A Maconha e as Otoridades

Poucos assuntos dão margem a tanta mentira, tanta deturpação, tanta desinformação. Afinal, quais os verdadeiros motivos por trás da proibição da maconha? A droga faz mal ou não?

Por que a maconha é proibida? Porque faz mal à saúde, dizem as otoridades. Será mesmo?

Então, por que o bacon não é proibido? Ou as anfetaminas? E, diga-se de passagem, nenhum mal sério à saúde foi comprovado para o uso esporádico de maconha.

A guerra contra essa planta foi motivada muito mais por fatores raciais, econômicos, políticos e morais do que por argumentos científicos.

E algumas dessas razões são inconfessáveis. Tem a ver com o preconceito contra árabes, chineses, mexicanos e negros, usuários freqüentes de maconha no começo do século XX.

Deve muito aos interesses de indústrias poderosas dos anos 20, que vendiam tecidos sintéticos e papel e queriam se livrar de um concorrente, o cânhamo.

Tem raízes também na bem-sucedida estratégia de dominação dos Estados Unidos sobre o planeta.

E, é claro, guarda relação com o moralismo judaico-cristão (e principalmente protestante-puritano), que não aceita a idéia do prazer sem merecimento – pelo mesmo motivo, no passado, condenou-se a masturbação.

POR QUE É PROIBIDO?
Parte I – Sede de Poder

“O corpo esmagado da menina jazia espalhado na calçada um dia depois de mergulhar do quinto andar de um prédio de apartamentos em Chicago. Todos disseram que ela tinha se suicidado, mas, na verdade, foi homicídio. O assassino foi um narcótico conhecido na América como marijuana e na história como haxixe. Usado na forma de cigarros, ele é uma novidade nos Estados Unidos e é tão perigosa quanto uma cascavel”.

Começa assim a matéria: “Marijuana: assassina de jovens”, publicada em 1937 na revista American Magazine. A cena nunca aconteceu. O texto era assinado por um funcionário do governo chamado Harry Anslinger.

Se a maconha, hoje, é ilegal em praticamente todo o mundo, não é exagero dizer que o maior responsável foi ele.

Nas primeiras décadas do século XX, a maconha era liberada, embora muita gente a visse com maus olhos. Aqui no Brasil, maconha era “coisa de negro”, fumada nos terreiros de candomblé para facilitar a incorporação e nos confins do país por agricultores depois do trabalho. Na Europa, ela era associada aos imigrantes árabes e indianos e aos incômodos intelectuais boêmios. Nos Estados Unidos, quem fumava eram os cada vez mais numerosos mexicanos – meio milhão deles cruzaram o Rio Grande entre 1915 e 1930 em busca de trabalho. Muitos não acharam.

Ou seja, em boa parte do Ocidente, fumar maconha era relegado a classes marginalizadas e visto com antipatia pela classe média branca.

Pouca gente sabia, entretanto, que a mesma planta que fornecia fumo às classes baixas tinha enorme importância econômica. Dezenas de remédios – de xaropes para tosse a pílulas para dormir – continham cannabis.

Quase toda a produção de papel usava como matéria-prima a fibra do cânhamo, retirada do caule do pé de maconha. A indústria de tecidos também dependia da cannabis – o tecido de cânhamo era muito difundido, especialmente para fazer cordas, velas de barco, redes de pesca e outros produtos que exigissem um material muito resistente.

A Ford estava desenvolvendo combustíveis e plásticos feitos a partir do óleo da semente de maconha. As plantações de cânhamo tomavam áreas imensas na Europa e nos Estados Unidos.

Em 1920, sob pressão de grupos religiosos protestantes, os Estados Unidos decretaram a proibição da produção e da comercialização de bebidas alcoólicas. Era a Lei Seca, que durou até 1933.

Foi aí que Henry Anslinger surgiu na vida pública americana – reprimindo o tráfico de rum que vinha das Bahamas. Foi aí, também, que a maconha entrou na vida de muita gente – e não só dos mexicanos.

“A proibição do álcool foi o estopim para o ‘boom’ da maconha”, afirma o historiador inglês Richard Davenport-Hines, especialista na história dos narcóticos, em seu livro The Pursuit of Oblivion (“A busca do esquecimento”, ainda sem versão para o Brasil). “Na medida em que ficou mais difícil obter bebidas alcoólicas e elas ficaram mais caras e piores, pequenos cafés que vendiam maconha começaram a proliferar”, escreveu.

Anslinger foi promovido a chefe da Divisão de Controle Estrangeiro do Comitê de Proibição e sua tarefa era cuidar do contrabando de bebidas. Foi nessa época que ele percebeu o clima de antipatia contra a maconha que tomava a nação. Clima esse que só piorou com a quebra da Bolsa, em 1929, que afundou a nação numa recessão.

No sul do país, corria o boato de que a droga dava força sobre-humana aos mexicanos, o que seria uma vantagem injusta na disputa pelos escassos empregos. A isso se somavam insinuações de que a droga induzia ao sexo promíscuo (muitos mexicanos talvez tivessem mais parceiros que um americano puritano médio, mas isso não tem nada a ver com a maconha) e ao crime (com a crise, a criminalidade aumentou entre os mexicanos pobres, mas a maconha é inocente disso).

Baseados nesses boatos, vários Estados começaram a proibir a substância. Nessa época, a maconha virou a droga de escolha dos músicos de jazz, que afirmavam ficarem mais criativos depois de fumar.

Anslinger agarrou-se firme à bandeira proibicionista, batalhou para divulgar os mitos antimaconha e, em 1930, quando o governo, preocupado com a cocaína e o ópio, criou o FBN (Federal Bureau of Narcotics, um escritório nos moldes do FBI para lidar com drogas), ele articulou para chefiá-lo. De repente, de um cargo burocrático obscuro, Anslinger passou a ser o responsável pela política de drogas do país. E quanto mais substâncias fossem proibidas, mais poder ele teria.

Parte II – Fibras sintéticas e papel
Mas é improvável que a cruzada fosse motivada apenas pela sede de poder. Outros interesses devem ter pesado. Anslinger era casado com a sobrinha de Andrew Mellon, dono da gigante petrolífera Gulf Oil e um dos principais investidores da igualmente gigante Du Pont.

“A Du Pont foi uma das maiores responsáveis por orquestrar a destruição da indústria do cânhamo”, afirma o escritor Jack Herer, em seu livro The Emperor Wears No Clothes (“O imperador está nu”, ainda sem tradução).

Nos anos 20, a empresa estava desenvolvendo vários produtos a partir do petróleo: aditivos para combustíveis, plásticos, fibras sintéticas como o náilon e processos químicos para a fabricação de papel feito de madeira.

Esses produtos tinham uma coisa em comum: disputavam o mercado com o cânhamo. Seria um empurrão considerável para a nascente indústria de sintéticos se as imensas lavouras de cannabis fossem destruídas, tirando a fibra do cânhamo e o óleo da semente do mercado.

“A maconha foi proibida por interesses econômicos, especialmente para abrir o mercado das fibras naturais para o náilon”, afirma o jurista Wálter Maierovitch, especialista em tráfico de entorpecentes e ex-secretário nacional antidrogas.

Anslinger tinha um aliado poderoso na guerra contra a maconha: William Randolph Hearst, dono de uma imensa rede de jornais. Hearst era a pessoa mais influente dos Estados Unidos.

Milionário, comandava suas empresas de um castelo monumental na Califórnia, onde recebia artistas de Hollywood para passear pelo zoológico particular ou dar braçadas na piscina coberta adornada com estátuas gregas.

