As lições da evolução

Todos aqueles que não se alistaram em guerras santas tem como tirar lições da teoria de Darwin-Wallace para a evolução das espécies; Lições de como a natureza funciona não só no nível físico, como também no espiritual. Engana-se quem pensa que a evolução determina o trunfo do materialismo sobre as demais interpretações da natureza. Se a ciência moderna optou por “esquecer” de Alfred Russel Wallace, que era espiritualista, pelo menos nada pode fazer quanto ao encerramento que Charles Darwin deu para o seu célebre livro, no último parágrafo de “A Origem das Espécies”:

“Assim, a coisa mais elevada que somos capazes de conceber, ou seja, a produção dos animais superiores, resulta diretamente da guerra da natureza da fome e da morte. Há grandeza nesta concepção de que a vida, com suas diferentes forças, foi alentada pelo Criador num curto número de formas ou numa só e que, enquanto este planeta foi girando segundo a constante lei da gravitação, desenvolveram-se e se estão desenvolvendo, a partir de um princípio tão singelo, infinidades de formas as mais belas e portentosas.”

Sabemos que esta teoria nunca pretendeu explicar o surgimento da vida, tampouco o da consciência humana, e sim o mecanismo pelo qual a vida evoluiu a partir das primeiras e mais primitivas formas de vida na Terra. Mesmo assim, e não sem boas razões, ela se tornou um dos pilares que sustentam o pensamento materialista moderno – de que tudo o que somos se resume as partículas de nosso corpo – ainda que não façamos idéia de quais partículas formam a consciência, mas isso é uma outra história.

O que eu gostaria de destacar aqui, porém, é que a evolução também traz enormes lições para uma visão espiritualista da existência:

Somos todos um
Ainda que a nível físico, somos formados por partículas, por poeira de estrelas longínquas que chegaram até nós em meteoritos e, misturando-se com os elementos da Terra em seu berço, criaram de alguma forma ainda oculta os primeiros organismos. De formas tão simples quanto bactérias, tudo o mais surgiu, evoluindo a partir do mesmo código da vida, o DNA.
Hoje a ciência sabe que não existem raças humanas, nosso genoma é praticamente idêntico do aborígene australiano ao homem branco europeu. Não apenas o racismo é ignorância, mas a própria noção de que somos seres a parte na criação, de que os animais irracionais nos servem como meros objetos, é absurda. Os índios já sabiam que somos todos um, que a natureza é uma só, e que estamos todos conectados; Mas, na época moderna, foi preciso a prova científica para que abríssemos os olhos. Esta é a maior lição da natureza: da próxima vez que olhar um pequeno roedor em sua toca, saiba que foi graças a eles que sobrevivemos à época da grande extinção dos dinossauros [1]. Nós somos filhos dos roedores, e das bactérias, porque nesse caminho cósmico, ninguém é mais especial que ninguém, a todos foi dada a mesma oportunidade de viver e de evoluir.

Nos beneficiamos das trocas
O conceito de “raça pura” foi definitivamente enterrado pela evolução. Se o nazismo surgiu no mundo, foi porque seus líderes eram também ignorantes, e perderam a oportunidade de aprender com a natureza. Seres humanos isolados, reproduzindo-se apenas em pequenas comunidades locais, são muito mais vulneráveis a vírus e doenças em geral, pois simplesmente não tiveram misturas suficientes com os genes de outros humanos que caminharam por outras partes do globo.
Porém, mais do que isso, sabemos que as trocas comerciais, culturais e religiosas são fundamentais para o desenvolvimento da humanidade como um todo. Foi com a rota da seda, da Índia para a Europa e Oriente Médio, que as grandes civilizações começaram a se desenvolver mais rapidamente. Foi na época da afluência de várias correntes filosóficas, científicas e religiosas para um mesmo local de paz que muito do pensamento humano se solidificou: da Grécia Antiga a Alexandria, de Al-Andalus ao Renascimento na Europa.
Se alcançamos tais façanhas com trocas de genes, mercadorias e conhecimento, quem sabe onde poderemos chegar com a troca de amor?

