Hoje faz 10 anos que Chico Xavier se ausentou deste lado do véu, num dia feliz, conforme o prometido, quando a seleção brasileira venceu a Copa do Mundo…
Muitas pessoas tem um conceito pré-estabelecido sobre Chico. Muitas pessoas jamais se preocuparam em estudar a vida de Chico, pelo menos não mais do que 15 minutos no Google, buscando por textos que, em todo caso, apenas reafirmam seu conceito pré-estabelecido.
Agora eu lhe convido para ouvir o que Chico tem a dizer sobre a homossexualidade, por cerca de 4 minutos (no vídeo abaixo).
Poderia lhe trazer aqui inúmeros outros assuntos sobre o qual Chico não apenas falou, como foi um exemplo moral de conduta. Porque então a homossexualidade? Ora, porque se você tem um conceito pré-estabelecido sobre Chico, mas é um cético ou ateu, então provavelmente você também é um humanista, e defende o fim do preconceito contra os homossexuais. E se você é um “evangélico com asco de espiritismo”, em todo caso você provavelmente nem leu até esta linha…
Não é preciso acreditar em espíritos para compreender o que Chico disse sobre a homossexualidade. Mas é interessante lembrar do momento histórico em que esta pergunta foi realizada:
Alvo de muitas especulações por parte da mídia desde o final da década de 50, Chico havia decidido por se preservar. Foram 20 anos sem qualquer contato com a imprensa. O silêncio foi rompido em 1971, quando o médium mineiro apareceu ao vivo no programa de entrevistas Pinga- Fogo, da extinta TV Tupi. Foi um marco. A audiência chegou a 75% dos televisores ligados, a maior da história da televisão brasileira.
Veja bem, se até hoje ainda existe muito preconceito para com a pessoa de Chico, naquela época era tanto pior. O espiritismo no Brasil ainda crescia muito timidamente, e era muito mais comum encontrar pessoas com asco “daquela turma que fala com mortos, e que certamente vai para o inferno”. Porém, tanto pior que isso, muitos tinham Chico como um homossexual, já que não tinha filhos nem mulher, e parecia ser “muito gentil” (na verdade Chico foi virgem a vida toda, assexuado). Quando a pergunta vinda de uma das pessoas que ligavam de todo o país foi feita (“Chico, fale sobre o homossexualismo a luz da doutruna espírita”), seria normal esperar que Chico desviasse do assunto, ou que fosse vago, pois afinal de contas, Chico não tinha nenhuma experiência com sexualidade alguma!
Além disso, o preconceito contra homossexuais era obviamente muito maior no início da década de 70. Não preciso nem explicar porque, não é? Pois bem, considerando tudo isso, goste ou não da pessoa de Chico, conheça ou não sua história, creia ou não em espíritos, observe se ele não foi corajoso nesta resposta…
Lá pelo final, quando o mediador estava doido para entrar com o comercial e encerrar o assunto inesperado, veio este trecho aqui (resumido): “Se as potências do homem na visão, na audição, nos recursos imensos do cérebro, nos recursos gustativos, nas mãos, nos pés; se todas essas potências foram dadas ao homem para a educação, potências consagradas para o bem e a luz, mereceria o sexo, e as várias manifestações sexuais onde há respeito e carinho de ambas as partes, serem sentenciados às trevas?”
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“O Pinga-Fogo com Chico Xavier foi um marco na história do espiritismo [no Brasil], que crescia com timidez; depois das entrevistas, a doutrina espírita ganhou o justo respeito. Não é um exagero dizer que há este divisor de águas – o antes e o depois do Pinga-Fogo, que, com o poder de penetração da televisão e do rádio (a rádio Tupi também transmitiu o programa), contagiou milhões de pessoas, levando-lhes este autêntico representante do espiritismo, Chico Xavier”.
Saulo Gomes, jornalista que esteve presente no Pinga-Fogo (texto retirado de Pinga-Fogo com Chico Xavier, publicado pela Editora Intervidas, que traz a transcrição completa de tudo que foi dito no programa).
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Veja também:
» Passeios de aeróbus
» Animais, espíritos e deuses
» Chico Xavier: charlatão?