Foi nele que Orson Welles se inspirou para criar o protagonista do filme “Cidadão Kane”. Hearst sabidamente odiava mexicanos. Parte desse ódio talvez se devesse ao fato de que, durante a Revolução Mexicana de 1910, as tropas de Pancho Villa (que, aliás, faziam uso freqüente de maconha) desapropriaram uma enorme propriedade sua.

Sim, Hearst era dono de terras e as usava para plantar eucaliptos e outras árvores para produzir papel. Ou seja, ele também tinha interesse em que a maconha americana fosse destruída – levando com ela a indústria de papel de cânhamo.

Hearst iniciou, nos anos 30, uma intensa campanha contra a maconha. Seus jornais passaram a publicar seguidas matérias sobre a droga, às vezes afirmando que a maconha fazia os mexicanos estuprarem mulheres brancas, outras noticiando que 60% dos crimes eram cometidos sob efeito da droga (um número tirado sabe-se lá de onde).

Nessa época, surgiu a história de que o fumo mata neurônios, um mito repetido até hoje.

Foi Hearst que, se não inventou, ao menos popularizou o nome marijuana (ele queria uma palavra que soasse bem hispânica, para permitir a associação direta entre a droga e os mexicanos).

Anslinger era presença constante nos jornais de Hearst, onde contava suas histórias de terror. A opinião pública ficou apavorada. Em 1937, Anslinger foi ao Congresso dizer que, sob o efeito da maconha, “algumas pessoas embarcam numa raiva delirante e cometem crimes violentos”.

Os deputados votaram pela proibição do cultivo, da venda e do uso da cannabis, sem levar em conta as pesquisas que afirmavam que a substância era segura.

Proibiu-se não apenas a droga, mas a planta. O homem simplesmente cassou o direito da espécie Cannabis Sativa de existir.

Parte III – Controle Social
Anslinger também atuou internacionalmente. Criou uma rede de espiões e passou a freqüentar as reuniões da Liga das Nações, antecessora da ONU, propondo tratados cada vez mais duros para reprimir o tráfico internacional.

Também começou a encontrar líderes de vários países e a levar a eles os mesmos argumentos aterrorizantes que funcionaram com os americanos. Não foi difícil convencer os governos – já na década de 20 o Brasil adotava leis federais antimaconha. A Europa também embarcou na onda proibicionista.

“A proibição das drogas serve aos governos porque é uma forma de controle social das minorias”, diz o cientista político Thiago Rodrigues, pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos. Funciona assim: maconha é coisa de mexicano, mexicanos são uma classe incômoda. “Como não é possível proibir alguém de ser mexicano, proíbe-se algo que seja típico dessa etnia”, diz Thiago. Assim, é possível manter sob controle todos os mexicanos – eles estarão sempre ameaçados de cadeia. Por isso a proibição da maconha fez tanto sucesso no mundo.

O governo brasileiro achou ótimo mais esse instrumento para manter os negros sob controle.

Os europeus também adoraram poder enquadrar seus imigrantes.

A proibição foi virando uma forma de controle internacional por parte dos Estados Unidos, especialmente depois de 1961, quando uma convenção da ONU determinou que as drogas são ruins para a saúde e o bem-estar da humanidade e, portanto, eram necessárias ações coordenadas e universais para reprimir seu uso.

“Isso abriu espaço para intervenções militares americanas”, diz Maierovitch. “Virou um pretexto oportuno para que os americanos possam entrar em outros países e exercerem os seus interesses econômicos”. Estava erguida uma estrutura mundial interessada em manter as drogas na ilegalidade, a maconha entre elas.

Um ano depois, em 1962, o presidente John Kennedy demitiu Anslinger – depois de nada menos que 32 anos à frente do FBN. Um grupo formado para analisar os efeitos da droga concluiu que os riscos da maconha estavam sendo exagerados e que a tese de que ela levava a drogas mais pesadas era furada.

Mas não veio a descriminalização. Pelo contrário. O presidente Richard Nixon endureceu mais a lei, declarou “guerra às drogas” e criou o DEA (em português, Escritório de Coação das Drogas), um órgão ainda mais poderoso que o FBN, porque, além de definir políticas, tem poder de polícia.

MACONHA FAZ MAL?

Está aí uma pergunta que vem sendo feita faz tempo. Depois de mais de um século de pesquisas, a resposta mais honesta é: “Faz, mas muito pouco e só para casos extremos. O uso moderado não faz mal”.

A preocupação da ciência com esse assunto começou em 1894, quando a Índia fazia parte do Império Britânico. Havia, então, a desconfiança de que o Bhang, uma bebida à base de maconha muito comum na Índia, causava demência.

Grupos religiosos britânicos reivindicavam sua proibição. Formou-se a Comissão Indiana de Drogas da Cannabis, que passou dois anos investigando o tema. O relatório final desaconselhou a proibição: “O Bhang é quase sempre inofensivo quando usado com moderação e, em alguns casos, é benéfico. O abuso do Bhang é menos prejudicial que o abuso do álcool”.

Em 1944, um dos mais populares prefeitos de Nova York, Fiorello La Guardia, encomendou outra pesquisa. Em meio à histeria antimaconha de Anslinger, La Guardia resolveu conferir quais os reais riscos da tal droga assassina.

Os cientistas escolhidos por ele fizeram testes com presidiários (algo comum na época) e concluíram: “O uso prolongado da droga não leva à degeneração física, mental ou moral”. O trabalho passou despercebido no meio da barulheira proibicionista de Anslinger.

A partir dos anos 60, várias pesquisas parecidas foram encomendadas por outros governos. Relatórios produzidos na Inglaterra, no Canadá e nos Estados Unidos aconselharam um afrouxamento nas leis. Nenhuma dessas pesquisas foi suficiente para forçar uma mudança.

Mas a experiência mais reveladora sobre a maconha e suas conseqüências foi realizada fora do laboratório.

Em 1976, a Holanda decidiu parar de prender usuários de maconha desde que eles comprassem a droga em cafés autorizados. Resultado: o índice de usuários continua comparável aos de outros países da Europa. O de jovens dependentes de heroína caiu – estima-se que, ao tirar a maconha da mão dos traficantes, os holandeses separaram essa droga das mais pesadas e, assim, dificultaram o acesso a elas.

Nos últimos anos, os possíveis males da maconha foram cuidadosamente escrutinados – às vezes por pesquisadores competentes, às vezes por gente mais interessada em convencer os outros da sua opinião.

Veja abaixo um resumo do que se sabe:

CÂNCER: Não se provou nenhuma relação direta entre fumar maconha e câncer de pulmão, traquéia, boca e outros associados ao cigarro. Isso não quer dizer que não haja. Por muito tempo, os riscos do cigarro foram negligenciados e só nas últimas duas décadas ficou claro que havia uma bomba-relógio armada – porque os danos só se manifestam depois de décadas de uso contínuo.

Há o temor de que uma bomba semelhante esteja para explodir no caso da maconha, cujo uso se popularizou a partir dos anos 60. O que se sabe é que o cigarro de maconha tem praticamente a mesma composição de um cigarro comum – a única diferença significativa é o princípio ativo.

No cigarro é a nicotina, na maconha o tetrahidrocanabinol, ou THC. Também é verdade que o fumante de maconha tem comportamentos mais arriscados que o de cigarro: traga mais profundamente, não usa filtro e segura a fumaça por mais tempo no pulmão (o que, aliás, segundo os cientistas, não aumenta os efeitos da droga).

Em compensação, boa parte dos maconheiros fuma muito menos e pára ou reduz o consumo depois dos 30 anos (parar cedo é sabidamente uma forma de diminuir drasticamente o risco de câncer).

