9 Verdades e 1 Mentira sobre Seitas


Aquele sorriso amigável, aquela promessa de uma vida melhor, o sonho de, enfim, estar em paz com o Deus Todo Poderoso… Essa ânsia humana em ser feliz faz com que procuremos respostas, e nessa busca, nos submetamos às mais diversas situações, sem nos darmos conta em que “furada” nos enfiamos. De grupos evangélicos a pseudo-feministas, de justiceiros sociais a neonazistas bolsomitos, todos estes grupos seguem a cartilha das Qlipoth; as cascas da Árvore da Morte.

Abaixo, algumas dicas. Daí, você responde: você está envolvido em uma seita?
Descubra quais afirmações são verdadeiras e qual é a falsa!

CONTROLE DE PENSAMENTO – Não é permitido ler material ou falar com pessoas que tenham ideias contrárias às do grupo. Em alguns casos, a vítima é geograficamente isolada da família e dos amigos. Podem atacar membros do grupo que falem com pessoas que tenham idéias diferentes ao grupo e nunca escutam opiniões divergentes.

HIERARQUIA RÍGIDA – São criados modos uniformizados de agir e pensar, desenvolvidos para parecer espontâneos. A vítima é convencida da autoridade absoluta e do caráter especial- às vezes, sobrenatural – do líder empoderado. São criados modelos de pensamento no qual todos os membros do grupo devem copiar.

MUNDO DIVIDIDO – O mundo é dividido entre “bons”(o grupo) e “maus”(todo o resto). Não existe meio-termo. É preciso se policiar e ser policiado para agir de acordo com o padrão de comportamento “ideal”. É preciso engolir todo o “pacote”. Não é possível concordar com algumas partes e discordar de outras. Ou você aceita tudo, ou faz parte do “lado mau”.

DELAÇÃO PREMIADA – Qualquer atitude errada, ainda que cometida em pensamento, deve ser reportada ao líder. Também se deve delatar os erros alheios. Isso acaba com o senso de privacidade e fortalece o líder empoderado . Deve-se criar maneiras de expor e atacar qualquer pessoa que pense de maneira diferente.

OCUPAÇÃO – O grupo tenta interferir e ocupar todo e qualquer espaço disponível, mesmo fora de sua alçada. Atacar e destruir qualquer tipo de pensamento diferente é a regra em todas as instâncias.

VERDADE VERDADEIRA – O grupo explica o mundo com regras próprias, vistas como cientificamente verdadeiras e inquestionáveis. A vítima acredita que sua doutrina é a única que oferece respostas válidas para tudo e todos e não aceita nada que não venha de seus líderes. Mesmo quando os líderes são presos ou desmascarados, continuam pregando que a culpa é da “mídia do mau” e dos “inimigos” do grupo e que os líderes são inquestionáveis em sua lacração.

CÓDIGO SECRETO – O grupo cria termos próprios para se referir à realidade, muitas vezes incompreensíveis e sem sentido para as pessoas de fora. Uma linguagem muito específica ajuda a controlar os pensamentos e as ideias dos escravos do grupo.

MEU MUNDO E NADA MAIS – O grupo passa a ser a coisa mais importante – se bobear, a única, na vida da pessoa. Nenhum compromisso, plano ou sonho fora daquele ambiente é justificável. A vítima se sente presa, pois não pode imaginar uma vida completa e feliz fora do grupo. Isso pode ser usado por políticos e militares para justificar execuções ou por grupos menores para justificar linchamentos virtuais sem provas ou acusações mentirosas e boatos. Tudo é válido contra os “inimigos”.

INCOERÊNCIA – Muitos dos líderes do grupo fazem o oposto do que pregam. Se pregam a paz, atacam viciosamente quem se opõe a eles, se pregam castidade, geralmente são pegos em condutas inapropriadas, se dizem lutar contra o racismo, são pegos cometendo atrocidades contra pessoas de raças diferentes, tudo justificado pelos dogmas da seita

A TERRA É PLANA – e o homem nunca pisou na lua, que também é plana.

Adaptado de um texto que saiu publicado na Superinteressante (março/2009)

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Respostas de 16

  1. É a descrição prefeita, mas perfeita mesmo, das Testemunhas de Jeová. Quem já pertenceu sabe do que eu estou falando.

