“O problema da paz é o problema da liberdade.”
Jiddu Krishnamurti
É comum que os seres das mais variadas classes e segmentos da sociedade divulguem ideais que considerem os melhores para que possamos viver em um mundo mais harmonioso e justo. Este tipo de posicionamento é muito incentivado pela mídia ou por propaganda política, em especial em épocas de crise ou de pleitos eleitorais. Portanto, torna-se corriqueiro na nossa civilização atual esses temas serem comentados e solicitados diariamente das mais diversas formas.
Contudo, nós sabemos o que repetimos constantemente? Ao clamar por justiça, igualdade, liberdade ou verdade, temos plena consciência do que realmente estas palavras significam? As dificuldades maiores já ocorrem porque determinadas palavras assumem significados diferentes para classes de pessoas diferentes. Apenas para exemplificar podemos levar duas questões sobre um mesmo assunto: Será justo uma nação atacar e invadir outra “em nome da democracia e da liberdade”? Por outro lado, será justo deixar uma nação ser massacrada por um ditador que também diz defender a democracia e a liberdade? Ficando apenas no aspecto ético da palavra já podemos perceber o problema de não se conhecer o que se invoca.
Sim, invoca. Cada ideal é uma egrégora que vai se plasmando no inconsciente coletivo da maneira que este incosciente começa a definí-la. E mais, essa egrégora cedo ou tarde se manifestará da maneira que foi definida. Um exemplo clássico é o do inferno cristão. Durante séculos a Europa se deixou dominar pela idéia de que o inferno teria demônios que queimariam, espetariam e torturariam das mais diversas formas os seus prisioneiros. E como se escolheriam os prisioneiros deste inferno? Bastaria que fossem renegados pela Igreja ou acusados de renegarem Deus. Ora, o que foi a “Santa Inquisição”? Multidões sendo queimadas, espetadas e torturadas por serem renegados pela Igreja ou acusados de renegarem Deus! Esta egrégora do “inferno”, após séculos sendo trabalhada, manifestou-se e cumpriu o seu papel!
Portanto, se devemos defender um ideal, devemos conhecê-lo. Falar levianamente em justiça e não ser justo é um erro de consequências graves, pois a egrégora se formará de acordo com aquilo que se age, fala, mas principalmente sente e pensa.
O ideal de Liberdade
Tendo isto em mente, vamos falar de Liberdade. Escolhemos a Liberdade por ser ela um dos mais importantes, repetidos e mal-compreendidos ideais da nossa história. Cabe salientar aqui que os ideais – assim como as Egrégoras – nascem, evoluem e se transformam. Seria importante, neste momento chave por que passa a Evolução Humana, que este conceito seja revisto e devidamente defendido.
Para compreendermos o que é Liberdade, devemos primeiro compreender o Homem. Ou melhor, o que no Homem foi capaz de criar este conceito e é capaz de refletir sobre ele.
Segundo a Sabedoria Iniciática das Idades, o termo “Homem” (em inglês; “man” e em alemão; “mann”) é uma derivação do termo que em sânscrito seria algo como “manas”. Manas é um termo grosseiramente traduzido para o português como “mente”. O Homem (esqueçamos as designações falsas e tardias dadas ao elemento do sexo masculino da espécie humana e vejamos o ser como um todo) é portanto “aquele cuja a consciência vibra na mente”. Ou seja, é na mente que o verdadeiro Homem cria a sua realidade.
Portanto, com essas posturas colocadas, podemos começar a discutir o que é a Liberdade.
O que é um Homem livre?
Normalmente, o conceito de Liberdade está associado ao tão famoso “direito de ir e vir”. Devemos admitir que, historicamente, o direito de ir e vir é uma conquista importante para a Evolução da Humanidade e que foi um passo significativo para a plasmação no inconsciente coletivo de que a Liberdade é possível.
Mas temos dois problemas aqui. O primeiro é que o “direito de ir e vir” segue algumas limitações básicas. Algumas muito justas para uma vivência harmônica e outras nem tanto. Todavia, este é o menor dos problemas.