» Levítico: pedras não faltarão
O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph.com.br). Também faz parte do Projeto Mayhem.
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Respostas de 27
Disse tudo na parte final.
Muito digno! Que maravilha, Chico, maravilha, com humildade e sabedoria se pavimenta o caminho para longe da escuridão e ignorância.
Translúcido e sublime.
Para ler e refletir:
4º Princípio Hermético – Polaridade.
7º Princípio Hermético – Gênero.
Deve ser muito difícil esclarecer velhos temas tantas e tantas vezes, sem ser entendido… Pobre Chico… O que percebo é que somos iguais em nossas diferenças. Com exceção da centelha divina que é igual em todos os seres, somos completamente únicos e individuais, como a luz que é única, mas é percebida pelas infinitas graduações de si, através das cores. Creio que o arco-íris do movimento homossexual pode ser lido dessa forma. Melhor que isso, só desenhando um feixe de luz refratado por um prisma (o mundo arquetípico se refratando em Maya para a manifestação dentro dos parametros de tempo e espaço, que só existe em multiplicidade, ou de um modo mais simplista, em dualidade). O único problema que vejo com relação ao sexo é o sexo não consensual, pq fere o livre arbítrio/vontade alheia (e aqui se encontra o sexo com pessoas que ainda não possuem discernimento claro sobre o fato). O resto é pessoal e deve ser livre. Claro, para os “senhores controladores” é uma afronta que merece ser silenciada o quanto antes…
Pinga-Fogo é sem duvida um momento magnifico do Chico que representou o espiritismo com maestria sem igual.
Aprendizado! Não sabia da existência dessa pergunta (nunca vi o programa todo).
No ramo da magia agora: Alister (thelema) pelo que li, tentou magia sexual homosexual mas não conseguiu. Me pergunto se o homossexual por conta do não relacionamento sexual com o sexo oposto e resultando no não despertar da Kundalini, não estaria em uma condição prejudicada?
Fiquei entristecida quando descobri isso, pq esse argumento “me quebra as pernas”, pq já ouvi algumas pessoas (estudante de ocultismo) dizendo, por conta disso, “Viu como é errado!”
É phoda, pq na verdade não cabe a ninguem julgar, mas fico imaginando o porquê!!! Isso infelizmente abre brecha para frases do tipo “deus fez o homem para mulher e a mulher para homem”… que justifica um bando de idiotice por aí…
O que vcs acham? Tio Marcelo, o que vc acha?
Que fique claro que respeito é sempre bem vindo, independente de crença, respeito é respeito, minha dúvida é estritamente espiritual (como da ouvinte! hehhe).
@MDD – a verdade é que não existem estudos a respeito. Em teoria, não funciona mesmo. Duas baterias de polo positivo não geram energia. Nenhuma corrente de tantra fala nada sobre funcionar também, sendo que a maioria coloca sexo anal como dreno de energia/vampirização ao invés de gerador de energia. Eu pedi para alguns alunos meus homossexuais testarem alguns exercicios de tantra para ver o resultado, mas ainda é muito cedo para chegar a qualquer conclusão.
@raph – Eu não tenho conhecimento para dar pitaco na questão da magia prática, mas isso não necessariamente vem ao caso se formos analisar a questão da homofobia. O que os homossexuais e bissexuais precisam é apenas de respeito (o que também significa a não violência gratuita por parte de quem os oprime), e não de exaltação ou coisa assim (ninguém está defendendo que “homossexualismo é bom ou ruim para isso ou aquilo”, apenas lembramos a necessidade de se respeitar a liberdade e a vontade alheia. Talvez homossexuais tenham dificuldades para realizar certas práticas mágicas, assim como teoricamente mulheres tem dificuldades para o pensamento geométrico, e homens tem dificuldades para serem sensíveis como as mulheres, etc.; Mas isso não significa que os homossexuais estejam “errados”… Afinal, Deus também criou os bonobos 🙂
Se alguém chegasse a uma conclusão seria realmente uma resposta interessante.
