Rio de Janeiro, 9 de julho de 1963.
Caro Dr. G.:
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.
Li, com maior prazer, a entrevista concedida ao Diário de Notícias, através da qual o Grande Oriente do Brasil manifesta à nação a sua intenção de, finalmente, fazer com que a Maçonaria venha a ocupar na vida brasileira o papel que lhe cabe e sempre lhe coube desde a Independência – que, como todos sabemos, foi feita por maçons.
Relembrei nessa ocasião minha conversa com o senhor, e as nossas palavras de despedida, nas quais buscou o senhor gentilmente trazer à minha atenção o fato de que (na sua opinião) a Igreja Católica Romana é uma boa introdução à vida adulta para crianças. Eu lhe disse então: “Mas a Maçonaria é infinitamente melhor”, e aproveito esta oportunidade para repetir e ampliar estas palavras.
Eu não quis discutir a validade ou falta de validade da Igreja Romana como campo de treino para crianças, porque não é assunto que se possa, propriamente, discutir. É assunto que deve — repito, deve – – ser pesquisado por todo homem consciencioso e responsável, principalmente por maçon de alto grau e no Brasil, onde essa Igreja teve tanta influência na formação psíquica do povo — com os resultados que estamos vendo no presente.
Para esta pesquisa, vitalmente necessária a todos os maçons neste momento de transição, é necessário uma análise cuidadosa da evidência espalhada pelas obras de muitos pesquisadores imparciais e fidedignos; e isto não pode ser resumido numa breve discussão. Eu estou a par dos fatos; o senhor não estava, na ocasião; e afirmativas de minha parte teriam forçosamente de parecer ao senhor opiniões arbitrárias e caprichosas, principalmente por o senhor, com certeza, suspeitar de mim e de minhas intenções. Thelemitas não são mais benquistos no momento do que o foram os gnósticos e os essênios em seu tempo! A finalidade desta carta é expor, de maneira mais ordeira e clara, minhas conclusões, e citar as obras nas quais me baseio; de forma que o senhor possa, se quiser, consulta-las e tirar suas próprias conclusões, que podem ou não virem a coincidir com as minhas. Peço-lhe apenas que, tendo lido a minha carta; examinado, se lhe aprouver, as fontes nela citadas; e chegado, porventura, à conclusão de que são ambas de valor a seus irmãos maçons, transmita-lhes a carta assim como as fontes, para que, por sua vez, tenham a oportunidade de examinar, ponderar, e julgar.
Devo começar por repetir-lhe o que lhe disse por ocasião de nossa conversa, e que tanto chocou seus bons sentimentos e sua honesta devoção: que o homem chamado “Jesus Cristo” nos Evangelhos nunca existiu. Suas peripécias são fictícias; não padeceu sob nenhum Pôncio Pilatos; não foi nem poderia jamais ser a única Encarnação do Verbo; e qualquer Igreja, seita ou pessoa que diga o contrário ou está enganada ou enganando. Não quero dizer com isto que um homem assim não pudesse ter nascido, pregado, e padecido. Pelo contrário: tais homens nascem continuamente, e continuarão a nascer por todos os tempos: Encarnações do Logos, Templos do Espírito Santo, Cruzes de Matéria coroadas pela chama do Espírito.
Direi mais: houve, em certa ocasião, um homem que alcançou no mais alto grau a consciência de sua própria Divindade; e este homem morreu em circunstâncias análogas (porém não idênticas!) àquelas narradas nos Evangelhos. Seu nascimento perdeu-se na noite dos tempos: ele foi o original do “Enforcado” ou “sacrificado” no Taro, e os egípcios o conheciam pelo nome de Osiris. Foi esse Iniciado quem formulou na carne a fórmula do Deus Sacrificado. Esta é a fórmula da Cerimônia da Morte de Asar na Pirâmide, que foi reproduzida nos mistérios de fraternidades maçônicas da tradição de Hiram, das quais o exemplo mais perfeito foi o Antigo e Aceito Rito Escocês. O Graus 33º desse rito indicava uma Encarnação do Logos; a descida do espírito Santo; a manifestação, na carne, de um Cristo; a presença do Deus Vivo.
Para os fatos que servem de base às asserções acima, indico ao senhor as seguintes obras, de maçons ilustres e merecedores:
LA MISA Y SUS MISTERIOS, de J.M. Ragón.
THE ARCANE SCHOOLS, de John Yarker.
DO SEXO À DIVINDADE, do Dr. Jorge Adoum.
CURSO FILOSÓFICO DE LAS INICIACIONES ANTIGUAS Y MODERNAS, de J.M.Ragón.
ISIS DESVELADA, de Helena Blavatsky, seção sobre o Cristianismo. Mme Blavatsky não era dos vossos, mas era dos Nossos…
Na minha opinião, Dr. G., um maçon de alto grau, com tempo a seu dispor, faria um grande benefício a seus irmãos ao traduzir para o português as obras acima citadas, principalmente as duas primeiras.
Os documentos incluídos no assim-chamado “Novo Testamento” (a saber, os Quatro Evangelhos, os Atos, as Cartas e o Apocalipse) são falsificações perpetradas pelos patriarcas da Igreja Romana na época de Constantino, por eles chamado “o Grande” porque permitiu esta contrafação, colaborando com ela. Constantino não teve sonho algum de “In Hoc Signo Vinces”. Tais lendas são mentiras desavergonhadas inventadas pelos patriarcas romanos dos três séculos que se seguiram, durante os quais todos os documentos dos primórdios da assim- chamada “Era Cristã” existentes nos arquivos do Império Romano foram completamente alterados.
O que realmente aconteceu na época de Constantino foi que, aliados, os presbíteros de Roma e Alexandria, com a cumplicidade dos patriarcas das igrejas locais, dirigiram-se ao Imperador, fizeram-lhe ver que a religião oficial era seguida apenas por uma minoria de patrícios, que a quase totalidade da população do Império era cristão ( pertencendo às várias seitas e congregações das províncias ); que o Império se estava desintegrando devido à discrepância entre a fé do povo e a dos patrícios; que as investidas constantes das seitas guerreiras essênias da Palestina incitavam as províncias contra a autoridade de Roma; e que, resumindo, a única forma de Constantino conservar o Império seria aceitar a versão Romano-Alexandrina do Cristianismo. Então os bispos aconselhariam o povo a cooperar com ele; em troca, Constantino ajudaria os bispos a destruírem a influência de todas as outras seitas cristãs! Constantino aceitou este pacto político, tornando a versão romano- alexandrina de Cristianismo na religião oficial do Império.
Conseqüentemente, a liderança religiosa passou às mãos dos patriarcas romano-alexandrinos, que, auxiliados pelo exército do Imperador, começaram uma “purgação” bem nos moldes daquelas da Rússia moderna. Os cabeças das seitas cristãs independentes foram aprisionados; seus templos, interditados; e congregações inteiras foram sacrificadas nas arenas das províncias de Roma e Alexandria. Os gnósticos gregos, herdeiros dos Mistérios de Eleusis, foram acusados de práticas infames por padres castrados como Orígenes e Irineu (a castração era um método singular de preservar a castidade, derivado do culto de Atis, do qual se originou a psicologia romano-alexandrina). Os essênios foram condenados através do hábil truque de fazer dos judeus os vilões do Mistério da Paixão; e com a derrota e dispersão finais dos judeus pelos quatro cantos do Império, a Igreja Romano- Alexandrina respirou desafogada e pode dedicar-se completamente ao que tem sido sua especialidade desde então: ajudar os tiranos do mundo a escravizarem os homens livres.
Para o escrito acima, indico ao senhor os seguintes livros:
ISIS DESVELADA, de Blavatsky, seção sobre o Cristianismo OUTLINES ON THE ORIGIN OF DOGMA, de Adolf von Harnack.
DECLINE AND FALL OF THE ROMAN EMPIRE, de Gibbon.
THE AGE OF CONSTANTINE THE GREAT, de Burckhardt.
Quanto às falsificações da Igreja Romano-Alexandrina, indico ao senhor as palavras do grande erudito americano Moses Hadas, em suas notas à tradução do livro de Burckhardt, à página 367, que passo a traduzir:
“A História Augusta apresenta biografias de imperadores, cézares e usurpadores, de Afriano a Numério (117-284), com uma lacuna no período de 244 a 253. Pretende ser o trabalho de seis autores (Aelius Spartianus, Vulcacius Gallicanus, Aelius Lampridius, Julius Capitolinus, trebellius Pollius e Flavius Vopiscus), e ter sido escrita entre os reinados de Diocleciano e Constantino, ou cerca de 330. Alguns estudiosos creêm tais asserções verdadeiras, mas outros mantêm que a obra foi escrita um século mais tarde, e por uma só pessoa. Em tal caso o nome dos seis autores terá sido adicionado para tornar mais convincente o que foi escrito.
Trocando em miúdos, o que ele quer dizer é o seguinte: os patriarcas romanos, ansiosos por esconder seus crimes (especialmente a perseguição a cristãos de outras seitas ou igrejas) e por se declararem os únicos cristãos verdadeiros, destruíram todos os documentos autênticos nos quais conseguiram por as mãos. (Isto lhes era particularmente fácil já que, desde a era de Constantino, eles foram os guardiães de tais manuscritos.) Feito isto, substituíram os destruídos por outros, forjados, que descreviam a sua clique como oprimida pelos imperadores e outras seitas cristãs como inexistentes ou obscenas. (Na realidade, ela bajulara os imperadores desde o começo: o culto de Átis era o único em Roma ao qual os patrícios podiam ir legalmente.) Um pouco mais tarde, Romanos e Alexandrinos brigaram. Isto porque cada facção queria fazer de sua cidade o centro político e religioso do Império. Foi então que um dos poucos historiadores pagãos que escaparam à atenção dos Patriarcas escreveu: “As atrocidades dos cristãos uns contra o outros ultrapassa a fúria das bestas selvagens contra o homem.”(Ammianus Marcellinus) O capítulo final da disputa foi a divisão do Império em Romano e Bizantino. Desde então, a Igreja Romana tem se chamado “Católica”, e a Bizantina, “Ortodoxa”.
Ambas, é claro, um amontoado de mentiras.
Qual o motivo, o senhor perguntará, para essa perseguição impiedosa às seitas gnósticas e essênias? No caso dos essênios, as razões foram políticas e dogmáticas.
Aproximadamente um século antes do assim-chamado “Ano Um” nascera na Palestina um rabi, cujo nome é desconhecido (embora alguns estudiosos presumam ter sido Ionas, ou Jonas). Ele criou um novo sistema de Essenismo, fundando muitos ramos dessa fraternidade judeo-cóptica, e adquirindo um grande número de seguidores na Ásia Menor. Muitos documentos foram escritos acerca dos incidentes de sua vida e doutrina. Foi um Adepto Cristão, ou seja, defendeu a tese de que todo homem é um Templo do Deus Vivo; deu testemunho do Logos e do Espírito Santo, e tal foi seu impacto no pensamento religioso de sua época que os patriarcas romano-alexandrinos, ao escreverem a “história de Jesús Cristo”, foram forçados a incluí-lo, para evitar suspeitas. Chamaram-no de “João Batista”…
Acerca deste: THE DEAD SEA SCROLLS, AN INTRODUCTION, de R.K.Harrison.
Também este livro deveria ser traduzido para o português por um maçon! Abaixo, cito uma passagem atribuída a esse iniciado, extraída de um manuscrito cóptico intitulado “Evangelho de Maria”, apócrifo, desde 1896 no Museu de Berlim. Depois de haver explicado vários pontos de sua doutrina, ele se despede de seus discípulos:
“… Quando o Abençoado havia dito isto, ele saudou a todos, dizendo: ‘Paz seja convosco. Recebei minha paz para vós mesmos. Cuidai-vos de que nenhum vos desvie com as palavras “olha alí” ou “olha lá”, pois o Filho do Homem está dentro de vós. Seguí-o: aqueles que o buscam o encontrarão. Ide, pois, e pregai a Boa Nova do Reino. Eu não vos deixo nenhuma regra, salvo o que vos recomendei (Amai-vos uns aos outros), e eu não vos dei nenhuma lei, qual fez o legislador (Moisés), para evitar que vos sentísseis obrigados por ela.’ E quando acabou de dizer isto, ele foi embora.” (Gnosticism, An Anthology, ed. Robert M. Grant, Collins, London, pp.65-66, “The Gospel of Mary”)
Esta passagem pode ser comparada a muitas outras nos Evangelhos nas quais, quando interrogado, “Jesús” diz explicitamente: “O Reino de Deus está dentro de vós.” E que razão tinham os Romanos e Alexandrinos para perseguir e exterminar os gnósticos gregos? Desta feita o motivo era puramente dogmático. Na época posteriormente atribuída pelos patriarcas ao “nascimento de Jesús Cristo”, um iniciado grego deu vida nova aos mistérios de Apolo e Diôniso, restabeleceu o culto ao Sol Espiritual e ao Logos, praticou maravilhas taumatúrgicas e, em suma, causou tal impressão que os Romano-Alexandrinos foram forçados a incorporar diversos “milagres” em sua miscelânia evangélica, de forma que o seu “Jesus” pudesse igualar os prodígios atribuídos a Apolônio de Tyana. Ao mesmo tempo, afirmaram que Apolônio de Tyana havia sido enviado por “Satã” para reproduzir os milagres de “Jesús” e assim desviar as pessoas do “verdadeiro Cristo”. destruíram também, sistematicamente, todos os documentos autênticos da vida de Apolônio, salvo um, a fantástica e inacreditável Vita, atribuída a um pretenso “discípulo” desse grande Adepto.
Novamente lhe indico ISIS DESVELADA, e o artigo “Apollonius” na Enciclopédia Britânica.
Devo aqui, Dr. Gastão, apender um parêntese um pouco prolongado, de forma a estabelecer a maneira pela qual o Catoliscismo Romano difere do verdadeiro Cristianismo. Para este fim, começarei por apresentar um dos poucos textos que nos chegaram quase sem alterações cometidas pelos patriarcas de Roma e Alexandria. As modificações relevantes vão comentadas entre parênteses, e o texto, apresento o original, intacto. É o Intróito do Evangelho de “São João”:
“No princípio era o Verbo. E o verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
“Ele estava no princípio com Deus.
“Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
“A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens.
“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não o escondem ( isto é, não escondem o fato que a luz brilha nelas!).
“Houve um homem enviado por Deus, cujo nome foi Jonas (Johannes no original em grego).
“Ele veio como testemunha da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele.
“Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: a saber, a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina todo homem.
“Estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dela, mas o mundo não a conheceu ( no masculino na Vulgata, para sugerir “Jesús”).
“Veio para o que era seu, e os seus não a receberam ( idem).
“Mas, a todos quanto a (idem) receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus ( e aqui os Romanos-Alexandrinos acrescentaram: a saber, os que crêem no seu nome, isto é, no “Jesús” que eles inventaram para servir aos seus propósitos), os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
“E o Verbo se fez carne, e habitou em nós ( a Vulgata aqui põe “entre”, o que muda totalmente o sentido da passagem) cheio de graça e verdade, e vimos a sua glória, glória como a do primogênito do Pai ( o primogênito do Pai é, claro, Chokmah, o Verbo Espiritual, a Primeira Emanação do Ancião dos Dias, Kether. “Primogênito” também traz à lembrança o “mais velho dos filhos de Deus”, Lúcifer ou Satã.” Na versão acima, original, desse documento cristão, e nas interpolações introduzidas pelos romanos-alexandrinos, Dr. G., tem o senhor o sumário e a base do dógma católico romano.
Jonas, Apolônio, Simão ( Simão Pedro e Simão o Mago; a isto aludiremos depois), Adeptos cristãos, ensinaram todos os três: “Vós sois o Templo do Deus Vivo. Contemplai a Luz dentro de vós, e sabei que sois Filhos da Luz!” Repetidamente esta mensagem é encontrada nos Evangelhos; mas sempre deformada, condicionada ou “explicada” pelas interpolações e teologismos romano- alexandrinos. O resultado é que, algumas vezes, “Jesús” fala como um santo, como uma verdadeira Encarnação do Verbo; o mais das vezes, porém, como fanático e sectarista.
Contradições deste tipo abundam.
Este é o resultado das alterações a interpolações dos romanos e alexandrinos. Copiaram, adaptando-os às suas necessidades político- financeiras, os documentos essênios que descreviam as pregações de Jonas ( entre outros, o “Sermão da Montanha”). Inseriram “milagres” do tipo atribuído a Apolônio de Tyana. Arranjaram um Mistério da Paixão em drama nos moldes dos cultos de Mitras, de Adonis, de Átis, de Diôniso e de Oannes — o que era necessário para tornar o seu “Jesús” numa Encarnação do Logos do Aeon de Osiris, o Deus Sacrificado. Tão cuidadosamente misturaram a verdade e mentira que durante quase mil e seiscentos anos todo cristão que procurou encontrar o Verbo em si mesmo — o único lugar onde pode ser encontrado — deparou, nos portais de sua alma, com este fantasma insidioso, esta blásfema quimera, este pesadelo teológico: “Nosso Senhor Jesus Cristo”.
