As Sete Vibrações Divinas são um fluxo de ondas emitidas por Nosso Divino Criador que as subdivide através de suas Divindades, “Os Tronos de Deus”, a partir da Coroa Divina. Nossos amados e amorosos Orixás ocupam, portanto, a partir da Coroa Divina, sua função de regentes da natureza, e chegam até nós através de suas vibrações durante todo o tempo.
Vibrações estas que assumem um sentido especial que tanto sustenta como energiza permanentemente tudo o Que Deus emana. (os seres, as criaturas e as espécies). As Sete vibrações aqui enfocadas formam o setenario vibratório e cada uma delas flui em uma faixa ampla, infinita mesmo, alcançando tudo e todos. Cada uma dessas ondas forma a sua tela vibratória e emite ou emana seu fator.
Cabe-nos, portanto Clamar ao Nosso Divino Criador que:
Na Fé , envolva-nos em suas vibrações oriundas do Trono Cristalino do Orixá Oxalá. Permita que sejamos receptivos a esta sua manifestação Divina sem a qual nada iremos realizar, pois nosso destino esta ligado a ela.
No Amor, maior de todos os sentimentos, que nos chega através do Trono Mineral regido por nossa Mãe Oxum das Cachoeiras, que nos une, que sustenta a concepção, a união a caridade, a bondade e a prosperidade em todos os sentidos, pois devemos crescer em comunhão com Deus e dessa forma em acordo com nossa missão.
No Conhecimento, com a emanação do Trono Vegetal sustentado por nosso amado Pai Oxóssi das Matas, que nos impulsiona a busca do aprendizado, da criatividade, da versatilidade. Que nos chega através das matas, das florestas da energia dos vegetais, dos florais.
Na emanação da Justiça Divina do Trono Ígneo do nosso amado Pai Xangô das Pedreiras. Que nos remete à imparcialidade, a reflexão, a moralidade e ao equilíbrio. Que sua presença se faça constante entre nós, em nossas vidas, em nossas atitudes para com os nossos semelhantes.
Que sejamos sempre obedientes e regidos pela Lei Maior, sob a qual deveremos manifestar todas as nossas ações ordenadoras em comunhão com o Trono Eólico regido pelo Orixá Ogum. Manifestador dessa vibração Divina, que nos emana a lealdade, a retidão, o caráter, a tenacidade, ao rigor, a combatividade, a direção.
Que possamos seguir nossa caminhada terrena em harmonia com a Evolução, regida por nosso amado Orixá Obaluayiê, Senhor do Trono Telúrico, a quem suplicamos, nos envolva em sua vibração Divina do racionalismo, da flexibilidade, da persistência. Que tenhamos saúde mental e física, que nossas feridas visíveis e invisíveis sejam consumidas através do seu amor dedicado a todos nós.
Através do Trono da Geração, cultivemos no oceano de nossa renovação, a essência da criação Divina, e que em nossas andanças no plano material, sejamos colhidos nos braços de nossa amada mãe Yemanjá, regente dessa divina vibração Aquática.
Que pratiquemos a geração em todos os sentidos da vida, vibrando em nosso intimo, a criatividade, a multiplicação, a fartura, e a maternidade e, portanto o amor do nosso Divino Criador. Amém!!!
Texto de Sergio Benedito da Silva, retirado do Blog Umbanda.
Respostas de 12
Acho a intercambialidade de conceitos e sentidos algo fantástico… Gosto muito da representação das sete manifestações como as sete esferas abaixo do Abismo, as sete cores do arco-iris, as sete notas musicais, as sete virtudes cardinais, etc. Como é maravilhoso o mistério de que todas as cores são apenas Luz! abraços.
A pergunta não tem muita coisa a ver com o texto em si, apesar de ser muito bom, mas que exatamente significa aquele simbolo na faixada da coluna ”Umbanda: a magia brasileira”?
@Peterson: É o símbolo da Umbanda.
Podia rolar um texto explicando a origem do símbolo, bem como o que ele representa não é? Seria muito interessante.
Opa, Peterson, obrigado. É que a uns anos atrás eu vi esse simbolo enquanto dormia, não necessariamente um sonho, e o simbolo não era exatamente assim mas contia os mesmos elementos. A circunferência era meio oval, ela envolvia o triangulo que por sua vez envolvia a cruz, todos dourados e em 3 dimensões, como se fosse um monumento. Ja perguntei varias vezes durante meditações o que poderia ser, mas não obtive resposta(ou obtive).
Grato.
@Peterson: Algo parecido com isso?
Peterson tow gostando muito dessa coluna e sinto que começo a me desvencilhar de muitos (pré)coonceitos que há muito vinham arraigados em meu caráter.Obrigado!
ps.:A explicação sobre o símbolo é bastante interessante, estou muito curioso.
@Peterson: Já li a explicação em algum lugar, vou pesquisar e posto aqui.
Muito bom!
Saravá Umbanda!
Adorei o post, não entendi umas coisas… vc pode me explicar?
-Trono eólico de Ogum? Senhor dos ventos?
@Peterson: De acordo com a Umbanda Sagrada, Ogum é o Orixá regente de Linha de Energia Eólica, que corresponde a aplicação da Lei. Ar é o elemento da Razão, não é referente aos ventos.
-Onde está Iansã (Oyá)? Ela não faz parte das sete forças da umbanda?