  2. Marcelo, tenho uma questão para você, espero conseguir me expressar da maneira correta:
    O conhecimento hoje em dia foi prostituído, não pelo fato de que é dado de graça, mas justamente o contrário. Conhecimento é sinônimo de experiência (pessoal ou não) então se eu tenho várias experiências como por exemplo passei 10 anos com monges tibetanos e agora volto ao Brasil e escrevo um livro sobre toda essa experiência (conhecimento) que tive em 10 anos. Patenteio esse livro e vendo ele por R$ 50,00 (isso inclui editora e comissão para mim) até ai tudo bem afinal estou inserido no sistema capitalista, mas e depois que eu e a editora atingimos uma margem significativa de lucro, não seria certo proporcionar uma distribuição gratuita desse livro na internet ou mesmo física, apenas com o custo da impressão?

    @MDD – Ok. Ai eu te pergunto de volta: o que é uma “margem significativa de lucro” que pague e compense estes dez anos estudando?
    A decisão de proporcionar a distribuição gratuita do material cabe somente ao autor e cada autor vai ter sua própria visão pessoal sobre o que fazer.

    Afinal, eu estou pregando a filosofia Zen mas não me importo de ganhar Royalties pelo resto da vida por algo que poderia ajudar muito mais pessoas se fosse distribuído gratuitamente.

    @MDD – No seu exemplo específico, se a pessoa escreve um livro sobre filosofia zen e “viver sem nada” e ganha royalties por toda a vida, temos de analisar parte a parte: 1) a pessoa vive na opulência com estes royalties? (duvido, especialmente no Brasil, mas vamos supor que sim… então ela seria uma hipocrita e seus leitores deveriam perceber isso e o mercado ia se equilibrar quando parassem de comprar os livros dele). ou 2) a pessoa vive uma vida simples e sem dinheiro, como prega. Neste caso, provavelmente faria o que você sugeriu por iniciativa própria… MAS isso só inclui os royalties dele, NÂO o dinheiro da editora, que tem empregados, precisa pagar impostos, aluguel, água, luz para funcionar e que vai precisar vender o livro SEMPRE, afinal, a editora não é casa de caridade.
    Então o maximo que o autor está autorizado a abrir mão são seus “direitos autorais”, (ou royalties), mas nunca o valor do gerenciamento de uma editora e seus empregados/funcionários.
    Quando o contrato de edição acabar com a editora (são renovados a cada tiragem de X livros), os Direitos voltam ao autor, que ai pode fazer o que quiser com eles (negociar outra tiragem, com a mesma ou outra editora, ou dar tudo de graça na internet se quiser).
    É assim que funciona de uma maneira justa para todos.

    Ai você pode pensar: Mas os profanos não devem ter acesso ao conhecimento de graça, por isso vale mais a pena cobrar por isso. Mas e todos os profanos que tiverem dinheiro para comprar o livro? e todos os iniciados que não tiverem esse dinheiro?
    Afinal qual a lógica de eu vender, ou melhor prostituir conhecimento?
    Vou dar um exemplo, que espero não te ofender, só um exemplo:
    Se o seu livro de Kaballah Hermética conseguir se pagar, editora e sua comissão, e você com seu trabalho próprio de arquiteto consegue pagar suas contas e tal, por que não distribuir esse conhecimento livremente para que chegue ao máximo de pessoas possíveis? (não se prenda somente a isso em sua opinião)

    @MDD – O blog tem mais de 3000 textos sobre Hermetismo, é completamente gratuito (para vocês; eu pago do meu bolso pela hospedagem e manutenção) e tem muito material de base para tirar muitas dúvidas dos iniciantes. Eu, por outro lado, preferiria me aposentar como arquiteto e trabalhar e viver apenas de livros, e nem entramos ainda no mérito da editora que precisa pagar mensalmente por aluguel, água, luz, impostos e funcionários para poder ter o Livro de Kabbalah em estoque e vender… o Socialismo só funciona com o dinheiro dos outros, já disse Margareth Tatcher

    O conhecimento que você adquiriu na vida teve custos? Sim, mas não somente em dinheiro, acredito eu, tempo, dedicação, influências, praticas. E isso é algo seu e somente seu, mesmo que eu leia seu livro, estou apenas tendo uma perspectiva do seu conhecimento, para que eu passe a repeti-lo em minha roda de amigos, ou para que eu passe a praticar por mim mesmo e ter minha própria experiência em relação a ele, e a partir de suas bases, criar meu próprio conhecimento (experiência) disso.
    Então, até que ponto eu comprar um livro seu e reimprimir e repassar na net seria errado? (não digo pela lei e direitos autorais, Fuck it!) mas sim por disseminar esse conhecimento, até que ponto regravar um curso à distância e jogar no youtube seria errado?