“Adora-me!” — diz o Egrégora — “Eu sou o filho de Deus. Tu não és nada mais que uma criatura sem valor e pecadora, condenada desde o nascimento e destinada ao inferno não fosse por meu sacrifício; e sem mim nunca alcançarás o céu.” Talvez o senhor comece a compreender agora, Dr. G., a natureza daquilo a que nós chamamos a Grande feitiçaria? Após mil e seiscentos anos de vitalização por multidões de adorantes, e a absorção das cascas vazias de padres, freiras e fanáticos que se deixaram vampirizar por ele, o Egrégora existe no assim-chamado plano astral; e é um demônio, quer dizer, uma entidade ilusória. Não é um verdadeiro Microcosmo, mas uma gestalt de cascões vitalizados, um foco para tudo que há de negativo, derrotista, piegas, preconceituoso e introvertido na natureza dos cristãos: um lodaçal completamente hostíl ao progresso e á evolução espiritual deles.
E, no entanto, nada há mais sagrado ou puro do que está oculto neste nome, “Jesus Cristo”… É um híbrido dos títulos pelos quais os cabalistas essênios e os gnósticos gregos, respectivamente, chamavam o Iniciado que alcançasse a esfera de Tiphareth, o Filho — ou seja, a “sephira”, ou “plano” de consciência que em Nosso sistema corresponde ao grau de Adeptus Minor, e, no Rito Escocês, ao 33º grau.
Cristo, Chrestos, significa “Bom” e “ungido”. Este era um título nobre nos Mistérios de Eleusis. O Iniciado tem sempre sido um sacerdote-rei desde a antiguidade; a superstição absurda do “direito divino hereditário” dos reis foi outra adulteração dos romanos- alexandrinos para ajudar aos tiranos que os apoiavam. Seria realmente fácil se a verdadeira realeza, dura recompensa da Iniciação, pudesse ser transmitida por métodos dinásticos, ou conferida por um papa! Para fazer justiça a este tema um volume inteiro seria necessário; diremos apenas que os símbolos tradicionais da realeza são os símbolos da completa iniciação. O Cetro representa o Falo, a imagem material do Verbo; o Globo e a Cruz são formas da Cruz Ansata, o símbolo da imortalidade conferida pela Iniciação ( mostra a mulher “dominada” pelo homem, ou seja, satisfeita pelo homem….); a Coroa é Kether, o Sahashara Cakkram em completo funcionamento, a Primeira Sephira, o Ancião dos Dias, o Pai; o Manto Púrpura ornado de estrelas ou flores representa o Céu Noturno, a Aura do Sacerdote de Nuit; e finalmente, as roupagens rubro-douradas são o símbolo do Corpo Solar, o Corpo de Glória do Iniciado — vermelho e ouro sendo as cores heraldicas do sol.
Quanto ao nome “Jesús”, é escrito em hebraico IHShVH ( pronuncia- se Jehêshua). Note que isto é IHVH ( Tetragrammaton ) com Shin (Sh) intercalada. Shin é a letra que representa a um só tempo os elementos Fogo e Espírito, e, estando no centro de IHVH, equilibra as Quatro Forças Elementais Cegas do Demiurgo. Jeová — a Palavra de Moisés — torna-se Jeheshua — a Palavra de Jonas. Nesta Palavra o senhor tem o Deus Crucificado, Dr. G.: nela o Pentagrama, o Sinal do Homem, a Estrela Flamejante do Santuário; nela a chave cabalistica do Tetragrammaton Cristão, INRI, que significa, entre outras coisas, Igne Natura Renovatur Integra, ou seja: Pelo Fogo (do Espírito Santo) a natureza se Renova Inteiramente…
A diferença básica entre o Cristianismo e as religiões que o precederam é que o Mistério de Osíris, até então revelado apenas a aspirantes cuidadosamente selecionados nos mais profundos recônditos dos mais remotos santuários, foi abertamente oferecido ao mundo.
Antes do Aeon de Osíris, no Aeon de Isis, os homens adoravam a Deus em uma de Suas múltiplas imagens (adaptadas à visão espiritual de indivíduos diversos em nações diversas) da mesma forma que uma criança ama e adora sua mãe: como Alguém que protege, alimenta, conforta e ocasionalmente corrige e castiga, mas sempre como alguém exterior a si mesmos.
Foi a revelação do Mistério da Morte de Osíris que acordou os homens para a consciência de que eles, em si mesmos, são a divindade encarnada. Tampouco podemos ir muito longe neste assunto, pois é matéria para outro volume. O Aeon de Virgo-Pisces, com suas vibrações, adaptava-se às idéias de devoção e auto-sacrifício, tornando a Iniciação Racial possível em larga escala; mas é necessário que o senhor compreenda, Dr.G., que o Mistério de Osíris data da mais remota antiguidade. O Deus Sacrificado é fórmula anterior à destruição da Atlântida, quando o verdadeiro significado dos símbolos, até então geralmente conhecido, tornou-se o privilégio de alguns poucos iniciados. Um sacrifício humano anual, para ajudar a colheita, era um rito genérico entre todas as tribos agricultoras da Europa e da Ásia Menor há cinco mil anos atrás; e mesmo nos primórdios do Romanismo ainda era praticado por tribos indo- européias. O sacrificado era, originalmente, o rei da tribo; reinava durante o ano, e era executado nos Ritos da Primavera, ou Páscoa (em ingles Easter, corruptela de Ishtar). Era tratado como encarnação do deus tribal, e adorado até o momento de sua morte. Com seu sangue os campos de cultivo eram salpicados; sua carne era comida por nobres e sacerdotes; e o povo tinha de contentar-se em respirar a fumaça de certas partes queimadas e oferecidas à divindade que ele havia encarnado (estas partes variavam: algumas tribos queimavam os órgãos sexuais, outras o coração).
Eventualmente, com o desenvolvimento da inteligência, a fórmula tornou-se mais conveniente para os reis: algum gênio tribal concebeu a idéia de um vicário; e desde então, um rei substituto era simbolicamente ungido para a ocasião, para ser sacrificado no lugar do rei verdadeiro. Primeiro usaram voluntários, depois velhos e doentes ou criancinhas, a seguir inimigos, e por último animais.
Em muitas tribos os pais, em vez de se sacrificarem, sacrificavam seus primogênitos (neste caso eram os pais os chefes ou patriarcas das tribos). Na Bíblia, a história do primogênito de Abraão é uma hábil fábula que marca a transição, entre os primeiros judeus, do sacrifício dos primogênitos a Jeová para aquele dos bodes expiatórios.
Sacrifícios humanos, acompanhados de antropofagia ritual, eram costume no continente indoeuropeu, na Austrália, no continente africano e no Novo Mundo. A presença universal de tal rito, numa época em que a arte da navegação era praticamente nula, indica uma origem comum na Antiguidade, Esta foi a Atlantida, se bem que o senhor deva notar que seus habitantes não praticavam sacrifícios humanos. Foi precisamente a destruição desta civilização (devida não a “castigo divino”, mas a um dos grandes movimentos periódicos da crosta terrestre a intervalos de vinte mil anos) que, havendo deixado apenas algumas colônias em outras terras, resultou na volta à barbárie que ali ocorreu quando o símbolos passaram a ser interpretados da forma mais grosseira. Alguns mais avançados da cultura atlante mantiveram o verdadeiro significado. Entre eles, o Egípto, onde os Mistérios Menores ( de Isis e Osíris ) eram celebrados com pleno conhecimento de seu significado verdadeiro (é suficiente que o senhor recorde que no Livro dos Mortos a alma do morto ou da morta é sempre chamada Osíris), e os Mistérios Maiores ( de Nuit-Hadit-Hoor ) preservados com o máximo segredo.
Foi do Egito que veio a Corrente de Osíris, a qual, devido à diversidade de povos e línguas, e às dificuldades de comunicação no plano material, manifestou-se em pontos diferentes do continente indoeuropeu sob formas diversas, embora seguindo sempre a fórmula do Deus sacrificado. A corrente começou aproximadamente no ano 500 A.C.
Um estático da Ásia Menor, cujas aventuras tornaram-se lendárias, e que eventualmente ficou conhecido pelo nome de Diôniso, viajou pela Grécia, Ásia Menor e India, ensinando a nova fórmula de Iniciação Racial. Este iniciado, o original verdadeiro do “Jesús Cristo” evangélico, foi um filho espiritual de Krishna, ou antes, de Vishnu, de quem foi Krishna o principal avatar; e sua Palavra era INRI, que é uma modificação da Palavra de Krishna, AUM. Citamos aqui o Capítulo 71 de LIBER ALEPH, um dos mais profundos trabalhos do Mestre Therion: “Krishna tem inumeráveis nomes e formas, e não conheço seu verdadeiro Nascimento humano. Pois sua Fórmula é de alta Antiguidade. Mas Sua Palavra espalhou- se por muitas terras, e hoje a conhecemos como INRI com o IAO secreto aí oculto. E o significado desta Palavra é a Maneira de Trabalho da Natureza em Suas Mutações: isto é, é a Fórmula de Magia pela qual todas as Coisas se reproduzem e recriam a si mesmas. Porém, esta Extensão e Especialização foi antes a Palavra de Diôniso; pois a verdadeira Palavra de Krishna era AUM(OM), implicando antes numa asserção da Verdade da Natureza do que numa Instrução prática sobre Operações Detalhadas de Magia. Mas Diôniso, pela palavra INRI, estabeleceu a fundação de toda Ciência, da forma como hoje entendemos a palavra Ciência em seu senso particular, ou seja, o de causar a Natureza externa a mudar em Harmonia com nossas Vontades.” Este Iniciado, cujo nome carnal é hoje desconhecido, mas que conhecemos por Diôniso (o qual pode ter sido seu nome, pois se tornou bastante comum na Ásia e na Grécia depois de sua morte), viveu e trabalhou aproximadamente quinhentos anos antes da assim-chamada “era cristã”. Foi mencionado por um dos profetas judeus — Isaias — em várias passagens do Livro de Isaías. Estas eram estudadas com veneração profunda pelos velhos Essênios, que sabiam do seu sentido oculto. A passagem principal é citada aqui (parênteses meus):
“Quem acreditou em nossa pregação? A quem foi mostrado o braço de Adonai? (braço é um eufemismo para o falo, o órgão material do Verbo.
Coxa, braço, quafril, chifre, etc., são eufemismos para penis, usados tanto no Novo quanto no Velho Testamento para apaziguar as mentes prurientes dos tradutores que, projetando seus próprios traumas psíquicos, acharam que o povo ficaria chocado ao ouvir uma pica chamada de pica. Este tipo de “censura bem intencionada” ainda hoje é praticado: os cristãos todos parecem achar-se capazes de “proteger a virtude” de seus semelhantes!) . Porque foi subindo como um rebento novo ( ou seja, como uma Palavra nova, necessariamente mal-entendida e temida a princípio) perante Ele, e sua raiz em uma terra seca; não tinha presença nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza tinha ele que nos agradasse.
“Foi desprezado, o mais rejeitado entre os homens; homem que sofrera, e sabia o que é padecer; como um de quem os homens se desviam, foi desprezado, e dele não fizemos caso.
“Em verdade ele tomou sobre si nossas mazelas; as nossas dores carregou sobre si; e por isto o considerávamos, aflito, ferido de Deus, e opresso; “Ele foi golpeado, mas por nossas transgressões; moído, mas por nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe a paz caíu sobre ele, e pelas suas pisaduras nós fomos sarados.
“Andávamos todos desgarrados, como ovelhas; cada um se desviava do caminho, mas Adonai fez caír sobre ele a iniquidade de nós todos”.
“Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e como ovelha, muda perante seus tosquiadores, manteve silêncio.
“Por decreto tirânico nos foi arrebatado, e sua linhagem, quem dela cogitou? Pois ele foi cortado da terra dos vivos; por causa da transgressão do meu povo foi ele ferido.
“Deram-lhe sepultura com os perversos, mas com o rico habitou em sua morte; pois nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.
“Todavia, a Adonai agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando ele deu a sua alma (a Vulgata tem der , para sugerir que isto é uma profecia sobre — claro — “Jesús Cristo”) como oferta pelo pecado, viu a sua posteridade ( isto é, seus filhos mágicos ) e prolongará seus dias; a vontade de Adonai prosperará em sua mãos.
“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com a sua compreensão ( isto é, Binah; a “entrega da alma” corresponde à Passagem do Abismo ) justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
“Por isso eu lhe darei muitos como a sua parte ( isto é, como seus discípulos ), e com os poderosos (isto é, os Reis ou Potestades — uma das hierarquias celestiais ) repartirá ele os despojos; porquanto derramou a sua alma ( isto é, o seu sangue — vinho de IAO — na Taça de BABALON, que contém o sangue dos santos ) na morte; foi contado com os transgressores ( isto é, considerado malígno ); contudo levou sobre si os pecados de muitos, e pelos transgressores ( isto é, os malígnos entre os quais foi contado, os quais eram na realidade os que o condenavam ) intercedeu.”
LIVRO DE ISAÍAS, III, vv. 1 – 12.
Talvez o senhor compreenda melhor o acima se eu citar aqui alguns raros versos de um dos Livros Santos de Télema:
“46. Ó meu Deus, mas o amor em Me rebenta sobre os laços de Espaço e Tempo; meu amor é derramado entre aqueles que não amam o amor.
“47. Meu vinho é servido àqueles que nunca provaram vinho.
“48. Os fumos dele os intoxicarão, e o vigor do meu amor engendrará bebês pujantes em suas virgens.”
LIBER VII, vii, vv. 46 – 48.
Há certos segredos iniciáticos, Dr. G., que não podem ser revelados pela simples razão que apenas aqueles que os experimentaram em si mesmos são capazes de compreender referências a eles feitas.
Portanto limitar-me-ei a dizer que a história simples contada nos versos de Isaías descreve a carreira de todo Adepto Cristão. Isto, em teoria, seria também a história de todo maçon do grau 33º; mas na prática, embora não tenham os srs. perdido a Palavra, mantêm a letra mas não o espírito. Os senhores maçons caíram bem aquém do que era intencionado por seu sistema — isto principalmente devido ao constante ataque da Igreja de Roma.
Os patriarcas romanos-alexandrinos que escreveram o Novo Testamento copiaram palavras de verdadeiros Iniciados; resulta que, encerradas em seus evangelhos adulterados, ainda há várias chaves que aqueles que “tiverem ouvidos de ouvir” (isto é, percepção espiritual: o sentido da audição corresponde ao Akasha hindu, o Elemento do Espírito) podem usar para encontrar a Medicina Universal e o Elixir da Vida …
No entanto, os romanos-alexandrinos erraram tristemente ao tentar usar de métodos profanos para expandir um cristianismo viciado por interpretações dogmáticas e ambições temporais de poder político e financeiro. Falharam por não fazerem o preconizado por Jonas aos essênios: “Dar a Cesar o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Invariavelmente, quando quer que na história da humanidade um sistema de teurgia é conspurcado e se torna uma religião organizada, sofrem os elos entre o sistema e sua fonte espiritual. Os planos não podem ser misturados, e acreditando-se movidos pelas melhores intenções, os romanos-alexandrinos foram na verdade impelidos por vaidade e orgulho — sentimentos enraizados no ego, precisamente a faculdade que o homem deve destruir na passagem do Abismo.
O resultado foi que, perdendo contato com o Logos do Aeon de Osíris, a igreja romano-alexandrina tornou-se instrumento de forças demoníacas — isto é, de forças ilusórias, egóicas — e deu-se desde então a erros espantosos, a crueldades indizíveis.
Consequentemente, os verdadeiros cristãos retiraram-se daquela igreja no momento mesmo em que ela triunfava sobre suas “rivais” gnósticas e essênias, e aliava-se aos príncipes do mal deste mundo.
Retiraram-se, e silenciosamente continuaram seu trabalho através de todo o abuso e perseguição que se seguiram; e eventualmente, para contrafazer mais eficientemente os efeitos da Grande Feitiçaria, criaram a Maçonaria.
O senhor sabe, é claro, que o Rito Antigo, ou melhor, a Grande Loja da Inglaterra, foi organizada ( e o Rito inteiro reformado ) por um certo Elias Ashmole, judeu, e Irmão da R.C. A R.C. (que só existe neste mundo com este nome desde que o grande iniciado que se ocultou sob o nome de “Cristian Rosenkreutz” começou o movimento que resultou na Renascença, na Reforma e nas revoluções Francesa e Americana ) é responsável pelo Mistério do Logos — o Mistério do cristo. É tarefa dela zelar para que este Mistério jamais seja perdido pela humanidade. Quando quer que, por erros humanos, por oscilações do karma terrestre, ou pelas leis do acaso, a transmissão da Palavra e do Sinal (isto é, a sucessão apostólica) é ameaçada, é a R.C., sob um de seus muitos véus (ela nunca usa abertamente o nome de R.C.!), através de um ou mais de seus Irmãos, que lembra a humanidade o significado espiritual da Encarnação; da promessa da Ressurreição; da Grande Obra, isto é: o estabelecimento do Reino de Deus sobre a Terra.