@Peterson: Como disse anteriormente, o texto está relacionado com o segmento da Umbanda estruturado por Pai Benedito de Aruanda através do médium Rubens Saraceni. Neste segmento, trabalham-se os Orixás em pares, sendo em cada par um Orixá corresponde a Geração e outro a Restrição relacionado a cada uma das 7 Linhas de Força exemplificadas no texto. Oyá é o par de Oxalá, na linha de Fé e Iansã é par de Xangô na linha Ígnea. Provavelmente, correlacioná-los com suas lendas no Candomblé não fará nenhum sentido.
Se quiser conhecer mais sobre a Umbanda Sagrada pode acessar o site do Colégio de Umbanda. Caso tenha interesse, pode procurar um dos livros do Rubens Saraceni.
Olá Peterson, bom post.
Fiquei curioso, entretanto, em saber sobre a representação de Exu (Hod, Hermes, Mercúrio) segundo essa classificação.
Um abraço,
Hermes
@Peterson: Exu é o Senhor dos Caminhos, Passagens, Porteiras e Encruzilhadas. É o Guardião da entrada de qualquer Espaço Sagrado (seja ele natural ou não) e senhor da Comunicação (dai então Mercúrio e o sincretismo com Hermes, Hod…). Na hierarquia espiritual da Umbanda, é tratado na forma da Linha de Trabalho ou Falange de Exus/Pomba-Giras (Ou Bombo-Giras). São espíritos de Luz que trabalham geralmente no Astral Inferior no papel de “Policiais”. Na Umbanda Sagrada do Saraceni são chamados de Guardiões justamente devido ao papel que desempenham para manter a segurança dos locais sagrados e de trabalhos espirituais dos magos negros, kiumbas e afins.
Particularmente, eu não concordo muito com as “invenções” que o Rubens Saraceni fez na ligação dos orixás.
Aliás, uma vez eu li que o grande erro da Umbanda foi atribuir aos tronos/arquétipos/manifestações/o-que-quer-que-chame nomes idênticos aos dos deuses do panteão africano (candomblé, nação Ketu). E eu acho realmente que isso fez, e ainda faz, uma grande diferença na percepção e entendimento das pessoas que vêem de fora.
Explicando melhor: Oyá e Iansã são o MESMO orixá, que foi transformada em duas diferentes com características específicas. Egunitá(!?) seria algo que se “ouviu falar em algum lugar” e foi trazida para este panteão?(seria uma djina ou qualidade, na verdade)
Notifique
Então, cada segmento da Umbanda entende a situação, a denominação, o elemento correspondente de uma forma bem específica e distinta da outra, mesmo entre alguns seguidores da doutrina do Sarraceni existem àqueles que não concordam totalmente com ele, “criando” ou “trazendo” entendimentos diferentes sobre os mais diversos aspectos da religião.
Segundo o que já li, isto é próprio do momento evolutivo desta religião no nosso planeta, e mudará conforme a situação for evoluindo e sedimentando.
Acredito que estas questões doutrinárias sejam muito importantes, mas acho que não dá para ficar discutindo sobre quem está certo, pois ao mesmo tempo todas as vertentes tem e não tem a verdade, sendo o mais importante de tudo, observar e praticar os pilares da religião, a fé, o amor e a caridade. O que já é muito difícil de fazer 100%. Saravá a todos!!!!
@Peterson: Fábio, creio que é preciso ter em mente que os Orixás são apenas correspondências com o tipo de energia que queremos nos conectar. É o que em toda parte chamamos de “muleta”, tanto que o próprio Saraceni demonstra na Magia Divina que as forças podem ser evocadas por “tronos”. Evocar Ogum ou evocar o Senhor do Trono da Lei tem o mesmo resultado, e isso se repete em todo lugar.
Eu mesmo não concordo totalmente com o Rubens, assim como não concordo totalmente com Matta & Silva, Norberto Peixoto ou Ronaldo Linares, mas respeito o trabalho de todos, absorvo o que concordo ou que se repete em vários autores e descarto aquilo que a mim não faz sentido. Não é uma questão de escolher um único certo, mas unir aquilo que cada um tem de melhor.
É isso ai meu Caro @Peterson, concordo totalmente com você, só para esclarecer meu comentário não foi em tom de crítica mas somente de expor minha opinião sobre o assunto, pois as vezes vemos discussões acirradas sobre doutrinas filosóficas, mas não vemos a mesma dedicação em seguir o básico, os pilares da religião da Umbanda.
Certo é que a Umbanda é uma religião muito ampla, repleta de descobertas já realizadas e tantas outras a serem feitas, residindo em seu universalismo em sua diversidade, em seus “mistérios” a sua grande beleza!
Também partilho da opinião de que os Orixás são apenas formas que encontramos de explicar/conectar etc, com as energias que emanam do Deus Supremo.
Acredito afinal que devamos ler de tudo e depois de refletir em cima chegarmos a nossa própria conclusão.
Em suma ótimo texto, apreciei muito seu trabalhoh no blog, continue assim.
Peterson, alguma chance de relacionar os Tronos Divinos com os 7 Planetas Sagrados, 7 Anjos de diante do trono de Deus e/ou os 7 raios (e por ai vai)?
@Peterson: Alex, eu ensaiei essa comparação em um texto publicado recentemente no A&L, dá uma olhada em http://autoconhecimento.org/2013/07/umbanda-magia-brasileira-as-7-linhas-de-umbanda-e-suas-manifestacoes.
Axé!