    @MDD – Seria roubo, e os advogados da editora iriam atrás para processar (e os exus da egrégora iriam atras pra ferrar com a vida de quem fez isso do outro lado também). Claro, NADA impede que você leia os livros, sente na frente do SEU computador e escreva SEU PRÓPRIO LIVRO com todos os ensinamentos de vida que você adquiriu, nas suas próprias palavras e explicações, juntando não só o livro de kabbalah, mas vários outros livros de vários autores e ai sim VOCÊ pode disponibilizar todo o fruto deste trabalho gratuitamente para todos e “disseminar este conhecimento”… ahhh… Ai não, né, malandro?

    Não estou dizendo que faria isso, nem dando ideia para louco. Afinal, você pode justificar que o conhecimento não deve ser acessível fácil assim a todos pois muitos podem usar para o mal e blá blá blá, e sim! podem!
    Mas como eu disse antes, quantos que tem grana e podem comprar um livro e usar não como um remédio, mas sim como um veneno esse conhecimento? e quantos que não tem esse dinheiro e poderiam usa-lo para curar tantos? Isso é algo controlável?

    @MDD – Se a pessoa não está preparada para ter um produto, o universo não dará a ela condições de te-lo. Se a pessoa está desempregada, ou passando por problemas em casa, ou sem dinheiro, ou qualquer outra razão, então concordamos que ela tem preocupações MAIORES na própria vida do que ler um livro de hermetismo. quando ela resolver seus próprios problemas imediatos, ela certamente arrumará o dinheiro necessário para comprar o que precisar.

    Agora, se prostituir o conhecimento é vende-lo ao capitalismo egoísta, então a internet é nossa sagrada prostituta! Não aquela que vende-se apenas por dinheiro, mas aquela cuja pirataria pode deliciar a todos com seu prazer pelo simples fato de gostar de foder e querer ensinar o prazer pelo prazer, e não simplesmente te fazer gozar o mais rápido possível antes do próximo cliente.
    Eu digo isso porque acredito em duas coisas:
    1º – O conhecimento nas mãos de um ignorante não faz a menor diferença, visto que ele não saberá o que fazer, vide satanistas de orkut
    2º – O conhecimento distribuído livremente, proporciona livrar a mente das pessoas da prisão da ignorância, vide Jesus ou Sócrates (sei que os dois morreram por fazer isso, mas eram em tempos de menos ignorância)

    @MDD – E eu digo que o socialismo é um lixo e só funciona roubando dos outros. Por que não, então, você mesmo escreve um livro com mil páginas sobre hermetismo, kabbalah, enochiano, tarot, ovnis, alquimista do Acre e depois liberar tudo de graça para os outros na internet, como você mesmo sugeriu? É muito fácil ser socialista e defensor do conhecimento com o trabalho dos outros…

    Você diz que não devemos confiar em seitas que queiram cobrar, em pactos fuleros e nesses picaretas e charlatões e eu concordo 200% com isso, seu site tem MUITO conteúdo gratuito que abre a mente das pessoas e isso é uma benção para nós, mas cursos e livros em meu orçamento são caros, eu faço conforme dá, e com esse sistema prostíbulo capitalista é foda dá.
    Não to dizendo que você deva me fornecer todo seu material de graça, nem que você fala para não cair nas armadilhas dos que cobram mas você cobra.