A R.C. nunca interfere de forma alguma com a organização ou direção de ritos maçônicos; nem seus Adeptos, necessáriamente, ingressam em tais ritos. Apenas, informação em quantidades suficientes é outorgada, e fontes de pesquisa são sugeridas ao exame dos maçons, para que o significado espiritual dos ritos seja reestabelecido pelos próprios maçons.
A R.C. está abaixo do Abismo: a Grande Ordem que não tem nome é simbolizada pelo Olho no Triângulo, e este é o Collegium Summum, ou a S.S., da A.•.A.•.
A A.•.A.•. é apenas uma das Fraternidades Iniciáticas, e abaixo do Abismo é das mais novas. Foi organizada em sua forma presente na primeira década deste século.
Quanto à S.S., é a mesma para todas as fraternidades iniciáticas.
Isto é fonte de surpresa, às vezes, para iniciados de graus mais baixos, pois, chegando a certas consecuções, verificam que Mestres que pareceram pregar doutrinas completamente opostas ( como, por exemplo, Maomé e Jonas ) estão sentados lado a lado no Areópago dos Adeptos.
Recapitulando: Quem é “São João Batista”? É Jonas, Ionas, Jon, Johannes, João, o Mestre de retidão dos essênios, cujos sermões são postos nos Evangelhos na boca de “Jesús”.
Quem é “Jesús”? É qualquer indivíduo que tenha atingido o Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião, o Paracleto.
Quem é “Jesús Cristo”? É o nome dado pelos Romano-Alexandrinos à sua versão fictícia do Logos do Aeon de Osíris, cuja Palavra foi INRI, e a quem Nós conhecemos por Diôniso.
Quem é o “Pai” a quem “Jesús” sempre se refere nos Evangelhos? É o Logos, a LVX, o Verbo, cuja Sephira é Chokmah, o Primogênito de Kether.
Quem é o Cristo? Tecnicamente é todo e qualquer Adepto, desde que, no simbolismo grego, o nome corresponde ao essênio Jeheshua; mas na prática o título é usado para designar o LOGOS AIONOS.
Do ponto de vista místico, “ninguém atinge o Pai a não ser pelo Filho”; consequentemente, desde que todo Adepto Cristão é uma Encarnação do Verbo, a distinção entre o Cristo Solar e o Cristo Interno é mera ilusão do profano. Ego sum qui sum, diz o Iniciado: AHIH, EU SOU O QUE SOU.
Quando Aleister Crowley estava sendo “julgado” (foi nesta ocasião que o juiz presidindo o chamou de “o pior homem do mundo”), o promotor lhe perguntou: “Não é verdade que o senhor se chama a si mesmo de A Besta do Apocalipse?” Crowley, que já estava acostumado a esperar o pior de seus semelhantes, respondeu com a paciência e agudeza de humor que lhe eram característicos: “Esse nome significa apenas O Sol. O senhor pode me chamar de Raio-de-Sol, se quizer.” Isto é: chamá-lo de Adepto, ou seja, Jeheshua, ou seja, Maçon 33º, Dr. G.: Sol em miniatura, isto é, Tiphareth…
Esta confusão entre o Adepto e seu Pai aparece até em “João Batista”, quando ele diz: “Eu sou a Voz (ou seja, o Verbo) que clama no Deserto ( isto é, no Abismo).” O mais antigo símbolo conhecido para o Logos é o Olho dos Egípcios; e o Olho está no Abismo; este é o Olho no triângulo, e este é o verdadeiro Baphomet, o Chefe Secreto de todos os maçons.
Abaixo do Abismo, Ele é representado por dois Adeptos, um do Pilar Branco, o outro do Pilar Negro. O do Pilar Branco é o Adepto Exempto, e ele promulga a Lei; o do Pilar Negro é o Adepto Maior, e ele faz com que as promulgações do Adepto Exempto sejam cumpridas.
Os judeus, depois que pararam de sacrificar primogênitos, tinham dois bodes sagrados para os festivais, um branco e outro negro. O branco era sacrificado a IAO ( o nome mais antigo de Jeová); o negro, carregado com as maldições dos sacerdotes, era impelido para o deserto…
Compreende o senhor melhor agora, Dr. G., por que razão a Sala dos Maçons é chamada a Sala do Bode Preto? O Olho no Abismo é o Olho do Sol, o Olho de Hoor, que, por certas razões ocultas, é identificado com o anus. É por isto que se dizia, dos iniciados de Satã, que eles “beijavam o anus de um bode preto”…. No Egito antigo, em certo ritual onde cada parte do corpo do Iniciado era colocada em relação com cada parte correspondente de algum ser divino, o Iniciado dizia em dado momento: “Minhas nádegas são as Nádegas do Olho de Hoor.” Mas quem diabo — perdoe o trocadilho — é na verdade este notório Satã que os padres romanos nos acusam de adorar, e a quem eles culpam por seus fracassos (ao invés de culparem a sua estupidez preconceituosa)? Quando a Igreja Romana começou a “catequização” das províncias, encontrou continuamente deuses locais. Aprendendo as peripécias lendárias de tais deuses, os engenhosos padres romanos fabricavam um “santo” com as mesmas proezas, e diziam aos ignorantes pagãos: “Esse seu deus não é mais que um demônio que tenta lhes desviar de Nosso Senhor Jesús Cristo, e para este fim imita as façanhas de nosso amado mártir Fulano. E se vocês não me acreditam, ouçam a história da vida de nosso santo mártir…” Desta forma, a Igreja Romana assimilou em sua liturgia um panteão inteiro de deuses pagãos que eram transformados em santos e santas e mártires imaginários — os únicos mártires cristãos do início do cristianismo foram os essênios e os gnósticos, a quem os romanos- alexandrinos acusaram, caluniaram, e denunciaram aos imperadores.
Exemplos: aqueles que adoravam o Cristo sob a forma de um asno ( Príapus ), os que adoravam o Cristo sob a forma de um peixe ( Oannes ); os que adoravam o Cristo sob seu nome de Baco ou Diôniso…
Mas houve um deus pagão que os romanos não conseguiram absorver, porque suas peripécias eram por demais virís para serem atribuídas a um “santo romano”, que era necessariamente um castrado, no corpo ou no espírito. Por outro lado, seus ritos eram tão vitais, tão universalmente populares nas províncias, que era impossível esperar que o povo o esquecesse: depois de seis séculos de tirania romano- alexandrina, ele ainda era conhecido e adorado: o deus PÃ, o deus de chifres e de cascos de bode…
Portanto, não podendo fazer dele um santo, Dr.G.’fizeram dele o diabo.
Uma profusão de dados sobre tudo o que foi escrito acima pode ser encontrado nos seguintes livros:
THE GOD OF THE WITCHES, de Margaret Murray O LIVRO DOS MORTOS, trauzido do egípcio por Sir Wallis Budge.
THE GOLDEN BOUGH, de Sir James Frazer, na edição completa em vários volumes. Neste trabalho monumental o senhor encontrará um estudo detalhado dos deuses pagãos tornados em “santos” e “mártires” do calendário romano…
Mas voltando ao deus PÃ: a igreja Romana lutou contra os ritos deste deus durante vários séculos. Os festivais de Pã eram orgiásticos — daí sua popularidade — e celebrados nos Equinócios e Solstícios. Eventualmente, a Igreja Romana foi forçada a incorporar estes rituais em sua liturgia, visto ser impossível eliminá-los; e sabiamente fez deles os festivais mais importantes do culto a “Nosso Senhor Jesus Cristo”: a Páscoa ( com Corpus Christi ), o “Natal”, o dia de “São João Batista” e o dia de “São João Apóstolo”.
Eventualmente, a reforma gregoriana mudou o “Natal”, que a princípio era oscilável como a Páscoa e Corpus Christi, e caía no Solstício; e tendo finalmente absorvido o rito orgiástico que então tinha lugar, os padres fixaram a data de 25 de dezembro (dava muito na vista, um aniversário oscilante…). Então os católicos romanos, seus derivados posteriores e muitas ordens ocultistas espúreas celebram nessa data a “ressurreição” ou “nascimento” do Sol: isto porque o solstício de inverno é o momento em que o Sol, tendo alcançado seu máximo declínio meridional na eclítica, começa sua volta para o Norte, levando o calor que renovará a vida da vegetação na Primavera.
Mas, do ponto de vista iniciático, quem era este Pã? Como qualquer deus de toda e qualquer terra em todo e qualquer período da história do mundo, era uma das formas pelas quais ou o Sol espiritual, que é o Pai verdadeiro, ou o seu primogênito, que é a “Bêsta”, são adorados. Esta Besta varia segundo a precessão dos equinócios, pois o Equinócio de Primavera se move ( devido ao deslocamento de ponto vernal ) de signo para signo no Zodíaco aproximadamente em cada dois mil e quinhentos anos; e no Zodíaco os signos são alternadamente representados sob a forma humana e animal.
No Aeon Passado, os pontos vernais caíam respectivamente em Virgo e Pisces, a Virgem e o Peixe; no que lhe antecedeu, caíam em Áries e Libra, o Carneiro e a Justiça (a mulher com a espada e a balança dos romanos antigos); no presente os pontos vernais caem em Aquarius, ou seja, a Mulher com a Taça (BABALON) e em Leo, ou seja, a Grande Besta Selvagem (THERION).
O deus Pã é simplesmente a fórmula do Logos que data do Aeon de Câncer- Capricórneo. Aí está o “diabo” dos padres romanos reduzido a suas verdadeiras proporções. Reduzido?… Bem, é uma questão de ponto de vista…
Não podemos nos aprofundar nesta questão do deus Pã, nem no simbolismo dos chifres, nem mesmo na história completa da luta da Igreja Romana contra o culto do “Diabo”; um culto que, diga-se de passagem, Roma jamais conseguiu destruir, a despeito de seus esforços sinistros. O senhor encontrará os dados fundamentais para tal estudo num livro precioso, publicado pela primeira vez no Século XVIII, mas recentemente republicado nos Estados Unidos e Inglaterra:
TWO ESSAYS ON THE WORSHIP OF PRIAPUS, de Payne Knight.
Limitar-nos-emos a dizer aqui que este era o deus adorado por “bruxos” e “feiticeiros”, que preservaram seus ritos orgiásticos apesar de toda a perseguição implacável, das calúnias absurdas e do terrível risco de tortura e morte na fogueira, alem de outras punições impostas pela Igreja de Roma não só na Idade Média como até ao Século XVIII — e que só não são impostas até hoje devido ao trabalho paciente e silencioso dos maçons, representantes dos verdadeiros cristãos…
Depois que Romanos e Alexandrinos estabeleceram seu domínio teológico no Concílio de Nicéia (disto falaremos depois) e instituiram o dógma de “Jesus Cristo” como personagem histórico e “única” encarnação do Verbo, os poucos essênios e gnósticos que sobreviveram à “purgação” continuaram, sob o maior segredo, a tradição pura e original dos Mistérios Menores do Egito e da Fórmula de Diôniso.
Várias vezes, no curso destes mil e quinhentos anos, os Iniciados tentaram reconstituir abertamente os ensinamentos essênios e gnósticos. Em toda ocasião em que isto aconteceu, a Igreja Romana interveio com fúria demoníaca, assassinando homens, mulheres, velhos e até criancinhas, sem a mínima compunção; ao ponto mesmo ( como no caso dos Albigenses ) de capitães medievais, homens supostamente embrutecidos pela violência das batalhas selvagens da época, terem ficado tão fartos da chacina que foram perguntar ao papa se, por ventura, não estariam exterminando inocentes com os culpados (essa gente morria tão virtuosamente, o senhor compreende!). E foi em tal ocasião que o Bispo de Roma honrou a tradição cristã de sua igreja com as seguintes palavras: “Matai a todos; Deus distinguirá os seus.”
A matança, Dr. G.. incluía até recém-nascidos.
E não é que se tratasse de fé cega, por parte do Bispo de Roma, na crassa teologia do seu credo. Não é que ele acreditasse realmente na existência de um “salvador” chamado “Jesus”, e no fato dos Albigenses serem “criaturas do Diabo”. Não, DR. G., não havia sequer a justificativa do fanatismo – se de justificativa podemos chamá-la – pois os papas romanos sabem, e sempre souberam, que nunca houve nenhum “Jesus Cristo!”.
Talvez lhe seja difícil crer no que digo? Pois lembre-se das palavras históricas, proferidas num momento de descuido por um dos mais cínicos e mais prósperos dos papas, Leão X:
“Quantum nobis prodeste haec fabula Christi!”.
Ou seja: “Quanto nos ajuda esta fábula de Cristo!”.
O senhor deve se lembrar de que os documentos originais daquilo que os Romanos chamavam de “Cristianismo” estão preservados na Biblioteca Secreta, do Vaticano. É bastante simples para os pouquíssimos prelados a quem a Cúria dá acesso aos documentos mais antigos, verificarem onde acabam os fatos e começa a ficção.
Creio que já falamos suficientemente da história passada da Igreja de Roma. Não deve ser necessário que eu lhe lembre Joana D’Arc, nem Gilles de Rais (contra o qual foram feitas as acusações mais horrendas, mas contra o qual jamais apresentaram evidências – nem sequer um ossinho! – das centenas de crianças que ele havia, supostamente, sacrificado; e seus acusadores, e juizes, dividiram entre si, seus consideráveis bens), nem os Templários, nem o Imperador Frederico Hohenstaufen, nem João Huss, nem Michel Servent, nem Henrique IV (assassinado por ordem dos Jesuítas), nem os Cátaros, nem os Albigenses, nem os Huguenotes, nem os Judeus e Árabes de Portugal e Espanha, nem os Gnósticos franceses, alemães, escoceses, irlandeses e ingleses que foram chamados de “feiticeiros” e forçados a confessar obscenidades sob torturas diabólicas, nem Cagliostro, nem uma quantidade imensa de Maçons cujos ossos branquejam a estrada que leva à Roma. Creio que, a um Maçon, não deve ser necessário falar mais do passado dessa igreja infame.
Falemos então do presente – desta época de “reforma” e do “Papa da Paz”. Mudou a Igreja de Roma? Dr. G., o senhor acha, certamente que essa propalada reforma romana, que esse muito propagandizado concílio ecumênico, que as duas bulas de João XXIII (na realidade João XXIV: houve uma época, entre outras da história do papado, em que havia três papas. Um deles chamou-se João XXIII, foi forçado a renunciar ao papado quando os dois outros fizeram um pacto contra ele, e pouco após morreu envenenado – por quem, deixamos ao senhor ponderar) – o senhor acha que tudo isso fará da Igreja de Roma algo mais humano, mais próximo de Deus e do Seu Logos? Muito bem; tenho diante de mim, neste instante em que lhe escrevo, um catecismo católico romano chamado “Doutrina Cristã”. É publicado pelas Edições Paulinas e leva o nº. 1; é destinado, portanto, ao condicionamento das mais tenras criancinhas. O senhor me disse que, na sua opinião, a Igreja Romana era uma boa introdução à vida adulta para crianças. Se assim é. Considere as seguintes passagens que transcreverei desse livreto infame (os parênteses são meus):
“Eu gosto do meu catecismo.” (Auto-sugestão inconsciente).
“O catecismo me ensina o caminho do céu.”(Do outro lado, o inferno).
“O caminho do céu é: conhecer a Deus”(pela boca dos padres), “amar a Deus” (de acordo com a definição de “amor” por parte dos homens que evitam todas as manifestações sadias desse sentimento), “e obedecer a Deus”(pela boca dos padres, seus únicos representantes legítimos; os demais são servos do diabo, e se alguém tentar definir por si mesmo a obediência a Deus, esse alguém na Idade Média era queimado vivo, e hoje em dia é culpado de orgulho, um dos pecados mortais).
“Eu irei sempre ao catecismo para conhecer o caminho do céu” (a ameaça velada é que, se a criança não for ao catecismo para aprender o caminho do céu, acabará no inferno).
“Estudarei sempre direitinho o meu catecismo”(e há quem diga que os comunistas inventaram a lavagem cerebral!).
Isto, apenas como introdução. Seguem-se as seguintes notáveis “verdades”: “Jesus morreu na cruz para nos salvar” (falsidade histórica; mas a implicação dogmática é que, desde que somos criaturas condenadas ao inferno desde o nascimento não fosse por “Jesus”, precisamos, mesmo na infância, de salvação. Que distância entre isto e “Deixai virem a mim as criancinhas, pois delas é o reino dos céus…”.
