Por Rodrigo Grola
Publicado no Facebook dia 17/11
Há alguns dias, com o lançamento dos aguardados pôsteres impressos (sim esperamos quatro anos até chegarmos ao momento certo de trazê-los ao físico), temos aos poucos mostrado alguns detalhes do HKT2.
No meio tempo em que este projeto está em andamento, algumas demandas surgiram, fazendo com que o projeto tomasse alguns rumos novos. A princípio seria uma edição atualizada, também em PVC com as mesmas características da primeira, mas com a possibilidade do lançamento de uma versão independente em inglês. Algumas alterações foram feitas.
A principal diferença estrutural é o formato, que teve que ser adaptado para uma faca padrão para o mercado “gringo”. O tarot novo é ligeiramente diferente, mais próximo de um deck da LoScarabeo do que a primeira edição (que usou o formato original do Thoth Tarot, do Crowley). A caixa que foi demonstrada, era um modelo para essa versão. Vejam na arte que os textos estão em inglês. Esta caixa também já está obsoleta, foram feitas algumas alterações, deixando-a mais escura para melhor aproveitamento do texto. A imagem neste post é da versão final da caixa.
Estamos aguardando as provas desta edição chegarem no Brasil para que a loja online dos tarots em outras línguas seja liberada. Mas o que isso muda para a versão nacional? Estive ontem conversando com o Marcelo e, atendendo a alguns pedidos, estamos cotando uma versão em papel como os tarots normais. Mas por quê? Vou deixar aqui a minha defesa.
O projeto inicial era que o HKT fosse um deck que superasse o uso oracular, dando também um excelente suporte magistico. Nossas próprias observações e o relato de inúmeros usuários nos mostram quem fomos bem sucedidos. O deck passou por dezenas de provas, rituais sofisticados, técnicas de meditação e visualização, longas viagens, tiradas ao público, dentre outras coisas. E mesmo tendo sido atingido por água, vinho, sangue, terra, areia da praia, respingos de vela, etc, ele ainda passou ileso. Ele só não resistiu a chama direta, portanto recomendamos que você coloque um pires se quiser acender uma vela sobre as cartas.
Antes de lançar a primeira edição, acreditava que a maioria dos decks fosse comprado pelo pessoal mais avançado em tarot, mas ocorreu um fenômeno contrário. Muitos novos estudantes adquiriram o deck. Para facilitar mais este aspecto (e por consequência o uso oracular), foram adicionados símbolos planetários nas Sephiroth, a relação dos elementos na Escada de Jacó, o nome das Runas e uma marca d´agua baseada na edição original do Rider-Waite-Smith.
Isso dá ao deck uma familiaridade a mais para quem já possui literatura especializada e para quem faz uso oracular da ferramenta. Como muitos dos que aguardam o deck já possuem a primeira edição, não há mais a necessidade de um deck em PVC; já existe a ferramenta para uso magistico e ritualístico. Entra agora a ferramenta que se foca no campo dos estudos, simbolismo e tiradas.
Outro fato importante, lembrado pelo Marcelo é que vamos tentar reduzir o custo desta edição, e isso com o PVC é impossível. Com o tarot no formato europeu, o valor final ficou em R$ 75,00. E, claro, para quem nos apoiou no HKT1, faremos uma promoção Show de bola.
Respostas de 9
Eu mesmo fui um que comprou o hkt1 como primeiro deck de Taroth “in my life”.
Uso mais pra o estudo do AA e como tal, sem duvida, o hkt2 vem bem a calhar.
Boa noite, Marcelo. Este curso de tarot é utilizado o seu tarot? O curso é sobre o tarot hermetico? Obrigada, Sandra
@MDD – No curso, utilizamos 18 tarots diferentes. Estudamos cada um dos 22 Caminhos da Árvore da Vida e sua correlação simbólica e imagética com cada Arcano do Tarot.
Começamos pelo Visconti-Sforza, do século XIII, que une a simbologia dos Trionfi renascentistas à estrutura da Árvore da Vida. Em seguida, o tradicional Tarot de Marselha (1560), o Tarocchi Bolognese (1780) e o Ancient Italian (século XIX) para conhecermos as variações das escolas de tarot renascentistas; o tarot de Papus (Boêmios, 1889), Oswald Wirth (1889) que trazem as primeiras interações do tarot com a Maçonaria e o rosacrucianismo; o tarot de Rider Waite (1909), Golden Dawn (1978), e Tarot de Thoth (Crowley) usados dentro de Ordens herméticas. Isto nos dá uma noção muito clara de como os Arcanos se desenvolveram ao longo da história da magia e quais são as principais escolas; suas diferenças e semelhanças.
Também estudamos o Tarot Mitológico, Sephiroth Tarot (cabalístico) e o Tarot Egípcio e mais quatro ou cinco tarots modernos que eu vario de curso para curso para exemplificar a visão de outras culturas (celta, africano, dos orixás, etc). Somente com esta visão de conjunto é possível compreender a magnitude do tarot e as maneiras como ele pode ser utilizado em rituais e no seu altar pessoal.
