Ad infinitum na Amazon!

Ad infinitum na Amazon!

É com enorme prazer que lhes informo que meu livro, Ad infinitum, já se encontra disponível para venda na maior livraria do mundo, a Amazon. Para quem já tem um Kindle, é só questão de comprar e, em cerca de 1 minuto após a compra, baixar e começar a ler!

Para quem não tem um Kindle, ainda é possível baixar o software de leitura do Kindle para PC e MAC, ou ainda o app para Android, iPad, iPhone e demais tablets e smartphones. Ao abrir o programa, bastará registrar uma conta na Amazon, e então comprar meu livro e enviar para o seu leitor.

Esteja onde estiver no planeta Terra, se tem um Kindle, tablet, smartphone ou laptop nas mãos, agora nada lhe impede de começar a ler Ad infinitum em poucos minutos…

» Comprar o livro na Amazon Brasil*

» Baixe gratuitamente uma amostra do livro (25 páginas, PDF)

» Saiba como obter também a versão impressa do livro

» Conheça a simbologia do Ouroboros e da Árvore da Vida (capa do livro)

» Veja a galeria do livro em nossa página no Facebook

(*) Também à venda nos EUA (Amazon.com) e Europa (Amazon.es), dentre outros países onde a Amazon atua.

***

Algumas vantagens do formato Kindle…

Para quem já tem o Kindle:
» Leitura sem reflexo como se fosse papel, mesmo sob a luz do sol.
» Pesa menos de 200 gramas, é mais leve que um livro e cabe direitinho em seu bolso.
» Baixe seu livro em 60 segundos com o Wi-Fi embutido.
» Comporta até 1.400 livros (na versão mais simples), leve sua biblioteca para onde você for.
» Veja mais vantagens.

Mesmo para quem não tem o aparelho, baixando e instalando o software/app, terá acesso a comprar livros pela Amazon.con.br (em reais):
» A maior seleção de livros com os melhores preços. Milhares de livros a menos de R$ 19,99.
» Livros de domínio público grátis: Mais de 1.500 eBooks gratuitos, incluindo escritores como Platão, Nietzsche, Fernando Pessoa, Lao Tsé, Machado de Assis, Eça de Queiroz e Sun Tzu [1].
» Marcadores e anotações: Use software ou app para fazer anotações no texto, como se estivesse escrevendo nas margens de um livro. Como os eBooks são digitais, você pode editar, deletar e exportar suas anotações. Você também pode destacar passagens e fazer marcações para visitar depois. E você nunca vai precisar marcar onde parou, porque o Kindle lembra sempre a sua última página lida.
» Sincronização automática entre vários dispositivos: A tecnologia Whispersync sincroniza automaticamente seus livros entre vários dispositivos, incluindo os mais populares smartphones, tablets e computadores. Desse modo é possível continuar a leitura em um dispositivo diferente de onde você parou.
» Não derruba árvores, não ocupa espaço em casa, e seus livros poderão ser lidos de praticamente qualquer lugar…
» Democratiza o acesso a informação. A Amazon possibilita que autores ainda desconhecidos do grande mercado sejam lidos, e sua política de porcentagem de direitos autorais concedida aos autores é virtualmente imbatível [2].

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“Gostei do livro! Como posso ajudar a divulgá-lo?”

1 – Boca a boca: é a alma do negócio!

2 – Você pode entrar na página dele na Amazon.com.br e escrever uma “avaliação de cliente”.

3 – Você pode tirar uma foto com o Kindle ou outro gadget nas mãos (com meu livro aberto na tela), e nos enviar por nossa página no Facebook (clique em mensagens e mande uma mensagem com a imagem em anexo). Contanto que dê permissão para que eu possa publicar sua foto nas galerias de imagens por lá. Acredite, isto já será uma baita ajuda…

4 – Você pode comprar outros livros e dar de presente para quem ama.

