Aulas de Religião em um Estado Laico?

Por Helio Schwartsman

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, está prestes a cometer um crime contra as crianças da cidade. Ele deve sancionar ainda neste mês o projeto de lei recém-aprovado pela Câmara que prevê a contratação de até 600 professores para darem aulas de religião em escolas municipais.

É claro que pais são livres para educar seus filhos na fé de sua preferência, mas isso deveria ser feito no contexto de seus lares e templos. Assim como igrejas não têm o hábito de ensinar física e aritmética em seus cultos, a escola pública não deveria ensinar religião.

O primeiro argumento é de ordem econômica. Não faz sentido a prefeitura investir recursos numa procissão de 600 professores de religião quando ainda há tantas lacunas no ensino de matérias tão fundamentais como português e matemática.

No que diz respeito ao quadro institucional, a encrenca é ainda maior. Na trilha do governo estadual, o projeto cria um modelo de ensino religioso-confessional, que é difícil de conciliar com o princípio da laicidade do poder público. Pela proposta, de autoria da própria prefeitura, os docentes, formados em sociologia, filosofia, história ou teologia, precisarão seguir as orientações da “autoridade religiosa” que representem.

Isso significa que o professorado estará dividido em feudos eclesiásticos, nos quais cultos majoritários acabarão engolindo os minoritários, e que as tais autoridades religiosas terão poder de definir o que será ensinado aos alunos da rede pública, numa clara violação da separação entre Estado e igreja.

O pecado original, vale lembrar, não é de Paes, e sim da Constituição de 88, que estabeleceu o ensino religioso no ciclo fundamental. Mas a Carta em nenhum momento determina que se rifem cargos públicos -e com eles o futuro das crianças- como parte de um acerto que atende aos interesses eleitorais do prefeito e aos apetites de algumas igrejas.

@MDD – E todos nós sabemos que tipo de “igreja” vai se meter nessa procissão da alegria, né?

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Respostas de 72

  1. Quando estava no ensino fundamental tive aulas de religão tanto na escola pública, quanto na particular, era uma polêmica, pois tinham crianças cuja as famílias era dos mais diversos credos, com isso os pais, na particular, exigiam que os alunos tivessem uma opção além da aula, que era ministrada por uma professora testemunha de jeova, e na púvlica eramos liverados da aula para procurar o que fazer, pense na coonfusão nos dois casos, a solução encontrada pelo Estado fpi tirar religião do curriculo das escolas, e isso foi em 90 e lá vai fumaça, como o prefeito do Rio vai lidar com essas divergências?

  2. Agora, aula de filosofia, sociologia (que estão inclusive nas recomendações do MEC) e ética ninguém quer dar, né? Português, matemática e ciências menos ainda, né?

    Mas agradar a religião do partido e do poder…. Ah, isso pode…

  3. A meu ver, ao invés de Ensino Religioso, poderia haver um ensino de Religiões. Estudo das crenças e ritos das diversas religiões (ativas ou não, incluindo mitologia comparada), de forma isenta e não tendenciosa, levando a uma maior integração social e derrubando as barreiras do preconceito cultural / religioso, podendo ser embasado em conceitos filosóficos universalistas. O problema seria achar profissionais qualificados tecnicamente, moralmente e psicologicamente, ainda mais com o salário que devem pagar…
    OBS: esqueci: isso não faz parte do plano de controle das massas… o único conhecimento permitido a elas é o técnico-científico: bons engenheiros, bons médicos, mas péssimos como cidadãos e seres humanos completos… assim, ninguém questiona pra onde vai o dízimo, o imposto, ou porque é proibido “pensar”…

  4. Acho otimo, quanto mais dificuldade mais pessoas aparecem para enfrenta-la e mais gente acorda

  5. Quando estudava em meados da década de 90 era obrigatório aqui em Recife aulas de Religião inclusive havia provas mensais, era obrigado a estudar trechos da biblia, a influência era católica e olha que o colégio nem é religioso e já era obrigado. Estudei toda minha vida no Colégio Barão de Souza Leão e não concordava com isso, até porque na época já frequentava centros espiritas e estudava ocultismo rasamente e exporadicamente.

    Eu acho uma puta sacanagem, como eu via lá – evangélicos, católicos, ateus, espiritas e demais religiões eram obrigados a ler a biblia na visão católica, inclusive estudar e responder questões em prova valendo até para quem não respondesse ou tirasse nota baixa, recuperação e novas provas.

    É uma sacanagem com o livre arbitrio e falta de respeito com as familias de todo Brasil, pois todos tem o direito de pensar, agir, conforme os costumes e religiões que lhe tragam bons ares e não ser imposto por um poder “humano” superior que obriga alguém a algo.

  6. Segundo a CF/88 :
    Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

    § 1º – O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

    Ou seja, o Estado deverá prover o ensino religioso. Porém, DEVE ser facultativo. Não poderá ser obrigatória, cobrar frequência ou executar exames de conhecimento da matéria.
    Certamente seria necessário dar a opção aos alunos ( ou pais dos alunos) de escolherem qual religião receberiam o “ensino”, o que obrigaria o Estado a contratar profissionais representantes de tais religiões na medida proporcional de alunos optantes, sob risco de comprometer a princípio da laicidade do Estado.

    Seria muito mais oportuno deixar como estar, mas se o Estado cumprir essas premissas estará apenas cumprindo a Lei.
    Se tal ensino for implantado com obrigatoriedade cabe a sociedade questionar o ato na justiça.

  7. Haja insanidade.
    Praticamente uma intrusão de egrégoras católicas e evangélicas no ensino público. Quem sabe, num futuro muito próximo, teremos “doutores” criacionistas alienando o ensino superior (já bastante alienado) com aulas em disciplinas obrigatórias nas universidades cariocas… e quem sabe onde isso pode chegar?
    Quero saber como as crianças vão assimilar as disciplinas tradicionais (como a Biologia) com os saberes religiosos (notadamente contraditórios a teorias evolutivas e tudo mais)… Um exemplo:

    Eu tenho formação em Geologia e conheço alguns geólogos evangélicos que simplesmente separam a realidade em dois… são bons profissionais, sim… mas quando você os questiona sobre contradições entre os dados geológicos e os “dados bíblicos”, eles simplesmente dizem “eu tenho que trabalhar com o que a Geologia aceita (incluindo evolucionismo), porque é meu ganha-pão… mas eu acredito que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo.. acredito que a Arca de Noé era um barco gigante, que Eva nasceu de uma costela, e que fósseis de dinossauros existem pra testar nossa fé na Palavra”…
    OK, Genial. Traia a sua crença pra ganhar uma graninha e status social… e traia o seu conhecimento em nome de um lugar no Céu. Perfeito. DICA: alterne entre um e outro, pra não ferrar o seu cérebro hipócrita.