Sou praticamente leiga em termos de Tantra, mas vou deixar a minha opinião como antropóloga e homossexual, talvez seja útil pra alguém rs É bem possível que as opiniões das correntes tântricas sobre a homossexualidade estejam impregnadas pelos pensamentos da moral vigente na época em que cada corrente surgiu. E mesmo se fosse na moral vigente hoje em dia, também não traria muitos avanços. Não me causou surpresa a opinião sobre o sexo anal, afinal essa prática foi demonizada na maioria das civilizações ao longo da história, com algumas exceções. Sempre persistiu o medo da “anti-naturalidade” do ato, do sexo só pelo prazer, do sexo sem procriação, etc.
@raph – Eu vou fazer uma crítica bastante contundente a esta ideia em meu próximo post aqui no TdC, dia 11/7 (o assunto será a sexualidade em geral, não apenas o homossexualismo). Em meu favor, trarei a própria Natureza: quem já ouviu falar dos bonobos? 🙂
Pelo pouco que eu sei, o sexo tântrico se baseia na troca de energias de polaridades opostas, ou seja, masculina e feminina. Parece impossível para casais homossexuais. No entanto, na minha opinião, mesmo numa relação com duas pessoas do mesmo sexo, a existência de polaridades inversas é possível, uma vez que no momento do ato sexual, cada um dos parceiros vai ter um tipo de energia predominante, digamos uma energia com uma certa orientação – masculina ou feminina. Não estou falando dos estereótipos de homossexuais passivos e ativos, mas durante cada ato sexual, é inegável que uma pessoa terá mais energia passiva e a outra mais energia ativa. Isso pode mudar de ato pra ato, inclusive com o mesmo casal.
@raph – Eu simpatizo com esse tipo de abordagem. Ao menos na neurologia já sabemos que certas crianças que afirmam “terem nascido no corpo errado”, isto é, quando querem dizer que nasceram no sexo errado, tem certas características cerebrais que se alinham realmente ao sexo oposto. Isto é objetivo, já foi observado e constatado… Com base nisso, na minha opinião, nada impede que a questão espiritual opere de forma parecida.
^.~
O ato em si seria realmente importante? O compartilhamento energétio se dá por várias formas, assim é claro através do corpo. Entretanto, se uma combinação perfeita energética de 2 pessoas chega a um ponto crescente do fogo da Kundalini através do sexo, quem nos diz que seria homem-mulher; mulher-mulher; homem-homem e outros afins?
O “errado” não é nunca o ato e sim esta “distinção oposta” energética. Afinal, é só matéria vomitando matéria.
*opinião leiga XD*
Deldebbio, no caso da magia sexual, como vc citou, quem vampiriza quem? O passivo vampiriza o ativo, ou o ativo vampiriza o passivo?
E por não funcionar magisticamente é moralmente errado? Aliás, existe isso de moral universal? Existe uma entidade cósmica superior com um livrinho de regras específico pra o que a gente aqui faz com nossos genitais?
Eu acho que não, hein. Não acho que a natureza seja moral. Isso aí de certos e errados me cheira a preconceito criados por anos e anos de dominação religiosa criando morais vazias pras pessoas continuarem a ser gado. Pelo menos é o que eu acho…
Concordo plenamente! É que as vezes algumas pessoas vem com esse argumento que escrevi acima. Já ouvi que por não funcionar magisticamente, não tem evolução. Eu discordo… deixar de evoluir é ser homofóbico… mas infelizmente existe esse argumento.
“…sendo que a maioria coloca sexo anal como dreno de energia/vampirização ao invés de gerador de energia.”
Marcelo esse trecho da sua resposta chamou minha atenção pra algumas duvidas…
O dreno de energia/vampirização ocorre independente da intenção das pessoas envolvidas?
Caso não exista a inteção de prazer/ganho/lucro em relação a dor/perda/prejuizo de uma pessoa para outra, ainda caracteriza o dreno de energia/vampirização ???
Pergunto pq imagino que numa relação homosexual masculina, se as duas pessoas se amam nao existe essa intenção, então não ocorreria dessa forma… ou estou errado ??
Ainda no exemplo de relações homosexuais, no caso de um casal feminino nao ocorreria o dreno de energia/vampirização mas tambem não iria gerar energia ?
Acho importante tambem lembrar que são apenas duvidas em relaçao aos processos magisticos.