O maior deles é o de que o direito de ir e vir não é sinônimo de Liberdade.
Ora, analisemos. O Homem, sendo o ser cuja consciência vibra no nível mental, somente poderá ser considerado livre se sua mente for livre! Pensemos, utilizando o direito de ir e vir como exemplo: podemos dar o direito a qualquer pessoa de ir e vir aonde desejar que, se ela se achar indigna de ir a determinado lugar ou achar tal lugar indigno de sua presença, ela não está livre de verdade.
E o que prende a mente do Homem? Este carcereiro pode ser definido em outra palavra sânscrita: Avydia. Avydia significa “sem sabedoria” e podemos traduzi-la por “ignorância” ou mesmo “obscuridade”. Mas, que ignorância? A ignorância de si mesmo; do que é e do que se é capaz.
As pessoas, em geral, estão ignorantes dos seus próprios processos. Como consequência, costumam se confundir com eles e isto as aprisiona. Elas pensam que são o que fazem, pensam que são o que falam, pensam que são o que sentem e pensam que são o que pensam.
“O Homem não é um fim em si”, “O Homem é uma ponte suspensa no abismo que liga a besta ao Super-Homem”, essas duas frases de Nietzsche demonstram bem o papel do Homem na Evolução deste planeta. Nós não devemos nos identificar com os instrumentos que recebemos para nos manifestarmos nos planos, esta identificação gera o apego e o apego nos aprisiona.
O Homem é um passo na Evolução, o passo que define a vibração de uma determinada consciência no plano mental. Por isso, é neste plano que sua Liberdade deve ser adquirida.
Como age um Livre Pensador
É importante percebermos que raramente pensamos de verdade. Geralmente, o que fazemos é repetir um processo que alguém já pensou – este sim, o verdadeiro pensador. Senão vejamos através do seguinte exemplo: a dicotomia alma-corpo é um processo que existe na cultura Ocidental desde Platão e é aceita como normal, como se simplesmente não houvesse outra forma de se encarar a formação de um Ser Humano. Esta dicotomia se tornou uma estrutura tão poderosa em nossas mentes que serve de base para religiões e nossa forma de pensar (você nunca usou o termo “minha alma”?). Uma outra dicotomia: bem absoluto x mal absoluto. É tão forte que mesmo quando nos deparamos com uma cultura que pensa diferente – como a cultura afro ou viking, para dar dois exemplos – nós inserimos essa dicotomia na hora de nos relacionarmos com ela, inconscientemente. Assim, o Exu ou Loki assumem o papel de “deus do mal” em oposição aos “deuses do bem”, quando originalmente esta estrutura de pensamento não existia nas duas culturas.
Quando verdadeiramente livre, o Homem é capaz de adquirir uma plenitude na existência. Além do mais, ele compreende o seu papel e pode realmente trabalhar pela sua plena manifestação ou Iluminação.
Ora, e como age este ser livre, que passaremos a denominar de Livre pensador? Ele já percebeu que os processos mentais e os pensamentos não são a mente assim como os movimentos e a escrita não são o braço. Ele observa os pensamentos como fluxos de energia que atravessam o seu cérebro a qual ele se apega ou não. Se, no momento em que se apegar, ele “enlaçar” este pensamento com uma emoção, o pensador acaba de criar vínculo com ele.
Criar vínculos com pensamentos ou processos mentais que surgem não é necessariamente ruim, o problema é não conseguir mais se desvincular dele ou rejeitá-lo sem a devida reflexão. Estas duas atitudes implicam em aprisionamento da mente do pensador. Este aprisionamento se mostra na identificação que se teria com o pensamento; ou seja, qualquer ataque ao pensamento se torna um ataque ao pensador. Além disso, qualquer pensamento diferente se torna uma ameaça ao próprio pensador, pois este acredita que “invalidar” o pensamento invalida sua própria estrutura de auto-reconhecimento.