Em resumo: o usuário eventual de maconha, que é o mais comum, não precisa se preocupar com um aumento grande do risco de câncer. Quem fuma mais de um baseado por dia há mais de 15 anos deve pensar em parar.

DEPENDÊNCIA: Algo entre 6% e 12% dos usuários, dependendo da pesquisa, desenvolve um uso compulsivo da maconha (menos que a metade das taxas para álcool e tabaco). A questão é: será que a maconha é a causa da dependência ou apenas uma válvula de escape.

“Dependência de maconha não é problema da substância, mas da pessoa”, afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Escola Paulista de Medicina. Segundo Dartiu, há um perfil claro do dependente de maconha: em geral, ele é jovem, quase sempre ansioso e eventualmente depressivo. Pessoas que não se encaixam nisso não desenvolvem o vício. “E as que se encaixam podem tanto ficar dependentes de maconha quanto de sexo, de jogo, de Internet…”, diz.

Muitos especialistas apontam para o fato de que a maconha está ficando mais perigosa – na medida em que fica mais potente. Ao longo dos últimos 40 anos, foi feito um melhoramento genético, cruzando plantas com alto teor de THC. Surgiram variedades como o Skunk.

No último ano, foram apreendidos carregamentos de maconha alterada geneticamente no leste europeu – a engenharia genética é usada para aumentar a potência, o que poderia aumentar o potencial de dependência.

Segundo o farmacólogo Leslie Iversen, autor do ótimo The Science of Marijuana (“A Ciência da Maconha”, sem tradução para o português) e consultor para esse tema da Câmara dos Lordes (o Senado Inglês), esses temores são exagerados e o aumento da concentração de THC não foi tão grande assim.

Para além dessa discussão, o fato é que, para quem é dependente, maconha faz muito mal. Isso é especialmente verdade para crianças e adolescentes. “O sujeito com 15 anos não está com a personalidade formada. O uso exagerado de maconha pode ser muito danoso a ele”, diz Dartiu. O maior risco para adolescentes que fumam maconha é a síndrome amotivacional, nome que se dá à completa perda de interesse que a droga causa em algumas pessoas. A síndrome amotivacional é muito mais freqüente em jovens e realmente atrapalha a vida – é quase certeza de bomba na escola e de crise na família.

DANOS CEREBRAIS: “Maconha mata neurônios”. Essa frase, repetida há décadas, não passa de mito. Bilhões de dólares foram investidos para comprovar que o THC destrói tecido cerebral – às vezes com pesquisas que ministravam doses de elefante em ratinhos – mas nada foi encontrado.

Muitas experiências foram feitas em busca de danos nas capacidades cognitivas do usuário de maconha. A maior preocupação é com a memória. Sabe-se que o usuário de maconha, quando fuma, fica com a memória de curto prazo prejudicada.

São bem comuns os relatos de pessoas que têm idéias que parecem geniais durante o “barato”, mas não conseguem lembrar-se de nada no momento seguinte. Isso acontece porque a memória de curto prazo funciona mal sob o efeito de maconha e, sem ela, as memórias de longo prazo não são fixadas (é por causa desse “desligamento” da memória que o usuário perde a noção do tempo).

Mas esse dano não é permanente. Basta ficar sem fumar que tudo volta a funcionar normalmente. O mesmo vale para o raciocínio, que fica mais lento quando o usuário fuma muito freqüentemente.

Há pesquisas com usuários “pesados” e antigos, aqueles que fumam vários baseados por dia há mais de 15 anos, que mostraram que eles se saem um pouco pior em alguns testes, principalmente nos de memória e de atenção. As diferenças, no entanto, são sutis. Na comparação com o álcool, a maconha leva grande vantagem: beber muito provoca danos cerebrais irreparáveis e destrói a memória.

CORAÇÃO: O uso de maconha dilata os vasos sangüíneos e, para compensar, acelera os batimentos cardíacos. Isso não oferece risco para a maioria dos usuários, mas a droga deve ser evitada por quem sofre do coração.

INFERTILIDADE: Pesquisas mostraram que o usuário freqüente tem o número de espermatozóides reduzido. Ninguém conseguiu provar que isso possa causar infertilidade, muito menos impotência. Também está claro que os espermatozóides voltam ao normal quando se pára de fumar.

DEPRESSÃO IMUNOLÓGICA: Nos anos 70, descobriu-se que o THC afeta os glóbulos brancos, células de defesa do corpo. No entanto, nenhuma pesquisa encontrou relação entre o uso de maconha e a incidência de infecções.

LOUCURA: No passado, acreditava-se que maconha causava demência. Isso não se confirmou, mas sabe-se que a droga pode precipitar crises em quem já tem doenças psiquiátricas.

GRAVIDEZ: Algumas pesquisas apontaram uma tendência de filhos de mães que usaram muita maconha durante a gravidez de nascer com menor peso. Outras não confirmaram a suspeita. De qualquer maneira, é melhor evitar qualquer droga psicoativa durante a gestação. Sem dúvida, a mais perigosa delas é o álcool.

No geral, não. A maioria das pessoas não gosta dos efeitos e as afirmações de que a erva, por ser “natural”, faz bem, não passam de besteira. Outros adoram e relatam que ela ajuda a aumentar a criatividade, a relaxar, a melhorar o humor, a diminuir a ansiedade. É inevitável: cada um é um.

O uso medicinal da maconha é tão antigo quanto a maconha. Hoje há muitas pesquisas com a Cannabis para usá-la como remédio. Segundo o farmacólogo inglês Iversen, não há dúvidas de que ela seja um remédio útil para muitos e fundamental para alguns, mas há um certo exagero sobre seus potenciais. Em outras palavras: a maconha não é a salvação da humanidade. Um dos maiores desafios dos laboratórios é tentar separar o efeito medicinal da droga do efeito psicoativo – ou seja, criar uma maconha que não dê “barato”.

Muitos pesquisadores estão chegando à conclusão de que isso é impossível: aparentemente, as mesmas propriedades químicas que alteram a percepção do cérebro são responsáveis pelo caráter curativo. Esse fato é uma das limitações da maconha como medicamento, já que muitas pessoas não gostam do efeito mental. No Brasil, assim como em boa parte do mundo, o uso médico da Cannabis é proibido e milhares de pessoas usam o remédio ilegalmente. Conheça alguns dos usos:

CÂNCER: Pessoas tratadas com quimioterapia muitas vezes têm enjôos terríveis, eventualmente tão terríveis que elas preferem a doença ao remédio. Há medicamentos para reduzir esse enjôo e eles são eficientes. No entanto, alguns pacientes não respondem a nenhum remédio legal e respondem maravilhosamente à maconha. Era o caso do brilhante escritor e paleontólogo Stephen Jay Gould, que, no mês passado, finalmente, perdeu uma batalha de 20 anos contra o câncer.

Gould nunca tinha usado drogas psicoativas – ele detestava a idéia de que interferissem no funcionamento do cérebro. Veja o que ele disse: “A maconha funcionou como uma mágica. Eu não gostava do ‘efeito colateral’ que era o borrão mental. Mas a alegria cristalina de não ter náusea – e de não experimentar o pavor nos dias que antecediam o tratamento – foi o maior incentivo em todos os meus anos de quimioterapia”.

AIDS: Maconha dá fome. Qualquer um que fuma sabe disso (aliás, esse é um de seus inconvenientes: ela engorda). Nenhum remédio é tão eficiente para restaurar o peso de portadores do HIV quanto a maconha. E isso pode prolongar muito a vida: acredita-se que manter o peso seja o principal requisito para que um soropositivo não desenvolva a doença. O problema: a Cannabis tem uma ação ainda pouco compreendida no sistema imunológico. Sabe-se que isso não representa perigo para pessoas saudáveis, mas pode ser um risco para doentes de Aids.