Não acho que pela possibilidade de funcionar diferente ou nem funcionar com os homosexuais justifique algum tipo de desrespeito.
Mike, eu já tive o desprazer de ouvir de uma pessoa que “no sexo anal ocorre vampirização entre homens, mas entre mulheres não porque não usam o ânus e fazem por amor”. Então, entre homens não há amor, só entre mulheres homossexuais. Tsc.
@MDD – hauahauahaua…
Terrivel…
Pessoas que falam de um sentimento que nao entendem como se fosse um assunto que tivessem doutorado.
( como se casais heterosexuais tb nao praticassem sexo anal…) mas enfim…
Uma maneira de simplificar minha duvida seria o seguinte :
Marcelo,
ocorre o dreno de energia/vampirização sem querer ???
tipo um casal resolve experimentar e tal… e sem saber um esta vampirizando o outro… e com o passar do tempo…. sei la… ficar pior…
Se, numa vida passada, eu tivesse sido maçom. Nesta vida, eu poderia despertar a kundalini mesmo sendo solteiro. Isto está certo?
@raph – Vamos falar em ser uma pessoa melhor, por exemplo: você é uma pessoa melhor quando é uma pessoa melhor, o resto é apenas ferramenta para que você mesmo se melhore.
Se não me engano, no Tantra, a “corrente” energética se torna verdadeira a partir do momento em que polos positivos masculinos encontram polos negativos femininos.
Contudo, isso nos vem pela ligação de um chackra frontal sexual masculino com um chackra frontal sexual feminino. (Polaridades opostas)
A ligação anal seria a de um chackra frontal sexual masculino com um chackra dorsal sexual masculino (no caso do homossexualismo entre dois homens).
Considerando-se uma polaridade alternada entre as partes Dorsal e Frontal de um mesmo Chackra, talvez fosse possível fechar a corrente pelo fato de que estaremos ainda ligando um princípio masculino (penetrador, fálico, ativo) a um princípio feminio (penetrado, yônico, passivo), com suas correspondentes energias.
Obviamente, haveria-se de ser necessário um trabalho complementar de ativação da porção dorsal do chackra sexual – estando normalmente inativo, ele teria de ser ativado previamente.
até que enfim uma resposta decente.
O termo patológico homossexualismo foi extinto há vários anos depois que a sociedade médica afirmou que ser gay não é uma doença, portanto é um termo ofensivo, pois é um termo patológico, não deve ser usado, porque ser gay não é doença.
Eu não sabia que “homossexualismo” era um termo médico.
De fato, “Gay” (que significa em tradução livre “feliz”) não me parece um termo adequado. Tão pouco “bicha”, “viado” ou outros termos da língua portuguesa. Eu tenho um familiar homem que se relaciona com outros homens, e não gostaria de ter de chamá-lo, ou vê-lo sendo chamado ofensivamente, por nenhum desses termos.
Você tem Heterossexuais (“Hetero” = “Diferente”, ou seja heterossexuais são “pessoas que fazem sexo com aquelas de sexo diferente do delas”).
Imaginei que o termo teria a mesma acepção para Homossexuais (“Homo” = Igual ; Ou seja, homossexuais são “pessoas que fazem sexo com aquelas de sexo igual ao delas”).
Você tem certeza dessa história de ser um termo médico ?
Se é assim, qual termo devemos usar para nos referirmos àqueles que realizam o ato sexual com outros do mesmo sexo ?
@raph – Eu acho que devemos ser um pouco mais tolerantes quanto a linguagem também. Será que todo mundo que usa a palavra “homossexualismo” a está empregando no sentido de “doença”? Acredito que a grande maioria nem saiba disso… Considerando, no caso, que seja mesmo um termo médico (eu era um dos que não sabia, caso seja).
Uma das limitações mais “interessantes” da linguagem é que é impossível falar sobre qualquer preconceito sem a terminologia preconceituosa e, portanto, sem parecer preconceituoso também.
Por exemplo, se eu disser: “negros são tão bons quanto brancos”, os preconceitos são:
– há alguma distinção entre negros e branco
– bondade é uma qualidade inerente ao branco
– a qualidade de ser branco não está em discussão, porque é óbvia
– a qualidade de ser negro está em discussão e precisa ser afirmada
Isso é um problema da linguagem, não um problema da pessoa que está falando.