    O ensino básico do Brasil já ta perdido e soterrado na lama… talvez eu esteja sendo pessimista demais… MAS, a não ser que o mundo realmente acabe em 2012 (haha), não veremos melhoras tão cedo…

    Até lá, vivamos imersos na alienação… e tentando sobreviver a ela.

  8. Pelo menos aqui onde moro, em UMA escola (a qual eu conheço o professor, e portanto posso opinar), ele ministra religiões comparadas. Dentro deste espírito, por mim, seria legal. Mas claro que sei que o buraco é mais embaixo…..

    1. NOSSOS futuros caçadores…
      Se despertamos aqui eles começam a treinar os pequenos como agentes do status quo.

    2. Isso mesmo, ainda não tivemos a santa inquisição do 3 milenio hahahaha?

      Mas é serio agora, foi por estudar em um colégio católico e não concordar/discordar do professor que eu me tornei um individuo questionador. Muitos infelizmente vão se dar mal nessa, mas se tiver pelo menos um que pense por si propio, questione e não tenha respostas esclarecedoras, a, esse vai procurar conhecimento e crescer

  9. Helio Schwartsman, o senhor se esqueceu que estado laico não é estado ateu.

    A iniciativa do prefeito Eduardo Paes é louvável, uma vez que o cristianismo é uma das bases da civilização ocidental e deve ser preservado a qualquer custo. Ele é a grande arma contra a relativização moral que vem destruindo a sociedade há décadas

    Está na modinha entre os defensores do status quo esquerdista (entre os quais o sr. Schwartsman parece se encaixar) incentivar ataques ao cristianismo (sim, porque não ouvimos ninguém falar um ai contra o islamismo, o budismo, o hinduísmo, etc) sem compreender nem um pouco o mal que fazem.

    Só pra lembrar, galera: o cristianismo é parte intrínseca do ocultismo ocidental (europeu). Não me refiro às deturpações feitas pelas “ordens esotéricas” a partir da sociedade teosófica e da Golden Dawn, mas sim às fontes puras que são os grimórios e os manuais de alquimia de laboratório.

    1. Eu penso que o ataque é contra a Religião (crença pela crença)… independente da sua filosofia (mesmo que o crente seja ateu e só acredite no Deus Big Bang). Principalmente no caso de igrejas caça-niqueis que vão se aproveitar muito bem desse “esquema laico” do RJ.
      Por isso, na minha ótica, o ensino RELIGIOSO/DOGMÁTICO nas escolas… não tem cabimento. Ou vai me dizer que os 600 novos professores não ministrarão as aulas de forma absolutamente dogmática? Será que vai ter professor cobrando o dízimo na aula? Tomara que não…
      Teoricamente, na melhor das hipóteses e tentativas de incursão das filosofias cristãs, islâmicas, afro-brasileiras, budistas e etc, esses ensinos deveriam ser incrementadas na disciplina FILOSOFIA (que já existe e, em geral, é ministrada toscamente em escolas públicas).

      E tem aqueles que dizem “Ciência e Religião não se misturam”… pois é, eu sempre achei estranho isso. Se elas não se misturam, é porque tem alguma coisa errada. O pior é que hoje em dia as duas estão muito parecidas: dogmáticas e literalmente abortam o livre-pensamento.
      Isso sim vem destruindo a sociedade há séculos.

    2. Por favor, permita-me fazer alguns aportes e algumas perguntas ao excelso comentário:

      “Helio Schwartsman, o senhor se esqueceu que estado laico não é estado ateu.”

      Um Estado LAICO é um estado onde a religião não interfere diretamente. É um Estado sem preferência por qualquer religião específica.
      Um Estado ATEU… eu não faço ideia do que o senhor quis dizer. Posso estar errada, mas eu nunca vi um Estado ateu, da mesma maneira que eu nunca vi um ser humano laico. O senhor quis dizer… Estado comunista?

      “A iniciativa do prefeito Eduardo Paes é louvável, uma vez que o cristianismo é uma das bases da civilização ocidental e deve ser preservado a qualquer custo”.

      QUAL é esse cristianismo que você quer preservar a qualquer custo? O católico apostólico romano? O Adventista? O pentecostal? O neopentecostal? O Anabatista? O Ortodoxo Oriental? O anglicano? O nestorianismo? As igrejas não calcedonianas? O martinista? O metodista? O calvinista? O luterano? O presbiteriano?

      O QUE é essa preservação?

      O QUE é esse “a qualquer custo”? (Porque eu ACHO que não estou disposta a pagar essa conta, rapaz, e creio que outras pessoas também não).

      E as outras “bases da civilização ocidental”, tipo Estado separado da religião, Liberdade, Igualdade, Fraternidade, etc, também serão preservadas?

      “Ele é a grande arma contra a relativização moral que vem destruindo a sociedade há décadas”

      De que moral você está falando? Da cristã? Então a gente tem que usar o cristianismo como arma contra a relativização da moral cristã?

      Se sim, por favor defina: QUAL moral cristã que está sendo relativizada? A católica apostólica romana? Adventista? Pentecostal? Neopentecostal? Anabatista? Ortodoxa Oriental? Anglicana? Nestoriana? As moral cristã das igrejas não calcedonianas? Martinista? Metodista? Calvinista? Luterana? Presbiteriana?

      Se não… favor definir que moral é essa que está sendo relativizada. E por favor, aponte juntamente um período histórico onde ela agia integralmente, para ajudar a elucidar.

      “Está na modinha entre os defensores do status quo esquerdista (entre os quais o sr. Schwartsman parece se encaixar) incentivar ataques ao cristianismo (sim, porque não ouvimos ninguém falar um ai contra o islamismo, o budismo, o hinduísmo, etc) sem compreender nem um pouco o mal que fazem.”

      E eu aqui achando que o que estava destruindo a sociedade era a falência do ensino, a falta de aulas de ética e o total desinteresse em incentivar as crianças a pensarem por si mesmas.

      No mais, creio que ninguém fala contra o islamismo, o budismo, e o hinduísmo no Brasil porque… bem, eu ainda não vi nenhuma dessas religiões vir ENCHER O SACO da sociedade brasileira tentando se impor enquanto a luz, a verdade e a vida.