5 – Você pode ajudar de alguma outra forma criativa, que não consta nesta lista, contanto que seja de coração…

***

[1] Alguns dos livros clássicos da seção “Sugestões de estudo” do Ad infinitum se encontram na Amazon.com.br para download gratuito! Basta ter um Kindle ou instalar o software/app para lê-los.

[2] A Amazon também está atuando como uma editora virtual para o meu livro, neste caso. Ela é ao mesmo tempo editora, distribuidora e vendedora, e talvez por isso também dê condições excelentes aos autores.

 

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Respostas de 15

  1. Parabéns Rafael! Que o lançamento do seu livro seja um sucesso, nos faz pensar nas gerações futuras. Como projetista de sistema de comunicação por satélite, eu sempre tive dificuldade em escolher a carreira de professor de teologia, mas sempre sonhei em escrever um livro, mesmo que fosse dum burro completo. Eu era para ter sido ator da Globo, mas tão morrrendo de leucemia, e olha que eu tinha talento. eu to pelado no momento, mas vou acompanhar suas publicações com grande esforço, pois sabes estas coisas entram tudo antes. Abraço amigo, sucesso!

    @raph – Obrigado. Realmente, hoje não há nade que impeça um autor de se auto-publicar 🙂

  2. cara, ‘haver’ no sentido de existir é sempre 3a pessoa do singular; corrija lá no começo do primeiro capítulo. Havia dois jardins na cidade, e não ‘Haviam’. E parabéns, espero um dia publicar algo também!

    @raph – Pior é que me falaram que seria “haviam” (originalmente era “haver”, tanto que no pdf de amostra grátis ainda está assim), mas vc tem razão, era melhor não ter “corrigido” neste caso 🙂

  3. … (cont.) ah, e logo em seguida tem uma crase em lugar errado. Se quiser contratar um revisor, entre em contato.

    ps: infelizmente para quem comprou um Kindle recentemente, como eu, só temos acesso ao catálogo da amazon.com.br. Como o seu livro foi publicado na .com, não consigo comprá-lo.

    @raph – Oi Rafael, na verdade meu livro está a venda tanto na Amazon.com quanto na Amazon.com.br:

    http://www.amazon.com.br/Ad-infinitum-ebook/dp/B00BCTDVOA/ (Brasil)
    http://www.amazon.com/Ad-infinitum-Portuguese-Edition-ebook/dp/B00BCTDVOA/ (EUA)

    É que o preview só funciona nos EUA.

    ps. Sobre as correções, vou dar uma olhada aqui agora…

    Abs!
    raph

  4. Raph, antes de tudo, não precisa aprovar esse comentário. Pois o mesmo não foi feito com a intenção de “criticar”, mas de ajudar – assim como seu texto ajuda tantos outros.
    Na página 23, usou-se um pleonasmo: “prosseguir adiante”. Prosseguir, afinal, é seguir adiante.
    Como também me arrisco a escrever uma coisa aqui e outra ali, bem sei o quanto os olhos podem ficar “acostumados” com o texto, lido tantas vezes, que acabam por deixar passar certas falhas, muitas vezes corrigidas automaticamente por nossas mentes, mas não por nossas mãos…
    Qualquer outro trecho que notar, envio novo comentário.
    Abs!

    @raph – Lucas, não só vou aprovar o comentário para que todos o vejam, como estendo o pedido de que me enviem o que acharem de errado, por aqui ou pelo meu blog ou pelo Facebook. Uma das vantagens de se publicar eBooks, ou por impressão “on demand” (caso da versão impressa no Clube de Autores), é que posso ir corrigindo pequenos erros aos poucos… Claro que é chato para quem compra primeiro, ter uma versão com alguns errinhos(*), mas pensem assim: é exatamente achando erros assim que vão me ajudar a tornar o livro ainda melhor. É por isso também que meu blog (e minha coluna aqui no TdC) se chama Textos para Reflexão – toda luz, toda ajuda refletida adiante, estará já ajudando 🙂

    Obs: estou agrupando esse tipo de comentário num arquivo para fazer correções periódicas. Eu só corrijo “na hora” quando me enviam um erro de gramática que considere grave (graças a Deus, foi somente um e já está corrigido há tempos, só quem comprou o livro nos primeiros dias no Clube de Autores deve ter).