“As criancinhas gostam muito de Nossa Senhora” (se isto fosse uma cartilha usa, e em vez de “Nossa Senhora” estivesse Lênin, nós chamaríamos este tipo de propaganda de atentado contra a mente humana; no entanto, Lênin, pelo menos, realmente existiu!…) “Nossa Senhora é a mãe de Jesus”. (De fato, BABALON é a Mãe de Adepto; mas não é assim que eles interpretam!…) Mais adiante, o “Credo”, com a nota: “O Credo é o resumo da religião que Jesus nos ensinou.” Isto é uma mentira deslavada, pois nem Jon nem Dioniso, os originais de “Jesus Cristo” evangélico, ensinaram religiões. Buda não pregou o Budismo, nem Lao-Tsé o Taoísmo, nem Maomé o Islamismo; nenhum guia espiritual de vulto estabeleceu qualquer dogma formal, com exceção de Moisés; e ele, ao menos, tinha a desculpa de precisar criar uma cultura do nada, de fazer uma nação daquela multidão de ex- escravos superticiosos e rebeldes que o seguia. São sempre os sucessores dos Magos (diga-se de passagem, os falsos sucessores) que organizam religiões e dissociam o Espírito da Letra, mais cedo mais tarde comportando-se de forma completamente oposta àquela recomendada pelo Instrutor.
No entanto, no caso presente, a mentira é dupla; pois além do fato de que Jon não deixou “religião” a ser seguida, o Credo de Nicéia, que é o credo a que o catecismo em questão se refere, não era sequer um sumário da religião que começava a se cristalizar em redor dos ensinamentos de Jon. Este credo era antes um códice dos dogmas que os Romano- Alexandrinos consideravam essenciais ao estabelecimento de sua dominação política, material, temporal, sobre as muitas congregações – igrejas – fundadas na Ásia Menor e na península romana por seguidores e discípulos de Jon, cada qual com variações de doutrina e temperamento determinadas por condições locais e idiossincrasias do discípulo fundador. Estes discípulos foram os originais dos “apóstolos” dos “Atos” (os “Atos” são uma antologia cuidadosamente censurada; e deturpada pela introdução de incidentes e nomes altamente imaginários, de alguns dos discípulos de Jon. As mais gritantes falsidades lá se encontram misturadas a fatos históricos. O propósito de tais falsificações foi a afirmação da autoridade da Igreja Romana, a qual, longe de ser a mais velha das igrejas Cristãs, era a mais nova e certamente a menos Cristã, de todas. Um exemplo interessante é “Simão Pedro”, que é o mesmo “Simão o Mago” que a ele se opõe nos Atos… Era um Gnóstico a quem a Igreja Romana teve que atribuir a sua fundação, pois ele pregara em Roma e era universalmente respeitado por todas as congregações; mas ao mesmo tempo, teve que ser atacado devido as doutrinas que tinha em comum com os Gnósticos Gregos e os Essênios Hebreus. “Pedro” e “Paulo” são, possivelmente a mesma pessoa, mas só pesquisas futuras, empreendidas por investigadores sem preconceitos que tenham acesso a verdadeira documentação, poderão esclarecer tal ponto). A história da maneira pela qual os Romano-Alexandrinos forçaram o Concílio de Nicéia a votar neste Credo é um pântano de horrores. Tal era a situação que os patriarcas visitantes não ousavam andar pelas ruas de Nicéia, Roma ou Alexandria, sem terem ao menos uma dúzia de guarda-costas, por medo de serem assassinados por ordem dos patriarcas Romano-Alexandrinos.
(Vide OUTLINES ON THE ORIGIN OF DOGMA, DECLINE AND FALL OF THE ROMAN EMPIRE e LA MESSE ET SES MYSTERES para uma discussão detalhada deste assunto).
Mas examinemos esse “resumo da religião que Jesus nos ensinou”! “Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra…” (Já começa deturpado, pois o “Pai” a quem Jon se refere em seus sermões era Dionísio, o Logos do Aeon, o pai espiritual de Jon. O Criador do Céu e da Terra” era, na verdade, “Criadores”, no plural. A Gênese, um trabalho cabalístico, é sempre mal traduzida. Os “Elohim”, criadores do céu e da terra, eram literalmente “deuses macho-fêmea”, ou seja, uma hoste divina andrógina. Então, o senhor talvez perguntará, quem era Jeová? Era o Pai de Moisés, da mesma forma que Dionísio era o Pai de Jon!…) Mas continuemos: “…e em Jesus Cristo, um só seu filho, Nosso Senhor…” (Estas dez palavras causaram mais mortes no Concílio de Nicéia do que quaisquer outras. Houve ocasiões em que patriarcas Romano- Alexandrinos provocaram com insultos pessoais outros patriarcas que se opunham a este “um só seu filho” ou a este “Nosso Senhor” até que os ofendidos reagissem – e fossem imediatamente apunhalados por assassinos previamente instruídos. Quanto a parte de “Jesus Cristo” ninguém a ela se opôs seriamente, visto que os verdadeiros Iniciadores Cristãos nem sequer se deram ao trabalho de ir ao Concílio, sabendo tratar-se de caso fraudulento, como quaisquer outros concílios convocados pelos Romano-Alexandrinos antes ou depois deste. Os Iniciados Cristãos já começavam a organizar (prevendo a necessidade premente que para eles haveria) as irmandades secretas que apareceriam abertamente na Idade Média, como Franco-Maçonaria – o grêmio maçon que construiu as grandes catedrais Góticas. Esses franco- maçons formavam uma classe social a parte, pois, não sendo nobres nem padres, nem militares, não eram camponeses ou vassalos, tampouco. A Igreja Romana os protegia porque deles precisava para a construção – sendo ela, até hoje, incapaz de construir coisa alguma… E foi através dessas associações de pedreiros que o verdadeiro Cristianismo foi transmitido de reino a reino, de cidade a cidade, e isto, ironicamente, sob a proteção dos romanos… Veja-se THE ARCANE SCHOOLS, ou qualquer bom compêndio de história da maçonaria para maiores detalhes).
“…o qual foi concebido do Espírito Santo…” (Outra fonte de muitos assassinatos foi este dogma. Sobre ele não faremos comentários: padres romanos certamente lerão esta carta, e não temos qualquer intenção de dar a eles quaisquer dados sobre a natureza do Espírito Santo. Já que eles o invocam tanto, devem saber o que Ele é!…) “…nasceu da Virgem Maria…” (esta Virgem Maria é também a Grande Puta do Apocalipse. É a Grande puta porque Ela se dá a tudo o que vive; e é a Virgem porque permanece intocada por tudo a que se entrega. Quem é Ela? É a Casa de Deus, a Natureza, a Grande Mãe, e as leis naturais são as únicas leis realmente divinas… Ísis-Urânia, NUIT, Nossa Senhora das Estrelas, é a concepção dessa Mãe Grande e Eterna, copulando desavergonhadamente e avidamente com todas as suas criaturas, pois em cada uma delas Seu Senhor se manifesta e A ocupa.
É também a mais alta e mais verdadeira forma de PÃ. A Ísis eternamente inviolada e esta Virgem Imaculada, e as imagens de Virgem com o Menino Jesus nas Igrejas Romanas são cópias das múltiplas imagens de Ísis com o Menino Hoor, que podem ser examinadas na seção de Egiptologia de qualquer museu).
“…padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos…”(pessoa altamente questionável esse Pôncio Pilatos, do ponto de vista histórico.
Recentemente foram “descobertas” e “reveladas” nos E.U.A umas “cartas da mulher de Pilatos a uma amiga”. Estas relatam como a vida do casal tornou-se puro melodrama depois de haverem lavado as mãos no caso “Cristo Jesus”. Mais conversa fiada jesuítica, sem dúvida…) “…foi crucificado, morto e sepultado, desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos, está sentado a mão de Deus Pai Todo Poderoso donde há de vir julgar os vivos e os mortos” (Tudo isto tem um significado esotérico, e é verdade de todo Cristo, de todo Adepto; mas os padres de Roma profanam estes símbolos quando os interpretam da forma mais crassa).
“Creio no Espírito Santo… (eles nem sabem o que Ele é, não tendo merecido Sua presença sequer uma vez, ao longo de mil e seiscentos anos!) “…na Santa Igreja Católica… ” (esta é a única e verdadeira Igreja acima do Abismo, e inclui todos os cultos dos homens; mas os padres romanos querem aludir, naturalmente a igreja de Roma).
“…na remissão dos pecados…”(esta “remissão dos pecados”, que faz da humanidade uma raça suja e maldita é, de todas as blasfêmias deste credo, a menos perdoável. Esta é precisamente a razão pela qual a Igreja de Roma nunca mereceu a manifestação do Espírito Santo!) “…na ressurreição da carne…” (isto se refere a doutrina da regeneração, isto é, da Medicina Universal; mas tendo este e outros segredos do Cristianismo primitivo sido perdido pelos romanos, eles interpretam esta frase da forma mais grosseira. Veja-se o RITUAL DA MAÇONARIA EGÍPCIA de Cagliostro para maiores detalhes.) “…na vida Eterna…”(isto se refere ao Elixir da Vida, novamente mal interpretado).
“…Amém”.
Agora, por favor, atente bem para esta passagem que se segue: “Um dia, alguns anjos fizeram pecado.” (Mais adiante explicam o que é pecado.) “Os anjos maus são chamados demônios.” “Os anjos maus foram para o inferno.” (É necessário que haja inferno. Pondere como essas criancinhas eram felizes, sem saberem que havia inferno antes de entrarem em contacto com a Igreja de Roma!…) “Para que Deus nos criou? Deus nos criou para conhecê-Lo… (na versão de Roma) “…para amá-lo e serví-lo neste mundo… (os pais têm filhos porque precisam de admiradores e escravos, nenhum ser sobrehumano poderia ter outra motivação…) “… e depois ir com Ele ao Céu.” (todo cachorro bem treinado merece uma recompensa) Convenhamos: a versão romana do Criador mostra bem pouca imaginação criadora! Mas a insensatez continua:
“Adão e Eva eram felizes no Paraíso.
“Um dia, porém, fizeram pecado.
“Que é pecado? “O pecado é uma desobediência voluntária à lei de Deus ou LEI DA IGREJA.” (a ênfase é nossa. Note, por gentileza, que os astuciosos roupetas estão duplamente assegurados: primeiro, porque foram eles que escreveram “a lei de Deus”; segundo, porque são eles que escrevem a lei da igreja!) “Jesus morreu na cruz para nos salvar do pecado.” (eles nem sabem mais o que é “Jesus”, e nunca souberam o que é a Cruz) “Deus dá o prêmio aos bons e o castigo aos maus.
“O prêmio para os bons é o céu.
“O castigo para os maus é o inferno.
“O céu e o inferno NÃO TERÃO FIM. (a ênfase é nossa. Deus não é apenas destituído de imaginação, é também destituído de misericórdia, para não falar em senso de humor. Este “Deus” é um demônio — feito à imagem daqueles que o promovem!) “Quem vai para o céu? “Vai para o céu quem morre sem pecado grave.” Note que não é necessário ser virtuoso, alegre, corajoso, honrado, para ir para o céu. As virtudes positivas não têm sentido para as criancinhas “cristãs” à moda romana: é suficiente “morrer sem pecado grave”. Veja o senhor, no Apocalípse, o que o Amém tem a dizer à Igreja em Laodicéia, Cap. III, vv. 14-22.
“Quem vai para o inferno? “Vai para o inferno quem morre em pecado grave.” Desta forma, os cavaleiros de Roma podem manter seu bolo e comê-lo ao mesmo tempo. Se o senhor não é batizado ( por eles ) ao nascer, está destinado ao menos ao purgatório (favor lembrar que o purgatório é uma invenção relativamente recente, promulgada quando o povo começou a reclamar que Roma mostrava pouca caridade para com os homens: no começo, o inferno era a única alternativa para o céu). A vida do senhor, do nascimento à morte, é completamente subordinada a eles: comunhão, sacramento, confirmação, casamento, confissão….
Lembre-se, dr. G., que toda esta teologia que ameaça de tormento eterno aos que não a aceitam, toda esta síndrome de repressão, de escravidão psíquica e social, toda esta maquinação, está baseada nas mentiras deliberadas e conscientes dos patriarcas de Roma e Alexandria! Verdadeiramente, eles podem se gabar: “Quantum nobis prodest haec fabula Christi!” Mas, infelizmente para eles, Dr. G., o Cristo não é uma fábula.
E o Verbo se fez carne, e habitou em nós.
Tu que és eu mesmo, além de tudo meu; Sem natureza, inominado, ateu; Que quando o mais se esfuma, ficas no crisol; Tu que és o segredo e o coração do Sol; Tu que és a escondida fonte do universo; Tu solitário, real fogo no bastão imerso, Sempre abrasando; tu que és a só semente; De liberdade, vida, amor e luz, eternamente; Tu, além da visão e da palavra; Tu eu invoco, e assim meu fogo lavra! Tu eu invoco, minha vida, meu farol, Tu que és o segredo e o coração do Sol E aquele arcano dos arcanos santo Do qual eu sou veículo e sou manto Demonstra teu terrível, doce brilho: Aparece, como é lei, neste teu filho!
Os versos acima, Dr. G., foram escritos por Aleister Crowley, o “pior homem do mundo” de acordo com a opinião dos padres que organizaram a campanha difamatória que o seguiu por toda a vida.
Estes versos deveriam ser cantados com orgulho por todo Filho da Luz, ou seja, por cada ser humano, cada Filho de Deus! O senhor ainda acha que a Igreja Romana pode ser encarregada, por homens responsáveis, honrados e ajuizados, da educação de crianças? Dr. G., enquanto esta igreja não reconhecer publicamente seus crimes contra Deus e a humanidade; enquanto não renunciar para sempre a essa ameaça de inferno e a esse dógma de pecado com os quais forças negativas, que se opõem à evolução da humanidade, tentam impedir ao homem e à mulher que se tornem Deus por meio do ato sexual (veja o Evangelho de “João”, Cap. IV, vv. 13-16); enquanto ela for a causadora de masturbação e autismo entre os seus assim-chamados monges e freiras, em vez de permitir que se expressem livremente como homossexuais (qual são frequentemente) ou como heterosexuais (qual são algumas vezes); enquanto o Bispo de Roma não admitir que ele é um entre muitos, e herdeiros de uma história acumulada de erros; em suma, enquanto a Igreja de Romana existir (pois no dia em que renunciar a todas as suas infâmias não será mais “Romana”, mas finalmente parte da verdadeira Igreja Católica, a Humanidade), a ela se aplicam as palavras de Jon, o filho da Luz, copiadas por ela em seus assim-chamados “Evangelhos”: “Cuidado com os falsos profetas, que a vós se mostram como cordeiros, mas que internamente são lobos vorazes.
“Pelos seus frutos os conhecereis.
“Nem todo aquele que me diz Senhor! Senhor! entrará no reino dos céus, mas só aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus.
“Muitos, naquele dia, me dirão: Senhor! Senhor! Não temos nós profetizado em Teu nome, não temos expelido demônios em Teu nome, e em teu nome não realizamos muitos milagres? “Então eu lhes direi claramente: nunca vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquiade.” – Mateus”, VIII, vv. 15-23.
Francamente, Dr.G., não posso entender como um maçon, como um homem sensato e honrado pode, por um momento, defender uma instituição que é uma nódoa na história da humanidade. Nós, verdadeiros herdeiros do Cristo, temos sido acusados de odiar a Igreja de Roma. Sabe Deus que não a odiamos: nós a abominamos e desprezamos com a intensidade devida àquilo que não só é vil em si mesmo, como aviltante para tudo que é sagrado e valoroso no homem.
Dizem que o diabo corre da Igreja de Roma, e é verdade. Mas não é que nós a temamos: ela nos enoja. É inútil proclamar o efeito maravilhoso que o Romanismo tem exercido sobre a civilização ocidental. A verdade é precisamente o oposto. Roma tem combatido toda reforma e todo progresso a cada passo, aceitando-os apenas no último minuto, e então fingindo — aos incautos — tê-los inventado. A renovação das artes, das ciências, da liberdade humana, jamais veio de Roma; veio dos maçons, dos árabes, dos judeus, da herança pagã redescoberta na Renascença, dos protestantes alemães, franceses e ingleses, das invasões dos piratas normandos e até das hordas de tártaros e turcos: nunca de Roma.