      Ah, sim, por favor defina o que é esse “mal que fazem” as pessoas que “relativizam” essa “moral” ainda não especificada.

      Sumamente interessada,

      Mariana, que devia ir carpir um lote.

    3. O gasto de dinheiro público com algo que não é função do estado é louvável???

      Sinceramente, no estado atual do ensino do Brasil, eles deveriam contratar mais professores de matemática, física, química e entre outros

      E, na minha opinião, o dever das escolas é também desenvolver o senso crítico do cidadão. Então, por que não contrataram mais professores de filosofia, ciências sociais e entre outros?

      Ensino religioso não é responsabilidade de um estado laico. O cristianismo é importante? Sem dúvida alguma! Apesar de hoje, achar que a definição/ doutrina religiosa mais correta do mundo é o deísmo, sendo que, eu em particular, sou apegado aos dogmas cristãos de amor ao próximo, não considero que seja a função do estado fornecer este tipo de matéria. Religião cada um escolhe a sua e estuda por conta própria e/ou com ajuda da família e instituições religiosas.

    4. Muito bem! Preservaremos o Cristianismo! Mas qual deles? O Católico? Evangélico? Espirita Kardecista? Neo pentecostal? Existem inúmeras correntes que alegam ser a “unica Igreja de Jesus” e quanto aos filhos de outras religiões? Você gostaria que seu filho tivesse aulas de Budismo na escola? ou Islamismo que o Sr. abomina? Se fossemos preservar alguma religião e educar nossas crianças BRASILEIRAS (Não Romana, nem Americanas) deveriam se ensinar as tradições dos índios, o Deus Tupã, Jaci, etc.. ou mesmo a Umbanda que é tipicamente brasileira… Mas por que o seu deus é superior ao meu deus(a)?

      1. Os 3 pilares da civilizaçao ocidental são: a filosofia grega, a moral judaico-cristã e o direito romano.

        A meu ver, o mais adequado seria ensinar prioritariamente a religião que construiu a sociedade ocidental: a católica apostólica romana. Faz sentido, porque, independente das nossas próprias crenças, nossa sociedade tem nela a sua base moral.

        Claro que seria interessantíssimo- e o mais correto- ter aulas de religião comparada.

        A crise ética no Brasil é consequência dos ataques que o Cristianismo vem sofrendo. Podem cerrar os dentes de raiva e me chamar de nazista, mas o fato nu e cru é que a moral brasileira é essencialmente católica e quando essa religiao de base é destruída sem ser substituída por outra, o resultado é o que vem acontecendo: o relativismo moral.

        É evidente que não existe ética sem a crença no metafísico, pois os nossos valores são justamente a manifestação de verdades espirituais no plano físico (ex: a caridade como a manifestação em cada pessoa do Amor de Deus).
        Uma população atéia materialista será irremediavelmente amoral.

        1. A crise ética no Brasil é consequência da percepção generalizada (tardia, mas bem-vinda) de que a ética apóstólica romana não é a única ética válida. Como consequência dessa percepção, os valores morais estão sendo violados, testados e revistos. Alguns vão sobreviver, outros não.

          Essa crise é necessária e deve ser abraçada, fomentada e assimilada até atingirmos um novo plateau de moralidade.

        2. Claro, e a maioria dos criminosos é atéia/não cristã/ tem massa encefálica…

          Ser bonzinho por medo do papai do céu é hipocrisia.

    5. a única coisa que entendi foi…blablabla…o meu deus é melhor que o seu…blablabla…queime aquela bruxa…blablabla…moral e bons costumes.
      Na boa, hoje em dia, cultura não é herdada, é escolhida, não somos frutos do nossos pais e sim da nossa inteligencia.
      Se criamos cristãos-level 1, estaremos lentamente criando também um futuro cientifico-mediavel, onde a tecnologia e a idiotice espiritual andam juntas, como duas amantes.

  10. Um absurdo isso.. Sei que é meio radical, mas sou tentada a já discordar dos pais incutirem seus credos nas crianças. Ainda mais a escola aumentando essa pressão. Deveriam mostrar os diferentes pontos de vista, isso sim seria interessante, e não jogar um ponto de vista criacionista na criança!

    Parentes, amigos e muito menos a escola tem direito a ferir o livre pensamento! Ninguém tem esse direito!

    Eu realmente tenho duvidado muito da capacidade de discernimento das pessoas, pois elas parecem muito racionais quando vão fazer provas ou estudar qualquer coisa que exija raciocínio crítico, mas muitas vezes 5 minutos de conversa revelam pessoas com “cabresto”, sem a mínima capacidade crítica, em especial em assuntos envolvendo suas crenças religiosas.

    Para que incutir dogmas em crianças? Por que não ensiná-las a pensar por si?

  11. Então será assim : As crianças “inocentes” e sem opinião formada sobre o assunto, de hoje, serão os fanáticos-religiosos-dogmáticos-das-crenças-absolutas do futuro ?
    Rogo para que isso não aconteça !!!

  12. Já faltam laboratórios nos colégios pra garotada testar o que aprendeu em sala de aula e verificar por si próprios como as coisas funcionam na prática. São obrigados a desenvolver a Arte da Cola…
    Agora tão voltando novamente ao ensino religioso. Regredindo mais uma vez?!?!?

  13. Ensinar sobre as religiões não é a mesma coisa que pregar culto. Aula sobre as religiões poderiam estar inseridas em Sociologia e Filosofia; contudo, parece ser mais interessante um ensino técnico-profissionalizante do que formar cidadãos conscientes; afinal, o mercado precisa de escravos qualificados.

    @MDD – Eu sou professor de História das Religiões Comparadas. Não é a mesma coisa que Teologia. Deveria ser ensinado a história das religiões em conjunto com a história da arte, história política e social e filosofia, mas não rola fazer isso com crianças que mal sabem ler e escrever na oitava série…

    1. MDD, estudo Ciência Sociais podendo ministrar aulas de Sociologia nas escolas; estudar religião faz parte do social e da história — preciso estudar isso. Aulas de religião poderiam ser ministradas por Ciências das Religiões também; entretanto, Teologia — como você bem colocou — normalmente tem uma direção, como a Teologia Cristã, neste caso, é evidente que teria uma direção a ser tomada, na realidade sempre haverá. Concordo com você sobre ensinar a história das religiões — pois foi o que eu disse —, desde que não tenha apenas uma direção. A única coisa que não concordo contigo é sobre não rolar fazer isso com crianças, muito pelo contrário; a religião direcionada, muitas vezes, é empurrada nas crianças desde a mais tenra idade, então o ideal é passar isso da forma mais neutra possível e desde cedo.
      O que deveria ter mais nas escolas é qualidade no ensino, ainda tem muita aula de português e matemática, mesmo assim continuam muito mal nessas materias; agora algo que está faltando é educação de verdade, não apenas algo técnico, mas formar cidadãos — passar valores éticos, por exemplo.