Cara o legal era essa edição em PVC…A outra já não adquiri por não ter conhecimento avançados de Tarot, essa seria perfeita em PVC…No me gusta…Vale a pena pagar mais caro pela durabilidade
@MDD – Cada um dos 4 projetos terá sua função, suas vantagens e suas desvantagens em relação aos outros Projetos. O Primeiro era do AR, Esta segunda edição é do FOGO. A Primeira é ideal para altares e rituais, a segunda edição tem muitos e muitos detalhes, que não ficariam nítidos se impressos em PVC.
Parabéns pelo projeto, desejo sucesso aqui no Brasil e lá fora também. Você e o Deldebbio tem planos de criar ilustrações para uma versão futura do HKT, assim como fizeram Crowley e Harris?
@MDD – Sim. faz parte da próxima etapa do projeto: descobrir artistas e produzir diversos tarots autorais, em vários estilos 🙂
Deldebbio,
Por que as legendas dos arcanos menores mudaram ? No HKT1 8 de paus era rapidez, nesse ta sinais; assim como o nove de copas era felicidade e o 10 saciedade, o que foi invertido e trocado por completude ??
Tem algum motivo para essas mudanças, foi feito mais estudo ou aprimoramentos mais exatos de tentar dar uma linguagem para a simbologia ou alguma outra coisa ??
Haa, e por quanto vai sair essa nova versão para quem ja tem a primeira ? =)
@MDD – Mudamos alguns textos para que fiquem mais precisos. Por exemplo, tiramos “força” de um dos arcanos menores para não confundir com o Arcano maior da Força, e assim por diante… foram mudanças pequenas, mais de vocabulário mesmo.
Aproveitando para fazer uma pergunta…
Estava lendo o Tarot Cabalístico do Robert Wang, e tem uma correlação dos arcanos menores com os 36 decanatos do Zodíaco. Nos decanatos ele usa a sequência “Saturno-Júpiter-Marte-Sol… etc” seguindo a ordem da Árvore da Vida. Se não me engano, no Lâmen que você e o Rodrigo Grola fizeram há a mesma sequência nos decanatos.
Mas a regência de um decanato não é determinada pelo Domicílio (primeiro decanato do signo) e pelos regentes dos outros 2 signos do mesmo elemento? Exemplificando: primeiro decanato de Áries é regido por Marte. O segundo pelo Sol (regente de Leão) e o terceiro por Júpiter (regente de Sagitário).
Acontece que seguindo o padrão “setenário”, indo de Saturno à Lua e depois voltando a Saturno, o terceiro decanato de áries fica sendo regido por Vênus, e não por Júpiter, assim como o primeiro de Leão fica sendo regido por Saturno e não pelo Sol, etc.
Como faz? Um dos padrões para definir os decanatos está errado ou ambos estão certos, mas é melhor não misturar e usar um para estudar astrologia e outro para estudar tarot?
@MDD – Essa regência da “astrologia moderna” nao faz muito sentido. Eu confio mais no taco do Crowley e do Robert Wang. Correspondências, alías, podem ser facilmente verificadas e comprovadas pelo estudo do tarot.
Ei, tio DD!
Acho estranho ter referências Goéticas neste Tarot, sendo que é uma coisa que o senhor nunca recomenda fazer. Qual é a razão de trazer estas referências para o Tarot?
Se a mesma carta é usada tanto para anjos cabalísticos, anjos enochianos e para demônios e demônios goéticos, as viagens feitas pelas lâminas deste tarot não podem se misturar e causar problemas para o praticante?
@MDD – Para os graus mais adiantados de ordens herméticas, a goecia é utilizada dentro da grade de exercícios. Eu não recomendo de maneira nenhuma lidar com goecia sem o treinamento adequado (que demora alguns anos), caso contrário, vai acabar chamando alguns eguns para atazanar sua vida ao invés do exercício correto.
Entendo.
Diante do que o senhor afirmou, imagino então que cada ordem deva ter sua própria forma de Goécia, inspirada no Legemeton, mas independente dele, certo?
Mas misturar tantas influências diferentes (Elementais, Angelicais, Demoníacas e Enochianas) em um só instrumento mágico não causaria complicações no seu uso? (tipo querer viajar ou trabalhar em um determinado aspecto, mas acabar entrando no território de outros ou convocando outros para o seu território)
@MDD – Não ha referencias a enochiano no HKT; e os elementais fazem parte da organizaçao angelical e demoníaca. Nao entendi sua pergunta. Não ha nada “misturado” no HKT.
Olá, bom dia. Gostaria de saber como ter aceso aos textos de estudo sobre o HKT o Lamen e a Arvore da Vida. Os livros estavam no dropbox, mas em boa parte dos links estão como inativos.