O altruísmo é uma evolução da espécie
Desde bactérias que gastam energia para produzir uma substância viscosa que faz suas colônias flutuarem na água e ficarem mais protegidas, até a troca de oferendas ancestrais de hominídeos, onde os machos traziam alimento de suas caçadas para trocar pelo sexo com as fêmeas, o altruísmo tem se comprovado como uma evolução da espécie.
Aquele que caça sozinho terá mais comida quando abater uma presa, porém a história prova que são as espécies que caçam em grupo que obtém a maior vantagem evolutiva: quando todos se ajudam e auxiliam mutuamente, ainda que tenham de dividir a caçada, existem maiores garantias de que não morrerão de fome, solitários, pois a probabilidade de haver boa caça todos os dias é bem maior em grupos que têm mais olhos e mais armas afiadas.
Desde épocas imemoriais, a natureza tem nos ensinado tal mistério: quanto mais nos afeiçoamos aos seres, mais capacidade temos de nos afeiçoar ainda mais. O amor é combustível que não acaba nunca, o fogo de sua pira é eterno e o vento só faz ele crescer mais e mais…

Das adversidades nascem os grandes saltos evolutivos
Nenhuma espécie evoluiu com vida mansa, seja pela abundância de presas para caçar ou pela ausência completa de predadores. Sem a adversidade, seja esta um predador faminto ou um estômago suplicando por energia, os seres não teriam motivo para evoluir.
Embora todos gostemos de paz, de que tudo “ande nos trilhos”, não podemos esperar que as adversidades passem ao largo. Esta seria, ao longo prazo, uma grande armadilha. A estagnação, seja física, seja mental, seja espiritual, é o grande mal da humanidade. A época negra na Europa medieval demonstrou que dogmas não nos servem de salvação, e que manuais de verdades absolutas de nada adiantam se as pessoas ainda são ignorantes da real interpretação dessas verdades. Adquirir conhecimento não faz de ninguém um santo: é preciso praticar, é preciso sujar os pés de lama, é preciso encarar o deserto e compreender que, onde quer que haja estagnação, a natureza não nos deixará relaxar.
A “guerra da natureza”, a que Darwin mencionou acima, é uma forma pela qual o seu mecanismo continua nos puxando, e puxando, sempre para cima.

O ambiente nos molda
Pequenos cataclismas submarinos, causados pelo fim da vazão de água em altas temperaturas da crosta terrestre, podem fazer com que nichos ecológicos inteiros de seres microscópicos se extinguam, levando consigo pequenas barreiras de corais e espécies das profundezas do oceano. Um rio muda de curso, as monções são interrompidas, e impérios inteiros se extinguem, ou partem para invadir novos territórios, como é caso tão comum na história do sul da Ásia…
Em nossa vã esperança de que fossemos o centro de todo o Cosmos, acreditamos que os deuses é quem deveriam nos servir, ainda que através das mais variadas formas de barganha. Ainda hoje, há cientistas que crêem que podem ditar os rumos da natureza, “criando” novas espécies ou retardando indefinidamente o envelhecimento das células do corpo. Tudo em vão: nada está parado, tudo flui, tudo vibra. A natureza se move em ciclos, e dentre eras glaciais terrestres, surgiu o ser humano e todo o seu conhecimento.
Mas nem todo conhecimento é em vão. A maior prova está na compreensão de que, muito mais do que as disputas pela sobrevivência, é o meio-ambiente que molda a evolução das espécies. E mesmo aqui, uma vez mais, os índios estavam certos: estamos todos conectados, principalmente com a natureza a nossa volta.

A natureza é livre
O homem vem tentando compreender os mecanismos da natureza, mas até hoje falha miseravelmente em qualquer tipo de previsão mais aprofundada sobre para onde o vento soprará a seguir. Prever o clima a curto prazo é possível, a longo prazo não: é que a natureza insiste em erguer o seu véu, e dentre pequenos eventos que, por não sabermos a causa real, chamamos de “caóticos” ou “aleatórios”, nada realmente pode ser previsto do futuro. Nem onde o vento vai soprar, nem onde a terra vai tremer, nem até onde a evolução poderá nos levar.
Darwin dizia que o destino das espécies “tende a perfeição”. Muito embora seja complexo definir o que seja perfeição, a natureza jamais cansará de nos surpreender. Em apenas alguns segundos do ano cósmico, surgiu o homem e todo o seu conhecimento. A perfeição é o amanhã, é o porvir, é a potencialidade das consciências etéreas a bailar por entre eras e espécies – e ninguém pode realmente prever aonde tudo isso vai dar.
De sua agenda, a vida mesmo cuida: a natureza é livre.

A vida é a função do sistema
Embora todo sistema tenha sua função, há muitos que preferem ignorar que o sistema-natureza também tenha a sua. Em cada partícula que insiste em moldar organismos que se comportam de forma anti-entrópica enquanto vivificados, encontra-se parte do texto sagrado; Texto este que, codificado, reafirma através de infinitas reações químicas em meio ao turbilhão do universo: “Produzir vida, esta é a minha função”.