  14. Pois é. Nosso principal problema é supor sempre que “religião” significa “cristianismo”. Se as aulas de Religião fossem usadas como oportunidade para apresentar História das Religiões aos alunos, seria sensacional!

    Estudei em um colégio jesuíta, aqui em Porto Alegre, e lembro até hoje das minhas aulas de Filosofia, que era, na verdade, História da Filosofia. Lembro porque fui apresentado às diversas formas de ver o mundo, sendo que todas complementavam-se, seguindo sua lógica própria. E lembro por ter sido dada pelo único professor negro com quem tive contato até sair do colégio (imaginem, 3000 alunos provavelmente só tiveram contato com um professor “não branco” – para ter ideia da mente fechada do colégio).

  15. Voltando depois da indignação com a notícia per se… rs

    Acho que dei sorte, bastante sorte, até.
    Fiz o ciclo básico em duas escolas católicas, uma de freiras, outra de padres. Minha grande tortura na escola de freiras eram as aulas de religião (e isso eu era uma criança de quantos anos, 8, 9?). Na escola de padres a abordagem foi um pouco diferente. Primeiro: apesar de ser história católica, foi meu primeiro aprendizado de não interpretar a Bíblia literalmente. A própria professora falava: não é literal. Depois as aulas de religião, apesar de terem esse nome, perderam foco na Bíblia ou no catolicismo (apesar de sermos obrigados a assistir eventualmente a missas) e se tornaram aulas mais gerais de ética e cidadania, sem nem tocar no nome de Deus no processo.

    Daí fui para uma escola completamente laica no Ensino Médio, que oferecia discussões facultativas de filosofia. Mas lembro-me de uma passagem particularmente marcante: aula de biologia do primeiro ano sobre origem da vida. O professor virou para a turma e disse: “eu respeito as crenças de vocês, mas não quero saber no que vocês acreditam agora. Estamos numa aula de biologia e vamos estudar ciências”. E uma aula sobre origem da vida e evolucionismo seguiu-se.

  16. Olá,
    o objetivo é juntar cinco milhões de pessoas no próximo Show promovido pelas igrejas evangélicas do Rio.
    Um belo gado para qualquer pastor diga-se de passagem, ops rebanho.
    O que é melhor que um povo cordeiro?
    Um povo cordeiro e crente!
    Viva a sociedade alternativa!
    Abraços.

  17. Bombou o post do MDD polêmica total.

    Sou totalmente contra ensino religioso na visão do professor.

    Imagina 600 deles misturado entre católicos/evangélicos fora os que tem duvida de que religião seguem e vivem socados lá dentro metendo o pau nas demais religiões e pelas costas vivem em centros espiritas e umbandistas.

    Se é pra ensinar ensinem a história das religiões, fundadores, história dos deuses, pessoas importantes, fatos históricos isso sim. Mais querer forçar

  18. Se fizessem UMA disciplina que tivesse o objetivo de discutir a história e a filosofia das religiões, com o cuidado extremo de contratar profissionais que não fossem proselititstas das próprias crenças, acredito seria muito válido. Mas desse jeito aí, cada um escolhe a disciplina-religião que quiser … quer dizer, quem vai escolher? os alunos ou os pais? isso é função da escola?
    Já não basta essa onda de deputado e vereador dizendo que professor tem que ser altruísta e dane-se o salário humilhante, além dessa história de pais achando que escola é um “centro pra tomar conta de criança enquanto os pais não podem (ou não querem)”, ainda querem tirar das igrejas e templos a sua função.

    Del Debbio, sobre o seu comentário de que as religiões poderiam ser discutidas em aulas de história da arte, sociologia e filosofia, e lembrei de um caso meu. Houve um dia, em que eu estava falando em uma turma de 9º ano sobre a teoria de que as pinturas-rupestres poderiam um simbolismo e uma função mágica. Um deles falou “ah, é que nem macumba”. Então corri para alertar sobre um conceito mais coerente e que não fosse carregado de preconceito, como “macumba” geralmente é (infelizmente). A aula, em um piscar de olhos, passou de artes visuais para religião. Hoje, eles sabem da minha visão religiosa, tem certa noção do que eu estudo e pratico e respeitam muito isso. Mesmo em uma turma de famílias budistas, protestantes, católicos, umbandistas, kardecistas …

  19. Sou judeu, mas desde pequeno estudei em colégios evangélicos. Cheguei inclusive a sofrer preconceíto por parte de professores.
    Sempre falavam da evolução como absurda, mas meus pais me educaram com Darwin e Sartre.
    Hoje tenho um professor de religião bastante compreensivo. Mesmo sendo um pastor, ele gosta de me ouvir falar sobre ocultismo.
    Mas pena que sei que nem todos os pais são como os meus e muito menos pastores como o meu professor

  20. Acho engraçado eu, como pagão helênico, pagar indiretamente para o meu filho aprender cristianismo (ou melhor, ser evangelizado) na escola.
    Provavelmente eles iriam dizer a ele que tudo que tudo o que eu acredito é mentira, que só existe um deus, e todo aquele bla bla bla comum.
    Pra mim, é a mesma coisa que corrupção, aliás, até pior por que dinheiro é mais fácil de se recuperar do que liberdade de pensamento.

    1. Vinícus, como pagão, também concordo contigo. Vamos pagar as contas de algo que as igrejas/instituições deveriam fazer por elas mesmas?

      Logicamente aumentar a alienação das massas para os governantes continuarem seu absolutismo disfarçado de democracia (pois que tipo democracia se é feita com pessoas ignorantes?) é um bom negócio, agradando instituições religiosas então, são dois coelhos com um tiro só .
      Engraçado que investir em um ensino crítico o Estado não quer, a carga horária e a aplicação de matérias fundamentais para o pensamento critico como história, geografia, filosofia e sociologia deixam muito a desejar…

  21. A galera escreve escreve escreve aqui e o foco volta no mesmo ponto: supõe-se que maciça quantidade (senão a totalidade) dos novos professores serão pastores pregando a um rebanho. Ah, por favor!!! Na oitava série minha professora, católica de ordem de Maria, ensinava os princípios básicos das religiões para nós. Não de UMA, mas de várias; foi nessa época que conheci, por ela, a doutrina budista, os princípios do xintoísmo e do hinduísmo. E ela não foi exceção.