    (*) Por outro lado, se vocês tem a versão 1.0 da versão impressa, eBook ou Kindle edition, talvez no futuro possam dizer: “olhem só pessoal, eu sou um dos POUCOS que tem a versão 1.0!” 🙂 – a versão fica ao lado do copyright, logo após o Sumário.

    Abs!
    raph

  5. “(Petrius) Permita-me ajudar. Por exemplo: não havia diversos seres, ou havia um ou nenhum.
    (Otávio) Oh sim, entendi – Pois se houvesse mais de um ser, um haveria de ter criado o outro, e assim por diante, até que chegássemos a um ser que fosse a causa de si mesmo, ou a uma causa aleatória.”

    Se há uma possibilidade de existir um ser sem causa, então também não vejo porque não pode existir a existência de várias seres sem causa.

    @raph – Olá… Bem, para explicar será necessário citar o diálogo que se segue logo após:

    (Sofia) Permita-me corrigir. Não poderia haver uma causa aleatória – uma causa aleatória é, na verdade, causa alguma… O que Petrius deve ter querido dizer é que essa Causa Primeira não necessariamente seria um ser.

    (Petrius) Sorri.
    Exato.

    (Otávio) Vocês tem razão. Façamos assim: chamemos a Causa Primeira de substância e não de ser, dessa forma não precisamos atrelar o debate atual à existência ou não existência de um criador pessoal.

    ***

    Ou seja, “ex nihilo nihil fit”: do nada, nada surge… Dessa forma, existe um ser ou substância incriado e único do qual tudo o que há foi irradiado (ou imaginado, etc.). A causa não poderia ser aleatória: primeiro, porque uma causa aleatória lida com outros elementos de um sistema complexo, dos quais não temos como saber exatamente quais (daí o “aleatória”), e a Causa Primeira não poderia depender de outras elementos ou substâncias; segundo, porque dizer que “a causa foi aleatória” não é muito diferente de dizer “existiu uma causa, mas não sabemos determinar exatamente qual foi”, o que em filosofia não resolve a questão.

    Obs: para uma explicação bem mais aprofundada do problema, recomendo ouvir este podcast aqui (somente a parte 1 mesmo):
    http://conversaentreadeptus.com/site/episodio-11-um-podcast-para-reflexao/

    Abs
    raph

  6. O facto de existirem duas ou mais causa, não implica que dependam umas das outras.
    Imagine que num inicio dos tempos existia um Pai e uma Mae não nascidos, sendo que nao precisam depender de nenhuma forma um do outro. Da união deles, podem surgir inúmeras causas. Contínuo sem perceber pk a primeira causa têm de ser só 1.
    Assim que tiver tempo, irei ouvir o podcast.

    @raph – Porque não pode haver mais de uma substância incriada. Em se tendo duas, uma teria necessariamente de ser a causa da outra, esta sim, sendo a incriada. Pois que nada pode surgir do nada, então há que haver UMA substância incriada. Se houvessem duas, teríamos que uma necessariamente gerou a outra, pois não poderiam surgir do nada “em pares” (pois nada surge do nada, de qualquer forma), e não poderiam haver duas substâncias incriadas, apenas uma. No caso de haverem 2+, seriam já criações da primeira.

    Por isso que chamamos de Universo: o inverso do Uno.

    E por isso que todas as mitologias tem um Deus incriado, “ocioso”, que criou ou demais deuses e depois “se retirou para algum lugar, para fazer sabe-se lá o que”… Na Mesopotâmia era chamado de El, que deu origem também ao Elohim bíblico (sincretismo de Javé e El). Nos iorubás era chamado Olorum (aquele que não precisa de oferendas, pois tudo já lhe pertence, e também criador de todos os Orixás). No taoismo é o próprio Tao (“que parece ser anterior ao Soberano do Céu”).