A lei da evolução
Nem o mais forte, nem o mais inteligente. Sobrevive e evolui aquele que melhor se adapta as condições do ambiente, e as suas mudanças.
Fisicamente, fazemos parte da espécie que obteve o maior sucesso em se adaptar ao meio-ambiente. Exploramos e ocupamos as zonas mais remotas do planeta, e hoje estamos em via de nos lançar ao oceano do Cosmos. Que nos faltará, senão uma adaptação de consciência? Senão explorar e ocupar nosso infinito interior?

***

[1] Um biólogo amigo meu apontou uma correção: “nosso ‘ancestral’ sobrevivente da extinção dos dinossauros não era um Roedor, que é um grupo avançado do qual os Primatas não derivaram; mas fazia parte de ordens extintas, como os Multituberculados, que só superficialmente lembram roedores”. Devido a característica poética do trecho, preferi deixar assim.

Este artigo também se encontra traduzido para o inglês: “The lessons of evolution

Crédito das imagens: [topo] Louie Psihoyos/CORBIS (Paleontologista Doug Zhiming); [ao longo] Bettmann/CORBIS (Neanderthal)

 

O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph.com.br). Também faz parte do Projeto Mayhem.

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Respostas de 12

  1. Desde que você publicou o texto Oferendas Ancestrais, eu fico com um pé atrás quando leio seus textos. Espero mesmo que você saiba que nosso comportamento é socialmente construído,e não herdado geneticamente de ancestrais.

    @raph – Esta é uma questão polêmica; Eu acredito que o comportamento não é construído somente pela educação e cultura, mas que alguns aspectos (principalmente relacionados ao sexo, ou ao que Schopenhauer chamou de “a força da vida”, antecipando os psicólogos evolutivos em muitas décadas) são herdados, embora certamente não pelos genes, e não necessariamente de ancestrais distantes…

  2. Belo texto

    e não precisa ir muito longe pra pensarmos:

    Os indios estavam certos né ….Uma lição cara ao homem moderno que insiste em duelar ( e vencer as custas de morte) contra o indio, a natureza e por que não contra si mesmo…

    Sois Grato

  3. Evolução é como uma onda no mar, num indo e vindo infinito.
    A onda dá uma aparência de mudança, transformação, evolução; mas o mar permanece o mesmo.
    Daí a expressão:
    O Mundo é um movimento de “Deus” (onda) em seu próprio “Ser” (oceano).
    Onda … a ilusão do oceano, que vai e volta, volta e vai; fazendo o novo virar velho e o velho virar novo. O “novo” é o “velho esquecido”.
    Não há nada de novo debaixo do Sol.
    E assim caminha a humanidade na “esteira da vida”.
    Achando que está indo pra algum lugar.
    Ilusão eu quero uma pra “viver”.

    @raph – Eu acredito que todo dia há algo novo debaixo do Sol, mas é preciso ter olhos de enxergar…

    “O dia chegou novamente. Mas sua face parece um pouco estranha, não mais como fora ontem. Estranho de se pensar, nenhum dia é como o dia que se foi e nenhuma noite como a noite que virá! Porque, então, temer a morte, que é noite e nada mais? Porque se preocupar, se o dia que virá trará uma nova face e um novo espírito?” (John Galsworthy)

  4. Principal lição da “evolução”:
    – O tempo devora sua própria “obra” inútil.

    Evolução? “Novo” ? Onde?
    Se a vida é uma repetição sem fim entre o nascer e o morrer.
    Durante os seus “x” anos de vida.
    Você já contou quantas vezes dormiu, quantas vezes acordou, quantas vezes tomou banho, quantas vezes se alimentou, quantas vezes escovou os dentes, etc.
    A evolução é um filme que se chama: “A Roda de Sísifo”.
    Evolução é o esforço inútil somado a recompensa ilusória.
    Evolução = eterno vir a ser = sinônimo de nada.

    @raph – Há 2 mil anos o povo ia ao Coliseu ver feras devorarem seres humanos (ou vice versa). Hoje ao menos vamos para ver futebol, que a despeito de certa violência ocasional das torcidas organizadas, ainda é muito distante do Coliseu Romano… Eu acredito que caminhamos a frente, e não em círculos (exceto quando chafurdamos no pântano da ignorância)… Devido a renovação de almas, pode parecer que as vezes caminhamos atrás, mas é que os que aprenderam a lição já se dirigiram para outros locais do Cosmos.

    Mas, ainda que não consideremos a reencarnação e o espiritualismo, ainda temos as estatísticas: http://youtu.be/Qe9Lw_nlFQU Abs.