    Colocar tudo que é professor no mesmo saco, ou achar que não há uma forma decente de se ministrar a uma criança os princípios básicos de religiões/doutrinas é uma generalização ao mesmo nível do fundamentalismo crente.

  22. Marcelo, estou tendo um problema referente a publicação dos artigos do site no faceBook.

    Todas as publicações que eu faço daqui de qualquer das colunas, está carregando a imagem da coluna “Revolução Luciferiana”. Embora o pessoal que frequenta o TDC “entenda” o simbolismo por trás dessa expressão, para as massa facebookianas a mesma expressão gera uma certa “repulsa”, pré-conceito, que os impedem de aproveitarem o conhecimento de outras colunas. Pra complicar ainda mais, o compartilhar do TDC não tem a opção de não carregar miniatura.

    Se você tiver alguma idéia de como solucionar isso, peço que o faça.

    @MDD – facebookices… eu nao sei como resolver. Dei uma olhada quando eu coloco “like” e a imagem é meio aleatoria pra mim. Alguém sabe como resolver isso?

    1. Brothers, até onde consegui verificar, segue abaixo um passo-a-passo, que até o momento têm funcionado pra mim:

      01.Faça Logon no Facebook, Clique em “Página inicial”(canto superior esquerdo).
      02.No campo “[No que você está pensando…]”,(área central da página) insira/cole o Link desejado(seja ele completo ou encurtado, mas que funcione).
      03.Em seguida, o facebook automaticamente mostrará, logo abaixo, uma pré-visualização do que será mostrado no post de seu perfil.
      04.Passando o cursor do mouse no título e pré-texto do quadro abaixo, qualquer um deles ficará com cor de “Amarelo-marca-texto”.
      05.Dê duplo-clique onde desejar editar/resumir/alterar.
      06.De alguma forma que ainda não sei, o Facebook “puxa” as figuras/imagens/gravuras mais afins deste link, em muitos casos ele até mesmo dá opções de miniaturas para escolher e mostrar no post.
      07.Após executar os passos acima, p/tentar escolher alguma foto +compatível, clique logo acima no link “Adicionar foto/vídeo”. Ainda assim, p/este caso, o Facebook talvez só acabe escolhendo tua foto que adicionaste, mostrando somente o link e sem mostrar o Título e pré-texto do post.
      07.Se ainda assim, caso nenhuma miniatura sirva pra ilustração do post, clique em “[x] Nenhuma Miniatura”.
      08.Clique no botão publicar e está feito.

      Obs.: Ainda assim, mesmo com os bugs do Facebook, pro teu post ficar como vc deseja, possivelmente terá que publicar, ver como ficou, excluir a publicação, e talvez refazer alguns dos passos acima… :(…

      Espero, de alguma forma (e tentando ser o +detalhado+didático possível),
      ter ajudado. Paz & Luz pra Todos!

  23. É Interessante quando um assunto sore religião mexe com os sentimentos do pessoal, com grande participação de manifestações, cada um puxando para o seu “lado”.Toda discussão é válida quando racional, sem a paixão, sentimento este que causou e causa tantas desgraças a humanidade. Me parece que morando aqui no ponto extremo sul do país, o Rio de janeiro vive uma maravilha só, tendo segurança, uma assembléia estadual correta, sem corruptos, preocupada com a sociedade, com salários dignos de professores, bombeiros, e por aí vai…

  24. [i]”Assim como igrejas não têm o hábito de ensinar física e aritmética em seus cultos, a escola pública não deveria ensinar religião.” [/i]

    Essa argumentação cai por terra quando lembramos que no Brasil é obrigatório que toda criança esteja matriculada em uma escola (home-schooling é proibido aqui).

    Para este argumento ter valor, então é necessário que toda criança também seja obrigada a freqüentar uma igreja.

    O estado já é laico realmente. As pessoas tem todo o direito de escolherem seguir uma religião ou mesmo não acreditarem em Deus. Ateus não são presos por serem o que são. Aulas de religião não é a mesma coisa que apontar uma arma na cabeça da criança e obrigá-la a aceitar uma religião ou crença. Com as aulas de religião elas ainda terão a opção de acreditar ou não em Deus. Por que ateus militantes tem tanto medo disso? Tem medo delas não seguirem os mesmos caminhos dos ateus?

    Hoje, mais do que nunca, a religião é necessária para a moral. Um mundo apenas com leis e sem religião é um mundo sem moral. E é justamente isso que estamos vendo hoje. Relativismos moral, marxismo cultural, feminismo, fetiches hipergâmicos à flor da pele e todo tipo de imoralidade simplesmente porque a esquerda avança deturpando valores e censurando qualquer tipo de moralidade sob a máscara hipócrita do politicamente correto e a desculpa da “proteção de todos os cidadãos”.

    @MDD – Voce esqueceu os “homens que dão a bunda” e “as pessoas de cor errada” nas suas colocações. Ai fica mais condizente com o discurso biblico fundamentalista.

    1. Terramel
      “Hoje, mais do que nunca, a religião é necessária para a moral. Um mundo apenas com leis e sem religião é um mundo sem moral.”

      Seu argumento é totalmente equivocado e sem base nenhuma, fundamentado num alicerce religioso ligeiramente capado de visão cientifica. A religião não é necessária para moral de ninguém, isso é uma verdade. Quem presta já tem sua base formada, opinião formada, livre arbitrio e livre de dogmas, preconceitos raciais, de cor, credo ou afins, isso pra não entrar na escada da evolução, em que o cidadão morre e encarna 1 bilhão de vezes até por na “caceta” da cabeça o que realmente é pra fazer e tratar os demais como seus irmãos e livres pensadores.

      Como um amigo meu disse a um tempo atrás aqui onde trabalho:
      – “Os meus melhores amigos fiz em um bar, enquanto meus piores inimigos se fizeram numa igreja/templo.”