Devido a isso, podemos identificar um Livre pensador pelas suas atitudes. Primeiramente, ele raramente aceita ou rejeita uma idéia automaticamente. O processo de reflexão, este sim, se torna “automático”. O Livre pensador sempre procura analisar o conteúdo de uma determinada proposição, para em cima da reflexão ou da experiência adquirir sua postura.
Ele dificilmente ofenderia o portador de alguma idéia diferente da sua. O Livre pensador debate idéias; discute sobre a mensagem sem ofender o mensageiro, tendo em vista que – assim como ele não se identifica com seus pensamentos – não identifica o seu irmão(ã) com os pensamentos deste(a).
O livre pensador sabe que não existe um “único modo” de se ver, analisar, demonstrar ou mesmo fazer algo. Cada um é uma expressão única da Divindade, manifestado para fazer valer esta expressão. Portanto, existem tantas possibilidades quanto aqueles que refletem sobre elas.
Como libertar a mente
Mas como libertar a mente? Existem dois processos – em princípio antagônicos – que, trabalhados concomitantemente, podem levar a percepção e desenvolvimento da mente livre. São processos simples, mas difíceis de serem vividos. Um ajuda e ampara ao outro e devemos ir com cuidado, paciência e sem grandes cobranças.
O primeiro é o auto conhecimento. Este processo deve ser feito sem julgamentos e sem disfarces. Não devemos nos julgar imaculados ou perdidos. Devemos perceber o que somos. E nós – nos perdoem o uso do termo, mas ele é o ideal no momento – somos o que somos. Devemos entender os processos que nos fazem agir da maneira que agimos, sentir o sentimos, falar o que falamos e pensar o que pensamos. Tranquilamente, sem esforço.
Isto significa identificar o verdadeiro pensador. Quando rejeito tal idéia ou aceito, fui eu que rejeitei e aceitei ou alguém já fez isso por mim e apenas repito o processo? O que eu penso sou eu? Aquele que questiona, sou eu? A Maya tem suas raízes na mente e na ignorância em diferenciar o pensador do que está sendo pensado, entre outras bases.
Caso percebamos que o nosso pensar tem outro pensador (o que é muito mais comum do que imaginamos…), isto é ruim? Não necessariamente. A diferença é o estar consciente do processo, o que nos torna livres para adotarmos ou não a idéia – total ou parcialmente. Estaremos também livres para verificar outros pontos-de-vista, outras formas de encarar o problema, sem conflitos e sem sofrimentos. Aquela estrutura de pensamento é uma ferramenta como qualquer outra, com a qual não nos identificamos; apenas usamos para os fins necessários. Livres, podemos ter um maior Domínio da Vida.
O segundo é o esforço de amar. Amar, sem importar a quem. Mas não no sentido de “amar é sofrer”. Um grande irmão, discípulo do Professor Henrique José de Souza, costumava citar: “Fraterno, mas não bobo.” O que devemos é entender o sofrimento do outro e entender que, às vezes, uma atitude dura pode ser a coisa mais amorosa que temos a dar para alguém que pede a sua ajuda naquele momento. Mas nunca se esqueça, não somos os donos da verdade e devemos amar – novamente – sem julgar. Pois, com julgamento não há amor.
Entendamos que um Livre Pensador é fraterno. Não é bondoso e nem malvado, caridoso e nem egoísta (lembre-se da dicotomia bem absoluto x mal absoluto), mas fraterno. Segundo HPB, “não existe caridade maior do que dar consciência aos seres” e este é um foco digno de se ter dentro da Obra do Eterno na Face da Terra. Mas com amor aos seres, pois estes sofrem e nem se apercebem de onde vem seu sofrimento.
Infelizmente, o espaço não nos permite um maior aprofundamento em tema tão complexo, mas paradoxalmente tão simples de se viver. Além do mais, fiéis ao nosso princípio, não poderíamos aqui nos arvorar de termos as respostas prontas e a solução de todos os problemas. O que esperamos, é que o texto sirva – isso sim – de reflexão e ajude ao(à) nosso(a) leitor(a) no início das buscas por respostas que melhor lhe ajudem em seu encontro com a verdadeira Liberdade.