    Isto tudo é apenas lógica pura. No meu livro tento explicar melhor. Mas, além do podcast, pode ler O Caibalion, Os Upanixades, Parmênides, Plotino ou, principalmente, a “Ética” de Benedito Espinosa – todos eles falam essencialmente da mesma ideia, a mesma substância incriada, a que “não poderia haver criado a si mesma”.

    Abs
    raph

    1. Eu acho que a essência desta questão, pelo modo que me parece estar sendo discutida, é meramente lingüística.

      Todos dependemos de palavras para nos expressar, de onde parece ser verdadeiro a assertiva de que “nada provém do nada”.

      E sem estas mesmas palavras me parece que não seria possível debater o “porquê do agora”, indagado por aqueles que são em pleno ato de ser. Percebe?

      A questão primordial para mim parece ser a seguinte: há algo que de fato “exista” sem a percepção de um auto-observador ou de um observador externo?

      O mesmo ocorre quando falamos do conhecimento, como já expôs B. Russell, pois dever haver algo em nós “que nos permita inferir além da experiência, pois sem isso nos seria impossível discernir a ciência da fantasia”.

      De modo concreto, todos estamos aqui graças a nossos pais e mães. A lógica de que falamos prova isso. Se quiseres ir além, muito provavelmente não será a lógica que te levará até aquele lugar que, deveras, sequer existe.

      @raph – Mas o problema do Ser é bem antigo, está além da linguagem.

      De fato, o nada não existe, nem enquanto palavra, nem enquanto sinal, ou símbolo, ou pensamento, etc.

      O nada não é o vácuo, nem flutuações quânticas no vácuo, nem o vazio, nem o vazio a espera de ser preenchido, o nada efetivamente não é nada – não é possível sequer se referir a ele.

      É só uma questão de pura reflexão lógica e filosófica.

      Ou há algo, ou há nada.

      E, conforme estamos refletindo sobe isso, conforme existe algo e sabemos que existe, sabemos também que o nada não existe.

      E, de fato, talvez seja esta a única certeza a que possamos chegar na existência 🙂

      Abs
      raph

  7. É capaz de se ter distraido mas repare você não chegou a explicar ou fundamentar a sua opinião.
    Disse ” não poderiam haver duas substâncias incriadas, apenas uma.” e “Se houvessem duas, teríamos que uma necessariamente gerou a outra,”, mas não fundamentou porque.
    Eu adoraria ler essas obras que recomendou, mas como vc sabe não é uma tarefa trivial que se faça de um dia para outro, por isso queria ouvir a sua fundamentação.
    Se for preciso, até pode citar directamente alguns desses autores.
    Eu não vejo qualquer impedimentos para que não tenham existido desde sempre 2 substâncias incriadas sem qualquer relação de depedência entre si.
    . A própria definição incriada quer dizer que nada gerou essa coisa.
    “pois não poderiam surgir do nada “em pares”” eu não falei que essas 2 incriados surgiram do nada. Se tivessem surgido não teria sido incriados, não é?

    @raph – É pura lógica: no início, só poderia haver o Uno, o incriado. Pois estamos falando do Tudo, e não de “partes do Tudo”.

    Temos a noção superficial de que as criações não são parte de quem as criou. Isto é válido para um carpinteiro que constrói uma cadeira, no sentido de que a madeira não foi criada por ele, já estava aqui anteriormente.

    Mas a Causa Primeira não poderia ter madeira a sua disposição, pois não havia nada além dela mesma. Dessa forma qualquer outra coisa que precisasse criar não poderia depender de nada além de si mesma. Daí a analogia do hermetismo a criação mental (“O Todo é Mental”), pois que só na Mente conseguimos criar algo sem depender de outro algo anterior.

    Estamos então falando de uma criação imanente, uma noção mais profunda: o que foi criado carrega a substância de quem ou o que criou.

    Dessa forma, a substância, ou Deus, está em tudo. Conforme é dito no Evangelho de Tomé: “O Reino se encontra espalhado pela Terra, mas os homens não o veem”.