ESCLEROSE MÚLTIPLA: Essa doença degenerativa do sistema nervoso é terrivelmente incômoda e fatal. Os doentes sentem fortes espasmos musculares, muita dor e suas bexigas e intestinos funcionam muito mal.

Acredita-se que ela seja causada por uma má função do sistema imunológico, que faz com que as células de defesa ataquem os neurônios. A maconha alivia todos os sintomas. Ninguém entende bem por que ela é tão eficiente, mas especula-se que tenha a ver com seu pouco compreendido efeito no sistema imunológico.

DOR: A Cannabis é um analgésico usado em várias ocasiões. Os relatos de alívio das cólicas menstruais são os mais promissores.

GLAUCOMA: Essa doença caracteriza-se pelo aumento da pressão do líquido dentro do olho e pode levar à cegueira. Maconha baixa a pressão intraocular. O problema é que, para ser um remédio eficiente, a pessoa tem que fumar a cada três ou quatro horas, o que não é prático e, com certeza, é nocivo (essa dose de maconha deixaria o paciente eternamente “chapado”).

Há estudos promissores com colírios feitos à base de maconha, que agiriam diretamente no olho, sem afetar o cérebro.

ANSIEDADE: Maconha é um remédio leve e pouco agressivo contra a ansiedade. Isso, no entanto, depende do paciente. Algumas pessoas melhoram após fumar; outras, principalmente as pouco habituadas à droga, têm o efeito oposto. Também há relatos de sucesso no tratamento de depressão e insônia, casos em que os remédios disponíveis no mercado, embora sejam mais eficientes, são também bem mais agressivos e têm maior potencial de dependência.

DEPENDÊNCIA: Dois psiquiatras brasileiros, Dartiu Xavier e Eliseu Labigalini, fizeram uma experiência interessante. Incentivaram dependentes de Crack a fumar maconha no processo de largar o vício.

Resultado: 68% deles abandonaram o Crack e, depois, pararam espontaneamente com a maconha, um índice altíssimo. Segundo eles, a maconha é um remédio feito sob medida para combater a dependência de Crack e Cocaína, porque estimula o apetite e combate a ansiedade, dois problemas sérios para cocainômanos.

Dartiu e Eliseu pretendem continuar as pesquisas, mas estão com problemas para conseguir financiamento – dificilmente um órgão público investirá num trabalho que aposte nos benefícios da maconha.

O PASSADO
O primeiro registro do contato entre o Homo Sapiens e a Cannabis Sativa é de 6.000 anos atrás. Trata-se da marca de uma corda de cânhamo impressa em cacos de barro, na China. O emprego da fibra, não só em cordas mas também em vários tecidos e, depois, na fabricação de papel, é um dos mais antigos usos da maconha. Graças a ele, a planta, original da região ao norte do Afeganistão, nos pés do Himalaia, tornou-se a primeira cultivada pelo homem com usos não alimentícios e espalhou-se por toda a Ásia e depois pela Europa e África.

Mas há um uso da maconha que pode ser tão antigo quanto o da fibra do cânhamo: o medicinal. Os chineses conhecem há pelo menos 2.000 anos o poder curativo da droga, como prova o Pen-Ts’ao Ching, considerado a primeira farmacopéia (livro que reúne fórmulas e receitas de medicamentos) conhecida do mundo. O livro recomenda o uso da maconha contra prisão-de-ventre, malária, reumatismo e dores menstruais.

Também na Índia, a erva já há milênios é parte integral da medicina ayurvédica, usada no tratamento de dezenas de doenças. Sem falar que ela ocupa um lugar de destaque na religião hindu. Pela mitologia, maconha era a comida favorita do deus Shiva, que, por isso, viveria o tempo todo “chapado”. Tomar Bhang seria uma forma de entrar em comunhão com Shiva. O Hinduísmo não é a única religião a dar destaque para a Cannabis.

Para os Budistas da tradição Mahayana, Buda passou seis anos comendo apenas uma semente de maconha por dia. Sua iluminação teria sido atingida após esse período de quase-jejum.

Da Índia, a maconha migrou para a Mesopotâmia, ainda em tempos pré-cristãos, e de lá para o Oriente Médio. Portanto, ela já estava presente na região quando começou a expansão do Império Árabe.

Com a proibição do álcool entre o povo de Maomé, iniciou-se uma acalorada discussão sobre se a maconha deveria ser banida também. Por séculos, consumiu-se Cannabis abundantemente nas terras muçulmanas até que, na Idade Média, muitos islâmicos abandonaram o hábito.

A exceção foram os sufi, membros de uma corrente considerada mais mística e esotérica do Islã, que, até bem recentemente, consideravam a Cannabis fundamental em seus ritos.

Os Gregos usaram velas e cordas de cânhamo nos seus navios, assim como, depois, os Romanos. Sabe-se que o Império Romano tinha pelo menos conhecimento dos poderes psicoativos da maconha.

O historiador latino Tácito, que viveu no século I d.C., relata que os citas, um povo da atual Turquia, tinham o costume de armar uma tenda, acender uma fogueira e queimar grande quantidade de maconha. Daí ficavam lá dentro, numa versão psicodélica do Banho Turco.

Graças ao contato com os Árabes, grande parte da África conheceu a erva e incorporou-a aos seus ritos e à sua medicina – dos países muçulmanos acima do Saara até os zulus da África do Sul.

A Europa toda também passou a plantar maconha e usava extensivamente a fibra do cânhamo, mas há raríssimos registros do seu uso como psicoativo naquele continente. Pode ser que isso se deva ao clima.

O THC é uma resina produzida pela planta para proteger suas folhas e flores do sol forte. Na fria Europa, é possível que tenha se desenvolvido uma variação da Cannabis Sativa com menos THC, já que não havia tanto sol para ameaçar o arbusto.

O fato é que, na Renascença, a maconha se transformou no principal produto agrícola da Europa. E sua importância não foi só econômica: a planta teve uma grande participação na mudança de mentalidade que ocorreu no século XV.

Os primeiros livros depois da revolução de Gutemberg foram impressos em papel de cânhamo. As pinturas dos gênios da arte eram feitas em telas de cânhamo (canvas, a palavra usada em várias línguas para designar “tela”, é uma corruptela holandesa do latim Cannabis).

E as grandes navegações foram impulsionadas por velas de cânhamo – segundo o autor americano Rowan Robinson, autor de O Grande Livro da Cannabis, havia 80 toneladas de cânhamo, contando o velame e as cordas, no barco comandado por Cristóvão Colombo em 1496. Ou seja, a América foi descoberta graças à maconha. Irônico.

Sobre as luzes da Renascença caíram as sombras da Inquisição – um período em que a Igreja ganhou muita força e passou a exercer o papel de polícia, julgando hereges em seu tribunal e condenando bruxas à fogueira.

“As bruxas nada mais eram do que as curandeiras tradicionais, principalmente as de origem celta, que utilizavam plantas para tratar as pessoas, às vezes plantas com poderes psicoativos”, diz o historiador Henrique Carneiro, especialista em drogas da Universidade Federal de Ouro Preto.

Não há registros de que maconheiros tenham sido queimados no século XVI – inclusive porque o uso psicoativo da maconha era incomum na Europa – mas é certo que cristalizou-se naquela época uma antipatia cristã por plantas que alteram o estado de consciência.

“O Cristianismo afirmou seu caráter de religião imperial e, sob seus domínios, a única droga permitida é o álcool, associado com o sangue de Cristo”, diz Henrique.