O único jeito de não parecer preconceituoso é ignorar a distinção. Infelizmente, ignorar a distinção, hoje, é pior do que adotar o vocabulário preconceituoso (homossexual, homoafetivo, gay, bicha, lésbica, simpatizante, negro, pardo, afro, oriental, emo, grunge, hippie, maconheiro, vadia…).
Ou seja, só não seremos preconceituosos quando dissermos “pessoas que fazem sexo” ao invés de “pessoas que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo” e “pessoas que fazem sexo com pessoas de outro sexo”.
@raph – Um comentário extraordinário. Talvez seja isso mesmo que Chico queria dizer: “pessoas que fazem sexo”, e só isso! Abs.
Nisso eu já discordo. E vêementemente.
Temos de parar de tentar equalizar as pessoas. As pessoas são diferentes, e devem ser chamadas pelo que são, sendo sua diferença aceita e entendida.
Eu não sou igual a um homoafetivo. Eu não sou homoafetivo, e não desejo ser. Quando eu quiser expressar este meu posicionamento, é muito interessante que haja um termo simples que expresse minha posição a respeito.
Da mesma forma como é interessante que haja um termo que me identifique como “homem”, como “brasileiro” e como “lusófono” (falante da língua portuguesa).
Existe uma diferença muito grande entre desejar igualdade de direitos e respeito e desejar a ignorância da diferença.
Se ignoramos a diferença entre nós, não iremos nos comunicar ou conviver melhor. É justamente o contrário ! Ignorando as diferenças entre nós, nossa comunicação se tornará mais precária, menos específica e com menságem mais subjetiva, levando ao erro.
Na frase “negros são tão bons quanto brancos” vemos o preconceito não na frase em sí – a frase e neutra. O preconceito está em considerarmos que “negros” se referem a pessoas, e brancos também. O preconceito está em considerarmos que brancos não tem de se provar, pela suposição de que os brancos alí estão em uma hierarquia superior.
Alguns exercícios para sair da prisão do pensamento vicioso :
“Os pretos são tão bons quanto os brancos” – Disse a velha senhora quando o neto perguntou quais sapatos ela queria vestir para ir ao baile.
“Negros são tão bons quanto brancos” – Disse o velho indio, se lembrando de quando a tribo foi dizimada por uma expedição de bandeira cheia de escravos e ex-escravos matando em nome de seus senhores.
“Negros são tão bons quanto brancos” – Disse o ex-defensor dos direitos humanos, ao ver uma a furiosa espancar até a morte o racista.
É o nosso pensamento que está socialmente viciado – não as palavras nele contidas.
Estamos tão acostumados a colocar o branco, hétero, provedor, machista e autoritário em patamar superior, que o fazemos até mesmo quando não queremos.
A gramática ajuda ? Sim, ajuda. A base de comparação está no segundo membro da frase. O negro está sendo comparado ao branco, e não o oposto. Mas quem define que isso é uma espécie de “elogio perverso” somos nós. Pode muito bem ser uma ofensa.
Isso acontece em nossa sociedade ? Não.
Nossa sociedade reconhece a frase “negros são tão bons quanto brancos” como uma resposta imediata à ideologia de que “brancos são superiores”, e não como uma frase solta.
Ajudaria mudar os termos ? Ignorar as diferenças ?
Bem, me digam vocês…. eu me lembro de quando não haviam “negros”, mas sim “pretos”. Mudar o termo de “eu sou preto” para “eu sou negro” fez alguma diferença ?
A verdadeira estrutura social a ser mudada é a de valor – temos de parar de dar um valor acima do necessário à sexualidade, à cor da pele e ao gênero, não ignorar que temos sexualidades diferentes, cores de pele diferentes e gêneros diferentes em nossa sociedade !
@raph – Eu também concordo com seu comentário, que aliás é um excelente complemento ao do Shlomo.