    @MDD – Seu argumento é falacioso. Os avisos de pactos fuleiros e amarrações e charlatões cobram e prometem por coisas que não entregam ou não são capazes de fazer, são vendedores de ilusões e manipuladores de emoções dos ignorantes ou dos desesperados e em nada diferem de pastores evangélicos. Já “Seitas que querem cobrar” é vago e indefinido, já que toda fraternidade ou grupo que se reúna em um local precisa pagar aluguel, água, faxineiro, etc… e o rateio destes custos precisa vir dos membros. Na Maçonaria, os custos e rateios são abertos a todos os irmãos e podem ser questionados a qualquer momento; em muitos centros espíritas e terreiros também.

    Estou fazendo um questionamento acerca da ideia da prostituição do conhecimento porque sei que você é uma pessoa instruída e com certeza pode me dar uma resposta bacana em relação a isso. Por isso mesmo usei você ou seu material como exemplo em algumas partes da questão,as essa dúvida corrói minha mente a algum tempo em relação à divulgação do conhecimento como forma livre de luz para as consciências.
    Obrigado!

    @MDD – Vejo que não ha maldade no seu questionamento, só o resultado de mais de uma década de (des)governo socialista no país que causou problemas educacionais e de mentalidade que demorarão décadas para serem sanados… Essa idéia de “tem de dar tudo de graça para os coitadinhos dos pobres” é uma armadilha perversa que resulta em burocracia, corrupção e todo tipo de estragos sociais e mentais que vão demorar muitos anos até se ajustar novamente.

    1. @deldebbio, sua última resposta denunciou o que me veio imediatamente à cabeça no começo das dúvidas do rapaz. São perguntas honestas, porém tremendamente “contaminadas” por um sistema de ensino corrompido.
      Triste, tenho jovens familiares em posição similar.

    1. E o mais engraçado dessa teoria é que ela surgiu a partir de um cara no facebook de lá das gringas zoando sobre isso.

  3. Conscienciologia começou como uma “proposta de ciência”.
    Seu líder, Waldo Vieira, tinha postura de guru e era tratado como guru. O mesmo falava “não acredite em tudo que eu digo”, mas respondia muito mal às discordâncias. Os livres pensadores foram saindo, para cuidarem das suas vidas ou abrirem grupos mais abertos. Nas instituições ligadas a Vieira, foram ficando os que estavam dispostos a uma relação hierárquica total, onde a eles caberia acatar. As assembleias da associação (sim, são instituições fundadas por muitos) viram um lugar que você vai para acatar o que Vieira determina. Pensar, pode pensar o que quiser. Discordar, pode desde que não cause efeito nenhum. Mas experimenta desagradar o Waldo. Assim a história foi se discorrendo. Seguindo a numeração do texto, vejam coisas comuns de se verem na Conscienciologia que são as mesmas que vemos em outros grupos fechados. (1) Experimenta discordar e vai logo ver como o grupo recebe as discordâncias. Ou vão ignorar. Ou vão dizer que você é chato e não tem “senso de grupalidade”. Ou vão dizer que você é antagônico. Se trouxer ideias de fora vão dizer que é coisa de “ciência convencional” ou de “misticismo religioso” o da “sociedade intrafísica patológica”. (2) Vieira é que apontava os diretores das instituições e os destituía quando bem quisesse. Se alguém de confiança lhe fizesse uma fofoca, já era suficiente para Vieira descer a lenha e até humilhar em público a pessoa, sem deixá-la se manifestar. Se lema favorito era “matar mosquito com bomba atômica”, o cúmulo da burrice (experimente acionar uma bomba atômica para matar mosquito e vai ver o que acontece com você). (3) Apenas as coisas derivadas da Conscienciologia são tratadas como tendo real valor. Fora disso, assistência é chamada pejorativamente de “tarefa da consolação”, atividades sociais são “sociosidades”, a família é o “grupocarma” enquanto os colegas da conscienciologia são o “grupo evolutivo”, as ideias científicas são “convencionais” e os acadêmicos são “PhDeuses eletronóticos”. (4) A velha cultura onde uma fofoca equivale a uma prova concreta era amplamente alimentada por Vieira. Sem falar que como todos vivem juntinhos, é todo mundo colega ou de escola, ou de trabalho, ou vizinho, ou parente, vira uma fofocaiada só e os conflitos acabam sendo fatores de ostracização social, exclusão ou segregação do membro. (5) Vieira sempre tentou falar sobre tudo e acabava sendo superficial e absolutista. Nada nos mais de 1.000 textos já produzidos por outros voluntários faz qualquer análise crítica sobre alguma das mais de 10 mil páginas escritas por Vieira. É só replicação e concordância. Então Vieira, na prática, passa a ser o “modelo evolutivo” pra tudo. Ele tem algo a dizer de tudo na sua vida, da alimentação, profissão, à sua vida sexual. Até na masturbação os voluntários eventualmente mostram suas apreensões sobre o jeito certo e errado de “pensenizar” durante uma bronha. Então perdem a espontaneidade para tudo. (6) Consequência disso é que ficam todos padronizados. Se vestem igual, tem trejeitos e expressões iguais, hábitos semelhantes, barba e maquiagem padronizada, usam uma linguagem própria e muitas palavras do português têm um significado específico para eles. Apesar de consultarem zilhões de dicionários. Um paradoxo, mas na verdade os rituais aparentemente de pesquisa escondem uma profunda robotização em suas atividades. (7) Se fecham. Trabalho, estudo, família, lazer, todos ficam secundários em relaçào às atividades do grupo. Eles acabam tendo pouca vida social e dificilmente conseguem se relacionar com quem é de fora. A vida “normal” se torna algo muito sem graça, aborrecedor, sem sentido, em comparação com os rituais próprios do grupo. O resto vc imagina… dá pra escrever um livro sobre o sectarismo lá dentro (8) Uma observação final. Waldo Vieira faleceu há 2 anos. O grupo está perdido. É como um rebanho de ovelhas que perde o pastor. De uma ovelha dificilmente nasce outro pastor. Vamos ver o futuro como será…