  5. Psicologia evolutiva é considerada uma pseudociência, só alguém que não tem noção de como funciona a nossa estrutura social leva isso a sério.
    No livro “A Falsa medida do homem”Stephen Jay Gould demonstra o quanto, durante a História, essa psicologia evolutiva esteve presente e foi utilizada pra justificar o racismo, o machismo e muitos outros ismos, sendo praticada inclusive por cientistas muito respeitados no seu tempo. Isso porque a Ciência também é uma construção social sujeita aos valores sociais (sobre isso vale ler também o livro Imposturas Científicas do Michel De Pracontal).

    @raph – Eu recomendo: “Evolução em Quatro Dimensões”, de Eva Jablonka e Marion J. Lamb (Companhias das Letras). Apesar de ser estritamente científico, é hoje considerado um dos livros que trata a Evolução de forma mais aprofundada (muito mais que os memes de Dawkins, por exemplo). Neste contexto, a Psicologia Evolutiva até tem um certo papel, mas ele é bastante secundário… Tenho alguns trechos do livro no meu blog também: http://textosparareflexao.blogspot.com/search/label/Marion%20J.%20Lamb Abs.

  6. Olá, sobre comportamento herdado ou socialmente construído, estudando psicologia social e psicanálise lacaniana e experimentando com ambas, tenho sido levado a considerar que uma espécie de matriz do desenvolvimento de modo geral, a raiz de todo e qualquer comportamento se encontra em primeiro lugar num campo filogenético, depois num campo pulsional e depois no social, sem fronteiras certas entre esses três campos, na verdade, parecem exercer sua influência simultaneamente.
    Me parece também que a cultura parece ser aquilo que possui maior potencial modulador de tudo o mais, isso é, de estabelecer caminhos e transformações num percurso que é sempre histórico.

    Abraço…

    @raph – Oi Leandro, eu também recomendo o mesmo livro que recomendei noutro comentário acima: http://textosparareflexao.blogspot.com/search/label/Marion%20J.%20Lamb Se não conhece ainda, acho que deverá gostar muito. Abs.

  7. Ok, retiro o que disse acima. PE não é pseudociência, apesar de ser representada por alguns pseudo cientistas que são levados a sério pela grande mídia.Isso não pode tirar o mérito de cientistas que fazem um trabalho sério.

    @raph – Exato, naquele trecho do post “Pornografia científica” as autoras fazem exatamente este tipo de crítica aos (pseudo-) psicólogos evolutivos que criam teorias absurdas somente para vender livros…

  8. Interessante esse texto,
    na minha opinião a evolução, seus paradigmas e suas consequências devem mais do que nunca serem discutidos. Há muita desinformação: em alguns lugares é um tabu, em outros ela é ensinada de maneira errada e em outros sequer pensar nisso já é considerado um pecado.
    Uma das coisas a serem discutidas é a importância da consequência para o processo evolutivo, como bem você disse. Mas o problema é: dentro do campo biológico evolução é uma mudança genética que se tornou estável dentro de uma comunidade, porém até hoje não foi possível confirmar que uma mutação causada pela “adaptação da consciência”, além do fato de que para a espiritualidade sua consciência “evolui” enquanto você está encarnado, o que entra em contradição com a biologia, já que seu código genético não se altera. Nisso se encaixa a pergunta: “consciência é transmitida aos herdeiros?”

    Ao meu ver é colocada sobre a evolução um aspecto muito progressista, como se evoluir fosse subir a escada de jacó, mas isso é muito impreciso. A evolução não é arbitrária, o acaso acontece e quem herdou as características, que só se tornaram benéficas após a interação com o meio já que em si elas são mero acaso, se deu bem. O resto não. Não me soa muito progressista isso. Pelo que eu vi até hoje isso é resultado daquele pensamento lamarckiano, que era o padrão uns séculos atrás. Seria isso a “evolução do pensamento?”

    Thomas.

    @raph – Nosso epigenoma se altera ainda durante esta vida. O genoma é um código, mas um código que pode ser “ligado” e “desligado” pelo epigenoma. De fato, sabemos ainda muito pouco:

    “O Projecto Epigenoma Humano aponta no sentido da maior complexidade das características e comportamento das pessoas, que vai muito para além do determinismo directo dos genes. O nosso genoma pode exprimir características e comportamentos muito diferentes devido a diferentes expressões dos genes, que podem ser modificadas ao longo da vida conforme são activados ou desactivados por agentes externos aos próprios genes. Entre três principais mecanismos para ligar ou desligar os genes, o mecanismo de metilação é o mais comum. O Projecto pretende catalogar as várias interacções existentes entre o genoma do indivíduo ao longo da vida com o ambiente. As alterações epigenéticas geram um epigenoma característico de cada indivíduo.”

