Altar DeMolay – Setenário e Geometria

Texto original: Esoterismo DeMolay – Altar DeMolay – Setenário e Geometria

Altar é um local cujo objetivo é dedicado a conexão com o Divino, um lugar onde são realizadas as práticas espirituais, onde são colocados os materiais necessários para realização de um Ritual e a conexão com uma egrégora. É um utensílio religioso, mas não exclusivo de Religiões. No Templo – que significa “local sagrado”, do latim templum – DeMolay, chamado de Sala Capitular, o Altar tem esse objetivo e é utilizado dessa maneira.

Arquitetonicamente falando, o Altar é a base de todo Templo, é a Pedra Fundamental da qual toda sua estrutura será construída. Ocupa uma posição intermediária no Templo de maneira que se torne uma conexão simbólica entre o mundo espiritual e o mundo terreno, o local de união entre o Macro e o Microcosmo.

No campo simbólico o Altar é um local dentro de nós em que entramos em comunhão com nosso lado divino, é um estado de consciência que nos liga com o que está no Alto. Dessa ideia que vem um mito conhecido como “Montanhas Sagradas”, como temos no mito de Moisés que subiu ao alto do Monte Sinai para falar com Deus e desceu com seus mandamentos. Essa história não passa de um símbolo cabalístico em que “Monte Sinai” representa um estado elevado de consciência que Moisés alcançou através de 49 dias de meditação dentro de si. É um local simbólico, e não físico.

Na construção física do Altar, ele se torna o nó do Templo onde se cruzam as energias psíquicas. É o local utilizado para se realizar uma ruptura entre os planos, é nele que realizamos as invocações, evocações e damos determinações à egrégora. É onde pedimos permissão para começar ou terminar uma reunião, apresentamos os membros aos seus novos cargos, e onde são admitidos novos membros dentro da egrégora.

O SETENÁRIO

Dentro dos símbolos e dos rituais percebemos que uma certa importância é dada a certos números dentro da Ordem DeMolay, e o número sete ocupa um local especial desse mistério: ocupa nosso Altar.

“Por que sete, e por que não oito ou nove virtudes e velas?” é uma pergunta básica a qualquer interessado em nossa ritualística. Sete é um número sagrado e misterioso a todas as culturas, é o número da criação, são a quantidade das notas musicais, são os astros móveis visíveis no céu, são o número de Leis Herméticas, dos chakras, são o número das Sephirot Emocionais na Árvore da Vida, e assim por diante. Essa tradição numérica e geométrica também estão presentes em nossa Ordem.

O sete é expresso através de uma Geometria Sagrada que a muito tempo atrás foi utilizada na Ordem DeMolay, mas essa tradição foi perdida e pouquíssimos Capítulos usam desse artifício. Alguns dispõe suas sete velas em lua crescente, outros em ferradura, outros em triângulo, e outros ainda sem um símbolo identificável, deixando as velas no altar da maneira ao acaso. É uma triste realidade, visto que em textos anteriores estudamos a importância do símbolo e da egrégora.

Três é tido como o número do espírito, está relacionado com os três aspectos de Deus e com o equilíbrio entre os opostos que existe em toda criação, e seu desenho geométrico é o triângulo. O quatro é a representação da matéria, de tudo que é concreto, e sua figura geométrica é o quadrado. A soma de três e quatro é sete, que representa a criação material regida pelo poder espiritual, portanto é tido como o número da perfeição.

GEOMETRIA DO ALTAR

Os rituais do DeMolay sempre tocam, relembram, exemplificam e conduz sua ritualística no assunto do nascimento e morte. Sobre o nascimento somos ensinados que devemos erguer nossas vidas através das sete virtudes e os três baluartes, e sobre a morte somos ensinados que ela não passa de uma passagem ao dia eterno, uma outra etapa. Essas referências dizem respeito ao espirito sobre a matéria, que é um ensinamento central dentro das nossas virtudes, e isso também representa o altar através do número sete.

Num campo simbólico o triângulo está relacionado com o elemento fogo, que representa a Luz e o próprio espírito. O quadrado está relacionado com a geometria plana, com o simbolismo do número quatro, que é o elemento terra, o material. A matéria sozinha é inerte, mas quando aplica-se a ela o fogo, surge a vida, como nos ensina o hermetismo.

Quadrado sob Triângulo é o ensinamento do material sob espiritual. E a mesa do Altar é posta entre ambas as figuras. Eis a Geometria Sagrada do Altar, que aponta ao Oriente, de onde vêm a luz que se espalhará a todos seus membros, à egrégora e a todos que forem direcionados as intenções durante as orações.