Em 1798, as tropas de Napoleão conquistaram o Egito. Até hoje não estão muito claras as razões pelas quais o imperador francês se aventurou no norte da África (vaidade, talvez). Mas pode ser que o principal motivo fosse a intenção de destruir as plantações de maconha, que abasteciam de cânhamo a poderosa Marinha da Inglaterra.

O fato é que coube a Napoleão promulgar a primeira lei do mundo moderno proibindo a maconha. Os egípcios eram fumantes de Haxixe, a resina extraída da folha e da flor da maconha constituída de THC concentrado. Mas a proibição saiu pela culatra. Os egípcios ignoraram a lei e continuaram fumando como sempre fizeram.

Em compensação, os europeus ouviram falar da droga e ela rapidamente virou moda na Europa, principalmente entre os intelectuais. “O Haxixe está substituindo o champagne”, disse o escritor Théophile Gautier em 1845, depois da conquista da Argélia, que, na época, era outro grande consumidor de THC.

No Brasil, a planta chegou cedo, talvez ainda no século XVI, trazida pelos escravos (o nome “maconha” vem do idioma quimbundo, de Angola. Mas, até o século XIX, era mais usual chamar a erva de Fumo-de-Angola ou de Diamba, nome também quimbundo).

Por séculos, a droga foi tolerada no país, provavelmente fumada em rituais de candomblé (teria sido o presidente Getúlio Vargas que negociou a retirada da maconha dos terreiros, em troca da legalização da religião).

Em 1830, o Brasil fez sua primeira lei restringindo a planta. A Câmara Municipal do Rio de Janeiro tornou ilegal a venda e o uso da droga na cidade e determinou que “os contraventores serão multados, a saber: o vendedor em 20.000 réis, e os escravos e demais pessoas, que dele usarem, em três dias de cadeia”.

Note que, naquela primeira lei proibicionista, a pena para o uso era mais rigorosa que a do traficante. Há uma razão para isso. Ao contrário do que acontece hoje, o vendedor vinha da classe média branca e o usuário era quase sempre negro e escravo.

O PRESENTE

Segundo dados da ONU, 147 milhões de pessoas fumam maconha no mundo, o que faz dela a terceira droga psicoativa mais consumida do mundo, depois do Tabaco e do Álcool.

A droga é proibida em boa parte do mundo, mas, desde que a Holanda começou a tolerá-la, na década de 70, alguns outros países europeus seguiram os passos da descriminalização. Itália e Espanha há tempos aceitam pequenas quantidades da erva – embora a Espanha esteja abandonando a posição branda e haja projetos de lei, na Itália, no mesmo sentido.

O Reino Unido acabou de anunciar que descriminalizou o uso da maconha – a partir do ano que vem, a droga será apreendida e o portador receberá apenas uma advertência verbal. Os ingleses esperam, assim, poder concentrar seus esforços na repressão de drogas mais pesadas.

No ano passado, Portugal endureceu as penas para o tráfico, mas descriminalizou o usuário de qualquer droga, desde que ele seja encontrado com quantidades pequenas. Porte de drogas virou uma infração administrativa, como parar em lugar proibido.

Nos últimos anos, os Estados Unidos também mudaram sua forma de lidar com as drogas. Dentro da tendência mundial de ver a questão mais como um problema de saúde do que criminal, o país, em vez de botar na cadeia, obriga o usuário a se tratar numa clínica para dependentes.

“Essa idéia é completamente equivocada”, afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, refletindo a opinião de muitos especialistas. “Primeiro porque nem todo usuário é dependente. Segundo, porque um tratamento não funciona se é compulsório – a pessoa tem que querer parar”, diz. No sistema americano, quem recusa o tratamento ou o abandona vai para a cadeia.

Portanto, não é uma descriminalização. “Chamo esse sistema de ‘solidariedade autoritária’”, diz o jurista Maierovitch. O Brasil planeja adotar o mesmo modelo.

O FUTURO

Há possibilidades de uma mudança no tratamento à maconha? “No Brasil, não é fácil”, diz Maierovitch, que, enquanto era secretário nacional antidrogas do governo de Fernando Henrique Cardoso, planejou a descriminalização. “A lei hoje em vigor em Portugal foi feita em conjunto conosco, com o apoio do presidente”, afirma. A idéia é que ela fosse colocada em prática ao mesmo tempo nos dois países.

Segundo Maierovitch, Fernando Henrique mudou de idéia depois. O jurista afirma que há uma enorme influência americana na política de drogas brasileira. O fato é que essa questão mais tira do que dá votos e assusta os políticos – e não só aqui no Brasil. O deputado federal Fernando Gabeira, hoje no Partido dos Trabalhadores, é um dos poucos identificados com a causa da descriminalização. “Pretendo, como um primeiro passo, tentar a legalização da maconha para uso médico”, diz. Mas suas idéias estão longe de ser unanimidade mesmo dentro do seu partido.

No remoto caso de uma legalização da compra e da venda, haveria dois modelos possíveis. Um seria o monopólio estatal, com o governo plantando e fornecendo as drogas, para permitir um controle maior.

A outra possibilidade seria o governo estabelecer as regras (composição química exigida, proibição para menores de idade, proibição para fumar e dirigir), cobrar impostos (que seriam altíssimos, inclusive para evitar que o preço caia muito com o fim do tráfico ilegal) e a iniciativa privada assumir o lucrativo negócio. Não há no horizonte nenhum sinal de que isso esteja para acontecer. Mas a Super apurou, em consulta ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, que a Souza Cruz registrou, em 1997, a marca Marley – fica para o leitor imaginar que produto a empresa de tabaco pretende comercializar com o nome do ídolo do reggae.

Fonte: Revista Superinteressante.

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Respostas de 61

  1. A propósito…a Revista Superinteressante está disponibilizando online seu acervo de cerca de 20 anos…o endereço é:_http://super.abril.com.br/super2/superarquivo/index_superarquivo.shtml

    []’s

  2. Gostaria de lembrar a parte mais “espiritual”.

    Cannabis deixa uma miasma no duplo etérico, não ? É uma “densidade” a mais. Não sei explicar, creio que você sabe explicar melhor.

  3. Salve DD,

    As plantas evoluem como os animais, provavelmente o desenvolvimento de THC, decorreu de uma evolução da planta para combater os seus predadores. Os predadores da maconha, eram presas fáceis para outros predadores, e assim a planta se desenvolvia facilmente.

    Seguindo as suas colunas anteriores no Sedentário, a pessoa que usa maconha, tem um “ vampiro” que se alimenta dela também ?

    @MDD – o problema não está no que alguém usa, mas COMO, ONDE, COM QUEM e COM QUE FINALIDADE. Se a pessoa consome drogas químicas em uma rave, pode ter certeza absoluta que está sendo vampirizado, algo bem diferente de, por exemplo, consumir ayuaska em um ritual cerimonial indígena.

  4. Hmm interessante, tio posta 2 dias depois da Veja publicar uma matéria criticando a proibição do tabaco na Holanda, mas a vista grossa perante a maconha. E hoje a noite vai passar um caso de um moleque ‘viciado’ em maconha como o ‘fantástico’ propagou no reclame. ¬¬ interessante, sincronismo? conspiração ein tio! hehe

  5. Marcelo, belo texto para entrar em uma questão que está em minha cabeça desde as primeiras colunas do sedentário. Alguns autores, como a Mircea Eliade de Xamanismo e Técnica de Êxtase Arcaica, consideram que o início de uso de substâncias psicoativas ou psicotrópicas já são um sinal de decadência dos antigos. Eu gostaria de saber o que você acha a respeito, pois minha impressão é a de que isso tende a piorar com o tempo.