    @MDD – Mesmo ocorreu com o Pró-Vida. Hoje em dia são devotos de São Charuri.

  4. Vale dizer que o texto também é válido para formas de governo totalitaristas.

    Uma excelente recomendação que posso fazer é o filme A Onda (Die Welle) de 2008. Mostra como essas pequenas coisas (inclusive descritas nesse artigo da Super) vão dando forma a uma mentalidade que toma conta de engolir qualquer desavisado pelo caminho. Essa é a prática, no conceito de Egrégora.

  5. Então… É importante ter muito cuidado ao colocar a galera dos direitos sociais e o movimento feminista associada a esse tema. É muito fácil pra nós (e eu também me encaixo) homens brancos heterossexuais cisgêneros vermos como extremistas esses grupos, mas isso desmerece lutas que vêm sendo travadas a gerações por grupos oprimidos por pessoas semelhantes a nós.

    @MDD – fale por você. Eu sou um trans-negro, trans-mulher lésbico e, dentro do meu lugar de fala, posso dizer o que eu quiser no blog a respeito de qualquer idéia, já que idéias não possuem direitos. Apenas pessoas possuem direitos.

    E não é, nesses casos, uma questão de separação e segregação daqueles que pensam diferente. Mas eu não preciso me ter em meus círculos sociais pessoas que tratam outras de forma diferente por sua raça, orientação sexual ou gênero. Todas as ideias devem ser discutidas ( e é muito pouco provável que alguém disposto a uma troca real de conhecimento seja hostilizado por estes grupos, a menos que já chegue pagando de espertão-polêmico-causador dando vereditos de fora em questões das quais só quem as vive diariamente tem dimensão real). Preconceito não é opinião. Então, por mais extremas que nos pareçam as opiniões destes grupos não cabe qualquer juízo de valor, já que nós nunca teremos a noção real dos abusos morais, físicos e psicológicos que essas pessoas sofrem diariamente.

    @MDD – Claro que cabe comentários e juízos de valor, principalmente quando estes grupos atuam da exata mesma maneira que grupos religiosos e seitas fanáticas que tanto criticam, tomando para si o “monopólio do bem” de somente os líderes dessas seitas terem a Verdade Absoluta ™. E entender que quem critica estes abusos e autoritarismos não faz parte automaticamente dos “vilões machistas opressores omicis branco capitão america da hidra”. O texto mostra que, da mesma maneira que pastores picaretas são deturpações das funções da igreja, os justiceirinhos sociais são deturpações dos movimentos sociais, na exata mesma moeda.