“Manter a sempre vigilância dos sentidos.”
Allamirah
Texto do frater Danilo de Oliveira Faria, autor do RPG Maytreia
Respostas de 26
Seria a dicotomia então, um labirinto para a humanidade ?
Sendo que os conceitos de dualidade estão tão enraizados na mente humana, ser uma mente livre de verdade pode ser estar além conceitos de bem e mal, escuro e claro, dia e noite ?
Será q todo pensamento já foi pensado, ou existe algum pensamento original ?
Ótimo texto.
Obrigado pelos comentários Eduardo! 🙂
Na verdade, a dicotomia foi importante no processo evolutivo da consciência humana. No início, a humanidade agia como uma alma-grupo (como uma espécie de consciência coletiva) e o surgimento da dicotomia ajudou a dar um passo evolutivo. Mas estamos no limiar de dar outro passo e a dicotomia inconsciente nos seria prejudicial – os deuses de hoje serão os demônios de amanhã.
Mas acho que isso serve de assunto para outro texto, né?
A busca começa dentrod e si mesmo, as respostas, a essencia, a divindade, tudo começa dentro de si mesmo.
Ter consciência de si, ser sincero com os próprios sentimentos, e com os outros, deveria ser algo natural, algo comum, deveria fazer parte do que chamam hoje de ‘vida’, mas não é.
A busca continua, mas não creio que seja eterna, ainda acredito que um dia chegaremos lá, enquanto isso, continuo por aqui fazendo a minha parte, buscando saber mais sobre minha própria alma, e acima de tudo, a ser quem eu sou, ser quem eu devo ser, sem me limitar a pré-conseitos e paradoxos que jogam em nós, em mim.
Saber filtrar, saber amar, livre de qualquer apego, livre, e só. Acredito que o amor só se é real com liberdade, pois amor liberta, e se não o faz, o que é então?
Nunca gostei dessa dualidade, dessa dicotomia entre bem e mal, entre abismos muito bem definidos por pessoas que nem sabem o que falam de verdade. Tudo é mais amplo e profundo do que se pinta por ai, há mais espaços e formas do que lacunas vazias, cabe aprender a olhar, e não apenas ver. Sentir, ser, participar e não apenas assistir, se parte da transformação, e das mudanças, e não apenas mais um fantoche, mais um tijolo no muro, outra cabeça de gado.
Muito bom o texto!
Olá DelDebbio!
Sei que provavelmente não tem nada a ver com este post, mas pensei que se eu perguntasse no último post escrito seria mais provável de você me responder ^^
Bem, estou lendo O Símbolo Perdido de Dan Brown e nele fala que sigilos são usados para magia negra. Porém a um tempo atrás li sobre Fotamecus e no arquivo (http://www.cabaladada.org/public/fotamecus.pdf) é citado como um sigilo. O negócio é que fiquei sem saber. Sigilos são exclusivamente para magia negra?
@MDD – De maneira nenhuma… sigilos sao simbolos. COMO voce os usa é que é branco ou negro…
Muito bom.
interessante…vi um paralelo entre as ideias do texto e as de Sartre em o ser e o nada…vocês podem ver um trechino dessa ideia nessa tirinha humoristica
http://charges.uol.com.br/2005/12/22/musica-funk-filosofico-volume-1/
outra coisa, se as ideias são primeiros geradas e depois encorporadas no mundo material através de uma egregora, não podemos dizer que o conceito de bem e mal que existia na egregora cristã em combinação com a egregora umbandista gerou uma terceira egregora com ideias mistas candomblistas onde exu seria o equivalente de satanás?
A liberdade é tão discutida por todos, mas a real sensação de liberdade quase não e conhecida pela maioria, mesmo por pessoas que procuram se entender (seja qual for o método ou busca) e muitas se perdem entre ego e outras armadilhar que nós mesmos criamos e se aprisionam nesta busca.
Mais um ótimo texto e de grande reflexão aos que se proporem a isto.