      Eu concordo com ele (meu amigo), todas minhas amizades se fundaram em reuniões de trabalho, lazer, discussões prazerosas sobre filosofia, politica, contabilidade, matemática e religião com pessoas livres da doenças chamada DOGMA RELIGIOSO.

      Se você puxa a conversa com um dogmático só tende a perder a cabeça, sair chateado e frustrado por que a falta de respeito impera, e quem tem a visão aberta é obrigado a se retirar da conversa, para não ter de mandar o cara tomar naquele lugar…

      1. Dizer uma mentira mil vezes não a torna uma verdade, apesar de fazer com que as massas tenham a ilusão de que aquela é uma verdade. Você sabe que meus argumentos não são eqüivocados. Quem estipulou valores morais para a sociedade foram sim as grandes religiões. Depois de já estabelecidos esses valores, é comum que por um tempo a sociedade como um todo, incluindo os ateus, os tenham como verdadeiros. Independente de sua fé. Mas também, como vemos hoje, terão os grupos que usarão discursos ateus para espalhar o relativismo.

        Um exemplo é dizer que a mulher pode dar para quem quiser, fazer sexo casual e outras putarias sob o pretexto de que o que importa é ser feliz e de que “esse negócio de sexo só depois do casamento é machismo opressor da igreja” e outras besteiras

        É normal um cara que frequenta bar fazer amigo em bar. Muito mais do que em igrejas. As variáveis são várias. Outra coisa é que todo tipo de gente pode frequentar a igreja, assim como em um bar você pode fazer um amigo ou entrar em uma briga e parar no hospital.

        Engraçado um ateu chamar dogma religioso de doença quando está preso louvando como divindades os dogmas científicos.

        Sim, alguns fanáticos são uns retardados. Mas vejo mais desrespeito vindo dos ateus fundamentalistas militantes. Especialmente hoje que virou modinha ser ateu só porque personagens como House e Sheldon são ateus.

        1. Existe apenas uma palavra que define essa linha de pensamento, que acha que a “minha religião” trouxe a moral e os “bons” costumes para o mundo. Este, é o mesmo tipo de pensamento que, no passado, vimos imperar entre romanos, entretanto, naquela época, não eram ateus versus cristãos, mas “romanos civilizados” versus “bárbaros”. A palavra definitiva é ETNOCENTRISMO. Aí que nós vemos como esta religião é de fato romana.
          Definitivamente é um alívio que a sociedade esteja testando novas concepções e relativisando antigos coneceitos. Isto nos impede, ou pelo menos deveria impedir, de vermos o mundo apenas com o olhar obtuso e fixo de nossa civilização dita “cristã”, para que possamos observar o mundo de outros pontos de vista.
          É dificil fazer com que as pessoas compreendam que não precisam aceitar os caminhos de outra pessoa, nem seus pensamentos, nem seus dogmas, nem suas crenças. No fim das contas, todas as mudanças são turbulentas, a renovação é natural, o velho sempre será o substrato para o crescimento do novo, e isto, é absolutamente inevitável.

    2. Ué, pelo que eu saiba o Cristianismo não condena os “homens que dao a bunda”, mas sim a prática do homossexualismo, o que é algo completamente diferente.

      Ademais, a insinuação de racismo por parte do Cristianismo dispensa comentários.

      @MDD – O problema de ser sarcástico é que quando o interlocutor não é muito esperto, fica parecendo que você é que cometeu um erro…

      1. “Ué, pelo que eu saiba o Cristianismo não condena os “homens que dao a bunda”, mas sim a prática do homossexualismo, o que é algo completamente diferente”.

        Nossa, vivendo e aprendendo. Quer dizer então que uma namorada pode botar um strap-on e ir pra cima do namorado, que não é pecado? O problema mesmo é quando as pessoas são do mesmo sexo? (Pode não parecer, mas é uma dúvida séria).

        @MDD – a Biblia condena a sodomia… entao nada de strap-on pra voce e nada da Sandi sair por ai falando dos prazeres do sexo anal kkkk

        “Ademais, a insinuação de racismo por parte do Cristianismo dispensa comentários”.

        Dispensa mesmo. É só lembrar que a Igreja Católica autorizou o tráfico de escravos negros ao dizer que negro não tem alma. Ou, mais recentemente, lembrar que o Papa Pio XII não falou nem fez nada para proteger os judeus do Holocausto. Aliás, nem falar mal do nazismo ele falou.

    3. [i]Hoje, mais do que nunca, a religião é necessária para a moral.[/i]

      Bastaria investir em educação de forma que nenhum ser humano seja excluído e/ou oprimido a aceitar “verdades absolutas”, incentivado a questionar seus mestres/gurus/professores… (coisa que não vai acontecer nestas escolas do RJ, obviamente)… e teríamos uma sociedade onde reinariam os valores mais elevados. Sem precisar de uma igreja plantada em cada esquina, como vemos hoje.

      A RELIGIÃO (que hoje ta banalizada… afinal, o “religare” já foi pro espaço faz tempo) infelizmente abre portas pra que o “moralista” se sinta no DEVER de encher o saco daqueles que não seguem o mesmo culto/filosofia… e isso causa muita discórdia, vampirização, desrespeito e constrangimento hoje em dia. Sem falar na opressão que os pais religiosos impõem aos filhos, desde que eles adquirem alguma consciência, injetando-lhes diversas restrições comportamentais e o “Medo de Deus”. Vergonhoso. E pode apostar que nas escolas cariocas não vai ser muito diferente…
      Sem falar que a maioria dos crentes moralistas por aí, quando Jesus/Deus não está olhando, faz muita coisa feia com seus semelhantes, viu… Culpados. Todos culpados.
      Em tempo, essa correlação que nosso amigo fez entre “religião e moral” se mostra hoje empiricamente nonsense…

      [i]Um mundo apenas com leis e sem religião é um mundo sem moral. E é justamente isso que estamos vendo hoje.[/i]

      Não vamos exagerar na brincadeira, meu amigo… na época que a Religião mandava e desmandava, a coisa não era melhor do que hoje. Foi a Idade das Trevas, como dizem…

      [i]Relativismos moral, marxismo cultural, feminismo, fetiches hipergâmicos à flor da pele e todo tipo de imoralidade simplesmente porque a esquerda avança deturpando valores e censurando qualquer tipo de moralidade sob a máscara hipócrita do politicamente correto e a desculpa da “proteção de todos os cidadãos”.[/i]

      Nem comento… a ignorância fala per si.