    Se não estivéssemos dentro da substância, dentro de Deus, estaríamos aonde?

    E, se não existe nada, NADA, além dessa substância única, nada fora dela, como poderia haver duas ou mais no início?

    Impossível, pois no início só poderia haver “0” ou “1”.

    E, conforme estamos aqui refletindo sobre isso, sabemos que o que havia era o “1”. O nada não existe, nunca existiu nem existirá exatamente porque algo existe, algo único, incriado, o que se opõe ao nada.

    Tudo tem dualidade, tudo tem oposto. MENOS o Tudo, o Uno, já que o nada não existe. Nesta reflexão, todos os paradoxos são reconciliados, ao menos para quem tem olhos de ver.

    Foi isto também que nos contou Hermes Trimegisto – de fato, “todos os paradoxos serão reconciliados”!

    ***

    Obs: para uma explicação bem mais aprofundada do problema, recomendo ouvir este podcast aqui (somente a parte 1 mesmo):
    http://conversaentreadeptus.com/site/episodio-11-um-podcast-para-reflexao/

    Abs
    raph

  8. A sua lógica continua a não fazer sentido.
    O que é o tudo? Por definição é a soma de todas as partes.
    Portanto é perfeitamente legitimo que duas coisas incriadas (senão existir mais nada) constituam o tudo.
    Se quiser utilize outro termo, porque este não parece encaixar no sua linha de pensamentos.

    Eu acho que a lógica do Spinoza é falha porque parte da premissa falsa que existe um Deus omnipresente ou omnipotente (corrija-me se tiver engano), assim não pode existir nada fora dele.
    O problema é que Spinoza insiste que têm de haver um Deus perfeito. O problema é mesmo a ideia de perfeição de Spinoza

    Acho que já vi a 1 parte do Podcast e contínuo sem perceber a lógica.


    “O que é o tudo? Por definição é a soma de todas as partes.
    Portanto é perfeitamente legitimo que duas coisas incriadas (senão existir mais nada) constituam o tudo.”

    @raph – O Todo é a soma das partes, MAS NÃO É O MESMO QUE AS PARTES.

    Toda e qualquer parte do Todo carrega sua substância, da mesma forma que toda a matéria detectada no universo é composta por átomos e quarks, que também por sua vez carregam a substância, que é uma só. Não poderia haver 2 desde o início pois se trata de uma criação imanente, onde o que é criado ou irradiado ou subdividido carrega a substância única que forma o Todo juntamente consigo.

    É por isso que, pela lógica, não poderia haver 2+ desde o início, pois em havendo 2, uma haveria de ter criado a outra. Não se trata, portanto, de uma questão do tipo “o que veio primeiro, o ovo ou a galinha?”, pois a substância é ao mesmo tempo o ovo e a galinha.

    Existe algo, e não nada, e é exatamente por isso que este algo único e incriado está presente em tudo o que existe.

    ***

    Afora isso, não tem muito o que eu possa fazer.

    Não me parece que você não consiga perceber a lógica da ideia, mas sim a própria lógica em si.

    Você pode muito bem não perceber o problema lógico em se propor que o Todo seja 2+ substâncias distintas, como se a ideia de “todo” pudesse, de alguma forma, corresponder a mesma ideia de “partes de um todo”. Ou que “1” fosse ao mesmo tempo “1+1”.

    É o mesmo que dizer que “2+2=5”. Você pode defender a ideia, mas não há lógica nela.

    ***

    Já para Espinosa, Deus seria a totalidade da Natureza. Não há necessariamente a ideia de um deus pessoal embutida ali. Ele é, nesse ponto, muito mais um Panteísta do que um Teísta.

    Não é a questão, portanto, se se imaginar que “nada possa existir fora de Deus (ou Zeus, ou El, etc.)”, mas sim de se compreender que “nada pode existir fora do que existe, da totalidade da Natureza”. Se você não estivesse navegando, neste momento, dentro da substância incriada que forma tudo o que existe, estaria aonde exatamente?