    Grande abraço

  6. nunca imaginei que uma pessoa como voce poderia defender de forma indireta um entorpecente que tantos males causa á saude e a sociedade. Realmente estou decepcionado e infelizmente voce é uma pessoa que esta influenciando muita gente no momento e esse artigo realmente não veio nada a calhar. É uma pena. Estou desapontado com sua pessoa.

    @MDD – não foi “defendido” o uso ou o não-uso. Isso fica a cargo do livre-arbítrio de cada um usar ou não usar… Foi comentado apenas sobre as REAIS razões da proibição da maconha; bem diferentes dos discursos hipócritas, manipuladores e mentirosos de políticos e otoridades religiosas em relação ao assunto. E o texto vale APENAS para a maconha, não para “drogas” em geral… não sejamos ignorantes como os que criticam as drogas sem ter o mínimo de conhecimento real sobre o que está acontecendo e os por quês de cada decisão… cada caso é um caso.

  7. Nossa cara, vi agora a resposta do meu comentario sobre como liberar os comments pra todo mundo… vejo que já conseguiu… deixa eu ler os outros textos que eu laaaaa atrás…

    Abraços!

    A sim, deixe um link com o arquivo .pdf dos textos do Sedentario na sidebar do Blog =))) Ajudaria bem!

  8. Douglas Samuel: É bom lembrar, antes de mais nada, que o texto é da Superinteressante. E outra, independentemente da visão de A e de B sobre o assunto, a maconha continua sendo ilegal no Brasil, então…

    MDD: Li no Morte Súbita um artigo com exercícios ensinando a atingir efeitos similares ao de algumas drogas, porém sem o uso das mesmas. Você vê algum risco nesses métodos? Segue o link:

    http://www.mortesubita.org/jack/magiadocaos/textos-caoticos/estados-alterados-de-consciencia-sem-drogas/view

  9. Interessante mais realmente ao leitor parece uma defesa de ponto de vista sobre o assunto MACONHA! ao meu ver não é uma defesa da sua parte mais o texto conduz a isso.
    Pois bem… pergunta:O fato de os EUA ser um país que foi fundando ( em maioria ) por INICIADOS e que tinham um conhecimento considerável na época e que com certeza foi passado de governo a governo,e por isso sabiam dos recursos naturais de plantas e ervas COMO A MACONHA por que aidna assim o GRUPO se absteve para defender o fato ou é uma politica interna das ORDEMS deter o conhecimento só a seus mebros??????
    E mais uma!!!! O presidente J.K dos ( EUA ) sabia desses beneficios da maconha?por isso pediu uma reanalise ?? e ele e´ra um INICIADO???

    Ótimo texto parabéms!!!
    Muita Luz a todos
    R.S.S.

  10. Acho que nem todos os presidentes eram Iniciados. Mas, afinal de contas, nada impediria um Iniciado de proibir os meios de “acessar o Divino”, se seu objetivo fosse manter o poder pessoal.

  11. O cigarro de tabaco não causa câncer por causa dos aditivos para fazer fumaça, os mesmos aditivos que estão colocando em incensos?

    @MDD – os iniciados preparam seus próprios incensos, com ervas e carvão. Aquelas “varetas perfumadas” não são consideradas “incenso”.

    Obrigado

  12. A maconha é proibida para aumentar a mentira de que eles trabalhem. com a legalização da droga, eles não podem inventar essa desculpa de “estamos apreendendo…” e etc e tal. Uma hipocrisia!

  13. Olá DD…
    O que houve que não recebo mais mais respostas das colunas e nem dos e-mail???
    está ocupado ou estou perguntando demais!!he he he he!!
    Responde ai!!DD, eu realmente só questiono quando algo não fico completamente claro ao meu entender.
    Valeu!!!Abraços
    M.L.

  14. Por exemplo eu uso 3 vezes por semana de noite no meu canto de meditação e me ajuda muito principalmente para conseguir me voltar para dentro…
    ate mais
    Parabens de novo
    DD

  15. O fato está sempre relacionado a divisão do mundo em dois blocos econômicos. Os países de cima e os de baixo. Os países de cima produzem tabaco e álcool, os de baixo maconha, haxixe entre outras substâncias de cunho até mesmo religioso. O fato da descriminilização deve ser levado em conta que o usuário não necessitaria mais entrar em contato com o traficante, ou seja, ele não “financiaria” mais o crime organizado como a sociedade mesmo aponta. A porcentagem do financiamento de um usuário de maconha para o tráfica é pouco significativa se for levado em conta os interesses políticos e a “grana” q rola por tráz de tudo isso. Não ganha apenas o traficante, mas o policial nas “mordidas”, o político nos “arregos” concedidos aos bandidos fora outros meios que desconhecemos. O mundo está sobre um jogo de interesses…e na minha opnião ficar perdendo tempo em criminalizar a maconha e tratar usuário como bandido está totalmente ultrapassado aos pensamentos comtemporâneos. Um usuário de maconha não tem pré-disposição a cometer um crime de risco a sociedade…até porque ele está sob o efeito do thc, que poucos sabem realmente qual é o efeito. Ele não traz ânimo para esforços exageradamentes físicos e produção de adrenalina como as “outras drogas” produzem. Até porque a maconha não exige um gasto exorbitante de dinheiro como por exemplo as “balinhas de raves”.
    O melhor modo de legalização seria liberar ao usuário sua micro plantação de maconha (vasos, quintal, etc), ou seja, se quer fumar tem mesmo é que conhecer todo o processo da cannabis. Isso não justifica a liberação do usuário andar com quilos e quilos do produto. Não seria liberado o tráfico, mas sim a plantação para consumo próprio e até locais apropriados para o consumo, o que reduziria a busca obscura da erva. As leis de dirigir sob efeitos psicoativos já existem e isso não libera o usuário de fumar um baseado e dirigir um carro. Não alteraria nada muito significante na sociedade, apenas quem fuma poderia em fim ter sua paz.

    Qualquer meio que te leve a pensar, refletir e questionar sobre si mesmo e sobre a sociedade em que está inserido, tem, aos olhos de quem detém o poder, um certo preconceito. A democracia trouxe a liberdade dos tolos. Vivemos em um sistema feudal implícito e você faz parte disso sem saber e sem querer saber.

  16. o dd muito boa sua idea de postar esse topico sobre a maconha um assunto que é tão polemico e interessante, esse post mostra algumas verdades e acaba ferindo o ego de algumas pessoas, mas nao se sinta desencorajado com as criticas.
    Gostaria de saber se você tem ou pode passar alguma informação do uso de plantas enteogenas no ocultismo , nao pode ser possivel que plantas e fungos tão poderosos nao sejam conhecidos nesse contexto.

  17. bom texto, mas só queria trocar idéia com você a respeito disso.
    místicos ocidentais: 100% condenam o uso.
    místicos orientais: 100% condenam o uso.
    não quero dizer que fulano está certo ou beltrano errado, só vim aqui discutir pacificamente, pois quando eu uso o termo drogas em qualquer lugar onde se discuta espiritualidade, todo mundo, TODO MUNDO, me recebe com pedras, paus, rifles, espingardas, etc.
    sou ex-usuário pq a maconha muitas vezes não me ajudava na meditação, se tivesse fumado há pouco tempo era melhor abandonar e ir domir viajando.
    misticos ocidentais = gnosticos de todas as formas e cores.
    místicos orientais = shaivitas, que creem como shiva sendo a encarnação de deus criador, yogis ou qualquer pensador de uma das 6 escolas ortodoxas da filosofia hindu.
    então, até hoje, eu nunca consegui conversar abertamente sobre isso, pois todo mundo já começava me dando porrada e dizendo que fazia mau, que denegria os corpos internos, etc…
    sua opinião particular por favor.

    aprioveitando, gurizada, vejam isso, vale a pena cada segundo das 3 horas de vídeo:
    http://video.google.com/videoplay?docid=-8689261981090121097&q=ian+xel+lungold+north
    http://video.google.com/videoplay?docid=-567329528148516232&q=ian+xel+lungold+north
    gostaria de seu comentário sobre os vídeos, vale muito a pena ver.