      E viva a anarquia…

    4. Taí o grande Marcelo colocando palavras na boca do cara. Hoje em dia nem se pode dar uma opinião que a galera já faz um estereótipo dela: eu não posso ser católico tradicional sem, automaticamente, ser nazista, machista, ou seja, toda sorte de adjetivações negativas. Isso para mim é discutir consigo mesmo: você já coloca palavras na boca da pessoa, aí fica facil rebater essas palavras.

      @MDD – Voce é catolico? vai na missa todo domingo? usa camisinha? faz sexo só para procriação e depois do casamento? porque se não segue as regras do Vaticano, você é só um hipocrita falastrão. “Católicos tradicionais” seguem a doutrina católica, que é nazista, machista e todos os outros istas que voce imaginar. Não existem católicos que gostam de gays, simplesmente porque a biblia manda apedrejá-los. OU voce segue a doutrina da sua fé, ou sai de lá, ou é um hipocrita…

      1. metidos a religiosos tem em toda esquina, em todo beco, em toda fossa, em cada canto se vê um templo ou igreja que empurra goela abaixo dogmas fantasiosos e temidos pela população.

        Cospem palavras que mal sabem o significado ou conteudo. Pior é querer que os “falsos religiosos” doutrinem uma criança que esta a formar suas bases, a “Amar os dogmas” e “Odiar as religiões, pessoas, crenças alheias, pensamentos, e atitudes que diferem das suas”.

    5. Feminismo é imoral? Então o MORAL é que cerca de 50% da humanidade tenha que aceitar ter seu destino imposto só pelo fato de ter nascido sem pinto? ALL HAIL THE GRANDE DEUS PINTO. E que uma chuva da porra sagrada caia sobre a cabeça de todos os abençoados seguidores do estereótipo de gênero. Amém.

      Mas não tenha raiva de mim e da minha ignorância feminista. Saiba que, no fundo, sou só uma infeliz desajustada que não foi abençoada pela racionalidade de um pinto acabou decaindo e resortando, rebelde, a essa imoralidade do feminismo. Reze por mim, para que eu um dia veja a luz e me torna uma mulher bem ajustada, feliz, parideira dona de casa e submissa aos possuidores do pinto. AMÉM.

      (Eu não ia nem comentar porque… bem, a lógica do seu texto só funciona na sua cabeça, logo não tem nem como argumentar contigo. Mas daí você me trollou gostoso e eu perdi a capacidade de deixar pra lá. Em minha defesa, digo apenas que normalmente sou um ser humano pacato. Um abraço).

      1. Feminismo é a mesma coisa que Machismo. O certo seria não existir feministas ou machistas, mas sim humanistas.

        Mas esse é um mundo ideal… onde será que eu estou com a cabeça para acreditar nisso.

    6. Meu Deus. Seu argumento é errado de tantas formas que eu nem sei por onde começar. Mas… para quê? Eu poderia escrever 2000 palavras de resposta, explicando ponto por ponto. No final, você irá virar para mim e falar meia dúzia de bobagens, e tudo terá sido em vão.

  25. Pessoal cristita, sua noção equivocada, torpe e embrutecida do cristianismo enoja. O texto não critica o cristianismo. Critica a adoção de uma religião em detrimento de outras. Só pra salientar, o que Cristo falou: “a casa de meu Pai tem muitas moradas”. E antes que algum cristita venha me criticar, sou cristão.

  26. ” Homens bons fazem coisas boas, os homens maus as más, mas só a religião consegue fazer com que homens bons façam coisas más”.by Richard Feynman

  27. Alguém tem que dizer para estes fundamentalistas religiosas que religião e moral não tem nada a ver uma com a outra. Mande-os estudar “Humanismo”.

  28. Fiz estágio em escola pública aqui no Rio de Janeiro e isso acontece de certa forma. Os professores ensina orações, música gospel ou estuda redação e leitura a partir da Bíblia.

  29. Aula de religião no Brasil se fosse como eu tive quando estudei na Alemanha não seria ruim, onde se tem a opção de aula de Filosofia, Catolica e Protestante. Não se ensina apenas “Deus fez isso, e tudo mais é coisa do diabo” e coisas do tipo. La vc aprende a historia da biblia, aprende a questionar o que esta la (sim eles gostam quando a gente pensa), tambem ensina valores mais civicos que biblico. Inclusive pessoas de outras religioes como islamismo são bem vidas e são respeitadas.
    Mas duvido que algo assim de certo aqui onde pastores chutam imagens de santas, padres batem em bebados que atrapalham a missa e assim por diante.
    Para termos aula de religião em instituiçoes escolares sem isso se torna uma forma de transforma todos em cordeiros mansos e depedentes ainda temos de evoluir muito, talvez daqui muitas vidas.

  30. Eu cheguei a comentar este post mas a minha opinião sumiu, não sei pq…
    Eu estudei 1 ano fora, na Alemanha. La se tem a religioes Catolicas e protestante e filosofia como materia. Cada aluno escolhe qual quer fazer. Mas função desta aulas lá não é doutrinar ou limpa a mente das pessoas mas sim ensinar conceitos basicos para se viver em uma comunidade. É aceito e dessejado pelo professores que se tenha questionamentos. O que prova que é uma materia até bem malevel é o fato de se ter islamiscos (na maioria turcos) inscritos nas aulas protestante ou catolica. Apesar de que aqui no brasil duvido que não va ser usado por algumas igrejas para se fazer uma limpeza cerebral nas crianças, pois afinal de conta em um pais que se diz “livre” tem pastor chutando santa, padre batendo em bebado dentro da igreja, bandido condenado sendo eleito… Para algo mlhorar por aqui ainda vai ser necessario muitas vidas e espiações.