    Ou, numa abordagem mais materialista, podemos conceber que toda a matéria e toda a energia e todos os campos sejam parte desta substância incriada. Se você não fosse formado por ela, seria formado pelo que exatamente?

    Não há como haver 2. Em havendo 2, por exemplo: matéria e energia, no fundo, pela pura lógica, sabemos que se trata de uma única substância. E foi exatamente isso que Einstein comprovou.

  9. O problema da sua lógica é que está a partir do pressuposto que tudo=1, sem o ter provado.


    Você pode muito bem não perceber o problema lógico em se propor que o Todo seja 2+ substâncias distintas, como se a ideia de “todo” pudesse,
    de alguma forma, corresponder a mesma ideia de “partes de um todo”.
    Ou que “1? fosse ao mesmo tempo “1+1?.

    Você é que parte do pressuposto que o todo é igual a 1, por isso a lógica de 1=1+1 não se aplica na minha visão.
    Eu acho que o todo é diferente de 1.
    Se 1 e 1 fossem todas as partes, então na minha visão o todo seria igual a 2 (1+1=2).
    O facto de você tomar o todo por 1 não passa de uma abstracção, não muito diferente de dizer que a abstracção do 0 ou nada
    têm existência real.
    Se o refiro a um grupo como 1: ex: “todos os caes”, estou a fazer uma abstracção ignorando todas diferenças
    entre as diferentes espécies de cães.
    Se eu englobo as coisas numa unidade maior como “todos seres vivos” eu faço desaparecer por magia
    todas as diferenças que existem entre todos seres vivos.
    Isto é, cada vez que você junta as coisas numa unidade anula todas diferenças e as caracteristicas únicas das coisas.
    Se você fizer uma unidade de tudo você ficaria apenas com uma massa uniformizada sem quaisquer caracteristicas.

    Todas coisas podem ser formadas por atómos (quarks ou particula mais pequena que irão descobrir) ou mesmas substâncias certo,
    mas você está a ser esquecer de um pormenor importante.
    Cada ser é um constituido por um número diferente de atómos que estão em propoção diferente, pois isso é que observamos
    diferenças entre os seres.
    Para o todo ser uma unidade então poderia haver diferenças.
    Imagine o todo como uma linha recta. Se existe uma linha recta que faz uma curva no meio então já não é uma unidade,
    pois existe a parte curva e a parte não curva.
    Se existem diferentes propoções no todo então o todo não é uma unidade.

    Eu não nego que tudo é formado pela mesma substância imanente, mas invés de 1 substância imanente podem existir
    várias substâncias imanentes incriadas.
    Senão como podem os atómos ser organizados em diferentes propoções?
    Imagine uma folha de papel branco e um lápis laranja (substâncias que já existiam).
    Se eu passar o lápis laranja na folha branca fica com uma folha laranja sem ter criado uma nova substância.
    Se tudo é um como se explica as diferentes cores?
    A sua lógica é que parece se adjustar a equação 1+1=1 .
    Eu concordo perfeitamente com frase “O Todo é a soma das partes, mas não é o mesmo que as partes”.
    Mas você está a se contradizer porque se há uma diferença entre Todo e as partes que o constituem então há uma diferença e não existe uma unidade no todo.

    @raph – Meu caro, primeiramente devo lhe agradecer pela insistência no assunto, pois que me “forçou” a elaborar uma explicação mais elaborada do problema, a qual postei ontém no meu blog: http://textosparareflexao.blogspot.com/2013/02/ad-infinitum-porque-nao-ha-2.html

    Se mesmo esta não lhe demonstrar o problema, o que posso lhe dizer é que não pode haver “2 Todos”. Pois que “2 Todos” na verdade seriam “2 partes do Todo”.