Considere a evidência histórica, Dr. G.! Durante mil anos, o sistema feudal, tornado odioso justamente pelos abusos decorridos da aliança da igreja com os senhores feudais, oprimiu a população da Europa. Veio a reforma — e em um século o sistema havia praticamente desaparecido. A Inglaterra católica romana era uma ilhota insignificante perdida no mapa da Europa: veio Henrique VIII, expulsou os jesuítas, criou o Anglicanismo — e em duas gerações a Inglaterra derrotava a Espanha católica romana, tornava-se o maior poder naval do mundo e estava prestes a construir um império mais poderoso do que o dos Césares. A França decaíu com os Valois católicos romanos: veio Henrique IV, protegeu os huguenotes, foi assassinado por isto, mas em um século a França de Luis XIV deslumbraria o mundo. Os protestantes colonizaram a América do Norte; compare o progresso da civilização da América do Norte com a situação das Américas Central e do Sul, colonizadas por padres jesuítas! Os países onde, no momento, prevalece o dógma romano, estão atrasados de cinquenta a cem anos em progresso material, e moralmente, em certa áreas, o atraso é de quinhentos a mil anos. Os países protestantes têm sina muito melhor. Mas infelizmente, mesmo os protestantes não estão livres da mancha do “pecado original” e do complexo de culpa, como tampouco de crença na necessidade de “salvação”, já que usam os textos evangélicos fabricados pelos romano-alexandrinos; e não foi à toa que Ambrose Bierce, por muitos considerado um dos maiores iniciados americanos, escreveu, como parte da definição da palavra “cristão” em seu impagável e realista “O Dicionário do Diabo”:
“Sonhei-me no alto dum morro, e vejam só: Em baixo, pias multidões, com ar de dó
Triste e devoto, andavam de cá para lá, Domingadas em suas roupas de sabá, Enquanto na igreja os sinos gemiam Solenes, alertando os que em falta viviam.
Foi então que pessoa alta e magra eu vi Vestida de branco, a olhar para ali Com a face tranquila, suave, simbólica, E os olhos repletos de luz melancólica.
‘Deus te abençoe, estranho!’ — exclamei.
‘Inda que, por teu diverso traje, bem sei Que vens sem dúvida de longínquo cantão, Espero sejas, como essa gente, cristão.’ Ele os olhos ergueu, com tão severo ardor Que senti meu rosto a queimar de rubor, E respondeu com desdém: ‘Como! O que é isto?! Eu um cristão? Na verdade não! Eu sou cristo.'”
Se o senhor quiser ler um magnífico estudo psicológico do Romanismo, leia “O Anticristo” de Nietzsche, e quando quer que o senhor encontre escrita a palavra “cristão”, substitua-a por “católico romano”. O senhor terá a Igreja de Roma exatamente como é.
Resumindo o conteúdo desta carta: Todos os homens são filhos de Deus. Todos os homens são capazes de realizar sobre a terra o Reino dos Céus, que está dentro de nós.
Somos todos membros do Corpo de Deus, todos Templos do Espírito Santo, e basta limpar o Templo — o que não significa castrar- se física ou psicologicamente! — para que a Presença se manifeste.
Não há nenhum “Jesús, Filho Único de Deus” para ser adorado; e quaisquer pessoas que afirmem o contrário ou estão enganadas ou estão enganando.
Está escrito nos “Evangelhos”: Vós conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres.
E também está escrito, nos originais santos, blasfemados e traídos pelas perpetrações romano-alexandrinas, que Jon olhou sorridente para a multidão e, abrindo os braços, lhes bradou:
“Vós sois o Caminho, a Ressurreição e a Vida!
Pois é eternamente verdade que o Verbo se faz carne; e neste exato momento, habita em nós.
Amor é a lei, amor sob vontade.
**********************************************************************************************
NOTA BIBLIOGRÁFICA E ADDENDUM
Esta carta foi originalmente escrita no dia 9 de julho de 1963 e.v., endereçada a um maçom osiriano, médico, o Dr. Luiz Gastão da Costa e Souza, clinicando em Petrópolis, RJ. Foi-nos posteriormente dito, por outro maçom osiriano e ex-aspirante, Euclydes Lacerda de Almeida, que o Dr. Gastão cuidadosamente guardou a carta, mas se absteve por completo de mostrá-la a outros maçons.
Após o Primeiro de Abril de 1964 e.v., a carta foi copiada a carbono pelo autor, e distribuída livremente nas ruas do Rio de Janeiro a pessoas a quem ele se sentia impulsionado a entregá-la. A segunda versão foi consideravelmente ampliada na parte bibliográfica e histórica. O presente documento representa a terceira, e, esperamos, final versão.
A carta original terminava com os seguintes dizeres: “Doutor Gastão, este momento é dos mais graves da história da humanidade. Dos quatro cantos do mundo, forças das mais hediondas, das mais diabólicas, forças desalmadas se concentram em um ataque ao Homem, a Deus, à Justiça e à Verdade. Os comunistas encarnam um dos aspectos destas forças; as religiões organizadas do Aeon passado encarnam outros. No momento presente, são pouquíssimos os homens que conservam contacto com os planos espirituais; e no entanto eu levanto a minha voz em profecia e lhe digo:
Esta é a escuridão da Passagem dos Aeons.
No Novo Aeon, serão os bodes que organizarão a Igreja.
A maçonaria é a chave do Templo de Deus.
Eu avisei o senhor quando nos vimos: se os maçons brasileiros tentarem honestamente limpar a maçonaria das forças malignas que tentam infiltrar-se nela; se eles se despertarem novamente para a luta espiritual e para a luta cívica, eles terão todo o auxílio que for necessário. O Olho ainda está no Triângulo. MAS SE VÓS FIZERDES PACTOS COM DEMÔNIOS O OLHO SE FECHARÁ SOBRE VÓS.
Não é possível ser maçon e ser católico romano.
Não é possível ser marxista e ser maçon.
Não é possível ser maçon sem ser cristão.
Limpai as Lojas! Ou o Olho se fechará sobre vós.
Calafatai as Lojas! Ou a energia espiritual que nelas se acumula se escoará (esta é a razão pela qual o vosso segredo é a vossa força).
Serví o Brasil antes de mais nada; acima de toda outra nação; sois brasileiros, e o progresso como a caridade começa em casa.
Daí aos pobres do vosso excesso, mas não da vossa substância.
Sede verdadeiros maçons: maçons dignos dos que vos precederam, maçons dignos dos que fizeram a Independência, o Segundo Império e a República.
Nunca tenhais medo de lutar pela Verdade e pela Justiça, e perdoai os vossos adversários mas vencei-os, antes! Não agradeçais à Igreja de Roma as concessões que ela vos “faz”. Ó meus Irmãos pois como homens, somos todos Irmãos essas “concessões”, vós já as conquistastes: não ouvis os gemidos de dor? Não vedes os oceanos de sangue, não percebeis a legião de mártires maçônicos, não sentis ainda o cheiro e o clarão das fogueiras? A Igreja de Roma nunca fez concessões de ordem teológica a não ser por razões econômicas e políticas; ela sempre se aliou aos tiranos contra os oprimidos, e aliar-se-á aos marxistas, se necessário, para combater-vos; mas sede fiéis ao olho e o olho vos servirá.
Todo o progresso humano; toda lei humanitária; toda proteção à ciência pura; toda tolerância religiosa que existe no mundo presente foi o resultado do trabalho dos maçons! Nunca vos esqueçais disto! Não deveis agradecer ao inimigo oculto aquilo que ele nunca te concedeu, mas que vós conquistastes pelo sacrifício de muitos e pelo paciente trabalho de incontáveis outros.
Repito-vos: sede dignos do Olho, ou o Olho se fechará sobre vós.” O Primeiro de Abril de 1964 e.v. não teria ocorrido se os maçons tivessem cumprido as condições desta profecia. Em vez de fazer isto, a maçonaria brasileira deu os seguintes passos para trás nos anos que se seguiram a esta carta:
1) – Dividiu a sua direção em duas facções antagônicas.
2) – Permitiu a publicação em jornais de fotografias do interior das Lojas, inclusive em funcionamento.
3) – Promoveu declarações públicas de aliança com a Igreja de Roma.
4) – Espionou-nos e cooperou em armar-nos ciladas e na busca por desvendar os nossos “segredos”. Infelizmente, não temos segredos.
Ponde um tratado sobre o cálculo tensorial nas mãos de um estudante primário e deixai-o ler o livro a vontade: de nada lhe adiantará.
O “esoterismo” é uma farsa: verdadeiros segredos NÃO PODEM ser revelados, pela simples razão que sem vivência é impossível compreende-los, mesmo quando são explicados da forma mais simples e mais franca.
Devido ao desleixo ou a inércia dos maçons, a profecia da carta se cumpriu e continua se cumprindo. Como consequência, a maçonaria brasileira só está viva agora na O.T.O. e na Ordem de Télema. Nós não reconhecemos nenhum movimento maçônico do Velho Aeon.
A bom entendedor, meia palavra basta; aos maus entendedores, milhares de discursos não surtirão efeito.
Não existe Lei além de faze o que tu queres.
Fraternalmente
Marcelo Motta
Respostas de 72
Obrigado marcelo por trazer uma grandiosa obra, que corrobora com seus textos no sedentário e aqui no seu blog.
No entanto, o autor do texto afirma que Jesus Cristo não existiu, nem o Yeshua, indo de encontro com o que você apresentou em seus textos.
Qual conclusão posso tirar dessas duas fontes?
Que Yeshua existiu ou não (note que não estou falando do Jesus Cristo SuperStar).
Tio, surgiu uma dúvida… se de acordo com esse texto, “Jesus” nunca existiu, o que dizer dos livros espíritas, que citam Jesus como exmplo a ser seguido? Porque se o documento histórico sobre Jesus que todos nós temos acesso é a Bíblia, e ela é uma farsa histórica, não seria um contrasenso seguir os ensinamentos de uma pessoa fictícia, num livro de veracidade questionável?
E outra coisa, se você mesmo recomenda as obras de Kardek como base para um entendimento do mundo espiritual, porque (seguindo as idéias do texto) os espíritos nunca mencionaram a verdadeira história das coisas? Porque não foi passado nada sobre Jonas, Dionísio… etc…, sendo que a verdade deveria permear os ensinamentos espíritas? Porque os espíritos continuam a colocar Jesus como Mestre, sendo que tecnicamente ele nem existiu?
E mais uma pergunta, se Jesus foi inventado, o que dizer daquelas teorias de que ele casou com Maria Madalena e deu origem a uma linhagem? Como fazer a ligação entre tudo que vc nos ensinou sobre história e sobre o Jesus histórico, e esse texto?
Abraços de um colega um tanto confuso… hehehe
DD, vc n bota fé como o seu blog tá sendo relevante pra minha vida.
Quando eu menos espero, a resposta pra última grande dúvida tá aí. Valeu mesmo.
Del Debbio, existe alguma OTO legitima hoje em dia em funcionamento? Elas são caminhos confiáveis?
93!
ca-ra-lh* quê doidêeera!! Que massa que vc está publicando esse “texto/livro”, eu o li no começo do ano e foi um dos melhores e com certeza mais esclarescedores que já li!!
eh otimo saber q agora outras pessoas terao acesso a essa obra prima!!
parabens pelo post!
93,93/93
Minhas perguntas:
No final do texto, diz que “a maçonaria brasileira só está viva agora na O.T.O. e na Ordem de Télema. Nós não reconhecemos nenhum movimento maçônico do Velho Aeon.”
A situação hoje em dia permanece a mesma? Quais são ou foram os movimentos do Velho Aeon?
Para facilitar os aspirantes assim como eu, há como disponibilizar versões dos livros indicados em algum site de compartilhamento(tipo o 4shared.com)?
Obrigado pela matéria!!!
@MDD – Hoje, pode-se dizer que a OTO verdadeira está escondida dentro de (muito poucas) lojas maçônicas.
“Pica”? Eu não sabia que essa expressão era tão antiga assim. Desculpe, mas para mim, isso não é uma carta de verdade, senão uma falsificação grosseira.
Pode me esclarescer?
@MDD – É a carta original tal qual foi publicada.
Sempre é bom reler este texto de vez em qdo.
Tá ficando realmente complicado…
Afinal, existiu ALGUM Jesus que depois foi misturado com histórias de Johanes (João Batista), Apolônio e Osíris OU não existiu NENHUM Jesus e este foi a criação dos “cristãos” posteriores?
Cada coisa foi devidamente alterada e deturpada inúmeras vezes através dos séculos para chegarmos nesse culto chamado cristianismo moderno. Até aí é perfeitamente compreensível.
Nesta carta o autor vai desconstruindo o mito pouco a pouco. E no final dá a entender que não houve Jesus nenhum. NENHUM?
Ora, mesmo os historiadores mais ateus, céticos, anti-religiosos e materialistas admitem que POSSIVELMENTE existiu algum Jesus. Até foi encontrado uma tumba que supostamente seria de algum Jesus (documentário do NatGeo se não me engano) embora possa ter sido de algum outro Jesus, mas pelo menos da indício de que deve ter havido pelo menos alguns sujeitos chamados Jesus (ou Issa, ou Yoshua ou Jeheshua, sei lá) no início do século I. O próprio Flávio Josefo cita algum Jesus, assim como está nos escritos Árabes também. Fora que os próprios evangelhos apócrifos falam da vida de algum Jesus. Esses não foram forjados pela igreja, ora!
Ou eu sou muito burro mesmo e não consegui entender nada de nada…
E quem foi casado com Maria Madalena? Ela também é uma invenção?
Esses maçons são uns traquinas mesmo… o texto inteiro falando que a maçonaria é que é a verdadeira detentora do cristianismo e no final BUM, a maçonaria se corrompeu igual a igreja e quem é a detentora do verdadeiro cristianismo é a OTO e então BUM, não tem mais UMA OTO, mas várias ramificações. Então você tem milhares de religiões, cententas de sociedades secretas, dezenas de ramificações em cada uma e nenhuma base sólida para evoluir na vida. Era mais fácil quando só tinha um Deus… ou mesmo nenhum (sinto um pouco de inveja dos ateus).
Eu concordo que as igrejas e religiões “organizadas” em geral tem essa tendência de pegar os fatos e misturar com meias-verdades e fantasias para irem justificando a SUA VERDADE e destruindo a verdades dos outros, mas não vejo esse texto fazendo NADA diferente disso. Absolutamente NADA diferente, o que configura mais uma arma ou prova entregue de bandeja para os opositores.
O ensinamento que levarei comigo desse texto é:
Verdadeiros segredos não podem ser revelados, pela simples razão que sem vivência é impossível compreende-los, mesmo quando são explicados da forma mais simples e mais franca.
(Pensei muito antes de postar este texto, li e reli inúmeras vezes e ainda não tenho certeza se estou contribuindo alguma coisa postando… mas se essa é a minha vontade, e a vontade é a lei, então que vá! =D )
MDD
passar essa carta pra alguem que tem uma boa noçao religiosa mas ainda é meio ligada ao cristianismo catolico/protestante seria uma boa? ja que ela condensa muita coisa…
ou vc acha que textos mais basicos seriam melhor..?
kardec por exemplo?
Eu não acho que deveriam perguntar “que conclusão tirar?” o MDD apresentou a versão “dele”, que é um pouco da versão “Cátara” da coisa. O Marcelo Motta (um grande ocultista) apresentou a dele. A ICAR e IURD apresentam a delas, usando interpretações da Bíblia (que apresenta a versão dela) pra isso. Você deve ler todas, e tirar suas próprias conclusões. Se o Marcelo chegasse e falasse “é assim, assim e assado”, ele não estaria sendo diferente das Igrejas que existem por aí… e desde que eu acompanho a coluna, ele sempre instigou seus leitores a pensar por si sós.
Parabéns mais uma vez Marcelo.
Agora a minha opinião.
Eu costumo me pegar questionando se um dia saberei (saberemos) a verdade. Não estou me referindo a Verdade Universal (que é individual e personalíssima), no caso aqui apenas a verdade do nosso passado, a origem dos nossos costumes.
Hoje mais e mais pessoas saem do conformismo e procuram saber, ler, trocar, experimentar, refletir novas ideias. Venho sempre tentando fugir dos dogmas, das convicções … e uma das coisas mais dificeis de uma mente inquieta, por ainda estar se adaptando a essas novas ideias, é conhecer o limiar de até onde acreditar.
Expor essa carta, no meu caso por exemplo, serve para adicionarmos uma teoria sobre tudo que vemos e nos foi dito nesse mundo ocidental. Mas e daí, como iremos atestá-la sem correr o risco de novamente cairmos numa mentira?
Outra coisa… desde que esse incomodo com a realidade atual me aflingiu, sobre a doutrina Cristã e outras teorias de conspirações, eu me perguntava (uso no passado pq meio que deixei de querer entender) … como pode uma mentira tão grande ser perpetuada por mais de 1500 anos? Ah, foram perseguidos e aniquilados os opositores … mas temos todo um mundo oriental que me parece neutro nessa questao, e com isso poderia abrigar a real verdade sobre o assunto.
E mais … quem remanesceu dos opositores ou aqueles que de alguma forma tiveram contato com a verdade se calaram e fecharam-se. Pergunto eu, estarão eles fechados para sempre? Precisaremos nós pedir para entrar e fecharmos as portas ao entrar continuando o ciclo?
Bem tenho muito ainda a escrever mas vou encerrar por aqui, pelo menos por hora.
Fraternalmente
A.