Na verdade não há nada mais diferente do que duas mentes, elas nunca pensam exatamente igual, nem terão o mesmo tipo de experiência, nem mesmo conhecerão a “vermelhidão” do vermelho da mesma forma… Apenas o amor as pode unir (mas não fazer iguais), e as fazer pensar em uníssono, sob o mesmo sentimento – mas não serão os mesmos pensamentos, pois cada fagulha de estrela brilha a sua maneira.
“Homossexualismo é a mesma coisa que homossexualidade?
Mais ou menos. É importante saber que muitos estudiosos e pessoas homossexuais estão preferindo usar o termo homossexualidade ao invés de “homossexualismo“, sabe por que? O termo homossexualismo foi criado numa época em que as pessoas ainda não entendiam certos aspectos da sexualidade e fizeram muitas suposições baseadas em preconceitos que se revelaram erradas depois. Um desses conceitos equivocados é de que que homossexualidade (na época, homossexualismo) seria uma característica patológica (uma doença). Para evitar esses significados negativos, hoje é recomendável usarmos a palavra homossexualidade, que significa apenas uma das possibilidades da sexualidade humana. ”
A fonte é deste site aqui: http://nucleounisex.org/homossexualismo
E lá são respondidas diversas questões, vale a pena uma olhada e se manter informado sobre algo que se discute tanto mais poucos sabem.
O termo correto atualmente seria Homossexualidade e não homossexualismo. Como o irmão acima citou, esse segundo carrega o estigma da sexualidade como doença…
Mas, como o Raph bem disse, são apenas termos…
A anatomia oculta de alguém com preferências homossexuais, há diferenças, mas essas diferenças não devem ser vistos como uma espécie de mutação natural. No caso de um macho homossexual, por exemplo, as energias que de outra forma são principalmente eléctrico será principalmente magnético, dependendo das inclinações sexuais do indivíduo. Da mesma forma, o corpo será mais receptivo, enquanto o veículo astral será mais ativa e passiva do mental, que é tudo normalmente revertida em um macho. Isso não muda os detalhes importantes da anatomia oculta, como centros de energia que operam como, ou que as energias fluem através dos órgãos em que lugares ou direções. Isto tudo é o mesmo. Apenas polaridades gerais mudar. Mesmo assim, essas são coisas menores: a consciência da pessoa é o mesmo que a consciência de ninguém.
Eu vou dizer, para concluir, no entanto, algo que cada pessoa que é homossexual deve considerar. Em muitos casos, a homossexualidade é causada por uma série de encarnações recentes em corpos do sexo oposto. Uma mulher que encarna freqüentemente como um macho, por exemplo, ainda, ocasionalmente, têm de viver uma vida feminina, a fim de trabalhar certos karmas , assumindo que ela não chegou a um certo ponto de evolução. Quando isso finalmente acontece, a sensação de “eu” na alma irá identificá-lo mais com inclinações masculinas e fluxos de energia, o que resultará em, nos níveis mais baixos, essencialmente masculinas orientações sexuais também. Assim, embora uma mulher, ela será atraída para as mulheres, assim como ela tem sido em muitas vidas antes, é o que ela é usada para, é uma questão de hábito.
No entanto, também é importante que, neste caso, ainda que a alma tem sido essencialmente masculino, escolheram encarnar como uma mulher por um motivo. Se fosse um homem que geralmente encarna como uma mulher, e, portanto, provavelmente atraído por outros homens, deve novamente ser lembrado que a alma ainda escolheu uma encarnação do sexo masculino, não uma encarnação feminina. Você está destinado a viver a vida que você escolheu, o que não foi um erro. Sendo ferozmente inclinado a atração homossexual pode mudar o curso de experiências que a sua alma, encarnando como o sexo que fez, tinha a esperança de experimentar por si mesmo. Se a alma é negado essas experiências, então ele vai viver uma encarnação posterior, mais uma vez como o sexo que era. Em outras palavras, se uma alma essencialmente feminino viveu uma vida masculina, mas viveu como uma mulher, então ele vai voltar como um macho, para tentar capturar uma experiência mais masculina novamente. Isso não significa que seja certo ou errado – é simplesmente um fato espiritual.
No fim não existe homem ou mulher , hetero sexual ou homosexual, no fim tudo é 1.
União com Deus .