    Quando digo que “o Todo é a soma das partes, mas não é o mesmo que as partes”, quero dizer é que não é o mesmo que as partes separadamente. Ou seja, dizer que o Todo é o mesmo que, por exemplo, a Via Láctea, ou uma torta de maça, é ilógico, pois a Via Láctea e a torta de maça já são partes do Todo. E, como disse, não podem haver “2 Todos”.

    Também pela lógica, é claro que há diferença entre “Todo” e “partes do todo”. Exatamente pelo fato de que as partes do Todo são formadas pela substância que forma o Todo, enquanto que o Todo é a própria substância que preenche tudo o que há. É por isso que chamados ao Todo de “Todo”, e as partes do Todo de “partes”. Da mesma forma que chamamos ao corpo humano de “corpo”, e ao braço de “braço”, a a cabeça de “cabeça”.

    E, mesmo havendo esta diferença, é claro que, pela lógica, há unidade no Todo. Por isso que há somente um Todo, e não dois. E por isso que quando nos referimos ao nosso corpo, estamos falando de um corpo, e não de “braço” e “cabeça” e etc, separadamente, embora saibamos que as partes do corpo formem o corpo.

    Se nada disso lhe convencer, eu me dou por vencido na tentativa. Também, na prática, crer em 2+ substâncias incriadas, apesar de ilógico, não faz muita diferença para a essência do que pretendo demonstrar no meu livro.

    Mas em todo caso lhe agradeço pela insistência.

    Abs
    raph

  10. Bem vou ler Spinoza, e depois quem sabe talvez um dia mais tarde lhe responda.

    @raph – Essa questão está logo no início da “Ética”, de fato na praticamente na primeira página…

    Ainda sobre o “Tudo” = “1”, não é questão de provar, é só um nome. Se você chama de “Tudo”, eu posso chamar também. O importante é compreender o conceito por detrás. Não tem nada a ver com um deus pessoal, nem necessariamente com uma criação mental ou consciente ou inteligente – neste caso, daí sim, saímos da lógica pura para filosofia, metafísica ou teologia… Daí vira também questão de crença, e não algo que possa ser comprovado pela lógica ou pela ciência.

    1. Ou seja, depois de muitas linhas de comentários e debates, nota-se que voltaram ao ponto de onde haviam partido: o princípio.

      Por isso eu insisto: o ponto de cisão do debate entre vocês é a linguagem.

      Eu não posso dizer que concordo ou discordo da sua conclusão sobre a natureza do “Todo”, Raph, e acho esse tema um tanto insondável. A exemplo do que fizeram, vou usar de lógica matemática para expor o que quero dizer:

      Quando não há nada e passa a haver um, o todo é um. A partir do momento em que passa a haver mais que um, o todo deixa de ser um e torna-se “tudo” o que há, que é mais que um. Mas sabemos que neste momento da análise existirá mais que uma unidade. E então entra o problema do axioma proposto. Qual será o referencial para se avaliar o todo? O conjunto, como sendo a soma das unidades que o compõe, ou a quantidade de unidades como o “todo”?

      O problema fica pior quando se coloca o Tempo na análise. Pois se em determinado momento o “todo” aumentou, abarcando mais do que fora no passado, em algum ponto deste espaço de tempo algo lhe foi acrescentado. Logo, aquilo que havia podia ser chamado de “todo” naquele momentum, mas não era “tudo”, pois neste exato instante (agora) o todo é maior.

      Eu entendi o seu ponto de vista para dizer que o todo é um, acontece que dependendo do referencial da análise, a mesma propõe um axioma ilógico. Acho que foi neste ponto que o amigo com que você vem dialogando se ateve.

      Para estes casos complexos de exercício da lógica, é conveniente delimitar o “universo” de estudo através de alguns pilares ou pressupostos.

      Podemos dizer, então, que o todo é tudo o que há. Se houver um, o todo será um, se houver dois, o todo será o dois e será o um também, e assim sucessivamente, mas consistirá de um conjunto único que abarque todas as unidades que o compõe. Partindo deste ponto, pouco importa se o todo é dois e depois passou a ser mil…

      @raph – Mas a ideia não é só desfilar pela linguagem, e sim compreender que tudo é formado por uma substância incriada. Isto pode parecer só uma filosofia inútil, mas é quando esta convicção (pois é pura lógica) se alinha com o sentimento e a intuição, enfim, com a experiência mística, é que compreendemos o valor da reflexão e do conceito em si!