  18. por mais que eu sempre passe artigos como esse pra minha mae ler
    ela ainda nao está mto convencida sobre a verdade da maconha
    e depois da reportagem do fantastico, ficou mais dificil ainda pra ela aceitar
    que eu nao vou ficar louco igual aquele playboyzinho.

    ví um comentário alí em cima em que o cara fala que o texto leva para a defesa da MACONHA, sei que não é verdade, pois hoje, da maneira que as pessoas pensam, qualquer coisa que fale a verdade está defendendo, aquilo ou aquela pessoa, ou seja, muitos não aceitam a verdade pq acham que a verdade defende o que está em assunto

  19. Se fosse legalizado, beleza.
    Se fosse pra plantar em casa, beleza.

    Agora, dar dinheiro pra traficante, financiar, de certa forma, crimes e essas barbaridades que tem por aí… isso não!!!
    E isso poucos maconheiros levam em conta, infelizmente…

  20. ex-loko:

    não terminei de ver os vídeos ainda mas realmente muito interessante. =D
    vlw pela dica!

    abraços

  21. ainda sobre o vídeo do ex-loko:

    PS: o finalzinho meio que…sei lá, achei que ele viajou na maionese….

    anyway, o começo ainda é interessante. =P

  22. tio marcelo,
    assim como todos os leitores da sua coluna, gostaria de saber SUA opinião sobre o assunto.
    julgo a maconha me dá um contato intimo com o divino e por essa perspectiva vejo apenas identificação religiosa com a filosofia rastafari.
    mas gostaria d saber sobre outros aspectos espirituais do uso, como a ritualistica, o efeito, e sobre os espiritos ‘vampiricos’ que rondam uma roda.

  23. Acho que aquela reportagem sobre aquele adolescente europeu que fumava maconha o dia inteiro que passou no Fantástico não passa de uma máscara. Seria muito fácil convencer um muleque com problemas a fumar maconha 24 horas por dia e deixar ser filmado, nada que um pouco de grana não resolva. E lógico, quem produziu com certeza ganhou dinheiro, pois pelo que eu entendi isso tá sendo exibido no mundo todo.

  24. realmente, tem horas que o cara do vídeo meio que dá uma viajada.
    não se atenha a datas e acontecimentos, se atenha aos ensinamentos e ao objetivo do video: calendários e consciência.
    ninguém tem 100% da verdade, todo mundo erra, nem o marcelo nem ninguém é perfeito e vai falar 100% da verdade, porque… bem, vocês cedo ou tarde entenderão.

  25. Eh a Super Interessante jah foi boa! Pena q agora tah bem fraquinha dah nem mais graça de ler as matérias…aparece cada coisa idiota.(Parei de assinar :X)

    …Sobre o texto: interessante, eu era um daqueles q axava q maconha fritava neurônio mas a minha mente tah mais clara agora.
    Claro como todas as outras coisas…tudo tem limite.(ou quase tudo)

  26. Eu não sei.
    Pelos Xamãs, a maconha é vista como planta medicinal e utilizada da forma errada, que é a fumada. Do mesmo modo que a planta da coca tem efeitos maravilhosos se utilizada da forma medicinal. Sem os precessos quimicos para fazer a cocaína.

    Nixxon é tido como o proíbidor dos estados alterados de consciência. Como no post a seguir sobre o filosofo que defende o direito a embriagues http://www.futepoca.com.br/2008/03/filsofo-defende-o-direito-de-ficar.html?showComment=1205247600000

    O problema que muitas apenas vêem os aspectos químicos das plantas. Se precisa ir muito mais além, ver as repercuções energéticas.

    Para os Xamãs, Froid aertou na trave ao utilizar a cocaína para seus estudos. Não contava com os efeitos colaterais e o vício.

    Recomendo somente as plantas de poder/mestras. Um dos motivos é que com o passar do tempo você não precisa utilizar maiores quantidades delas. Com o tempo você vai diminuíndo a dose, até não precisar mais delas.

  27. O que está em jogo nessa discussão toda, afinal? Será que não existem problemas mais sérios para serem tratados? Ora, bolas, como se fosse segredo de estado que nosso vizinho, parente ou o caralho que seje fuma um, ou cheira, ou sei lá (é proibido, mas “todo mundo” sabe onde vende e quem consome??? Hipocrisiiiiiiiia) Vive-se um paradoxo eterno do que pode ou não pode. Nós, humanos que nascemos no livre arbítrio, criamos regras o tempo todo… Devíamos sim, nós, sociedade brasileira (e mundial) tratar é de dar educação à nossos filhos, mostrar desde cedo o que a “sociedade” julga certo ou errado, para os mesmos não ficarem desencontrados pelo meio desse povo tão fragmentado social e politicamente que é o nosso. Mas, as deduções do que ele irá fazer adiante dependem somente deles. Ilustrar, buscar o saber, isso é o que importa, para que se produzam homens de bem e integrantes de uma sociedade mais justa. Quantos são os que falam dos filhos dos outros “que fumam” e os deles fazem coisas piores? Vamos tratar de educar esse povo, só o ensino de caráter liberta! Amor, saber, educação, saúde.

  28. Parabens tio! Materia muito esclarescedora, não uso nenhum tipo de droga, a não ser alcool eventualmente mas sem exageros, tambem não olho com maus olhos meus amigos que “puxam um beck” de vez em quando, mas com certeza depois dessa materia vou poder argumentar com alguns ignorantes que volta e meia aparecem… os tais “céticos por bloqueio(ou seria controle?) mental”… aquele tipo de pessoa que diz que só acredita vendo, mas não tenta experimentar por si mesma ou buscar fontes para justificar seu argumento.

  29. Muito bom o Texto. Mais completo até que o documentario Grass!
    Tenho amigos indianos que consomem ritualistacamente o Bhang. Teve um carinha q comentou q os misticos orientais não aconselham?!?!? como assim?! O cara não leu ou ignorou oq foi escrito?

    Vc esqueceu de colocar que muitas outras doutrinas tambem utilizam a Canabbis. Rastafaris, Santo Daime (nos rituais da Santa Maria), etc…

    como o tema do blog é Teoria da Conspiração aqui vai a minha. As forças sinistras q estão no controle do mundo a muito tempo tentam profanar o sagrado. Meio como uma tentativa de afastar o ser humano da sua missão neste plano que é evoluir espiritualmente.

    Ingerir Canabbis deixa o individuo mais alegre, feliz e relaxado. Uma atividade que agrega mais experiencias positivas doq negativas. No entanto, um dos grandes problemas que os usuarios tem é a paranoia. Com o tempo vc descobre que nem sempre oq é vendido na rua tem qualidade. Muitas vezes é adicionada na erva outras substancias quimicas nocivas, como o eter e deus sabe oq mais… que são um dos causadores das badtrips.

    Outro fator é o condicionamento social. As neuras que os infelizes tem q conviver. Afinal, infelizmente o usuaria ainda sofre preconceitos da massa ignorante. Timothy Leary, que foi o cara quando se fala de psicoterapia e drogas, ja falava sobre este fator.

    Logo a pergunta q fica é a seguinte. Seria este mais um veiculo de contato com os planos espirituais deturbado pelas forças ocultas do mal?