    Mas fora essa associação o texto tá massa.
    😉

  6. E a minha pergunta vai aguardar moderação até quando?

    @MDD – Ela exige uma resposta enorme… talvez seja um post junto.

  7. E o que NÃO é uma seita?

    Qualquer agrupamento humano(ide) tem no “DNA” o potencial de degringolar rapidinho, basta estudar história e perceber que o que começa com promessas de céu acaba logo virando inferno.

    Fui Testemunha de Jeová por três décadas, saí amaldiçoando aquela “seita demoníaca” para enfim me tornar um cidadão e fazer parte da sociedade, que também se provou sectária, tanto que acabei reconhecendo a tal “seita demoníaca” como menos prejudicial do que a sociedade de modo geral, apesar de tudo.

    Meu conselho, se é que posso dar algum, é: Fiquem onde estão. Continuem estudando e procurando, mas em silêncio e forma solitária. E fiquem onde estão. Não vale a pena conflitar com amigos, familiares, vizinhos e etc. Eles podem estar enganados, claro, mas normalmente agem por medo e não de forma consciente. E cabe a quem é mais maduro não se irritar, mesmo que para isso seja preciso bancar o ator.

    “Lembra que és um ator de uma peça teatral, tal como o quer o autor da peça. Se ele a quiser breve, breve será. Se ele a quiser longa, longa será. Se ele quiser que interpretes o papel de mendigo, é para que interpretes esse papel com talento. E, da mesma forma, se ele quiser que interpretes o papel de coxo, de magistrado, de homem comum. Pois isto é teu: interpretar belamente o papel que te é dado – mas escolhê-lo, cabe a outro.”
    – Manual, Epicteto

  8. Nem sei como começar, este jovem ou pessoa é inocente ou quer fazer graça. O tema de que trata o diálogo é a minha vida. Tenho representantes de todos os modelitos colocados pelo Marcelo. A picaretagem é familiar e não me impressiono. Vivo bem com todos e não escondo deles o meu conceito sobre o que eles fazem ou pregam. Nasci numa família impregnada por seitas que atualmente se proliferam de modo desavergonhado. O meu ingresso no grupo TDC é muito recente, ainda estou me adaptando mas sinceramente, pelos anos de estrada que tenho, um dos aspectos que me atraíram foi o conteúdo apresentado e desenvolvido pelo grupo e, particularmente, a forma de distribuição como é feita. E não precisa ser nenhum fenômeno para perceber o modo autentico e original como eles resolveram o modo de levar suas discussões e conhecimentos aos milhares de pessoas que por elas se interessam. Minha formação e experiências de vida em nenhum momento me confundiu ou me permitiu elucubrações e desconfianças sobre as ambições dos seus autores e responsáveis. Essa de distribuição gratuita de conhecimento como esse jovem ou pessoa defende é uma aberração ou mais um discurso vazio de quem não tem o que fazer. Outro aspecto que me fez pensar: de onde, ou de que cartola, ele tirou essa idéia de que a gratuidade favorece a aquisição de conhecimentos? Será que ele já se informou sobre o número das evasões em todos os níveis de escolaridade dentro de nosso sistema educacional?, desde o maternal até o ensino superior. Será que ele sabe o papel que o nosso país representa em termos de conhecimento comparado com a média de vários outros países? a nossa Educação está no buraco há muito tempo. Nossas instituições educacionais, perante o mundo são ridículas e as famílias num bom número vão muito bem obrigado. Mas, as igrejas acumulam 12 anos de dívidas para com o governo sem prejuízo para seus patrimônios, cada vez maiores. E ainda querem mais subsídios e perdão das dívidas. Eu pobre mortal se não fizer minha declaração de renda bem direitinha, encontro lugar cativo na Receita. Vou parar porque já exagerei, não sem antes uma sugestão: Amigo, acorda. Se junte a nós, eu estou vagarosamente me enturmando e estou gostando muito do que estou conhecendo. Um detalhe: Sou Docente e Pesquisadora aposentada de uma de nossas Universidades Públicas. Atualmente estudando um pouco de Hermetismo e ampliando meu horizonte com esta galera maravilhosa liderada pelo Sr. Marcelo del Debio. E mais, as vésperas de comemorar 80 (oitenta) aninhos. Bota fé irmão.

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