender as ações implicadas em se tornar isso…
Quem se atém mais ao conteúdo que à forma, vai me compreender. Agora, para os “cristãos” que se prendem às suas formas de adoração, únicas e verdadeiras ou às suas formas de interpretação, totalmente corretas, sem dúvidas, restará me chamar de blasfemador….
Que seja . Já passou da hora do próprio Cristo em nós, arrebentar as amarras dessas formas engessadas e sem vida que chamam de religião e mostrar o que é Cristo aos religiosos… É uma pena que muitos farão disso novas amarras, engessando o que deveria apenas fluir.
@jeffalves20 – Bom comentário. Engraçado que é contraditório o orgulho em ser cristão… rsrsrs
Concordo plenamente, praticamente foi o mesmo que eu quis dizer em meu comment…
A igreja, não só a católica, pode sim servir como meio para o aprimoramento espiritual. O problema começa porque ela [a igreja] praticamente vende a salvação para você, com batismos, indultos e etc. Muitos pensam que por fazer parte de uma egrégora que se diz representante de Jesus na terra se consideram santos, apenas por isso!
Quanto mais estudo e penso a respeito, concluo que o Verdadeiro Cristianismo está praticamente morto nos dias atuais. E isso já vem de longe, de milênios, quando já em 415 d.C. “cristãos” mataram Hipátia de Alexandria por ela ser “herege”. Parece a mim que se você for um cristão de verdade você não será ao menos considerado como tal.
Não temos acesso, em geral, a traduções decentes dos Evangélios e também temos o problema que eles foram selecionados a dedo pela igreja (sem contar a mistureba que fizeram do Cristianismo com a tradição Judaica). Uma pessoa comum sabe apenas o que interessa aos peixes grandes que saiba .
Estou durante todo o tempo de vida que tenho tentando saber e seguir os verdadeiros ensinamentos do Mestre e quanto mais eu aprendo, entendo que se quiser ao menos tentar segui-lo não poderei ter nada do que julgam ser uma “religião” por ai. Decerto é meio frustrante por não existir alguma fórmula pronta. Mas é por ser assim que é Verdadeiro.
@jeffalves20 – O problema não são as religiões em si, mas quem as institucionalizam.
Bem, não sei se meu comentário vai sair duplicado, porque o PC travou, mas vou tentar repetir:
A contradição é entendível porque o orgulho é o defeito a ser vencido na esfera de tiferet, esfera à qual os adoradores das religiões messiânicas voltam seus pensamentos e seu espírito. Como tentam contato com a esfera tão contaminados e presos às formas, acabam atraindo sua concha e seus defeitos, ao invés de suas virtudes, ainda mais pelo fato de não procurarem uma invocação, uma fusão interna, mas uma adoração de um Salvador externo para si e suas mazelas. Nao há como atingir a virtude de tiferet sem antes experimentar e vencer seu defeito, pois os opostos são faces de uma mesma moeda. Não quero dizer aqui que os adoradores chegam à esfera ou a sua concha, mas que atraem as energias das mesmas. Procurar em tiferet um Salvador externo é meio complicado, porque é a esfera na qual o indivíduo deveria se tornar o Salvador, fazendo o que citei acima, como também o que denominaram de Verdadeira Vontade. O grande problema é que todo mundo quer um Salvador pra si e não um Salvador em si. Bem, todos provavelmente já sabem disso e devo estar chovendo no molhado… abraços.
@jeffalves20 – O Salvador para si também conhecido com “deus garçom” ou gênio da lâmpada? Você pede e ele traz o que você quer? rsrsrsrs. Bom comentário.
Traduziu bem o que é Cristo para a maioria dos que se dizem cristãos: um gênio da lâmpada, um deus garçom, ou um negociante que barganha por votos e promessas e condena a todos os impuros. É por isso que não me intitulo cristão. A mim, basta encontrá-lo em mim e manifestá-lo, trazendo-o ao mundo das ações através de minhas atitudes… Quem sabe um dia consiga, pois muito pouco ainda tenho alcançado nesse sentido. Às vezes perco esse espírito crístico no êxtase místico das emoções, ou na beleza da filosofia, ou mesmo nas imagens de luz que a meditação gera no astral, quando tento trazê-lo a mim. Tudo isso é muito bonitinho e importante, mas é aqui, no mundo das ações, que o clamor pelo Cristo se faz presente. De nada adianta o êxtase místico, a compreensão filosófica e as visões e viagens astrais se você não plasmar no físico essa essência e isso só é possível através da ação. O mundo físico é atitude e é aqui que as coisas finalizam em ação… Costumo dizer a alguns amigos: não importa se você acredita em papai Noel ou em Papai do Céu, serão suas atitudes que identificarão você. Nada identifica mais uma árvore do que seus frutos. Bem, já enchi demais seu espaço para comentários. Às vezes tenho o péssimo hábito de falar demais e esse portal ainda dá espaço…rs. Abraços. continuarei acompanhado o trabalho de vocês, que anda muito bem feito.