Faltando apenas dois dias para o encerramento do projeto RPGQuest, um jogo épico de Jornada do herói, achei legal repostar esta materia sobre como a estrutura narrativa da Árvore da Vida está em basicamente todos os bons desenhos, livros e filmes que são produzidos atualmente.
Assim como o He-Man, fazer o estudo dos arquétipos do CdD foi simples porque ele foi baseado nos arquétipos do Dungeons & Dragons, um RPG que já foi estruturado sobre muita coisa esotérica. O próprio grupo principal é visivelmente calcado nos 7 Planetas.
Em primeiro lugar, focamos no Herói solar principal da série, Hank, que é justo, honrado, nobre e “loiro” kkkkk como arquétipo de Tiferet. Seu par romântico, Yesod, a princesa pura e virginal, é representado pela Sheila, que até um “Manto de Proteção” possui. A Capa Azulada, ou Manto de Proteção é uma técnica magística bastante difundida então nem chega a ser uma surpresa. Ela remete também ao manto azul de Nossa Senhora, na mitologia católica, também com propriedades de proteção e evasão de problemas.
Malkuth, ou Maya, o “Mundo das Ilusões”, acaba sendo o Mundo onde eles estão “encarnados” e isso é bem representado na Uni, que, assim como as ilusões do físico, sempre dá um jeito de estragar o retorno dos personagens para casa (Kether)
Temos o Estudioso (Hod) e notem a semelhança de arquétipos dele com o Gorpo (do He-man), ambos tendo problemas em dominar as expressões da magia, embora em seus mundos natais sejam os mais inteligentes da turma. Bob e Erik são a força bruta do time: Bob como bárbaro evoca a Thelema de Geburah, a fúria incontida representada pela clava que destrói tudo em seu caminho. Erik, por sua vez, é o personagem saturniano do grupo. Ele carrega dentro de si aspectos de justiça, tal qual o deus Tyr, mas normalmente é representado apenas nas oitavas baixas pessimistas de saturno, restringindo as ações de Hank, o Sol.
O Mestre dos Magos no arquétipo de Chesed também é bastante óbvio, e quem já conversou com um Caboclo de Oxóssi sabe que às vezes recebemos conselhos tão surreais que parecem não fazer sentido a uma primeira observação mas que no final mostram-se corretos o tempo todo.
Diana representa Oxum, Vênus e Netzach, de uma maneira americana um tanto quanto preconceituosa (é a única negra e é a que veste menos roupa do grupo) mas ok… eram os anos 80.
Finalmente, temos o Vingador como uma espécie de portal a ser transposto para o retorno à Origem. alguns poderiam associar Tiamat a isso (no caso de estudarmos comparativamente a mitologia Babilônica, Tiamat, o Dragão, estaria nesta posição, dai a confusão ser justificada). O Vingador também possui uma sombra, que serve de espiã para ele dentro do grupo de heróis e está sempre tentando se apoderar das armas magísticas do grupo para o uso sombrio, tal qual as forças vampíricas de Nox.
Preferi colocar Tiamat em correspondência à fera Therion (em contraparte a Babalon, Binah) em Hochma, mas poderia ser colocado ali os diversos Portais para o retorno que, de uma maneira ou outra, sempre estão guardados por alguma fera.
Uma resposta
Nossas mentes estão condicionadas pelo medo… Medo de tentar, medo de errar. nos apegamos em tudo para compreender, e muitas vezes esquecemos o mais importante: Amar. Cada ser humano foi tocado por “diabo” e por “Deus”, porém como saber que Deus é Deus e o Diabo é o Diabo? Na própria Bíblia muitas vezes Deus se assume de forma amorosa e outras vezes de forma vingativa para povos diferentes daquele que ele escolheu, e as pessoas morrem e matam por causa de Deus, mas se Deus é amor, como um Deus de amor mataria outras pessoas? Será que estamos matando por causa de um Deus, ou por nossa egoica causa? Um daltonico enxerga cores diferentes das pessoas ditas “normais”, mas o que é ser normal? Enxergamos o outro de forma deturpada, nós vimos o ser humano não como ele o é, mas como julgamos que ele. Como sei que o preto que eu enxergo é mesmo preto para mim e não Branco para o outro? E vice-versa? Pra conhecermos o “bem” precisamos conhecer o que chamamos de “mal”. Por isso que o Tio Del Debbio fala que o “diabo” não é tão feio como parece, precisamos entende-lo, compreendê-lo. Para assim transformá-lo. Acho que A bela e a fera são bons para exemplificar isto. Fica a dúvida: O que é o Amor? Acho que John Lenon pode nos ajudar a compreender com sua letra profética (ou não, dependendo do ponto de vista de cada um) “Imagine all the people”