Marcelo, não sei se vc assistiu, mas o filme é sensacional…
preciso te indicar, para o seus leitores tb…
PAZ
KIMATICA
http://www.youtube.com/view_play_list?p=31BE86E8281F1E33
Este filme centra-se na consciência humana e universal, assinala a doença da psique que tem sido induzida na humanidade e que está criando insana ilusão que é a principal causa da dor e do sofrimento. Avança mais em aspectos metafísicos e conecta antigos mitos e a história escondida com modernas formas de manipulação das sociedades com um resultado político. Explica xamanismo, dualidade, e a realidade por trás de DNAs e modernas falsas crenças. Kymatica é um excelente filme que tenta apontar o erro de que a humanidade está enfrentando hoje, que resultou em desequilíbrio entre planeta, da natureza e das espécies.
@Acauã Silva: É isso que eu gostaria de entender também!?!?!?!
@Rafael: 1 – Ou os espíritas estão apenas manifestando seu subconsciente católico/critsão; ou os espíritos desencarnados estão ainda muito ligados ao catolicismo/cristianismo e por isso falam do Jesus da bíblia; ou eles falam de Jesus apenas porque estamos acostumado a usar este nome para alguma outra personagem ou entidade; ou são enganadores agindo de má vontade; ou eles estão corretos e o autor do texto está errado. Aliás… é possível que cada uma destas alternativas sejam só uma pequena parcela da Verdade.
2 – Acho que nenhum católico/protestante vai ter paciência de ler tudo. Se tiver, vai ignorar ou ainda vai tentar refutar tudo. Se tiver paciência de ler e ainda aceitar, é porque já não era tão católico/protestante, só estava frequentando missas/cultos por preguiça de procurar algo melhor.
@Donunes e @Hernandes: Se tem uma coisa que eu tenho aprendido com este blog e outras fontes é que não existe nenhuma organização aberta a qualquer um e reconhecida que vá te levar diretamente à Verdade. Ou todas são mentirosas e por isso existe uma briga enorme entre elas, ou elas são apenas camadas e aspectos externos com objetivo de filtrar aqueles que tem condições de atingir os círculos mais interno e profundos (mais esotérico que o “esotérico*”) e que o Marcelo chama de “as fraternidades invisíveis”. Já li alguns relatos de ocultistas que afirmam que só frequentam ainda as ordens “externas” em busca de aprendizes. É isso mesmo MDD?
*como diz o autor: ‘O “esoterismo” é uma farsa’
@MDD: Obrigado por nos ensinar a ser mais céticos que os céticos! E desculpe o tom de algumas das minhas frases. Não duvido da sua boa vontade e nem do seu conhecimento, mas algumas das mensagens tem aparecido um pouco confusas para nós!!!
nao entendo essa obsessão por jesus
IHVH
pai filho espirito santo
kether chochma binah
Leiam esse trecho:
“Aproximadamente um século antes do assim-chamado “Ano Um” nascera na Palestina um rabi, cujo nome é desconhecido (embora alguns estudiosos presumam ter sido Ionas, ou Jonas). Ele criou um novo sistema de Essenismo, fundando muitos ramos dessa fraternidade judeo-cóptica, e adquirindo um grande número de seguidores na Ásia Menor. Muitos documentos foram escritos acerca dos incidentes de sua vida e doutrina. Foi um Adepto Cristão, ou seja, defendeu a tese de que todo homem é um Templo do Deus Vivo; deu testemunho do Logos e do Espírito Santo, e tal foi seu impacto no pensamento religioso de sua época que os patriarcas romano-alexandrinos, ao escreverem a “história de Jesús Cristo”, foram forçados a incluí-lo, para evitar suspeitas. Chamaram-no de “João Batista”…”
João Batista era ele e não era… É muita disposição pra fantasiar.
Então os grupos católicos antes da ICAR seguiam um Jesus que não existiu? Engraçado, a pessoa não existe e deixa um legado que vai até os dias de hoje… se fosse de verdade então.
Acho um absurdo levar em conta um texto totalmente voltado para idéias e interpretações pessoais. Os textos que formaram o canôn católico estão disponíveis até hoje e não em posse da igreja mas de museus espalhados pelo mundo, é só buscar a origem dos evangelhos que você vai ver de onde vieram e pra onde foram.
Mais uma vez… Vamos voltar nossas mentes pra coisas objetivas. Vamos buscar a paz interior, a calma, o bom convívio social, a compaixão… Isso realmente importa. Vocês não notaram ainda que estas paranoias fantasiosas só servem para tirar vocês do verdadeiro foco?
A distração, Mara, vem até em forma de suposta sabedoria… prestem atenção nisso.
Totonho Paixão
“Não existe mistério que não será revelado”
Mais uma vez um texto excelente, mas que me deixou com algumas dívidas.
A carta explicita o fato de que não existiu um Jesus histórico, mas sim uma junção de ensinamentos, passados através dos séculos.
Que a Bíblia é manipulada não é novidade, mas seria ela falsa ao ponto de inventar tantos fatos, personagens; haveria uma fonte histórica para tudo isso.
Ainda existem os manuscritos “originais” confiáveis da Bíblia? Se existem, estão em posse da Igreja Católica?
Sempre soube que a Bíblia conta com inúmeros erros de traduções, sendo manipulada ao decorrer dos séculos, mas quando li os outros textos aqui do blog mesmo, sobre o Jesus histórico, compreendi muito melhor o que pode ser real, e o que de fato nao é.
Posso estar sendo ignorante, mas fiquei confusa após ler essa carta.
DD, vc n bota fé como o seu blog tá sendo relevante pra minha vida. [2]
texto mto foda, vou até salvar aqui e imprimir pra guardar.
“Tu que és eu mesmo, além de tudo meu; Sem natureza, inominado, ateu; Que quando o mais se esfuma, ficas no crisol; Tu que és o segredo e o coração do Sol; Tu que és a escondida fonte do universo; Tu solitário, real fogo no bastão imerso, Sempre abrasando; tu que és a só semente; De liberdade, vida, amor e luz, eternamente; Tu, além da visão e da palavra; Tu eu invoco, e assim meu fogo lavra! Tu eu invoco, minha vida, meu farol, Tu que és o segredo e o coração do Sol E aquele arcano dos arcanos santo Do qual eu sou veículo e sou manto Demonstra teu terrível, doce brilho: Aparece, como é lei, neste teu filho!”
Nossa como “o pior homem do mundo” escreve bem não? 🙂
***
“Os protestantes colonizaram a América do Norte; compare o progresso da civilização da América do Norte com a situação das Américas Central e do Sul, colonizadas por padres jesuítas!”
ouch… pegou pesado…
Padawan meu caro, A VERDADE MORA DENTRO DE NOSSAS MENTES. Releia a carta mais vezes, continuemos estudando e você verá que tudo faz sentido.
PAZ
Nossa Tio, essa carta é … sem palavras , devidamente arquivada.
“Pica”? Eu não sabia que essa expressão era tão antiga assim. Desculpe, mas para mim, isso não é uma carta de verdade, senão uma falsificação grosseira. Pode me esclarescer?
De que época você acha que é essa carta? Marcelo Ramos Motta nasceu em 27 de Junho de 193, era comtemporâneo e amigo de Raul Seixas e Paulo Coelho.
A própria Blavatsky foi uma farsa.
@MDD – Por que você acha isso?
Cantei essa pedra. Alguns posts atrás, lembra MDD?
A propósito, não chegou um comentário meu no post sobre “horizontal e vertical”, em que eu falo do barco, do leme, do mar e da vela?
Se não chegou, paciência! Não terei mais saco para escrever de novo.
Mas tá na mente!
Ótimo ler essa carta novamente, só alerto que tem de ser lida com muito senso crítico e ponderação.
Olá Marcelo,
Que bom que o site voltou ao ar. Teria sido esse contratempo uma espécie de “ordália” ou quem sabe um ataque daqueles que querem manter o “status quo”? Com certeza o seu trabalho aqui incomoda muita gente, mas com certeza é de extrema importância para um número ainda maior de adormecidos.
Estou relendo “Ataque e Defesa Astral” que também é de autoria do Marcelo Motta, e justamente na sexta feira eu iria postar uma dúvida sobre um trecho desse livro. Curioso que tenha saido do ar justamente nesse dia e ficado assim o fim de semana inteiro…
Mas, deixando as teorias de conspiração de lado, ai vai a minha dúvida sobre o seguinte trecho do livro:
Existe uma enorme quantidade de elementais encarnados em forma humana; isto é devido ao fato de que raramente um casal mantém relações sexuais com o desejo consciente de engendrar um ser humano. As uniões puramente sensuais freqüentemente atraem apenas elementais à encarnação, pois seres humanos desenvolvidos necessitam de certas gamas vibratórias de ordem mais elevada para adquirirem forma. (9)
Até aqui tudo bem, explica o comportamento de muitas pessoas que encontramos por ai.
Tais pseudo-humanos formam a legião dos “bípedes implumes” de Diógenes. Não deve ser pensado que basta ter forma humana para sermos humanos. Os iniciados definem como seres humanos apenas aquelas criaturas suficientemente desenvolvidas para funcionarem como microcosmos, isto é, como estrelas (ou Pentagramas) encarnadas. Nos termos desta definição, qualquer “ser humano” abaixo do Grau de Adeptus Minor da A.’.A.’. (ou o seu equivalente em outro sistema) é humano, quando muito, apenas em potencial.
Bom, acho que você vai rir da minha dúvida, mas enfim: Como saber se nós mesmos não somos um elemental encarnado? E se formos, o que podemos fazer? Há chance de evoluírmos?
Se todo o cristianismo como conhecemos, é uma farsa (não discordo disso, muito pelo contrário) qual é o cristianismo das outras seitas cristãs? Qual seria o verdadeiro cristianismo?
@Hernandes: Pois é, eu andei pensando um pouco a respeito e acho que ando dando muita atenção para estas “guerras” de egos querendo um provar que o outro está errado (coisa que vem acontecendo desde o princípio dos tempos), o que me faz ficar com mais dúvidas ainda. E de fato é preferível estudar, meditar e buscar a própria resposta. Cheguei à conclusão de que houve um Yoshua (com este ou outro nome) e que seus ensinamentos e sua história chegam até nós de diversas fontes e de formas mais ou menos distorcidas e por isso a necessidade de meditar sobre o que se aprende. Pra mim isso vai servir por enquanto. Obrigado pelo incentivo!
Pessoal,
Não quero dizer que não concordo com alguns pontos do texto, mas sim que não devemos aceitar de cara tudo e que achei alguns pontos questionáveis neste texto, por isso, solicito a ajuda de vocÊs para clarear pontos que eu possa não ter entendido.
—
São Paulo e São PEdro, os antagonistas foram a mesma pessoa?
A história dos dois é diferente, morreram em lugares diferentes, diziam, as vezes, coisas diferentes… Mas segundo o autor da carta são a mesma pessoa.
Sobre a busca pela tumba de Paulo:
http://veja.abril.com.br/080709/ossos-santo-oficio-p-124.shtml
—
Acho impressionante que historiadores profissionais do mundo todo estão errados quando estudam estas duas figuras históricas mas o maçom da carta está certo pq… hummm…
O que ele diz:
“só pesquisas futuras, empreendidas por investigadores sem preconceitos que tenham acesso a verdadeira documentação, poderão esclarecer tal ponto”
Então estamos em 2009 e ele estava em 1963, e ainda não estamos tão avançados certo? Por favor, é fácil ficar refutando a realidade com desculpas fantasiosas de segredos ainda não revelados.
Mais alguns comentários sobre a carta…
“Quanto ao nome “Jesús”, é escrito em hebraico IHShVH ( pronuncia- se Jehêshua). Note que isto é IHVH ( Tetragrammaton ) com Shin (Sh) intercalada. Shin é a letra que representa a um só tempo os elementos Fogo e Espírito, e, estando no centro de IHVH, equilibra as Quatro Forças Elementais Cegas do Demiurgo”
Então, seguindo essa teoria eu posso dizer futuramente que Lula não era o apelido do presidente mas uma junção das iniciais de Luz Ululante Luciferiana Astral …. E qual a prova que eu tenho? Nenhuma ! Só minha interpretação… Se você quiser buscar significados ocultos em siglas de partidos políticos você vai achar.
Vamos continuar a comentar o texto:
“Crowley, que já estava acostumado a esperar o pior de seus semelhantes, respondeu com a paciência e agudeza de humor que lhe eram característicos”
Parece um cara bondoso e iluminado né?
Mas era racista contra indianos, chineses e italianos (Diary of a Drug Fiend Book I,9)
Usava e abusava de drogas… Bem isso é só buscar no google que vocês acham.
E vamos ao popular Wikipedia:
“Aleister Crowley died in a Hastings boarding house on 1 December 1947 at the age of 72. According to one biographer the cause of death was a respiratory infection.[49] He had become addicted to heroin after being prescribed morphine for his asthma and bronchitis many years earlier.[50] He and his last doctor died within 24 hours of each other; newspapers would claim, in differing accounts, that Dr. Thomson had refused to continue his opiate prescription and that Crowley had put a curse on him.[51]”
Parece um cara legal? Não parece pra mim…
E pra fechar, achei um tanto exagerada essa declaração da carta:
“Todo o progresso humano; toda lei humanitária; toda proteção à ciência pura; toda tolerância religiosa que existe no mundo presente foi o resultado do trabalho dos maçons!”
Vocês concordam mesmo com isso?!
Algo que eu fiquei em dúvida da primeira vez que li este texto (Morte Súbita) foi o fato da egrégora se aproveitar das energias dos crentes.
A castidade mantém estas energias presas (senão envelhecidas e “podres?) e a Egrégora suga através de algum meio ( oração ? ). Mas se não houver o estímulo, ou a libido por mais vulgar e baixa que seja, como pode haver força nesta energia ?
A dúvida é se a egrégora se satisfaz apenas com a emoção descontrolada que a supressão da sexualidade gera.
Houve um “Jesus”, há “Jesus” nos dias de hoje e sempre haverá um “Jesus” enquanto existirem buscadores sinceros da evolução “espiritual”, por assim dizer.
A discussão quanto a existência daquele Jesus “histórico” é balela… é muito provável que tenha havido um ser humano “buscador” que chegou longe em sua busca naquela época, como há ainda hoje, como houve tantos outros no passado. Tirando alguém que realmente queira fazer um estudo sério sobre isso para deixar mais alguns livros de estudos para os que virão, de nada serve ficar perguntando sobre isso para satisfazer credos e egos. (minha opinião… num é a lei tb naum.. .cada um faz o q teu coração manda).
“Verdadeiros segredos não podem ser revelados, pela simples razão que sem vivência é impossível compreende-los, mesmo quando são explicados da forma mais simples e mais franca.”
Ou seja, não há ordem, seita, religião, grupo de estudo, blog, livro, grimórios, Jesus Cristo como caminho… há vivência… onde quer que seja… até ateu ou um cético pode ter vivência que lhe revelam “segredos” ou “verdades”… há quem diga que falta é percepção, pq a vivência ocorre a cada instante.
Escrevi e apaguei um monte de baboseira acerca da transitoriedade da iluminação.. vou tentar resumir em uma só pergunta… A iluminação (considerada como o estado de consciência representado por Thiferet) é um estado que uma vez atingido não tem “volta” ao estado profano… ou tem? O que Cypher (Matrix) fez com yesod, dá pra fazer com thiferet?
“Os protestantes colonizaram a América do Norte; compare o progresso da civilização da América do Norte com a situação das Américas Central e do Sul, colonizadas por padres jesuítas!”
Certamente o autor da carta obtinha uma visão Histórica aguçada.
Mesmo a ICAR sendo o que é, não vejo nenhum bom mérito das igrejas “protestantes” ah não ser o citado acima.
Aliás, além de destruir a sua visão, concepção e entendimento do mundo de forma racional, a ICAR pode ser “perigosa” de alguma outra forma para o induvíduo?
@MDD – e precisa de mais do que isso?!?!?!
Carissímo Marcelo,
Você concorda com as idéias do Motta? Como tem muita gente com essa dúvida, gostaria que você nos ajudasse nesse ponto: O motta menciona que Yeshua nunca existiu ( Estou falando do Essênio e não do Apolo), é uma verdade?
Um abraço fraternal.
Carlos A.
@MDD – Eu concordo com algumas coisas, discordo de outras… Eu acredito que o Yeshua Essênio existiu; ele teria sido tão famoso quanto Krishna ou Buda se a ICAR nao tivesse sapateado tanto sobre sua existência.
Caro MDD,
Agradeço sua resposta. Aproveito para perguntar sobre o comentário do Tiago, logo acima, quando o texto do Motta menciona: “Existe uma enorme quantidade de elementais encarnados em forma humana; isto é devido ao fato de que raramente um casal mantém relações sexuais com o desejo consciente de engendrar um ser humano” isso é pura besteira, não ‘é??
@MDD – Seria muito bom se fosse… mas infelizmente não é. A quantidade de elementais encarnados é muito grande sim. Mas isso não é exatamente uma surpresa. Basta olhar sites como o “tolices do orkut” ou “orkut de bebado” ou “blog da PGA” para constatar.