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Epigenoma

    Abs.

  9. Li o texto e pensei -o. Aí o meu lado irreverente ficou pensando que tipo de comportamento ancestral ou social colocaria no mesmo saco – criando uma situação surrealista – um sujeito como o atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e a própria comissão.

  10. Observações sobre a Evolução do Espírito.

    1) Os animais são nossos irmãos menores na escala evolutiva, eles estão evoluindo para o reino Hominal, assim como o ser humano esta evoluindo para o reino angélico, tudo é Evolução no Universo, nenhum ser fica parado no processo evolutivo.
    O corpo físico do Homem é um produto evolutivo dos primatas ou macacos, o Mestre Kardec no seu Livro A Gênese, explica que existe uma filiação corporal e espiritual entre o Homem e os animais.
    O nosso corpo físico é uma evolução dos primatas.
    E o nosso Espírito antes de chegar ao reino hominal passou pelo reino animal como principio inteligente, nos animais não existe um Espírito formado como o nosso, existe um principio inteligente ou principio espiritual em processo de evolução para o reino humano.
    Quando esse principio inteligente adquire raciocínio, senso moral e livre arbítrio torna-se um Espírito formado, simples e ignorante sem conhecimentos e sem virtudes.
    E ele passa a se reencarnar em corpos hominais, buscando a sua Evolução moral e intelectual, é pelas reencarnações sucessivas que os Espíritos vão se depurando moralmente e intelectualmente até se tornarem Espíritos iluminados ou Espíritos Superiores, que as religiões chamam de anjos ou arcanjos.
    Como disse o Mestre Kardec, do átomo até o arcanjo existe uma cadeia evolutiva, no qual o arcanjo (espíritos superiores) começaram pelo átomo.
    Existe nos átomos um partícula espiritual em processo de evolução para o reino mineral, depois para o reino vegetal, depois para o reino animal, quando essa partícula ou principio inteligente adquire raciocínio, senso moral e livre arbítrio, torna-se um Espírito simples e ignorante passando para o reino Humano ou hominal.
    E quando esse Espírito se ilumina, se purifica no campo Moral e no campo Intelectual torna-se um Anjo ( Espírito Superior).

    2) Portanto, todo Espírito Superior já foi um espírito simples e ignorante de evolução primaria, todo Espírito Superior já passou pelo reinos,mineral, vegetal, animal e hominal.
    Buda, Jesus, Platão, Sócrates, Krisna, Hermes e outros Espíritos Superiores já foram espíritos inferiores, simples e ignorantes de evolução primaria.
    Deus é justo e imparcial e suas Leis são IGUAIS para todos os espíritos, não existem espíritos privilegiados na Obra Divina.
    Todos os Espíritos evoluem através de reencarnações sucessivas até se purificarem das suas imperfeições morais, nenhum espírito é criado perfeito e puro, todos são criados IGUAIS simples e ignorantes, um exemplo, o Mestre Jesus hoje ele é um Espírito altamente Puro e Superior, super evoluído, mais ele já foi um Espírito inferior, simples e ignorante e quando Ele era um espírito simples e ignorante, ele cometeu seus erros e faltas no processo natural e normal da evolução espiritual.
    Jesus, Buda, Sócrates e outros Espíritos Superiores já foram pecadores morais.

    3) O Mestre Leon Denis explana o seguinte.
    “ a alma dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e desperta no Homem”
    Temos de forma poética e filosófica a evolução do principio inteligente pelos reinos da Natureza.
    Podemos, afirmar o seguinte, do átomo ao reino animal temos a evolução do principio inteligente ou principio espiritual.
    Do reino hominal ate o reino angélico temos a evolução do Espírito.
    Tudo é harmonia, sabedoria e evolução na Obra Divina.

    4) A Evolução espiritual se processa pelo aprimoramento Moral e Intelectual.
    Evoluir é se melhorar moralmente, praticar o bem, ser honesto, ser correto, ser cordial, ser educado, ser trabalhador, ser caridoso, ser solidário, ajudar os necessitados, amar e respeitar os animais, cultivar pensamentos elevados e puros, cultivar sentimentos nobres, combater os maus desejos, combater os vícios, combater os maus hábitos, combater os maus pensamentos, isso é EVOLUIR.
    Evoluir é Vencer a si mesmo.
    Evoluir é Vencer as suas próprias imperfeições morais.
    Evoluir é ser auto iluminar.

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