    Como deveria ser de conhecimento geral… os cabeças do trafico de drogas não moram na favela e muito menos são pessoas como o Fernandinho Beira Mar (um atacadista)… os chefões não me surpreenderia se fossem politicos, membros da nossa saudavel elite ou até mesmo da CIA. Pessoas que não estão muito preocupadas com o bem estar da população (seja fisico, intelectual, emocional ou espiritual)

    outra coisa.
    Ainda rola a galera que deturba tudo (os magos negros da comunicação)… no seu texto vc fala das diversas “verdades oficiais” que de tempos em tempos vao sendo jogadas goela a baixo da população. Hj a que esta em volga é q o usuario finacia a violencia (principalmente depois do Tropa de Elite)!!!

    Como assim financia a violencia?!? como alguem pode cair nesse papo??

    Não foi o usuario que criou o mercado ilegal! Não foi o usuario que não deu outra alternativa para os soldados do trafico! Não é o usuario o culpado pela enorme desigualdade social que assola o pais!

    Com certeza, o usuario não é o unico que anda finaciando a violencia!

    Quem é que negocia as armas?? Como armas de uso militar chegam nas favelas cariocas? Melhor…como a drogas chegam nas favelas?

    As pessoas que falam essas asneiras deviam ter vegonha. Pq é apenas uma demostração de ignorancia e de como é mais facil jogar a culpa no vizinho doq assumir a sua propria parcela.

  30. Tipo de matéria que todo playboyzinho iria adorar mostrar pra mamãe como justificativa pra curtir o fuminho dele sossegado. Infelizmente deixou de mostrar o lado negro da violência e do tráfico. Esqueceram de dizer que o aquele efeito “nóia” das primeiras vezes vai perdendo a graça, o q leva o usuário a consumir quantidades e maiores e mais vezes por dia, até largar a cannabis e passar para drogas mais fortes. Não disseram também que a cannabis de tempos remotos, aquelas usadas na antiguidade, não se compara com as modificações genéticas da cannabis de hoje. Cannabis transgênica, hehehe. Mas não é pra rir não, a maconha na verdade é tão maléfica do ponto de vista social, que não justifica qualquer tentativa de apologia ao seu uso, principalmente no Brasil. Trabalho na Promotoria da minha cidade, ouço muito criminoso dizer que pra criar coragem, antes tem que fumar um “beck” pra praticar o crime. Desculpa o radicalismo, mas é minha opinião pessoal. Nada contra a pobre plantinha, o problema é o ser humano e sua brilhante inteligência.

  31. Cada um sabe o que faz de sua vida..e que acha bom usa quem nao acha nao usa igual cigarro e bebidas,usam quem quer! E maconha nao eh um problema mto menos eh ruim os outros que tornam ela ruim com seus comentarios preconceituosos sem ao menos conhecer a erva..Enfim ela eh boa eu curto e fumo memo aii..

  32. essa vida e passageira .é o certo é o errado não faz diferença pós tudo nasce e morre .viva e deixe viver ! paz broder flw.

  33. THC, só quem usa sabe o qt é bom.
    Claro que em doses moderadas.
    Na verdade o grande problema está na comercialização da droga. Século XXI, não somos mais aqueles bobinhos de mto tempo atrás, onde quem mandava em nossas mentes era a igreja ou os grandes latifundiários. Somos cidadão conscientes e a única coisa que queremos é apenas LIBERDADE.
    será que não posso dominar nem minha mente?
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Aos caretas de plantão, só lamento por vcs.
    O número cada dia mais vem aumentando, tanto em classes dominantes , como em classes dominadas. Daqui a pouco teremos um presidente que aprecia um ótimo “fininho” antes de dormir ou nos finais de semana na fazenda.
    Não tem jeito o problema é grave. Só que parar de usar, ninguem vai né?
    E aplaudo os engenheiros genéticos que estão tentando aumentar o principio ativo dessa maravilha da natureza.

  34. cara, adorei o texto, contudo devo alertá-lo acerca de um equívoco: o Gabeira é do partido verde e não do pt como está sendo dito acima.
    Falou!!!!

  35. Irmão concordo quando tu falas que o uso de alguma substancia em seu devido momento pode ser benefico, mas o estudo da apometria nos sete corpos do ser humano diz que o cerebro fisico começa a se atrofiar, visto que ele abandona suas funções normais para entrar em estados conscienciais diferentes.

  36. Talvez um dos problemas deve ser tb fato dos “vampiros”, “manipularem” a mente do usuário sem proteção, levando-os a fazerem muitas merdas.

  37. obrigado Tio Marcelo por publicar esse artigo da superinteressantes..isso me inspirou no que eu irei fazer sobre 1 trabalho de faculdade, e possivelmente o TCC do curso de Direito, irei me aprofundar mais nesse assunto,
    mais um vez obrigado.

  38. Olá, Del Debbio.

    Levando em consideração a absorção que a maconha sofre de todos os sentimentos, pensamentos, e atitudes ruins em seus processos de plantação, colheita, armazenagem e distribuição até os usuários, e também o conhecimento dos efeitos do sal grosso, arruda e outras plantas utilizadas para limpeza dessas “impurezas” em seres e ambientes, é possível “limpar” a maconha que chega até os usuários? Ou sendo uma planta e fazendo sua função de grande canalizador de impurezas, não é possível ser limpa sem sua destruição?

    Abraços!

    1. plante em casa, vc terá sua linda planta com tds as vibrações boas possíveis e carinho que você deu a ela… além de é claro ter uma erva puríssima e de qualidade!

  39. Caro MMD, Saudações!!!
    Uma dúvida: De fato a maconha ajuda durante rituais para canalizar entidades e facilitar o acesso à dimensão paralela espiritual?

    Já tive experiencias de clarividência durante o uso e durante o tempo sob efeito!!

    Assim como já tive premonição de perigo a minha vida!

    A maconha por ser um igrediente da natureza pode de fato auxiliar a entrar em contato até mesmo com divindades, espíritos e cia, ou sería somente efeito alucinógeno???

    As experiências que já tive foram exatas, e me salvaram!
    Costumo fazer o uso durante alguns periodos, depois fico outros períodos sem fazer.

    Já fiquei até sem usar tamanho foi a supresar de ver a minhas visões se tornarem reais, hoje uso em momentos de meditação e concentração.

    Particularmente me ajuda!

    Desejo saber muito vossa opinião!

    Saudações e abraços fraternos!

  40. Descobri que tenho endometriose há 6 anos e há 3, durante as crises, faço uso da Canabis, que é a ÚNICA substância que apresentou uma resposta a altura da dor, a ponto que quase anulá-la (quem tem endometriose sabe que o que falo é sério: a dor é absurda). Sempre pratiquei exercícios, acabei lesionando meu joelho esquerdo e percebi que quando estava sob o efeito da maconha, a dor no joelho também era amenizada. Longe de mim arrebanhar maconheiros para a minha causa, porém não concordo nem um milímetro com a marginalização/ criminalização do uso e do usuário (independente se para uso recreativo, espiritual ou medicinal) e afirmo com certeza que prefiro, sem pestanejar, fumar um baseado para aliviar minhas dores do que me encher de remédios e mais remédios que NÃO FARÃO EFEITO.

  41. A sociedade ainda vive nas trevas, na escuridão das mentiras colocadas na cabeça das pessoas, muitos acham que isso é coisa do passado mas a humanidade ainda dorme e nós somos gado de um sistema opressor onde os lúcidos são taxados de ridículos e até mesmo criminosos… o jeito como a maconha é tratada nos da uma pequena brecha para visualizar um problema muito maior.

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