Enquanto isso muitos descobrem que ser um Livre Pensador, dá trabalho, se dá trabalho correm para longe, onde podem se sentir protegidos nas casamatas do seguir sem questionar, o ir com a corrente onde quem decide para que lado ela corre é algum “detentor da verdade” da moda, ou que tem mais dinheiro para um horário maior na TV. Sentem-se no lugar certo pois se veem dentro da media, achando que estar acima é um privilégio de bom nascimento, carma ou genialidade natos, esquecendo-se que media vem de medíocre, quando estamos na media mesmo que não aceitemos, somos medíocres.
Bastaria observar a natureza, como a água, que quando parada cria limo e correndo, que pé seu real destino, vive límpida e fresca, matando a sede dos seres do planeta.
Espero que todos descubramos o caminho certo por onde podemos correr e ser o melhor de nós.
Paz e Luz!
Bem, tudo que ele falou é bastante semelhante ao zen budismo.
No zen, devemos evitar dualismos, estarmos conscientes dos processos e evitar deixar-se levar por eles facilmente. Ah, inclusive, eliminação do apego tem também.
Uma das formas de “libertar” a mente é meditar. Observando os pensamentos, pouco a pouco, passamos a enxergar o que eles fazem e saberemos lidar melhor com eles.
Aceitar o momento presente evita-se muitos conflitos, também.
Uma frase bem legal é: Pensamentos são o que são… Pensamentos.
Para quem entender isso de fato, saberá que sofre a toa 99% das vezes.
E quanto mais eu estudo, mais eu vejo que tudo está correlacionado e tudo mais. Bem bacana isso.
Abraços galera.
Aa, como eu queria passar esse texto para um conhecido meu que é Evangélico, que tanto questiona a “Liberdade”…
Pena que ao falar de egrégoras, o texto vai se anular pra ele, tsc tsc tsc…
Ótimo texto!
O mapa não é o território.
Nossos mapas mentais do mundo não são o mundo. Reagimos aos nossos mapas em vez de reagir diretamente ao mundo. Mapas mentais, especialmente sensações e interpretações, podem ser atualizados com mais facilidade do que se pode mudar o mundo.
As experiências possuem uma estrutura.
Nossos pensamentos e recordações possuem um padrão. Quando mudamos este padrão ou estrutura, nossa experiência muda automaticamente. Podemos neutralizar lembranças desagradáveis e enriquecer outras que nos serão úteis.
Se uma pessoa pode fazer algo, todos podem aprender a fazê-lo também.
Podemos aprender como é o mapa mental de um grande realizador e fazê-lo nosso. Muita gente pensa que certas coisas são impossíveis, sem nunca ter se disposto a fazê-las. Faça de conta que tudo é possível. Se existir um limite físico ou ambiental, o mundo da experiência vai lhe mostrar isso.
Corpo e mente são partes do mesmo sistema.
Nossos pensamentos afetam instantaneamente nossa tensão muscular, respiração e sensações. Estes, por sua vez, afetam nossos pensamentos. Quando aprendemos a mudar um deles, aprendemos a mudar o outro.
As pessoas já possuem todos os recursos de que necessitam.
Imagens mentais, vozes interirores, sensações e sentimentos são os blocos básicos de construção de todos os nossos recursos mentais e físicos. Podemos usá-los para construir qualquer pensamento, sentimento ou habilidade que desejarmos, colocando-os depois nas nossas vidas onde quisermos ou mais precisarmos.
Gostei muito. Hoje em dia temos que ter muito cuidado com o que a “midia” determina e nos induz a tal fato, uma analogia que lembrei agora seria a mesma noticia dada pela Rede Globo e a Rede Record, o mesmo fato mas com visões diferentes, precisamos estar vigilantes, pois somos induzidos, não sei se tem a ver com o assunto, mas nos faz parar e pensar.
abraço!
Texto muito esclarecedor
“São processos simples, mas difíceis de serem vividos”
Pra mim essa frase resume todo ensinamento de sabedoria.