Só porque é gado ao extremo não quer dizer que é elemental né? Só se for na idéia de um ser humano muito desequilibrado pra um elemento, devido a criação ou outros fatores.
@MDD – “A quantidade de elementais encarnados é muito grande sim.”
Isso me pegou de surpresa…
Bem… só estou começando a conhecer o ocultismo, e até então acreditava que só humanos poderiam encarnar e que espiritos elementais estariam restritos a viver em suas esferas de influência fora do físico.
Marcelo você poderia explicar novamente a diferença básica entre um espírito elemental e o de um humano, pois ainda não consigo entender esta divisão. O quanto um espirito elemental se beneficia ao encarnar? O que ele “ganha” com isso?
@MDD – Ganha a experiência de estar em um corpo físico. E é uma experiência bastante rara; os elementais mais desenvolvidos (Daevas) incorporam em alguns terreiros e experimentam os corpos de matéria por curtos períodos de tempo mas, para os menos evoluídos, ter a chance de encarnar um ciclo completo é uma grande oportunidade.
Cara, todos são seres humanos (pelo menos em potencial).
Isso é como a história do “Grau de Evolução Espiritual” ou “Nível de Consciência”.
Todos esses conceitos são retirados de pressupostos (ou preconceitos) humanos e falíveis. Por exemplo: Kardec supunha que um espírito era evoluído pelo seu comportamento, suas respostas, seus ensinamentos. O julgamento era baseado em preceitos pertencentes ao contexto do julgador e de seu ponto de vista, etc.
É impressionante como certos Níveis de Consciência não são suficientes para concordar com o que eu digo. hehe brincadeira. Esse foi só um exemplo de que alguns conceitos são a porta de entrada para uma série de distorções dogmáticas, aristocráticas e, por que não dizer, racistas, xenofóbicas, homofóbicas etc, etc, etc.
O que existe são os que tem o poder de ajudar, e os que precisam de ajuda (em vários niveis).
@MDD – Não é bem assim… o correto é “todos estão momentaneamente encarnados em corpos terrestres”, mas no Plano Material tem de tudo… claro que a imensa maioria é nativa daqui de gaia mesmo, mas temos gente de tudo que é planeta encarnado, de todos os graus de consciência; anjos, demonios, elementais, etc. Como uma colega disse outro dia, aqui é o Carandirú celeste. Não significa que não deveríamos ajudar nossos irmãos elementais encarnados, só que devemos lembrar que o Marcelo Motta é magista do Caminho da mão esquerda, e está pouco se lixando em ajudar seres menos evoluídos…
Caro MDD,
Desculpe a insistência nesse assunto, mas dificil acreditar que temos entre nós “elementais encarnados” convivendo conosco como humanos, é muito esquisito, até concordo com o comentário acima que menciona que aqui parece o “Carandiru Celeste” onde teríamos então várias espécies de seres “humanos” com um baixo nível de conciência, mas afirmar que existem elentais encarnados é meio pesado, eles tem sua própria natureza… Sinceramente “elemental encarnado” soa estranho. Como podemos comprovar se alguém está encarnado como humano ou elemental?
Respeito muito suas idéias, só que isso me deixou grilado….
@MDD – Eles têm sua propria natureza no reino espiritual. Assim como temos a nossa… Mas nada impede que eles consigam, se os pais estiverem na mesma vibração baixa, de encarnarem. Na Idade Média eram chamados de changellings. Para identificá-los, só quem tem mediunidade apurada, mas é possível sentir a presença deles… não se preocupem que nenhum amigo de vocês é um elemental encarnado… eles têm dificuldade enorme em se relacionarem com pessoas e geralmente estão MUITO ligados ao campo e à terra/natureza. Encontrei vários deles em São Tomé das Letras.
Até agora eu entendia um elemental como uma mera criação astral mas que tem um tempo de vida determinado. Fazendo uma analogia muito grosseira, seria como se fosse um “programa de computador”, mas no caso um provido de inteligência e senso de auto-preservação.
Como um elemental pode chegar a encarnar? Como ele poderia encarnar direto em um ser humano? Ele pode evoluir para um espírito imortal? É meio preocupante saber que podem haver pessoas que você conheceu que embora sejam “babacas” não vão ter uma chance de evoluir… pra variar, estou confuso.
PS: MDD obrigado pelo esclarecimento de seu ponto de vista sobre Yeshua. 🙂
Olá Marcelo,
Pelo visto não fui só eu que fiquei grilado com esse texto do Motta…
Eu não mencionei aqui, mas nesse mesmo capítulo ele dá um exemplo interessante: O elemental encarnado e tentando funcionar como microcosmos, seria como se uma pessoa tentasse cavalgar em 4 cavalos ao mesmo tempo, cada um puxando numa direção diferente.
O ser humano, que não tem preferencia por nenhum dos elementos, instintivamente consegue equilibrar os quatro em torno de um centro, porém para o elemental isso é uma tarefa quase impossível visto sua afinidade com um elemento específico. Assim ele se encontra em extrema desvantagem em relação ao ser humano, e portanto (segundo o Motta) merece nossa paciência e até simpatia.
No caso de um humano pode parecer que há um elemento predominante, mas se formos avaliar nossa vida como um todo poderemos lembrar de momentos em que cada um dos 4 teve um papel. Por exemplo, alguem timido e retraido (agua?) se pensar bem, lembrará de algum momento em que “magicamente” a timidez simplesmente desapareceu e seu fogo pôde vir a tona. Nesse caso, essa pessoa poderá aprender a reativar o seu “fogo”, através do auto-conhecimento, sempre que quiser. Coisa que um elemental não pode fazer.
Putz, agora acho que eu mesmo acabei respondendo minha pergunta…
Marcelo, eu não entendo muito de “elementais encarnados”, mas fiquei curioso com suas respostas, particularmente essa última onde diz que “eles têm dificuldade enorme em se relacionarem com pessoas e geralmente estão MUITO ligados ao campo e à terra/natureza.”
Você acredita que certos autistas seriam elementais encarnados? Essa sua resposta me lembrou muito da Temple Grandin, autista para com humanos, mas não para com animais:
http://www.grandin.com/temple.html
Ela também aparece no livro “Um Antropólogo em Marte”, sendo o capítulo principal do livro de Oliver Sacks (neurologista).
@MDD – Nao… pelo contrário… elementais encarnados sao mais redneck-style, quase animais mesmo. Alguns tem feiçoes estranhas até. Autistas estao “presos” em seus corpos por mal uso da inteligencia no passado. Sao inteligentissimos, mas seu “hardware” vem travado (usando uma comparacao), e é uma provacao pesada, tanto para eles quanto para os pais.
Não tenho nenhuma intenção de criar polêmica (ou alimentá-la por esporte), mas acho que a questão merece um contraponto.
Acho que todos nós sabemos o que são “Modelos de Explicação do Universo”. Formas de APROXIMAR nosso precário entendimento a respeito de uma realidade que não conhecemos. Um modelo é necessário (ou alguns). Não acredito que haja Modelos Certos e Modelos Errados, de forma absoluta. Cada modelo é adequado a cada pessoa ou grupo de pessoas (há quem diga que são adequados a niveis de consciência, mas isso é dogma formado a partir de um modelo), existindo até os que são “criados” individualmente, mas sempre servem aos mesmos propósitos: preencher o vazio da dúvida.
Crer no modelo é importante, mas não se pode achar que o modelo em que se acredita é A VERDADE, pois – não canso de repetir – que garantias podem ser dadas de que alguém tem conhecimento mesmo da realidade Espiritual?
Por exemplo:
Alguém já viu algumas das palestras de “Pai Joaquim de Aruanda” no Youtube? Ele, mesmo sendo um “espírito” (será um espírito, um cascão mantido vivo, uma projeção psíquica, um grupo de corpos astrais diferentes, etc?), fala, quando alguém faz uma pergunta sobre o “outro lado”, que nada que seja dito é capaz de explicar realmente o que existe, pois é informação ao nível do espírito. O que existe são aproximações. Umas mais distantes, outras menos, mas nenhuma representa o que existe, pois não temos o nivel de entendimento (aí não é grau-consciência, mas condição de todos no planeta terra). “Nada que eu disser vai ser mais próximo ou mais distante da realidade do que a informação que vocês já têm”, diz ele.
Acho que muita coisa é válida quando se trata de Modelos para o Universo, mas penso que devem ser dadas as devidas honras à condição da informação, ou seja, dizer que ela é concebida de acordo com o Budismo, Kardec-Espiritismo, Taoismo, Vodun, Zé-do-Peixe, etc.
Me corrija se estive errado:
Quando é dito Osíris, trata-se da personificação e da mente cristificada na forma de Osíris-Horus (Horus)?
E quando é dito Hoor, seria Hoor – Paar – Kraat e também Ra – Hoor – Khuit… versões diferentes de Horus (que, então, seria Osíris)?
Seria a idéa da Unidade Coletiva, da mesma forma que a chamada de “Santíssima Trindade” depois adotada pela ICAR… onde Deus é Pai, Filho e Espírito Santo?
Enfim, que nós somos manifestações de Deus… que somos nós a divindade encarnada… ou ao menos a manifestação dela?
@Marcelo: é, faz sentido o que disse…
Muito bom como texto complementar pra quem acompanha a coluna.. pena o Dr. G. não ter tido a coluna como complemento na época, juntamente com a 1º parte do zeitgeist por exemplo(que ajuda a visualizar o que foi dito na carta)..
Condiz bem com os textos (e é legal ver outra pessoa falando das mesmas coisas: ocultismo, mitologia, ordens, história.. ou seja do que essa coluna fala) e até com as respostas do DD quando fala sobre essa egrégora que (Ñ) morreu na cruz para nos salvar, gostei tb do termo(e conceito) “Grande Feitiçaria”. Essa carta realmente somou muito, e eu não teria entendido praticamente nada se não acompanhasse a coluna.
Abraços
Tio Marcelo, e esses elementais encarnados possuem consciência de que são encarnados, ou são como “nós”, não lembrando do que são/foram ?
o que eu ainda não descobri é a finalidade disso tudo…. pois veja bem se somos representação do cosmos e tudo no nosso mundo material tem uma finalidade, por exemplo: a cadeia alimentar serve pra manter o equilibrio da vida, ou sendo um pouco mais grosseiro ninguém inventa um liquidificador apenas pra ele existir, inventa pra ele bater frutas, fazer bolos, etc… enfim o que quero dizer é: qual a finalidade da vida de tudo (todos os planos)?? se é que tem uma finalidade, seria apenas a evolução dos seres em todos os sentidos? e quando isso acaba?? é a mesma coisa pensar no céu da ICAR: morro vou pro céu e curto a felicidade por todo infinito… dps de um tempo vc pensa que coisa chata!! entedeu a minha duvida?? penso que por mais iluminada que um ser possa estar e por mais infinito que as coisas a buscar se pareçam, tudo tende a se tornar um imenso mar de tédio… então volto a perguntar qual a finalidade ( o porque, pra que e intuito) da existência de todos os seres de todos os planos???
ou essa seria uma questão sem resposta…. dá sua opinião aí MDD.
Este será um depoimento de um monoteísta cristão.
Li todo a carta e digo que crer nos ensinamentos que ela promove não é somente negar a Jesus e sim ao próprio e único Deus, o qual fez aliança com Abrão. Este é o Deus que o cristianismo em essência promove.
Como o usário “Padawan (em dúvida)” nos alertou. Quer que acreditemos que o verdadeiro cristianismo está nas mãos de sociedades secretas que se dissiparam ao longo dos anos. Tais sociedades não tão mais secretas hoje em dia, mas qual a real intenção delas? Não o bastante, somos também levados a crer que este cristo surgiu em meio a orgias e cultos aos mais diversos tipos de deuses pagãos, sendo a ICAR a maior impostora. De fato tal instuição é uma usurpadora, quem dirá tão distante das sociedades maçônicas?
Mas afinal quem sou eu para declarar uma verdade absoluta.
“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.” João 15-26
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” Mateus 24:24
“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.” João 17:9
“E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” João 17:20-21
Oremos…
Também acho que um cara de 1963 não deve ter muita coisa pra nos acrescentar em termos históricos. Hoje sabemos que existiu um Jesus, talvez não o milagreiro que a ICAR diz, mas a figura histórica muito provavelmente sim, várias pessoas passam a vida estudando ela. Mas se a terra tivesse “tremido” como a biblia diz acho que o numero de relatos historicos seria maior e teriamos menos falsificações.
Dificil saber o q aconteceu a 2000 anos qdo nao sabemos direito o que aconteceu a 100.
O mesmo autor fala de várias coisas no livro ‘ataque e defesa astral’ que sempre penso e ouço falar que não fazem sentido algum.
Infelizmente a situação é complicada mesmo.
A gente tem q lembrar q antes da imprensa, a divulgação de conteúdo escrito só podia ser feito via manuscrito. Considera hoje vc pegar um livro e tirar xerox dele, a complicação q é, agora imagina vc pegar um livro escrito a mão e vc reescrever o livro todo, tendo ajuda só duma pena suja de tinta!
Praticamente toda a população era analfabeta, e a multiplicação da informação via escrita, tanto pra escrever (produzir e reproduzir) conteúdo qt pra ler, era restrita só aos ditos “intelectuais”, na verdade os ricos q naum precisavam trabalhar e tinham oportunidade de se dedicar a isso. O povo ficava mesmo limitado ao boca-a-boca, à tradição, aos “teatros” em datas festivas, e claro ao q o padre ou bispo falava na missa.
Pra mudar uma celebração pagã pra católica bastava uns 50 anos de persistência, esperar morrer os velhos q tinham visto a celebração original. E q podiam relatar como era, e qd a geração viva mais antiga era de pessoas q já nasceram vendo as deturpações, aí só com raros registros históricos pra poder saber como era. Aí vem a igreja e destrói esses registros, e a tradição tá morta.
Lembro dakela biblioteca q o Nero queimou. Hoje seria ridículo algum livro ser perdido só pq 1 bibloteca foi queimada, pq a reprodução é feita aos milhares e os exemplares espalhados pelo mundo. Mais nakela época é provável q muito material tinha poucos exemplares e se perdesse era bye bye kansas mesmo. Daí, se a destruição duma biblioteca provoca a perda de informações inteiras, fácil ver oq a igreja podia fazer via perseguição, queima e assassinato.
Esse próprio texto aí de 50 anos, teve q ser xerocado (cópia carbono) e distribuído pelas ruas. Imagina a dificuldade q é distribuir informação assim! Há 2 décadas ainda, a informação era monopolizada por grandes empresas da mídia de massa.
Já hoje… taí o tio Marcelo colocando o texto no site dele, pena q o site naum tem uma contagem de acessos a cada post pra gente ver qts pessoas “receberam o xerox”. Daí eu copio o texto e coloco no meu site tb, e assim a informação vai sendo distribuída 🙂
Pra finalizar, parabéns aos envolvidos no texto por terem preservado a informação da data q ele foi escrito. Pelo estilo e ortografia dá pra ver q ele naum é recente, mais sem a preservação dessa informação, q inteligente ou coincidentemente foi colocada “metamente” no texto, seria impossível saber qt tempo ele tem!
Marcelo, estou conhecendo o ocultismo agora e tenho um dúvida quanto aos ritos maçonicos. Por que existe tantos?
@MDD – Porque a origem deles remonta ao Templarismo. Quando os Templários foram tornados ilegais, eles passaram a se refugiar em pequenas guildas e criaram mecanismos para encobrir seus rituais e disfarça-los. Assim alguns grupos se misturavam com as guildas de pedreiros, outros com os carvoeiros, outros com os madeireiros e assim por diante. Ao longo de 3 séculos, os ritos que eram passados oralmente acabavam se modificando lentamente (pense na evolução de Darwin! A sobrevivência do rito mais apto) e os ritos foram se modificando. Neste meio tempo (de 1314 a 1717) também fugiram da ICAR os rosacruzes, alquimistas, cientistas, luteranos, anglicanos, protestantes de todo tipo, judeus, etc… e todos eles foram acolhidos nesta sociedade secreta, o que foi colaborando para modificar ainda mais os ritos (uma loja que tivesse muitos cabalistas acabava incorporando alguma coisa dos ritos deles na loja, outra que fosse mais religiosa protestante alguma coisinha, e assim por diante…) dai essa quantidade enorme de ritos, que em essência são iguais, mas o fantástico da maçonaria são justamente estas pequenas diferenças, que carregam consigo toda a história de sua modificação.
Marcelo e o rito de Memphis misraim que parecer que os maçons falam de uma maneira mais misteriosa que as outras (pelo menos e a impressão que eu tive)
Existe nesse, algo a mais?
Mais uma vez obrigado
@MDD – farei um post sobre ele. Infelizmente, não existe no Brasil.
Marcelo, mas e se o elemental encarnado fizer muitas maldades?Como ficaria o karma dele?Ele não teria que reencarnar?
E com um demônio da Goécia, aconteceria da mesma forma?
@MDD – Goecios não encarnam.