  31. Olá MDD é com muito respeito que critico, todos nós que temos um pouco mais de consciência do nosso país, sabemos muito bem que laico só é uma palavra na Constituição Federal, pois de laico não tem nada, começa pela imensidão de feriados religiosos que temos, e claro, como somos brasileiros, amamos um feriadão não vamos reclamar de um dois dias sem trabalhar para nós é mais gostoso ir para praia, ver uma tevê ou então jogar bola etc.
    haja vista que não é nada laico até mesmo pelo preâmbulo do supracitado documento em menção “…. promulgamos, sob a proteção de Deus…” onde um estado laico tem proteção de Deus? é loucura isso né?
    Mas te digo não desgotei da noticia do ensino religioso nas escolas, e lhe argumento o porquê.
    Nossa sociedade, infelizmente, é feito de massas, o mesmo menino que terá ensino religioso no colégio será o mesmo menino que assiste as sete horas, irmã (por afinidade) engravidando de irmão, o que ao meu bom senso é meio desvirtuoso, haja vista que, se fosse assim irmão adotivos teriam o direito de também manterem relação, isso para meus principios é muito nojento.
    Creio que, hoje em dia, as crianças estão sem limite dos seus pais, vemos muitas crianças nos onibus e na rua sem nenhum pouco de respeito a ninguém, e querendo ou não a religião é um meio limitador dos atos, seja ele pego pelo sentimental, psiquico ou moral da pessoa, mas ele é limitador. E a infãncia o espelho da vida madura.
    Sim, há muitas crianças que há ensinamentos de limites pelos pais em casa, mas a grande maioria hoje, não tem tal limitação, e nem consciência espiritual de que há algo mais do que a Terra e esta vida, a religião vai ampliar um pouco mais essa mentalidade não acha? fora que vai limitar e moldar alguns princípios pueris.
    Não digo que não é certo, eu mesma colocaria moral e civica, que poucos leitores aqui devem lembrar dessa matéria no colégio, mas eu mesma tive, porém, isso muitos certamente iriam se remeter a ditadura, e começariam a falar de um estado ditatorial, porém também, temos que ver que uma fúria divina mete muito mais medo.
    Acho a iniciativa válida para a educação espiritual e fática das crianças, pois o caminho que os jovens estão trilhando, se formos ver a grande massa, dá muito medo e realmente não creio que seja a “evolução”.

    Se os pais não criam direito, o Estado deve dar um jeito de cria-los, seja pondo-os em instituições disciplinadoras quando fazem algo de errado (antiga FEBEM) seja desde a matriz, escola, porém quem deve ser vaiado não é o Estado e sim os pais, afinal essa educação das instituições e está dada em aula, sou eu e vc quem paga.

    abraços a todos,

    1. Concordo com vc em relação aos pais. Ogrande X da questão é que os estado esta tendo que suprir os pais, pq este não querem assumir a parte “chata” da paternidade que é impor limites e guia-los. Preferem ser amigos dos filhos deixa que o outros cuidem. Que nunca houviu alguem falar ” Que menino sem educação, não te ensinam nada na escola não?”. O mais grave é quando uma pai fala essa frase paa o filho

  32. Absurdo!

    Inconstitucional!

    Aos fundamentalistas religiosos devo dizer que as leis terrenas deverão ser respeitadas e acredito que muitos evangélicos e católicos assim também concordam. (quando lhe são convenientes)

    No entanto, é fácil perceber que esses religiosos cegos e fanáticos, com seus pensamentos fechados querem passar por cima da lei. Cuidado porque do jeito que esse povo pensa, facilmente voltaremos a “SANTA INQUISIÇAO”!

    Caso a lei seja aprovada é um afronta aos Direitos Constitucionais. A Constituição Federal é superior a qualquer lei.

    Nem vou explanar mais o assunto porque fiquei extremamente irritada.

  33. Tenho nojo destas pessoas que se dizem “religiosas”, estão apenas mostrando uma capa superficial e se enganando a se próprias utilizando-se de auto-hipnose sem saberem para passar a “VERSÃO SANTA” de si mesmo aos que estão ao seu redor.

    Hipócritas religiosos leiam as regras contidas nas suas doutrinas seja católica, evangélica ou afim e veja se realmente você segue ela 10% em algum quesito. O lixo da religião humana NÃO DEVE SER ENSINADA A NENHUM CIDADÃO QUE QUEIRA FORMAR SEU CARATER, o mundo está perverso por isso.

    Um bando de nojentos que pecam, e correm para igreja para se purificarem, saem e fazem as mesmas coisas. Deturparam os ensinamentos de um grande mestre para atender a suas ambições.

  34. Uma hora lendo “reply” e só uma pergunta me veio neste tempo:
    E o que NÓS vamos fazer a respeito ? Vamos permitir que isto aconteça ?

  35. Sabe Alex também me pergunto: Existem tantas pessoas inteligentes , respeitosas e muito éticas mas infelizmente não são elas que dirigem o país. Ele está sob o controle de alguns pilantras inescrupulosos e iletrados totalmente sem noção.Essa de misturar dogmas ao que deveria ser um incentivo ao senso crítico é apenas uma de muitas outras que são ( e serão?)empurradas pelas nossas goelas na surdina. É, pra onde a balança vai pender…….

  36. Fiz o ensino fundamental numa escola publica (do municipio ) que tinha essa aula,
    é uma coisa totalmente desnecessária, existem tantas matéria interessantes e uteis a serem abordadas, e tinha-mos logo aquela, acho que até hoje tem essa aula lá

  37. Não confundam cú com bunda.
    O fato de o estado ser laico não proibe o estudo de religiões nas escolas.
    Apenas proíbe que se adote uma como oficial.
    Tenho a mais absoluta certeza de que será de uma tendenciosidade total voltada para a as “religiões” (leia-se seitas) evangélicas, mas caso queiram fazer da maneira correta, o ensino de religiões – no plural – abarcando todas as principais é não só justo e digno como necessário, e não traz qualquer afronta ao caráter laico do Estado.
    Um estado Laico não despreza religiões; apenas não toma uma como oficial, e concede a seus súditos a liberdade religiosa para escolher qual seguir.
    Infelizmente, na nossa realidade, é melhor se revoltar mesmo, pois sabemos do poderio evangélico fanatista.

  38. Meu deus, assim como satanistas, existem juristas de Orkut.
    Depois de fazer o comentário acima, ainda passei os olhos pelos outros comentários…

    Vejamos:

    1. Laico
    Por joão thiago da cunha netto (SP) em 26-09-2007

    Que não tem religião definida, respeitando todas as manifestações dos credos religiosos e da fé.
    Forma erudita de leigo. Não religioso.

    O Brasil é um estado laico, pois respeita qualquer manifestação de credo religioso e fé.

    OU SEJA: NÃO EXISTE NENHUMA PROIBIÇÃO LEGAL EM SE ENSINAR QUALQUER RELIGIAO, muito pelo contrário, o ensino é a prática do próprio respeito.

    Claro que sei que, infelizmente, será utilziado para evangelizar e doutrinar. Mas este é outro problema, e não é constitucional, e não vai de encontro ao caráter laico do estado.

    Inconstitucional, por ser estado laico, é proibir o ensino religioso de determinada religião.

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