Ótimo texto!
Excelente texto.
Realmente, desde crianças, nos enchem de “pensamentos prontos” e, ao longo da vida, vamos “comprando” outros tantos. No dia a dia, é muito menos doloroso nos utilizarmos deles. O livre pensar, além de ser uma ameaça a todos aqueles que querem nos controlar, requer um mergulho em nosso interior e um olhar além da aparência das coisas.
Mas creio que isso não seja o mais difícil. O maior desafio, e talvez a atitude mais libertadora que um ser Humano possa aspirar, é adquirir a capacidade de amar incondicionalmente.
“Acima do bem e do mal existe a harmonia. Na harmonia, a liberdade. Na liberdade, a satisfação. Na satisfação há o regozijo. No regozijo, a paz. Na paz, a consciência. Na consciência, a eternidade. Na eternidade, o serviço.”
Esse é o segredo do Yod. Sempre haverá lugares trevosos que requerem a luz. Você sempre voltará para trabalhar e servir, ajudando seus irmãos na jornada, tornando-os conscientes.
“A Maya tem suas raízes na mente e na ignorância em diferenciar o pensador do que está sendo pensado, entre outras bases”
Talvez, a questão não seja Maya…
Já que ela atua como a teia de uma aranha, “ao mesmo tempo, em que vela a aranha, pode revela-la”
(depende do observador)
E, sinceramente, está um texto otimo!
parabens.
abraços
Me indentifiquei muito com as idéias do texto, alias, me indentifiquei demais com o blog todo.
Gostaria de poder expressar na escrita, experiencias, aprendizados, idéias… mas apesar de tentar e me esforçar, não nasci com esse dom, e muitas vezes não consigo expressar a idéia exatamente como pensei e muito menos fazer com que o interlocutor entenda o que estou dizendo.
Continue o seu trabalho, tenho certeza de que está ajudando muitas pessoas a mudar a atitude diante da vida.
Um grande abraço.
Bruno.
uma releitura do sistema de yoga descrito por patanjali
Achei otimo o texto, e a finalidade da qual ela venho tbm eh muito boa, mas então deste modo, a conclusão (pessoal) pode ser afirmado que a Liberdade, por ser algo complexo, extenso e profundo, é um princípio/conceito inserido na própria Liberdade, ou seja, a liberdade de se achar o que é liberdade é um ato livre.
pode-se fazer tal afirmativa?
Pode sim. Como cada ser humano é uma experiência única, a visão que ele terá da Liberdade (e de outros conceitos) terá elementos únicos – válidos para a sua manifestação. Isso até permite outro texto para depois… 🙂
Espero que tenha esclarecido a sua dúvida.
O “universo” é realmente fantastico. Um texto que cai na medida para meu atual momento no caminho da vida.
Que bom poder contar com esse espaço que compartilha um precioso conhecimento que não se faz presente no cotidiano de nossos semelhantes.
A equipe ou ao “dono” do site, desejo muita sabedoria , coragem e persistencia nesse caminho maluco que passamos todos antes de irmos para sei la aonde.
Abraços a todos.
Conhecimento de si mesmo e amar formam a grande trilha para a verdadeira Força.
Parabéns ao Frater Danilo Faria pelo excelente texto.
Abraços.
Muito bom o texto …
Destaco essa parte:
O Livre pensador sempre procura analisar o conteúdo de uma determinada proposição, para em cima da reflexão ou da experiência adquirir sua postura.
Ele dificilmente ofenderia o portador de alguma idéia diferente da sua. O Livre pensador debate idéias; discute sobre a mensagem sem ofender o mensageiro, tendo em vista que – assim como ele não se identifica com seus pensamentos – não identifica o seu irmão(ã) com os pensamentos deste(a).
O livre pensador sabe que não existe um “único modo” de se ver, analisar, demonstrar ou mesmo fazer algo. Cada um é uma expressão única da Divindade, manifestado para fazer valer esta expressão. Portanto, existem tantas possibilidades quanto aqueles que refletem sobre elas.