Segundo Dion Fortune, os seres elementais encarnam. Isto está em seu livro Auto Defesa Psíquica. São tidos como “pessoas” indiferentes às emoções humanas. É isso mesmo? Ela estava correta?
O surgimento da vida por “Evolução Cósmica” era INEVITÁVEL!
Devido às condições existentes no passado do Universo, e já que as características da Mudança, do Acaso e da Necessidade se somam, a vida teria fatalmente que surgir!
Até porque, a vida biológica nada mais é do que uma “Reprodução Cósmica” onde a “Astrobiologia” faz com que os Elementos químicos das estrelas se juntem, aprenda captar energia e evoluam…
Biologicamente falando, quando um número astronômico de eventos se soma, o que antes era difícil ou improvável, mas não impossível, terminaria sendo produzido pela acumulação gradativa dos mecanismos que a mudança, junto com a necessidade, o acaso e a probabilidade reúnem e põem para funcionar… Ainda que Urey-Miller esteja errada devido o Hidrogênio não fazer parte dos gases que existiam na Terra, a vida pode sim, ser criada em “laboratórios”, desde que se tenha toda eternidade para fazer experimentos e um “tubo de ensaio” tão grande quanto o Universo.
O Universo é como uma eterna e descomunal “Loteria Cósmica”, onde sextilhões de planetas tentam sem descanso ganhar o “Prêmio” da vida passar do químico para o biológico…
Embora a maioria dos “apostadores” possua uma combinação errada dos “números”, isto é, dos fatores necessários para que a vida consiga evoluir do químico para o biológico.
Como a descomunal, incansável e variada “Loteria Cósmica” trabalha em bloco, por toda a eternidade, e realiza infinitas combinações; mesmo o “Premio” não saindo com facilidade (como acontece na Mega Sena). E sendo necessários bilhões de anos de apostas ininterruptas com diferentes combinações para que em algum lugar a vida possa surgir. Graças aos “berçários cósmicos”, a Panspemia, a Mudança e a reunião dos fatores que possibilitam a vida se tornar operacional. Em alguma época ou lugar do vasto Universo, BINGO! Algum planeta (que já havia ganhou estímulos) é contemplado com o “Premio acumulado”. Pois a VIDA não surge por algum MILAGRE divino, mas sim, pela EVOLUÇÂO CÓSMICA.
Nós tivemos sorte de que entre os sextilhões de planetas que estão apostando, a sortuda Terra tenha ganhado o prêmio de receber a vida, e que consiga não só manter a vida, como estimular que a vida evolua. Entre os infindáveis Cosmos, com inúmeros planetas, onde alguns teriam condições favoráveis à vida… Os humanos atuais são o maior “Prêmio” já entregue pelos: Multiversos, os Universos Oscilantes, os Universos Bolhas, o Grande Rebote e a Inflação Caótica…
Como alguns cometas têm CH4 (metano), amônia (NH3), e água (H2O), e na Terra os Genes são formados pelo arranjo de apenas 04 nucleotídeos (A, T, G e C); as reações que resultaram em metano, alcoóis e açucares mais complexo acabaram criando a “Sopa da Vida’”.
Os humanos tiveram o hidrogênio, o nitrogênio, o carbono, o oxigênio e o Reino Metazoa como base evolucional, mas no universo pode haver seres com bases ou características desconhecidas, ou que também seriam capazes de pensar racionalmente…
A experiência “Tanpopo mission”, que expôs micróbios ao espaço em placas colocadas no exterior da ISS, simulando a viagem desses micróbios pelo espaço, provou que a vida terrestre pode ter se desenvolvido de “sementes” vindas do Cosmo, onde algum “Espermatozóide Cósmico” atravessou o Universo e “fecundou” a Terra, como se a mesma fosse um imenso óvulo…
A Grande puta do Apocalipse é a Deusa dos templários Shekiná, baphometh mas conhecida como deusa cloaca da copula!
Cultuada em lojas maçonicas e seitas evangélicas.
A Igreja católica cultua as três virgens de Orion, que são mães dos cristos cósmicos.Que são virgens e imaculadas e não são deusa copula e prostituta de Babilonia, como é a Shekiná puta dos cristãos evangelicos e maçons.
Os evangelicos podem gritar a vontade contra as imaculadas virgens Marias , pois não dará em nada, porque elas pisam e esmagam a cabeça de Shekiná grande prostituta de Babilônia.
@MDD – sério… Nao entendi nada do que voce falou acima…
Nem você e nem ninguém… pois isso é o resultado de uma “mente perturbada” lendo Thelema, não entendo absolutamente NADA!!! E falando esse monte de besteira sem sentido… sem sentido nenhum…
o Ruim em Thelema é isso…80% lê, finge que entende e escreve essas coisas loucas… 20% que entende não encontram as aplicações práticas e falam que não funciona. E convenhamos, tem que ter estomago para algumas das práticas…
Esta minha existência humana atual não dá conta de estudar a Luminosa Trindade do Kabalah que é o Zohar, o Bahir, o Sefer Yetzirah, como eu acharia tempo para estudar uma visão cosmogônica dúbia.
Admiro você Marcelo, que abarca um conhecimento mais geral destas visões cosmogônicas. Tivesse um pouco mais de tempo e eu também estudaria o luminoso esoterismo “sufi”. Sempre consulto seu livro “Computador Celeste”. Textos atemporais e muito bons…
Guardo um anseio ocuto de que você tenha interesse, tempo e permissão para escrever um volume 2 do Grande Computador Celeste.
Hmmm… Esclarecedor… Mas como bom super-neófito, fiquei com dúvidas. Aqui vão algumas perguntas de quem estuda o espiritismo (eu, hehehe), mas não tem o pensamento “ortodoxo” (ou seja, estou querendo dizer: “por favor, me responda”):
1 – Quando alguém ora (não uma prece decorada, e sim partindo da vontade interior, ou seja, com “sentimento”) e direciona, nessa oração o pensamento a Jesus Cristo (entendido aqui como o da visão espírita – “modelo mais perfeito que já passou sobre a Terra”), a QUEM se está orando? A um espírito que atingiu o topo da escala e é, como se atribui, “Governador Terrestre”? Ou a mesma egrégora maléfica do texto acima que quer se passar por Deus?
2 – O ateísmo militante ajuda a derrubar a base das religiões tradicionais (gooooool !!!). Mas o aspecto ruim disso é que anula qualquer “busca interior” que se possa fazer e que se leve a descobertas desse “deus íntimo”. O ateísmo não cairia no mesmo lance do marxismo do texto acima?
3 – A Terra está uma bagunça. Como, se explica em linhas gerais, a situação atual do planeta (como se reumiria, numa frase curta e grossa)?
4 – Ás vezes acho que o “não mexer” na “Codificação” espírita até ajuda, embora ela precisasse de atualização (André Luís ajudou muito nisso, na minha opinião). No centro em que trabalho, éramos mais abertos, e havia um grupo em especial que acolhia a qualqumr um sem critérios (acho que aí é que estava o furo). Isso deu abertura, no grupo, a atrair esquisotéricos de internet (que até eu que sou iniciante reconheço de longe…) que quase terminaram rachando a casa no meio com idéias “revolucionárias” dio tipo “modificar o mundo com energias!!! (até isso aconteceu………). Creio que para a população mediana, revelações como essa têm der “mastigadas” mesmo, porque é uma casca muito grossa para ser tirada de súbito (essa casca rançosa da religião tradicional). Eu não era assim antes, mas de tanto ver o povo misturar conceitos e não tentar nem buscar compreender o básico, fiquei desestimulado. No final das contas, essas verdades só chegam a quem tem paciência para buscá-las/estudá-las (e ainda assim não é fácil), Torná-la aberta ao mundo vai ser um trabalhão danado e demorado
È válido o esforço de estudar e explicar.
Mas não adianta.Porque?
Ahh… agradecer á quem por este país ou o mundo estarem assim??
Agradecer?!
As leis que nos colocam o pé na nossa cabeça, enquanto estamos no chão?
Você sabe de um monte de coisas,me explica porquê mulheres não participam?Muito conhecimento não é?
Mmm!!Aposto meu bolso,que deve ter algo PODEROSO com as mulheres para que sejam evitadas á todo custo na maçonaria.
Todos os antepassados,histórias,sistema financeiro,leis…tanta coisa!
O mais gostoso de tudo,sabe oque é?
Consciência e mãos limpas.
Isso nenhum dos maçons que você citou tiveram,nem ninguém ligado.E eu entendo que é da natureza disso.
E outra coisa chata,o “mal” se infiltra em tudo(política,igreja etc…) e depois reclama que foi perseguido por igreja e sei lá mais oquê!Ainda quer receber agradecimento pela política.Almas num leilão moderno.
Ah!
Não precisa estudar tanto para entender que o amor vence tudo!
Tanto conhecimento para atrapalhar o progresso humano,espiritual e tecnológico.Conseguiram.
Não temos PAZ!
E o mais engraçado é que leio acredito,entendo mas não entra na cabeça, porquê de dar esse salto,se vocês teriam tudo isso e muito mais do Deus que é amigo!
Na boa!Agradecimento?Só se for dos que ainda estão adormecidos ,vale esses?Vale qualquer atenção,não é?È interessante ver a obra do senhor de vocês,bem criativa,emocionante.
Pena que é mentira também…aliás é tudo uma mentira…para seduzir ,apertar e escravizar..Sh*t happens:)Tudo que é ligado ao tempo e espírito é reversível.Enjoy!Tic tac tic tac
Sem ladainha de que Deus é cruel.O céu e o inferno estão em nós!E somente nós decidimos para aonde vamos.O resto é consequência.E sim,eu sei,que essa é a natureza do jogo,fazer assim.(mentir,iludir,enganar)Ok.Tem todo direito de dizer e fazer oque quiser!Mas não tem um ossinho,que prove que Deus é cruel.Tudo que vai volta.Façam bem feito !rsrsr
Elementais = psicopatologias ( tipo, serial killer, etc…) ?
@MDD
Eu gostaria de fazer uma pergunta, mas ao invés disso vou dar uma sugestão de post, já que parece ser duvida de muitos.
Para um leigo no ocultismo, como compreender o que é o que entre.
Elementais, Anjos, Demonios, Anjos Enoquianos, Demonios Goécios, Fadas, Gnomos e um monte de nomes de coisas que aparecem em muitos posts.
Dá um nó na cabeça de quem não entende saber se é um ser que vive no astral, um ser que vive em dimensões mais elevadas, se ele é um ser ou uma energia, se ele passa por encarnação ou não e até se é um ser ou estamos trabalhando com coisas dentro da nossa cabeça.
Essa duvida surgiu com a discussão sobre os elementais, mas acho que seria um post extremamente esclarecedor para muitos.
@MDD – Existe um livro chamado Enciclopedia de Mitologia, que explica bem sobre todos estes assuntos.
Esse livro é muito bom, recomendo a todos!! rs
As elucubrações com referência à vida de Jesus Cristo e da Igreja Católica são tão mirabolantes quanto risíveis. Dizer que os manuscritos foram destruidos após o século III para não se revelar os interesses existentes para a Igreja e Constantino são um jeito de enganar as pessoas. Existem fragmentos de manuscritos tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, como também não existem os originais dos livros da Antiguidade e que todos nós cultuamos como obras clássicas. A Igreja foi chamada de Católica por Santo Inácio de Antioquia,que foi levado ao martírio sob as ordens do Imperador Trajano no ano de 107.
O autor baseia sua provas em livros, q tb se baseiam em outras pesquisas… Mas e os documentos paupáveis? Pode ser alegado q não tem acesso. Mas não podemos fazer uma afirmação sem antes saber o original. Seria como um boato circulando pelo mundo, estaria distorcido no final. Ta certo q ensinamentos muuuuuuuito antigos só eram passados de boca. Mas o proprio autor nao tem embasamento de nada, a não ser conclusões de outros. Na realidade não sabemos de nada q aconteceu. se somente o vaticano tem acesso aos documentos secretos e sabem da verdade, como ele tb sabe? como afirma q todos os papas sabem a verdade q ta nos documentos da biblioteca. Eu sou um pouco São Tomé. E digo também, nao estou querendo defender a igreja católica apostolica romana, até pq nao sou Católico, mas em nome da Justiça q ele preza e q nós tb prezamos, coloquemos as provas na mesa e não basear em pesquisa de outros pesquisadores q tb pesquisaram de outros e assim foram tirando as conclusões.
Uma dúvida, durante a leitura:
Referente a tempos passados,
então o “Rei tribal” a se oferecer como sacrifício de morte física,
poderia, talvez, ter sido então alguma entidade (atualmente supra-humana),
que na época possa ter encarnado num corpo físico,
“fez a missão que tinha que fazer”,
e para se libertar deste plano, se ofereceria pra morte fisica,
voltando então à Origem Cósmica de onde veio?
Engraçado mas parece que mesmo após ler essa maravilhosa carta as pessoas não se sintam tocadas na essência, não há nada a ser provado é só usar a coerência e o discernimento, observar os fatos, ligar uma coisa com a outra, etc… não há mistério, é só vermos como está a sociedade com a juventude careta e cheia de neuroses, psicoses, tabus, bullings, outros vivendo o seu extremo na falsa compreensão de liberdade e libertinagem gastando assim sua energia sagrada para a banalidade e futilidades causando o embotamento de suas almas… Até quando vamos ficar dormindo e repetindo a nossa história com tantos medos e crenças malucas de redenção, céu e inferno… acorde
O texto é excelente, Marcelo Ramos Motta sabia muito, embora discorde dele em alguns pontos, como a besteira dele de ficar misturando em todo santo texto dele “palpites” de ciência política com espiritualidade e ocultismo, para falar mal de comunistas/marxistas. O indivíduo tinha a visão “congelada” de marxismo “Guerra Fria” em grande parte atrelada aos erros do que se convenciona chamar hoje em dia de “socialismo real”, fora do escopo do marxismo moderno reformado pós-Gramsci, Escola de Frankfurt e etc, o que não cabe citar aqui pois não é o assunto deste blog; todavia deve-se isso principalmente ao período histórico altamente efervescente em que viveu.
Uns dirão que a diferença fomenta desenvolvimento social através da livre concorrência, outros que ela por si só apenas congela e perpetua a desigualdade. Quem tem a razão? A resposta é: ninguém sabe, pois a razão, assim como o experimento social da realidade, são altamente relativos. De tal forma, acho que a norma da Maçonaria de não discutir política é -muito pertinente- neste sentido, esta besteira de misturar opiniões políticas, puramente da esfera organizacional social (pragmática e materialista, a das ciências sociais), com as potencialidades do espírito e da evolução espiritual, que trabalham a relação microcosmo x macrocosmo por inteiro (no que o mestre Plethon chamaria de Sagrado Caminho do Retorno) é dispensável e perniciosa no encaminhamento da sabedoria e do Conhecimento real aos indivíduos. Discutamos o que for propício tendo o cuidado quando damos nome aos bois… Talvez seja o melhor para todos nós.
Abraços fraternais!
Num post seu, Marcelo, você cita provas que Jesus existiu, que foi à Caxemira, etc. Este, cita um sincretismo com Jon, filho da luz, ou seja, Jesus, uma ilusão.
Afinal, Jesus existiu ou não?!
Saudações
Tio DD, se hoje “a OTO verdadeira está escondida dentro de (muito poucas) lojas maçônicas”, quer dizer que ela se tornou uma “ordem interna” e que o único meio de ser iniciado nela é, primeiro, tornar-se maçom de uma dessas lojas nas quais ela se esconde?
Mestre, Salutem Punctis Trianguli!
Gostaria de entender melhor o que o irmão Motta quis dizer ao final:
“Como consequência, a maçonaria brasileira só está viva agora na O.T.O. e na Ordem de Télema. Nós não reconhecemos nenhum movimento maçônico do Velho Aeon.”
Quais seriam exatamente esses movimentos?
O Grande Oriente do Brasil e o GOMG são ligados à O.T.O.?
Há algo que eu já possa saber, ou esse assunto só será revelado no momento oportuno?
Obrigado.
magnífico texto! todo cristão deveria ler ele…
só tenho uma dúvida: o caibalion diz que o todo não é o tudo e o tudo não é em todo, embora ambos estejam um no outro, e que se auto-proclamar Deus é um delírio, como uma bactéria se auto-proclamar homem. Mas os thelemitas reconhecem em si e nos outros a divindade, como explicar essa aparente contradição?
Olá, ando fazendo algumas leituras do site e tenho algumas dúvidas e gostaria de saber se o senhor poderia me esclarecer uma muito importante.
Eu estava considerando adentrar em uma ordem iniciática e por começo considerei a AMORC, porém numa leitura mais recente, ao adentrar num suposto site da OTO tem o seguinte trecho:
“Membros de quaisquer entidades que se digam, que se insinuem, ou de que de qualquer modo façam público uso do nome Rosa-Cruz, devem desligar-se completa e definitivamente de tais entidades antes de serem iniciados na Ordem de Télema.”
como proceder em relação a esse conflito entre as ordens?