Ainda por “coincidência” temos no Setenário Místico virtudes aplicadas a vida material e a vida espiritual. As virtudes materiais que formam o quadrado temos: Amor Filial, Cortesia, Fidelidade e Patriotismo; as espirituais: Reverências pelas coisas Sagradas, Companheirismo e Pureza.

Esses símbolos são de fundamental importância na eficácia da prática ritualística. Quando formos estudar Cabala veremos que nosso Altar se situa na sephirot Tipheret, responsável por trazer a Luz de Deus a nós, que é também a representação do Sol. Veremos também em breve os tattwas orientais e veremos sua relação com essa geometria, assim como estudaremos as velas vermelhas, a linha imaginária, entre outros elementos que não podem ser desprezados.

Coincidência ou não nosso Setenário Mistico está ai.

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Respostas de 3

  1. Parabéns a explicação foi ótima sempre tive dúvida cm relação ao significado do alta, já que a ordem não é uma religião, muito obrigado pelo post

  2. Seg, 22 Jul 2013 às 11:1811:18
    Mensagem marcada como favorita
    [informativo_projeto_oficinas_da_alma] Quero provas!
    de Hugo Lapa para 1 destinatário
    Exibir detalhes

    QUERO PROVAS!

    Um homem estava dando uma palestra para um auditório cheio. Ele contava as experiências que teve no plano espiritual, quando conseguiu sair de seu corpo físico e deslocar-se nos planos astrais. Ele visitou o plano espiritual superior, onde viu espíritos caminhando num vasto jardim, esteve na presença de mestres espirituais e sentiu a presença do divino dentro de si.

    Na platéia havia um homem muito cético, que não acreditava numa só palavra do que o orador dizia. A cada experiência que o palestrante expunha, o homem sorria com um ar de cinismo, desprezando tudo aquilo.

    Da metade para o final da palestra, o cético levantou-se da cadeira e interrompeu o palestrante, dizendo:

    – Senhor, desculpe por quebrar sua fala no meio, mas tinha que fazer-lhe uma pergunta: por acaso o senhor tem alguma prova de todo este relato? Seria interessante que o senhor apresentasse uma prova ou evidência de suas experiências, caso contrário, não vejo qual a utilidade isso teria para todos se não pudermos ter certeza do que está sendo dito.

    O palestrante ouviu o homem, pensou por um momento, e disse:

    – De fato, não tenho nenhuma prova do que experimentei…

    O homem sorriu, com ar de superioridade, após ouvir o palestrante. Ele acreditou que o havia deixado numa saia-justa e demonstrado a bobagem de tudo aquilo. Mas o palestrante continuou:

    – No entanto, devo lhe dizer que, apesar de eu não ter uma prova concreta de tudo isso, isso não significa que tudo seja uma inverdade. Esse conhecimento encontra-se num nível de experiência, e este não pode ser passado a ninguém, pois é algo profundo e, por isso, intransferível. Não se pode medir ou pesar a percepção psíquica de alguém, ou olha-la de fora transformando-a num objeto de análise. O que posso te dizer é que percorri todo um caminho para chegar a ter essas experiências, e tudo isso é fruto do meu esforço pessoal. Para que você possa entender essa experiência, não pode recebe-la de fora, como um discurso de outra pessoa, você deve ter sua própria experiência também. Aqueles que desejam fazer da experiência espiritual um produto pronto e acabado, que recebemos de fora numa embalagem escrito “prova”, jamais a terão. Isso ocorre pelo simples motivo de que você precisa caminhar pelos seus próprios meios até atingir esse nível de percepção, e isso exige esforço e dedicação. Que mérito haveria em receber algo tão profundo e sublime de outrem? Essa não seria uma conquista tua, mas de outra pessoa. A aquisição desse nível de consciência requer um longo caminho a ser trilhado, e é necessário merecimento para que se dê a conquista final. Ninguém pode fazer pelo outro algo que só cabe a ele mesmo. Não tenho que provar coisa alguma, pois mesmo que o demonstrasse de forma inequívoca, ainda assim não me acreditaria até ver e sentir por si mesmo. Da mesma forma que a visão do cardápio nos dá uma impressão muito limitada do seu sabor, assim também a experiência espiritual indireta não pode nos trazer a verdade. Por isso, esforce-se por conquistar a experiência direta, posto que, somente assim, você poderá compreende-la tal como ela é, e não precisará mais colher os frutos plantados por outras pessoas, e tampouco necessitará de uma prova que esteja fora de você.

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