      Mas isto eu não poderei descrever em palavras, essas cascas de sentimento… Abs 🙂

      O todo é tudo o que há! kkkk

      😉

      @raph – “O Reino se encontra espalhado pela Terra, mas os homens não o veem” (Tomé)

      1. Com certeza Raph.

        Palavras são acessórios que nos permitem, as vezes mal e superficialmente, exprimir e tentar compartilhar algo que, em essência, é por elas inexprimível.

        E finalizando, concordo que nosso “todo” seja incriado, imanente!

        @raph – “Um Todo imanente”, tudo talvez se resuma a compreender isto, racionalmente e espiritualmente.

  11. Poderia ter a gentileza de explicar na proposição V de éticas porque “Na natureza não podem existir duas ou mais substâncias com a mesma natureza ou atributo.”
    Porque não pode haver uma substancia x com os atributos a e c e outra substância com o atributo b e c?

    @raph – Pela questão da criação. É que para Espinosa a Substância é o mesmo que o Todo (ou seja, tudo o que há é feito com a Substância, e não pode “pegar emprestado” atributos de outra Substância pelo fato de, pela lógica, só existir uma única Substância). Foi precisamente isto que expliquei aqui: http://textosparareflexao.blogspot.com/2013/02/ad-infinitum-porque-nao-ha-2.html

    1. Acho que o você diz não está correcto.
      Spinoza proposições por ordem, e voce nao pode provar um coisa que com uma coisa que só foi provada muito tempo depois.
      Eu falo apenas da 5 proposição e até a 5 proposição Spinoza não provou que existe só uma substância. De facto para Spinoza provar que existe só uma substância ele utilizou a proposição 5, por isso a quinta proposição teve de ser provada antes de se concluir que só existe uma substância.

      @raph – Não posso falar por Espinosa. E se passaram muitos anos desde que ele escreveu a “Ética”. Hoje, a própria ciência nos ajuda a chegar nesta conclusão que dei no link do comentário anterior:

      “Cada it – cada partícula, cada campo de força e até mesmo o próprio continuum espaço-tempo – deriva inteiramente sua função, seu significado, sua própria existência – mesmo que em alguns contextos indiretamente – de respostas induzidas por equipamento a perguntas sim ou não, escolhas binárias, bits. O it que vem do bit simboliza a idéia de que cada item do mundo físico tem no fundo – bem no fundo, na maioria dos casos – uma fonte e uma explicação imateriais; que aquilo que chamamos de realidade vem em última análise da colocação de perguntas sim-não, e do registro de respostas evocadas por equipamento; em resumo, que todas as coisas físicas são informacional-teóricas na origem” (John Wheeler, físico americano, em At home in the universe)

      Se, no início, poderiam haver “1a” e “1b”, distintos e (supostamente) incriados, sem que alguma informação já existisse, não sei como conciliar isto com a pura lógica. “a” e “b” já eram informações, então necessariamente “1” (ou o “Todo”, ou “O Grande Unicórnio Rosa”, ou “O Tao” – tanto faz como o chamam) as precedeu, pois nada poderia ser distinto um do outro sem que nenhuma informação já existisse.

      ***

      Eis minha última tentativa de explicar:

      – No início poderia haver “0” ou “1”. Como sabemos existe “1” (Todo), pois “0” (Nada) não existe.
      – A partir daí o próximo bit (“0” ou “1”) de informação já não corresponderia a Todo ou Nada, mas a atributos do Todo.
      – Dessa forma mesmo o primeiro e o segundo bit (“0” e “1”) já seriam subdivisões do Todo, e exatamente por isso que não existem 2 Todos incriados, pois a informação em si é nada mais que a Substância Incriada (tudo é informação).

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